Cohidro institui ‘Diretoria Itinerante’ para atender demandas de agricultores e funcionários

Diretores das quatro áreas operacionais se revezam em visitas semanais aos seis perímetros irrigados que atendem 1.450 lotes da agricultura familiar e 31 empresariais
Presidente Paulo Sobral fiscalizando cobertura de bombas da EB-03

A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro implantou a ‘Diretoria Itinerante’, em que um ou mais diretores revezam entre si em visitas semanais aos seis perímetros irrigados, mantidos pela empresa no interior do Estado. A ideia é ouvir de perto as demandas de funcionários e do público atendido pela empresa, agricultores e pecuaristas que se utilizam da irrigação ou que são atendidos com ponto de água em área de sequeiro. Com a ação, os gestores pretendem diminuir o tempo de resposta na resolução de problemas, aprimorar a fiscalização e a aplicação de recursos públicos.

Quatro diferentes setores operacionais compõem a diretoria executiva da Cohidro, dirigida pelo presidente Paulo Sobral. Para ele, a nova metodologia para atender os beneficiários e colaboradores deverá tornar mais eficaz tanto a aplicação dos recursos quanto a prestação de serviços. “Passamos por um momento em que estão sendo realinhados os métodos no serviço público, onde se pretende fazer mais com menos. Essa eficiência – em fiscalizar e identificar in loco os problemas – também é uma contrapartida ao que estamos propondo aos agricultores irrigantes e colaboradores: uma gestão compartilhada dos perímetros, com mais voz, compromisso e responsabilidades, também da parte dos beneficiados”, explica.

Jean Nascimento, diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, informa que as visitas aos perímetros começaram levando novos computadores, crachás e equipamentos de proteção individual (EPI). “Aproveitamos essas oportunidades fazendo grandes reuniões, em que todos esses colaboradores puderam ser ouvidos, para que juntos possamos encontrar a forma correta de executar nossos serviços em prol da população atendida, sem esquecer das demandas dos nossos funcionários. De cara, identificamos a necessidade da realização de obras civis nas estações de bombeamento [EBs] do perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco. Começamos pela EB-03, onde construímos todo telhado da área de bombas, e reformamos os telhados do alojamento e da casa de força; reformamos os pisos e fizemos a repintura protetiva nos prédios e equipamentos”, completa.

A agricultora Maria dos Santos trabalha com os dois irmãos no lote irrigado do pai, vizinho à EB-03 do Califórnia. Ela acredita que as obras na estrutura predial do perímetro, com mais de 30 anos de uso, melhoram a condição de trabalhar, aumentando a vida útil dos equipamentos e a garantia de ter água no hidrante que fornece água para irrigar. “Melhora, por que as bombas vão ficar cobertas, deixando de ficar à mercê do sol. Acho que com essa cobertura fica bem melhor, pois quando chover, evita quebrar os motores”. No lote dela é produzido quiabo, feijão de corda e milho – o que garante o sustento das três famílias. “Sem irrigação, aqui não tinha como produzir os alimentos, que empregam muitas famílias. É de onde muitas pessoas tiram o sustento”, destaca a irrigante.

Diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola, Carlos Vieira atuou no movimento de ‘diretoria itinerante’ mobilizando a equipe da Divisão Manutenção Mecânica para revisar tubos e conexões na EB-03. Segundo ele, o mesmo será feito nas outras cinco estações do perímetro Califórnia. “As equipes verificam e substituem as peças que podem provocar vazamentos que, por sua vez, podem interromper o bombeamento de água para os lotes dos agricultores. Em nenhum outro lugar do estado em que a Cohidro tem perímetros irrigados, se faz tão necessária a irrigação para produzir alimentos quanto no Alto Sertão. Temos que estar sensíveis a isso na hora de eleger prioridades”, considera.

Francisco Pereira é assistente administrativo no Califórnia e soma 40 anos de serviço público, desde que ingressou na antiga Comase, vindo a ser funcionário da Cohidro posteriormente. “Eu estou achando excelente essa postura dos diretores, imbuídos realmente de transformar a nossa empresa, traduzindo o pensamento dos que gostam dela, por essa forma moderna de trabalhar – atendendo o irrigante não atrás de um birô, mas vindo a campo. Hoje, conversando com alguns produtores do perímetro, a gente vê que existe esperança, por que não é uma diretoria de falar, é de agir. Eles querem resultado e, para isso, está dando condição aos produtores de colaborar também, o que é fundamental para o crescimento de todos. É importante e que também sejamos responsáveis, cada um de nós, servidores, por contribuir e retribuir esse empenho da diretoria”, afirma.

Cooperação com a Emdagro

A atuação das diretorias nos perímetros também será maior para tratar do projeto de cooperação técnica com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro, segundo explica o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Rural, João Fonseca. “É um plano de ação para melhorar a eficiência da assistência técnica agrícola nos lotes irrigados. Nossos técnicos, gerências e divisões serão orientados a realizar um trabalho com base e aderindo aos programas implementados em todo estado pela Emdagro. Nós teremos grande mobilização na sede, em Aracaju, e nos perímetros irrigados, junto com os técnicos da Emdagro, passando todo este conteúdo e metodologia para melhor atender ao produtor rural que depende da irrigação pública”, conclui.

 

[vídeo] Curso prepara técnicos da Cohidro para novo sistema de irrigação do PAS

Após instalado o novo kit de irrigação que regula e amplia a capacidade de irrigação nos 592 lotes dos perímetros irrigados da Ribeira e do Jacarecica I, em Itabaiana, os técnicos agrícolas da Cohidro que atuam nestes e demais perímetros do Governo do Estado passaram por uma capacitação de dois dias, para que esses profissionais acompanhem e orientem os agricultores irrigantes ao manuseio, manutenção e conserto dos equipamentos do novo sistema de irrigação.

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV esteve no dia do curso no CDT da Emdagro em Itabaina, para mostrar o que seria ensinado e a expectativa dos técnicos e do especialista responsável pelo projeto do novo sistema, o mestre em irrigação Gonzaga Reis. Os equipamentos foram financiados pelo Programa Águas de Sergipe – PAS, cofinanciado pelo Governo do Estado e o Banco Mundial.

Projeto Opará capacita agricultores e técnicos da Cohidro em Canindé para Recuperação de Áreas Degradadas

Volume adequado de água na irrigação e manutenção dos drenos na lavoura evitam que a salinização torne as áreas improdutivas

Em Canindé de São Francisco, o Projeto Opará – Águas do Rio São Francisco reuniu técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro e agricultores do Perímetro Irrigado Califórnia em um curso de Recuperação das Áreas Degradadas. Após a realização da parte teórica do curso no escritório do perímetro, o grupo partiu para a prática, no Perímetro Irrigado vizinho, Jacaré-Curituba (Codevasf), onde os especialistas do projeto realizam um experimento inédito de controle de áreas afetadas pela salinização do solo por uso da irrigação.

O curso foi ministrado pelos professores Antenor Aguiar e Airon José da Silva, do Departamento de Engenharia Agrônoma da Universidade Federal de Sergipe – UFS, instituição parceira do Projeto Opará, que é realizado pela Sociedade Socioambiental do Baixo São Francisco Canoa de Tolda com patrocínio pela Petrobrás, por meio do Programa Petrobrás Socioambiental e o Governo Federal.

Segundo o professor Antenor, a atividade teve a importância de mostrar aos agricultores do perímetro uma experiência científica de recuperar solo salino sódico em lote irrigado no semiárido. “Foi realizado um experimento de lixiviação de sais, por meio de irrigação por inundação intermitente, com adição de gesso e matéria orgânica”, explicou Antenor, que coordena o Opará e orienta o mestrando do programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos da UFS, Samuel Barreto. Professor e aluno colocam em prática o experimento, com técnicas de recuperação de solos afetados por sais, em área irrigada no Jacaré-Curituba, como parte do estudo de pós-graduação.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Rural da Cohidro, João Fonseca, acredita que o trabalho de recuperação de solos salinos, realizado pelo Opará no Jacaré-Curituba, pode vir também a ser aplicado ao perímetro da Cohidro. “A partir desta apresentação, está surgindo uma possibilidade de trabalharmos em conjunto no perímetro Califórnia, que também tem algumas áreas já salinizadas”, conta. O diretor, que também participou do curso, reforça a importância da irrigação ser realizada da maneira correta para evitar a salinização dos solos. “Precisa também que a água seja aplicada na quantidade correta através do sistema de irrigação, e que os drenos de todo projeto estejam funcionando a contento, para evitar a salinização dos solos”, completou.

A aula teórica que precedeu a prática incluiu informações das técnicas de recuperação e controle de solos salinos aplicadas pelo projeto. Em seguida, os participantes conheceram em campo as atividades de recuperação, nos experimentos de lixiviação de sais e com o plantio de atriplex ou “erva sal”, como forma de redução da salinidade do solo. A planta serve também como alimentação para o gado, o que permite à propriedade manter produtiva a área em recuperação. “A área experimental do projeto Opará obteve êxito na redução da condutividade elétrica e da percentagem de sódio trocável, indicando que é possível recuperar solos afetados por sais”, explicou Airon Silva, que coordena a pesquisa.

Gerlania Gomes auxilia o pai no trabalho e cuidados de um lote irrigado no perímetro Califórnia e também participou do curso oferecido pelo Projeto Opará. Na área da família são plantados goiaba, acerola, mamão, limão e quiabo e, já tendo havido a incidência de solo salinizado numa pequena parte do lote, ela considerou de grande utilidade o que aprendeu. “Foi muito proveitoso e é importante fazer outros cursos, para que mais produtores possam participar”, concluiu a agricultora.

Emdagro e Cohidro firmam cooperação para aperfeiçoar assistência técnica rural nos perímetros irrigados

Expertise no desenvolvimento dos recursos hídricos no campo também será disponibilizada para aprimorar assistência agrícola em todo o estado

Encontros alinharam a programação de atividades da cooperação [foto Fernando Augusto]
Paralelamente ao serviço de distribuição de água a lotes agrícolas, os perímetros irrigados gerenciados pelo Governo de Sergipe realizam o acompanhamento da produção agrícola, orientando, corrigindo e indicando soluções para os problemas encontrados nas lavouras pelos pequenos produtores. A irrigação permite a produção praticamente durante o ano todo e, assim, a assistência técnica rural também precisa ser constante. Por isso, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro estão firmando cooperação para a elaboração e execução de um plano de ação para a promoção de ganhos de eficiência à assistência técnica prestada ao agricultor irrigante.

Em reuniões realizadas entre as equipes técnicas das duas empresas públicas vinculadas à secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), foram definidos termos para essa cooperação. Entre eles, está prevista a ampliação do atendimento ao agricultor, incluindo a parte social e econômica, com extensão rural a toda a sua família, por meio por exemplo, do programa Saúde no Campo [capacitação realizada pela Emdagro para agentes multiplicadores das noções e cuidados com os riscos dos agrotóxicos à saúde], que passará a atender também aos perímetros. Outra ação prevista é a ampliação do acompanhamento à Agricultura Orgânica.

Novas reuniões estão programadas para acontecer entre os técnicos agrícolas da Emdagro e Cohidro, além de incursões aos perímetros Irrigados, para diagnosticar como ocorre a interação entre assistência e produtor rural, a fim de avaliar de que forma ela pode ser melhorada. O diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, explica que a aplicação do plano de trabalho da cooperação segue um cronograma já elaborado. “Nessa semana, ocorrerá uma reunião com os técnicos da sede em Aracaju, que vão coordenar esse projeto. Depois vamos ter uma reunião no perímetro Jacarecica I em Itabaiana, na semana seguinte, com todos os técnicos dos perímetros da Cohidro, para apresentar o trabalho que vai ser feito. Posteriormente, Emdagro e Cohidro vão até Canindé, fazer um diagnóstico do trabalho dos técnicos locais com os produtores irrigantes”, detalhou.

O diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, afirma que tem mobilizado as equipes técnicas da empresa para compor, com a equipe da Emdagro, o plano de trabalho para assistência técnica e extensão rural aos lotes irrigados. Segundo ele, a companhia precisa dar esta contrapartida aos agricultores, diante da nova realidade da gestão dos perímetros. “Atualmente, nós temos buscado no produtor um parceiro que seja atuante, que compartilhe com o governo do Estado as responsabilidades com a manutenção e continuidade da irrigação pública. Por isso, temos a obrigação de assisti-los também de maneira coerente, levando orientação técnica eficiente, oferecendo solução para as suas dificuldades ao plantar. A Emdagro, co-irmã da Cohidro, já foi parceira em diversos outros projetos e tenho certeza de que vai cooperar muito nesse nosso compromisso com o agricultor”, considera.

Também o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Esmeraldo Leal, afirma acreditar na possibilidade de ajuda mútua entre os dois entes públicos do estado, cada um conforme a sua expertise técnica. “A ideia é a gente reforçar uma parceria, na qual seja ampliado esse diálogo e a gente disponibilize os nossos técnicos, se for necessário, da mesma forma que a Cohidro, caso precisemos discutir alguma coisa que envolva recursos hídricos no campo. É uma troca de desafios, para que possamos melhorar cada vez mais o atendimento das duas empresas ao público geral da Agricultura no Estado. Já fizemos um calendário, segundo o qual os nossos técnicos (Emdagro) prepararão os técnicos da Cohidro. Depois, estarmos à disposição caso necessitem de apoio técnico ou de um especialista de alguma área específica”, concluiu Esmeraldo.

 

 

Produção de perímetros irrigados contribui para Aracaju ter cesta básica mais barata

Grande oferta de itens como tomate, mandioca, leite e banana mantém cesta aracajuana como a mais acessível do país desde junho

Banana produzida no perímetro Jacarecica II [Foto: Ascom/Cohidro]
Desde janeiro de 2018, Aracaju se mantinha como a capital brasileira com o segundo menor valor da cesta básica de alimentos, entre as 20 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ficando atrás somente de Salvador. Mas o resultado obtido pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) no último mês de junho colocou a capital sergipana em primeiro lugar, com uma queda de -6,14% em relação a maio, quando o preço médio da cesta básica foi praticado em R$ 383,09. Em julho, a primeira colocação foi mantida com mais uma queda de 6,04% nos preços: R$ 359,95. Entre os 12 itens pesquisados em Sergipe, metade tem produção originada, direta ou indiretamente, nos perímetros irrigados do governo do Estado.

Os perímetros são administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro. Pelo segundo mês, em Aracaju foi destaque a redução no preço da banana (-14,86% em julho), com produção encontrada nos perímetros irrigados Califórnia [Canindé de São Francisco], Jacarecica II [entre os municípios de Areia Branca, Riachuelo e Malhador] e Piauí [Lagarto]. Outro preço que caiu foi o do tomate, produzido nos perímetros Piauí, da Ribeira [Itabaiana] e Califórnia. Integram, ainda, a cesta básica nordestina a farinha de mandioca, produzida no perímetro Piauí; o leite, nos perímetros irrigado Jabiberi [Tobias Barreto] e Califórnia; e a partir dele, a manteiga.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, a garantia de fornecimento de água para irrigação favorece a produção nos perímetros. “É possível produzir o ano inteiro, pois o sistema de irrigação só é desligado em dias de chuva. Dessa forma, os produtores podem assumir compromissos de fornecimento em qualquer época”, explica João, que também destaca a contribuição dos perímetros para um sexto item da cesta básica: a carne de primeira. “Todos os perímetros irrigados produzem algum material para consumo animal, como os ramos da batata-doce e da mandioca, a manipueira [líquido excedente do beneficiamento da mandioca] e o milho verde, que se usa o pé inteiro com as espigas ou a só a palhada. Tudo isso serve para a alimentação do gado de leite – e também de corte”, pontua.

Banana
A bananeira requer, segundo o técnico agrícola da Cohidro em Lagarto, Marcos Emílio Almeida, uma média pluviométrica anual de 1.600mm, índice de precipitação que a maioria dos municípios sergipanos não possui. “São basicamente 5mm ao dia e, então, a irrigação vem a suprir esse déficit hídrico. Dessa forma, a produção plena da banana no estado só é possível com o uso de água de irrigação”, aponta. O mesmo técnico acompanhou a introdução de um campo piloto da variedade ‘prata anã’ no perímetro Piauí.

“Rendeu bem a primeira colheita, mas tivemos que aumentar o número de microaspersores”, relatou o agricultor irrigante Rosendo dos Santos, assistido no perímetro irrigado de Lagarto, constatando a necessidade de boa irrigação para produzir banana no município. Orientado pela Cohidro quanto à escolha de mudas certificadas, correção do solo, método de irrigação e manejo da cultura; o sucesso do bananicultor influenciou outros produtores a investir na variedade prata anã. Hoje são quatro, só no perímetro irrigado Piauí.

[vídeo] [galeria de fotos] Missa celebra o Dia dos Pais na Cohidro

O padre Flávio Silva, da paróquia São Lucas na Coroa do Meio, nesta sexta-feira (09) celebrou na Cohidro uma missa especial em alusão ao Dia dos Pais, comemorado neste domingo. A celebração eucarística foi acompanhada pelas canções do casal de músicos Fabio e Suerda e organizada pelo assessor institucional Janailson Farias.

A Associação dos Servidores da Cohidro – ASC, patrocinou os brindes especiais para os papais da Cohidro e também o coffee break especial ao fim da missa especial. Na celebração, o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral parabenizou todos os pais na empresa e agradeceu aos apoiadores que se juntaram à empresa para organizar a festividade, em especial a ASC. “Quero agradecer ao padre Flávio, por essa missa maravilhosa. É importante colocar Deus à frente e mostrar a importância da família, por que aqui é uma extensão de nossa casa, a gente passa mais tempo aqui do que em casa e então é uma família da gente”, considerou.

Perímetros irrigados produziram mais de dois milhões de espigas de milho verde no período junino

Ozéias Beserra e espigas para uso do milho em grão [foto: arquivo pessoal]
Cozido, assado, na canjica, na pamonha, no bolo ou no cuscuz, o milho verde é bastante requisitado nas noites festivas para comemorar os santos católicos do mês de junho. Mas as mudanças climáticas que afetam o globo influenciam cada vez mais no planejamento do plantio no mês de abril, dependendo da chuva para a boa colheita no período junino. Assim, com o uso de irrigação é possível garantir a colheita e os lucros da época de consumo maior. Nos perímetros irrigados em que o governo do Estado fornece água para agricultores, a produção ocupou 124 hectares [ha] e gerou uma média de 2.480.000 espigas.

A versatilidade do milho oferece a possibilidade do seu aproveitamento para a ração animal; em forma de forragem, o pé inteiro e as espigas verdes, ou o grão seco. “Eu vendo a espiga, e o que eu não consigo vender, deixo na secagem e tiro para alimentar as galinhas e algumas ovelhas que eu tenho. A outra parte eu faço silagem, para três vacas que temos aqui”, explicou Ozéias Bezerra, irrigante do Setor 05 do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) em Canindé de São Francisco.

Neste ano, Ozeias plantou em torno de 0,75ha em três datas diferentes, para colher dia 17 e 28 junho e neste dia 5 julho que passou. “Eu planto todo ano no ‘período da fogueira’ e a irrigação é fundamental, porque quando a gente faz o plantio não está chovendo aqui ainda, ai nós irrigamos praticamente o ciclo todo do milho. Eu mesmo só fui parar de irrigar o milho de umas três semanas para cá. Do plantio até 60 dias, a irrigação no milho é primordial. E isso varia muito, tem vezes que a chuva vem mais cedo e outras que é mais tarde”, acrescentou.

A gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes, identifica que a demanda por milho é constante e garante a viabilidade dos plantios. Fator que, segundo ela, só é possível pela oferta de água distribuída pela companhia nos 333 lotes dos irrigantes. “Aqui se colhe milho todos os meses do ano.Mas geralmente uma média de 15ha são plantados ao todo, ao mesmo tempo em que se colhe outros 15ha plantados anteriormente. Já no plantio feito em abril, com previsão de colheita no período junino, foram 46ha”, informou.

Outros perímetros
No Perímetro Irrigado Piauí, outra unidade da Cohidro que leva irrigação para 421 lotes agrícolas familiares em Lagarto, o milho verde para colher no São João ocupou 38ha e, levando em conta a média de produtividade de 20 mil espigas por hectare, chegou a cerca de 760 mil unidades. Na região Agreste, os perímetros irrigados Jacarecica I e II tiveram, respectivamente, 25 e 15ha ocupados com o milho verde para colher em junho, com a produção de 500 mil e 300 mil espigas vendidas em Itabaiana, Malhador, Riachuelo e Areia Branca.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento agrícola da Cohidro, João Fonseca, explica como é realizado o processo de adubação desses locais. “Em todos os perímetros, mas principalmente em Lagarto, os agricultores estão buscando maiores produtividades para o milho utilizando a fertirrigação, que é o uso de fertilizantes diluídos na água de irrigação que leva esses nutrientes até a planta, rapidamente absorvidos pela raiz e dispensando a mão de obra da adubação manual”, detalha, acrescentando que essa mudança está sendo facilitada pela troca dos sistemas para os modelos de irrigação localizada, que consomem menos água que os aspersores convencionais.

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a troca dos aspersores e tubulações, válvulas de controle de vazão e implantação de novo sistema de controle automatizado, está sendo subsidiada pelo governo do Estado, nos perímetros de Itabaiana. “Nos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, via Programa Águas de Sergipe, investimos mais de R$ 14 milhões nessa substituição de tecnologia, que deve gerar uma economia de 50% aos cofres públicos, em comparação ao consumo em energia elétrica para bombear a água até os lotes, e deixou de consumir 60% da água que antes era empregada nesta mesma irrigação”, finaliza.

Dias das Mães da Cohidro teve missa e filarmônica Dom José Palmeira Lessa

Teve muita emoção nas homenagens feitas às mães da Cohidro nesta sexta-feira, 10. A missa celebrada pelo padre Marcelo Conceição, da Paróquia Perpetuo Socorro [Bairro Orlando Dantas – Aracaju], foi em alusão ao Dia das Mães, comemorado no próximo domingo, seguida de homenagens feitas para todas às mães e em especial, alguns filhos enviaram vídeos autorais para homenagear as suas ‘mães cohidrianas’, montado em um filme transmitido em um projetor no auditório. Os vídeos podem ser assistidos no final desta página.

Acompanhou o padre Marcelo o casal de músicos Fabio e Suerda, tocando e interpretando os cânticos. Mas durante a missa e após, também houve a apresentação especial da União Filarmônica Dom José Palmeira Lessa, do bairro Dom Luciano, com músicas alusivas à mulher e as mães. O presidente da Cohidro, Paulo Sobral, parabenizou todas as mães da Cohidro, mas fez um agradecimento especial a sua secretária Isaura, que o acompanhou durante os 8 anos em que foi diretor de Infraestrutura ‘como uma mãe’.

Organizou o evento, incluindo a doação de camisas personalizadas para todas as mães da empresa, a Associação de Servidores da Cohidro – ASC e o assessor institucional da empresa Janailson Farias. Presentes e formando o dispositivo do evento, junto ao presidente Paulo Sobral, o presidente da ASC, Luiz Roberto; representando o Sindisan, a servidora da casa Rilda Santos; os diretores da Cohidro Diogo Machado (Administrativo e Financeiro) e João Fonseca (Irrigação e Desenvolvimento Agrícola).

 


















Março chuvoso e recarga hídrica de barragens aliviam serviço de irrigação pública

Barragem do Jabiberi – arquivo pessoal
Em Canindé, foram registrados 68,6 mm a mais de chuva que em março do ano anterior, tornando dispensável o uso da irrigação por alguns dias

As chuvas registradas em março tiveram efeito positivo em metade dos perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), e mantiveram estável o nível da água nas demais barragens. Em Lagarto e Tobias Barreto, ficaram completamente cheios os reservatórios que abastecem os perímetros Piauí e Jabiberi; e em Canindé de São Francisco, o levantamento pluviométrico na estação meteorológica do Califórnia mostrou um acumulado do mês 96% superior ao mesmo período do ano passado, registrando 71,40 mm e reduzindo a necessidade de uso da irrigação pelos agricultores.

Durante seis dias do mês, as bombas não precisaram ser ligadas para tocar a irrigação no Perímetro Irrigado Califórnia, localizado no Alto Sertão sergipano, onde o clima semiárido normalmente torna a irrigação indispensável para o plantio. Com isso, a Cohidro calcula uma economia de aproximadamente R$ 40 mil nos custos com energia elétrica no perímetro. “Esse avanço pluviométrico significou uma grande redução da necessidade de irrigação. Parece pouco, mas é muita coisa nesse período, pois no mesmo mês do ano passado, a gente não parou em dia nenhum”, conta a gerente local da Cohidro, Eliane Moraes.

O perímetro de Canindé não possui barragem própria, faz captação na represa da Hidrelétrica de Xingó e segue as orientações da Agência Nacional de Águas [ANA], que desde julho de 2018, não impõe restrição ao uso da água. Já em Lagarto, o perímetro irrigado da Cohidro possui barragem própria no rio Piauí, que é interestadual e sofre a influência das chuvas do Centro-Sul Sergipano e da Bahia. Segundo o diretor-presidente da companhia, Paulo Henrique Machado Sobral, talvez por isso, não tenha havido maiores preocupações com o nível da barragem durante o período de estiagem no Verão.

“Não houve risco de desabastecimento para a irrigação fornecida pela Cohidro ou para a captação da Deso [Companhia de Saneamento de Sergipe]. O Piauí foi um dos perímetros em que não precisamos fazer qualquer racionamento na distribuição de água ou suspensão, para priorizar o abastecimento de água humano, como ocorreu nos perímetros da Ribeira e no Jabiberi (Itabaiana e Tobias Barreto). No Perímetro Irrigado Jacarecica II [entre Malhador, Riachuelo e Areia Branca], também não houve prejuízos para a irrigação ou o fornecimento de água potável”, pontuou Paulo Sobral.

Na barragem do perímetro Jabiberi, a água armazenada não era suficiente para fazer verter desde setembro de 2017, até que no último domingo, 31 de março, ela voltou a ‘sangrar’. Tanto tempo sem recarga hídrica, fez com que a irrigação fornecida aos lotes fosse suspensa ainda em 2018, para priorizar a captação para consumo humano feita pela Deso. Até a distribuição de água nas zonas urbanas ficou comprometida, no início deste ano, levando o Governo do Estado e Prefeitura Municipal a buscar alternativas emergenciais de fornecimento de água para a população.

“Por enquanto não é preciso irrigar, devido à chuva que ainda tem caído na região. Assim que estiar, a gente retoma a normalidade do fornecimento de água no perímetro Jabiberi, em paralelo ao abastecimento de água potável para a cidade, agora regularizado com a barragem totalmente cheia”, afirmou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano. Ainda segundo ele, as barragens da Ribeira, Jacarecica I e I, que integram a Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, tiveram as reservas hídricas prejudicas pela pouca pluviosidade registrada em 2018. Foram 659,6mm registrados na estação do perímetro da Ribeira, contra a média anual de 1.143 mm.

Para evitar que situações como essa voltem a acontecer, o diretor afirma que o governo do Estado vem fazendo investimentos em ambas as regiões. “Nos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, em setembro de 2018, o Programa Águas de Sergipe começou a trocar todo o sistema para a irrigação localizada – modelo que economiza 60% da água [e 50% da energia elétrica]. Isso vai influenciar, a partir desse ano, na redução do consumo das reservas dessas barragens, deixando de comprometer a irrigação, como aconteceu no início de 2019. O mesmo programa também projeta a automatização das nossas estações de bombeamento, com economia de água e energia; e está reflorestando as matas ciliares da bacia hidrográfica, preservando nascentes e diminuindo o nível de assoreamento nos rios e barragens”, concluiu João Quintiliano.

Acerola verde amplia renda de irrigantes em perímetro mantido pelo governo do Estado

Fruto é vendido pelo dobro do preço antes de amadurecer, por conter de três a quatro vezes mais vitamina C
Valmir: “Com a água que chega no perímetro irrigado do governo, conseguimos produzir de forma satisfatória” (foto: Stefânia Leal)

Produtor rural em Malhador, município do agreste sergipano localizado a 49 km da capital, seu Walmir de Oliveira Silva cultiva acerola há 12 anos para vender a feirantes e à indústria de polpas. Agora, ele comemora a opção de comercializar o fruto ainda verde, ampliando a rentabilidade da plantação e abrindo mais postos de trabalho em seu lote. Profundo conhecedor do cultivo, ele avalia a acerola como uma lavoura que tem um mercado franco e rentabilidade boa. “Com a água que chega no perímetro irrigado do governo, conseguimos produzir de forma satisfatória”, comenta o agricultor, satisfeito.

O perímetro é uma unidade de irrigação pública mantida pelo governo do Estado, que fornece água para irrigação nos municípios Malhador, Riachuelo e Areia Branca, sem onerar os produtores. Quem administra a infraestrutura e fornece assistência técnica agrícola no Jacarecica II, desde a sua implantação, é a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, estimulando a escolha de novos modelos produtivos que se diferenciam do que habitualmente é praticado nessas localidades, com o objetivo de criar novos mercados e evitar superproduções com dificuldade de escoamento.

“Temos um reservatório de 31 milhões de m³, que abrange todo o perímetro, mais 25 km de rede para conduzir a água por gravidade para todos os lotes. Se não fosse esse reservatório, não tinha toda essa produção. É a água que gera renda para os produtores”, diz o gerente do Jacarecica II, Osvaldo Andrade. A produção agrícola de cerca de 3.000 pessoas são diretamente beneficiadas pela irrigação de 829 hectares no perímetro, onde há 12 lotes empresariais, três em comodato e 609 famílias em assentamentos de reforma agrária.

A acerola já era vendida in natura nas feiras e para fábricas beneficiadoras de polpa. Mas, agora, a possibilidade de a indústria transformar o fruto verde em pó criou um novo produto para os plantadores ofertarem, podendo alçar um preço de venda duas vezes maior que o valor da acerola madura. Isso porque a concentração de Vitamina C na fruta antes de amadurecer pode ser de três a quatro vezes maior. Com ela, a indústria fabrica essências que dão sabor e fortificam outros alimentos, como sucos, sorvetes e bolos.

João Quintiliano, diretor de Irrigação da Cohidro, acrescenta que mais produtores irrigantes poderão passar a fornecer acerola verde em Sergipe. “Cerca de 30 produtores de acerola do perímetro Jacarecica II estão fornecendo acerola verde para uma indústria de alimentos localizada em Estância. O melhor é que a demanda pela acerola verde ainda tem espaço para crescer, visto que já foram iniciadas as tratativas para que os irrigantes que atendemos lá em Canindé [de São Francisco], no perímetro Califórnia, também passem a fornecer o produto para a mesma indústria, integrando a cadeia produtiva”, informa.

No período de colheitas, mais frequentes no verão, seu Walmir conta que contrata de 15 a 20 trabalhadores. Para ele, a escolha pela cultura da acerola vai além da demanda que a indústria da Vitamina C abriu. “A acerola tem uma vantagem muito grande, por se tratar de uma planta adaptável ao nosso clima tropical, uma planta rústica. Existem pragas, (tratadas) principalmente com adubação química; e quando a gente irriga, faz o controle natural”. O produtor reforça que a irrigação fornecida pelo governo do Estado tem sido fundamental para a continuidade da produção. “O gerente aqui do perímetro tem acompanhado todos os produtores. Só tenho a agradecer a Cohidro e pedir a continuidade desse apoio que eles já vêm dando”, concluiu.

Última atualização: 6 de maio de 2021 19:06.

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