[vídeo] Sergipe Rural: Cultivo de amendoim para atender verão pós-pandemia anima irrigantes de Lagarto

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Neste sábado (31), o programa Sergipe Rural, da Aperipê TV , trouxe reportagem que fez com um dos produtores de amendoim de Lagarto, atendidos pelo Governo de Sergipe no Perímetro Irrigado Piauí com irrigação assistência técnica rural fornecidas pela Cohidro. O agricultor está animado com o mercado para o produto neste verão, depois de haver queda na procura pela oleoginosa durante o inverno de isolamento social por conta da pandemia.

O inverno é quando ocorrem as festas juninas, em que o amendoim cozido é um dos principais petiscos das mesas de comidas típicas de qualquer arraial no estado. No verão, quando as praias recebem sergipanos e turistas de todas as partes para amenizar o calor típico da estação, está lá mais uma vez presente o produto que virou Patrimônio Imaterial de Sergipe em 2013. Vendido a granel, é preparado com o ponto de maturação e cozimento, quantidade de sal e uso das técnicas de clareamento que só quem é daqui sabe fazer.

Leia matéria completa em: https://coderse.se.gov.br/?p=19522

Agricultores de Lagarto esperam boas vendas de amendoim no verão pós-isolamento

Cohidro identifica cerca de dez novas plantações do cultivo no Perímetro Irrigado Piauí

[Foto: Fernando Augusto]
No município de Lagarto, a perspectiva do verão pós-isolamento social deu ao plantio do amendoim novos adeptos. No Perímetro Irrigado Piauí, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) contabilizou, ao menos, 10 novas plantações de amendoim, que de tão popular, virou Patrimônio Imaterial Sergipano, e cuja colheita acontece após 80 dias de plantio. Produtores beneficiados com irrigação e assistência técnica rural da Companhia apostam no aumento do preço, em relação ao verão passado – o que vem para compensar o último inverno, quando a pandemia frustrou os tradicionais festejos juninos, em que o amendoim cozido é petisco de presença obrigatória.

Jackson Simões é produtor irrigante há 20 anos e cultiva o amendoim há oito no perímetro irrigado da Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). Ele repassa o produto in natura para os beneficiadores do amendoim cozido, que o revendem nas feiras. Para o agricultor, é bastante compensatório produzir no período de férias e de presença de turistas nas praias sergipanas. “Na época do verão, costumo plantar três roças e colher 250 ‘terças’, 250 baldes [de 12 litros] bem cheios, em cada uma”, afirma. A primeira roça de amendoim de Jackson foi plantada há quase 60 dias e ele vai aguardar mais 20 para colher, no início de novembro. Até lá, ele pretende plantar as outras duas roças, na perspectiva de escoar o produto em três datas diferentes, facilitando a venda e o atendimento à demanda.

De acordo com o gerente do Perímetro Irrigado Piauí, Gildo Almeida, o aumento da produção para atender o verão está sendo significativo. “Os produtores costumam aumentar a produção no verão. Algumas áreas da região já estão plantadas, outras estão começando agora. No ano passado, alguns produtores chegaram a vender por R$ 30,00 a ‘terça’; no inverno geralmente esse valor cai para R$ 20,00. Esperamos que esse ano haja uma melhora no preço, puxado pela alta nos preços dos alimentos e também pela expectativa de verão mais movimentado que o inverno”, aponta o gerente. Em 2018, só no perímetro de Lagarto, a produção anual de amendoim registrada foi de 173 toneladas. Em todos os quatro perímetros públicos de irrigação do Governo do Estado, a safra foi superior aos 900 mil quilos.

Diretor de irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca avalia que o plantio do amendoim já era bastante vantajoso nos perímetros irrigados, antes de se tornar, em 2013, Patrimônio Imaterial de Sergipe. Além da demanda ser grande – seja no São João, São Pedro ou nas praias – na agricultura, o amendoim é uma planta com finalidades que vão além da produção de para a venda, sendo muito empregada na rotatividade de cultivos. “É uma cultura pouco exigente. Atua na fixação biológica do nitrogênio ao solo [favorecendo os plantios de outras espécies no futuro] e fornece uma grande quantidade de restos culturais, ajudando o agricultor a economizar em adubação. Por essas vantagens, em nossos perímetros, ele acaba por substituir outros cultivos mais duradouros ou exigentes durante as entressafras, como a batata-doce e o coentro”, revelou.

Isidoro dos Santos, mais conhecido como Araponga, é proprietário de lote irrigado no perímetro Piauí há oito anos. Ele, que planta amendoim e outros cultivos, como inhame, macaxeira e batata, é um dos produtores que conseguiram vendas no período de inverno, mesmo com a pandemia, mas que guardam grandes expectativas para o verão. “O amendoim sempre dá lucro; vendo bem. No ano, planto uma tarefa, duas vezes amendoim e duas vezes rama (batata-doce) e assim vou levando. Espero que essa safra seja ainda melhor”, afirma Isidoro.

Irrigantes do Perímetro Piauí voltam a cultivar pimenta malagueta

Cohidro identifica que aumento de procura fez o quilo subir para R$ 10, voltando a interessar aos agricultores

Irrigação da Cohidro permite o cultivo de pimentas o ano inteiro [Foto: Fernando Augusto]
A pimenta malagueta voltou a interessar os agricultores do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, depois de perder espaço para outros cultivos em anos anteriores. Em 2020, com o aumento da demanda das indústrias locais e da vizinha Bahia, o preço do quilo subiu para R$ 10 e os produtores retomaram o plantio. A pimenta é o ingrediente principal para fabricação de molhos picantes. O alto grau de ardência da malagueta dificulta a colheita e aumenta os custos de produção, exigindo ao produtor vender aos melhores preços. Enquanto isso, a ardência da pimenta biquinho é bem moderada e, por ser de tamanho maior, é mais fácil de colher. O quilo da biquinho é vendido à indústria por R$ 6,00, para a fabricação de conservas, e sua produção não passou por variações significativas no perímetro irrigado mantido pelo Governo do Estado.

A irrigação pública e a assistência técnica rural são fornecidas a todos os 421 lotes do perímetro Piauí pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que dá o suporte necessário para os pipericultores plantarem durante o ano todo. No caso da pimenta malagueta, a colheita começa após 90 dias do plantio e o produtor faz colheitas semanais durante outros 90 dias. Depois dessa produção, o pé da pimenta fica mais 90 dias sem dar o fruto. Mas passado esse período, ele volta carregado e o processo é reiniciado. Ao completar seis meses de vida, os pés são arrancados para que seja iniciado um novo plantio na área. Só desta espécie, o polo irrigado já chegou a registrar uma produção anual de 508 toneladas, em 2017.

Irrigante no Perímetro Piauí há 25 anos, Luíz Barbosa trabalha com pimentas há 10. Para ele, a melhoria do preço do quilo fez compensar voltar plantar a malagueta. “Passei um tempo sem plantar porque a empresa que eu vendia baixou o preço demais, aí não tinha como repassar. Agora que voltou a um preço melhor, resolvemos plantar”, disse o agricultor. Ele utiliza uma área de 1 ha, produz em média 300kg de malagueta por semana, e vende o quilo da pimenta madura a R$ 10,00 e a pimenta ainda verde a R$ 8,00, repassando para compradores de Salvador (BA). Já a biquinho tem preço mais modesto. “Mesmo com o quilo a R$ 6,00, as pimentas biquinho são bem comercializadas, por isso vale a pena continuar plantando. Ela é peneirada e separada; as maiores são vendidas para as indústrias e as menores vão para as feiras da região”, conta o produtor.

Segundo o gerente do perímetro irrigado Piauí, Gildo Almeida, a baixa demanda foi o principal fator para que os produtores deixassem de plantar a malagueta e buscassem outros cultivos, incluindo a pimenta biquinho. “Agora, o pessoal está animado com o preço da pimenta malagueta; a indústria local está voltando a comprar. O produtor confia que agora vai dar lucro, que compensa e estão retornando com a produção da malagueta, que esteve em situação de quase acabar. E também tem uns compradores que vêm da Bahia. Ainda assim, muitos produtores estão optando pela pimenta biquinho, porque é mais fácil de trabalhar; não tem ardência e seu tamanho é maior, o que facilita a colheita”, analisa o gerente. Assim como ocorre com a malagueta, a indústria local compra a maior parte da produção da pimenta biquinho.

Rogério de Souza tem mais de 25 anos como irrigante no perímetro Piauí, e começou a plantar a pimenta biquinho há 8. Ele conta que deu uma pausa de dois anos na plantação do cultivo, mas logo retornou porque, na época, a malagueta não estava dando o retorno esperado e a colheita da biquinho apresentava mais facilidade. “Eu hoje continuo com a malagueta, só reduzi a área. Com a biquinho tenho mais vantagem”, completa o pipericultor, que ocupa dois 2 ha com os cultivos.

[vídeo] Produtores de fumo aumentam a produção em Lagarto

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A oferta de fumo continua crescendo no Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Cohidro em Lagarto. O Boletim do Jornal da Aperipê TV, mostrou que a área do fumo dobrou nos últimos tempos. Aliado à irrigação fornecida pelo Governo de Sergipe, agricultores e técnicos agrícolas da Cohidro trabalham afinco para ter, em 2020, a melhor colheita com o melhor produto.

Produtores de Lagarto voltam a apostar no plantio de fumo

Cohidro contabiliza 100 hectares plantados no Perímetro Irrigado Piauí.
Em 2019, o preço do quilo do fumo beneficiado chegou aos R$ 15

Seu Wilson, há mais de 40 anos produzindo e beneficiando fumo na área onde atua o perímetro Piauí [Foto: arquivo pessoal]
Os bons resultados alcançados na safra do fumo no ano passado, em Lagarto, animaram os produtores, levando em 2020. No Perímetro Irrigado Piauí, cerca de 100 hectares são ocupados pela plantação de fumo. Na época de colheita, de setembro a dezembro, pelo menos duas vezes por semana saem carregamentos para indústrias locais e, em boa parte, para o estado de Alagoas. O Governo de Sergipe, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro), auxilia na manutenção da produção, fornecendo água para irrigação das plantações e assistência técnica agrícola dentro do perímetro.

A colheita do fumo é realizada de forma manual, através da mão de obra local. O produtor rural, Deleon Manuel, conta como é feito esse processo. “Nós plantamos e, à medida que vai crescendo, a gente faz a ‘capa’ (corte), assim sempre renovando, crescendo e capando. O ponto certo para fazer esse corte é quando a folha está ficando amarelada e inchada”, explica. Após o processo de seleção das folhagens, elas são espalhadas em arames e expostas ao sol para dar início à etapa de secagem. Alguns cuidados são tomados para não haver perda das folhas, como por exemplo, sua posição, para evitar o acúmulo de água em dias chuvosos.

Logo em seguida, o fumo é triturado, prensado e enrolado. Assim, inicia-se uma segunda etapa, que o agricultor Antônio Carvalho chama de processo de ‘cura do fumo’. “Pegamos o rolo triturado e prensado e colocamos no sol; depois de um tempo, viramos de volta para o sol e assim sucessivamente. Desse jeito, ele vai curando, ficando mais escuro e com o cheiro mais forte. O ponto de cura ideal é quando o rolo do fumo está completamente duro, seco e na coloração preta. Geralmente ficam expostos ao sol por um período de 60 a 90 dias”, afirma. Após todo este processo, o fumo é comercializado em cordas, que formam grandes rolos. Em 2019, o preço do quilo do fumo beneficiado alcançou R$ 15, e R$ 4 o quilo da folha entregue aos produtores que fazem a cura.

O técnico agrícola da Cohidro, Willian Domingos, conta que a colheita no Perímetro Irrigado Piauí é considerada longa. “Geralmente os agricultores plantam em maio ou junho e dão continuidade à lida até dezembro. E com o sistema de irrigação da Cohidro, esse período pode aumentar em até 1 ano e meio”. Ele afirma também que, há muito tempo, o fumo tinha ficado inviável na região, mas nos últimos 3 anos, com a melhora nos preços, o produtor voltou a acreditar na cultura. Por isso, o fumo em Lagarto representa um fator importante para a comunidade. “A economia local se beneficia de forma representativa no comércio, porque o investimento do produtor nesse cultivo não é tão alto, mas o seu retorno é imediato”, conclui.

Para Gildo Almeida, gerente do perímetro da Cohidro em Lagarto, uma boa irrigação é de suma importância para o fumo e outros cultivos. “Se não houver o bombeamento que o perímetro faz, a água não chega na plantação. Além do fumo, auxiliamos o desenvolvimento de outras culturas. São quase 30 tipos de culturas produzidas o ano inteiro. É muito gratificante ver a satisfação do produtor como resposta aos nossos serviços”, relata. No Perímetro Piauí, 421 lotes são irrigados durante todo o ano, beneficiando 3.515 pessoas diretamente com o serviço mantido pelo Governo do Estado. Anualmente, é colhida uma produção média que se aproxima das 10 mil toneladas, entre alimentos e outros produtos de consumo, como fumo, material forrageiro e plantas ornamentais, injetando na economia local algo em torno de R$ 17 milhões a cada ano.

Rotação de culturas faz sucesso em lavoura irrigada em Lagarto

Juntos, experiência do agricultor, irrigação pública e assistência técnica da Cohidro elevam produtividade da propriedade, gerando renda para pequenos agricultores

Gilvan mostrou a produção do seu lote no programa Sergipe Rural, da Aperipê TV [Reprodução de imagens de Jorge Henrique]
Produtor rural há mais de 25 anos, Gilvan Silva planta variadas espécies de hortaliças e culturas anuais em lote no Perímetro Irrigado Piauí, localizado em Lagarto, região centro-sul de Sergipe. Com a irrigação fornecida pelo governo do Estado, ele pode optar por um sistema de rotação de culturas, em que o produtor colhe diferentes alimentos durante todo ano e mantém a fertilidade do solo. Produtividade reforçada pelas orientações dadas pelos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro), que administra o perímetro. Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, o produtor conta que não teve prejuízo nas vendas, incrementadas pelo período junino.

Utilizando completamente a sua área de 2,3 hectares, Gilvan conta com produtos que têm tido grande procura por parte do consumidor, principalmente porque ele tem o cuidado de sincroniza-los aos períodos de maior saída, como o São João, quando o milho verde e o amendoim disparam nas vendas. Apesar do cenário atual, em meio à crise provocada pela pandemia de Covid-19, o produtor está conseguindo render bons lucros, graças à versatilidade da sua produção, que resulta em maior retorno financeiro a todos os envolvidos no plantio. “Planto milho, planto amendoim, planto macaxeira, planto mandioca, de tudo um pouco! Para cuidar da lavoura, às vezes coloco um ou outro trabalhador para me ajudar, e assim vai. Todo mundo ganha”, conta o agricultor.

Os produtos comercializados in natura, Gilvan entrega aos feirantes da região. Já os que dependem de processamento, como é o caso da mandioca e do amendoim, abastecem as casas de farinha e as fabriquetas de amendoim cozido, presentes no próprio perímetro irrigado, se valendo da grande oferta nos lotes dos irrigantes. “Além do milho e do amendoim, estou conseguindo vender bem o repolho, que está novinho e, por isso, rendendo um dinheirinho”, afirma. Além de avaliar o mercado e o período do ano para escolher o que plantar, a diversidade de cultivares encontrada no lote de Gilvan, por si só, melhora a sua capacidade de escoamento da produção e garante a renda familiar. Sempre tendo diferentes produtos para ofertar, ele não fica na dependência do preço de um só item.

Diretor de Irrigação da Cohidro, João Fonseca explica que o plantio do amendoim no sistema de rotação de culturas tem vantagens que vão além da boa procura, preferência no estado que lhe rendeu o título de Patrimônio Imaterial Sergipano, desde 2013. “É uma cultura que atua na fixação do nitrogênio ao solo e fornece grande quantidade de restos culturais, ajudando o agricultor a economizar em adubação. Por essas vantagens, em nossos perímetros, ele acaba por suceder outros cultivos mais duradouros ou exigentes durante as entressafras, como a batata-doce e o coentro”, revela.

Mantendo a terra sempre ocupada com estas várias plantações ao mesmo tempo, o agricultor aproveita todo potencial oferecido pela terra e a infraestrutura de irrigação pública instalada e mantida pelo governo de Sergipe, através da Cohidro. Gildo Almeida, gerente do Perímetro Irrigado Piauí em Lagarto, aponta que além da água, os irrigantes recebem a Assistência Técnica Agrícola e Extensão Rural (ATER) nos lotes. “A Cohidro está à disposição de todos os 421 produtores do perímetro. No caso do Gilvan, sempre que necessário ele nos procura, e disponibilizamos técnicos agrícolas para acompanhá-lo no que for preciso. Fornecemos uma irrigação de qualidade que, somada à experiência do Sr. Gilvan, faz da sua rotação de culturas um case de sucesso”, conclui o gerente.

[vídeo] Agricultor do perímetro de Lagarto faz aproveitamento diversificado do lote irrigado

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A diversidade de cultivares encontrada no lote de Gilvan Fontes, agricultor irrigante do Perímetro irrigado Piauí [Lagarto], melhoram a capacidade que o ele tem para escoar a produção e garantir a renda familiar, sempre tendo diferentes produtos para ofertar e sem depender do preço de um só item. Mantendo a terra sempre ocupada com estas várias plantações ao mesmo tempo, ele aproveita todo potencial oferecido pela terra e na irrigação pública fornecida pelo Governo de Sergipe, através da Cohidro. Acompanhe a reportagem do último sábado (11), feita pelo programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, para saber mais desta experiência.

[vídeo] Sergipe Rural mostra que perímetro de Lagarto mantém tradição junina do milho verde

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Cerca de 42 hectares do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Cohidro em Lagarto, foram destinados ao plantio do milho para o período junino e dessa área é esperada à colheita de 840 mil espigas de milho verde até o fim de junho. No sábado (27) o programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, mostrou o exemplo do lote do irrigante Gilvan Fontes, que plantou mesmo com o preço de venda menor, reflexo na baixa de consumo pela proibição das festas juninas durante a pandemia do coronavírus. O produtor, como a maioria dos 421 irrigantes assistidos no perímetro, dedicou uma parte do lote para o milho verde, seja para venda, seja para o próprio consumo durante o período em que é forte a tradição das comidas típicas à base do milho.

 

[vídeo] Melancia é nova aposta no perímetro da Cohidro em Lagarto

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, iniciou o ano mostrando os resultados obtidos pelos irrigantes Roberto de Jesus e Adelmo Bispo, que optaram por produzir a melancia irrigada com a água que recebem do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. No polo agrícola administrado pela Cohidro, esse tipo de lavoura ainda é pouco explorado, mas mostrou ter boa adaptação ao solo, água e clima; ao mesmo tempo em que encontrou mercado receptivo à sua comercialização.

 

Ponto a favor, foi a iniciativa de Adelmo Bispo em produzir a melancia entre as parreiras de maracujá, aproveitando a mesma área, adubação e água em ambos os cultivos, convertendo lucro ao produtor.

Amendoim já sai cozido do perímetro irrigado Piauí

Produtores utilizam irrigação pública para plantar mais de uma vez ao ano, além de beneficiar as suas colheitas e as dos vizinhos

 

Patrimônio imaterial, reconhecido pela Lei Estadual 7.682 de 2013, o amendoim cozido é orgulho do estado de Sergipe. Quer saber uma curiosidade? A enorme demanda interna pelo produto é suprida, quase que na totalidade, por produção local. O estado produz, anualmente, uma média de 1,9 mil ton de amendoim, numa área total de 1.100 hectares. Parte considerável dessa produção está nos perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que oferecem a vantagem da colheita mais de uma vez por ano. Em Lagarto, tem irrigante do perímetro Piauí que, além de plantar e colher, também cozinha as vagens em água, sal e limão, deixando pronto o petisco preferido por 10 em cada 10 sergipanos e, claro, pelos turistas que aqui aportam.

Em 2018, nos perímetros mantidos pelo Governo do Estado, através da Cohidro, foram colhidas 675 ton de amendoim de plantios irrigados, em 182 ha. Diretor de Irrigação da companhia, João Fonseca explica que o plantio do amendoim tem vantagens que vão além da boa procura nos períodos de férias e das grandes festas, como o São João e o Carnaval, por ter uso na rotatividade das culturas. “É uma cultura pouco exigente. Atua na fixação do nitrogênio ao solo e fornece grande quantidade de restos culturais, ajudando o agricultor a economizar em adubação. Por essas vantagens, em nossos perímetros, ele acaba por suceder outros cultivos mais duradouros ou exigentes durante as entressafras, como a batata-doce e o coentro”, revela.

No perímetro Piauí, os irrigantes colheram 173 ton de amendoim no ano passado, plantados em 50 ha. Um deles é José Nivaldo, que divide seu lote irrigado de 1,6 ha em cerca de cinco lavouras, mas planta mais de uma com amendoim. “Eu costumo plantar em meados do mês de agosto e, até março, estou colhendo ainda. Acredito que dê na faixa de umas 600 ‘terças’ (balde de 12 litros) por hectare”, conta. A primeira parcela do ano ele já começou a colher. “Essa semana eu vou começar o plantio de uma nova lavoura. O preço vai pela época. Agora mesmo está ótimo, de R$ 35,00 a R$ 30,00 a ‘terça’”, detalha. Segundo o produtor, a facilidade no cultivo e os 70 dias entre o plantio e a colheita o motivam a plantar.

“A Cohidro ajuda no fornecimento de água da irrigação e, às vezes, quando preciso de orientação técnica, quando surge um novo problema na plantação, eu procuro um dos técnicos agrícolas da Cohidro e eles me orientam sobre o que fazer. Mas temos aqui o Gildo (Almeida), o gerente do perímetro que é da área, que conhece as necessidades com relação à água e está fazendo um bom trabalho”, opinou José Nivaldo. Durante 55 anos, o irrigante viveu e trabalhou no mesmo lote e, há 32, ganhou um estímulo a mais para produzir, passando a ser atendido pelo perímetro irrigado. Dessa forma, pôde explorar o lote com novas culturas e em períodos do ano em que não há boa incidência de chuvas, a exemplo do plantio do amendoim para colher e cozinhar no verão.

“Todo ano, nesse período agora eu planto amendoim e, mais tarde, eu planto novamente para tirar no Carnaval. Só faço um plantio em cada área, quando chega o inverno eu planto milho”, disse o conhecido Toinho do Amendoim. Em sua primeira área, cerca de 0,4 ha, colhe de 15 a 20 sacos, que vai ele mesmo beneficiar e revender para comerciantes de Lagarto e da Ceasa de Aracaju. “Eu cozinho toda semana. Quem compra quase toda roça do perímetro sou eu. O do perímetro é melhor, porque vem mais limpo. Mas quando vem de fora do estado é cheio de talo, bagaço, um monte de terra. Com o pessoal daqui não é assim, eles ajeitam tudo direitinho. E a Cohidro ajuda com a irrigação, tanto aqui quanto nos outros perímetros”, finalizou.

Última atualização: 2 de dezembro de 2019 17:11.

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