Assistidos pela Cohidro propõem mais 354,2 ton. de alimentos à ‘Doação Simultânea’

Propostas de 2018 sendo aceitas pela Conab, PAA via Cohidro superará os R$ 11 milhões pagos aos irrigantes e doará quase 4 mil toneladas de alimentos à mais de 144 mil pessoas.

 

Doação de alimentos in natura é feita às famílias cadastradas pelo Cras municipal – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Modalidade do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que faz a remuneração justa e garantida da produção rural e destina estes alimentos à famílias em situação de insegurança alimentar e instituições beneficentes; a Compra com Doação Simultânea encontra terreno fértil nos perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), pela disponibilidade de água para produzir e fazer entregas de alimentos durante todo ano. Três projetos de 2017 ainda estão em execução, concluindo a entrega de 387,5 toneladas de alimentos para 14.950 pessoas, mas com a ajuda dos técnicos da empresa os agricultores irrigantes já propuseram a entrega de mais 354,2 mil quilos este ano, contemplando mais 12.730 beneficiados.

Segundo dados contabilizados Sandro Luiz Prata, gerente de Agronegócios da Cohidro, que se dedica ao PAA desde 2008, ocorrendo a aceitação das sete propostas que auxiliou os agricultores a fazer em 2018, serão 1.599 participações destes irrigantes em 47 projetos encaminhados à Conab nos últimos 10 anos, da mesma forma que totalizam 144.461 pessoas estarão listadas nestes projetos como beneficiadas com alimentos. Estes que somariam 3.991.027 quilos plantados e colhidos nos polos de irrigação pública do Estado e que geram, de renda bruta ao produtor, R$ 11.983.910,64, em valores corrigidos pelo IGP-M.

Sandro Prata auxilia diretamente os agricultores na organização documental e na formulação das propostas de fornecimento de alimentos ao PAA – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

“Nosso trabalho é de primeiro mobilizar os produtores interessados em fazer entregas ao PAA a se organizarem em associações ou cooperativas, e isso inclui a orientação quanto à regularização de toda documentação necessária, como a DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) física e a jurídica. Após isso, tem a parte de montar a proposta que inclui a quantidade de produtores, que baseado nos itens que eles podem oferecer, vai determinar a quantidade de alimentos que, por sua vez, vai também indicar quantas pessoas serão assistidas pelas doações. O valor do projeto vai ser baseado na tabela da Conab sobre a quantidade de alimentos. Sendo que em 2018, propostas acima de R$ 80 mil têm menos chance de serem aceitas. Por este motivo é que orientamos os produtores para que fossem feitos sete projetos menores dessa vez”, relata Sandro Prata.

Para o presidente da Cohidro, Carlos Melo, o apoio na organização do PAA, dado aos produtores que a empresa assiste, é um investimento que até agora sempre surtiu bons resultados. “São dez anos em que a irrigação que a empresa fornece já abonou mais de R$ 10 milhões que foi para o bolso do agricultor familiar que participa desses projetos. Dinheiro a mais, pois no contrato com a Conab é estabelecida uma garantia de escoamento da produção, de que aquilo que plantar vai ter destino certo e preço justo, sem contar com a sorte na especulação dos atravessadores. O melhor é que ajuda famílias sem condições de comprar alimento e instituições filantrópicas, como hospitais, asilos e creches. Até hoje, só com o alimento adquirido pela Conab nos perímetros do Governo do Estado, foram mais 130 mil pessoas que já receberam esta assistência”, informa.

As propostas enviadas à Conab passam por um ‘ranqueamento’ para determinar quais projetos terão sua parte no orçamento determinado em cada estado. Pontuam mais os projetos com os valores mais baixos; os que possuírem maior número de proponentes mulheres, assentados da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais, a oferta de produtos orgânicos e ainda o grau de vulnerabilidade à insegurança alimentar do município beneficiado com a ‘doação simultânea’. Também servem de critério de desempate o índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), renda per capta do fornecedor e se a proposta foi enviada pelo sistema online do PAA. Em sergipe, associações de dentro e fora dos perímetros disputam os recursos na ordem de R$ 453.200,00, para 2018, valor bem abaixo dos R$ 625 mil que só os agricultores assistidos pela Cohidro receberam nos projetos do ano passado.

João Quintiliano da Fonseca Neto, diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, lista os grupos de produtores que, com ajuda daCohidro, propuseram projetos à Conab este ano. “Só de Lagarto são três, a Appip (Associação de Produtores do Perímetro Irrigado Piauí), o Movimento Associativista do Brejo e a Cooperappip (Cooperativa dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí), onde participam 66 produtores que propõem fornecer alimentos para 6 mil pessoas. De Itabaiana, no perímetro da Ribeira, temos as associações dos povoados Lagoa do Forno e São José, juntas têm 31 produtores e mais 3.650 beneficiados. Já de Canindé de São Francisco temos a Cofrucal (Cooperativa de Fomento e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia) e a Assai (Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco), formalizando mais 41 produtores com projetos para atender outras 3.660 pessoas”.

Receptoras

Atualmente, toda ‘doação simultânea’ que sai dos perímetros irrigados tem como destino os centros de referência da assistência social (Cras). Nos novos projetos, serão atendidos os municípios aonde ocorrem às coletas, ou seja, em que os agricultores dos perímetros plantam e propõem projetos ao PAA, além da cidade de Simão Dias. Nesta, hoje ainda ocorrem entregas da Appip de Lagarto no projeto iniciado em 2017, que 18 produtores irrigantes se propuseram à doação de 37.647 quilos de alimentos, que está sendo concluída agora. No Cras simão-diense, uma parte dos alimentos é distribuída às famílias carentes cadastradas na instituição, a outra é destinada ao preparo de refeições aos internos do Asilo São Francisco de Assis, da casa de acolhimento para menores e dos pacientes da Unidade de Pronto-Atendimento de Saúde (UPA), todos administrados pela prefeitura.

 

Califórnia inicia novo ciclo de reuniões com irrigantes atendidos pela Cohidro

Fotos: Andrea Santtos (Califórnia/Cohidro)

Quarta (6) e quinta-feira (7), o Perímetro Irrigado Califórnia promoveu os dois primeiros encontros de mais um ciclo de reuniões periódicas que a gerência local têm realizado. Desta vez, o objeto foi alertar quanto ao consumo correto da água de irrigação fornecida pela Cohidro, discutir a introdução da cultura do milho, a oferta de cursos e a proposta de formação de grupos de Horticultura e Fruticultura, e falar da importância da cooperativa e associações no processo de comercialização.

A primeira reunião reunião, na quarta-feira, ocorreu com os agricultores do Setor 6, área de atuação do técnico Tito Reis. A Segunda, na quinta, nos setores 7-1 e 7-2, onde atua o técnico agrícola Antônio Roberto Ramos. Ainda irão ocorrer mais reuniões nas próximas semanas: dia 12 no Setor 5 e dia 14, Setor 4, do técnico Edmilson Cordeiro; dia 19 no Setor 3, do técnico Joaquim Ribeiro. Dias 21 é no setor de Sequeiro Norte e 26, no Sul, área de atuação do técnico Manoel.

Ao tratar do uso correto da água, a gerente Eliane de Moura Morais se referiu ao desperdício, ocasionado quando são colocados aspersores aguando além das áreas de lavouras e os vazamentos nas tubulações dentro dos lotes. Já se tratando da introdução do milho, os técnicos da Cohidro explicaram a necessidade de adequação da irrigação para este tipo de cultivo.

Ainda foi abordado o tema do associativismo e cooperativismo, que são os meios para que os produtores possam participar dos programas governamentais da compra da produção rural, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Conab e o Pnae, do FNDE. O primeiro método já possui agricultores do perímetro Califórnia proponentes de projetos pela Cooperativa de Fomento e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal) e Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (Assai), que estão buscando mais irrigantes parceiros para novos projetos.

Cohidro e irrigantes participam do Fórum Estadual de Implementação de Políticas Públicas para a Agricultura Familiar

No Fórum Estadual de Implementação de Políticas Públicas para a Agricultura Familiar, realizado ontem pelo Circuito Integrado de Cooperação e Economia Solidária na Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e da Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), a Cohidro foi representada pelo seu gerente de Agronegócios Sandro Luiz Prata e o técnico agrícola Edimilson Cordeiro, do Perímetro Irrigado Califórnia. Acompanhado dos produtores irrigantes, também do polo irrigado, Levi Alves Ribeiro e João Aureliano da Silva, respectivamente presidentes da Coofrucal e da Assai, de Canindé de São Francisco. Também presentes Antônio Gedeão José de Santana e Cirilo Amorim, presidentes das associações Movimento Associativista do Brejo e de Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip), de Lagarto.

A Seidh realiza o evento, com a participação de representantes de 50 associações e cooperativas de todo estado, buscando o fortalecimento das políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional. Devido ao corte orçamentário de 2018 em programas sociais federais, o foco principal das discussões foi o Programa De Aquisição De Alimentos (PAA) da Conab, na modalidade ‘Doação Simultânea’.

No PAA, a Cohidro atua fornecendo irrigação e assistência técnica, tanto rual como escritural, para a o produtor irrigante ter garantias de produção agrícola e participar com seus projetos. Atualmente, dois contratos no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, estão em vigência, através da Appip e Movimento Associativista do Brejo, para fornecer 68 toneladas de alimentos em entidades sócioassistências, para o preparo de refeições em asilos, hospital e abrigo de menores, além de cestas in naturas para famílias em situação de insegurança alimentar. Até o fim de 2017, só nos projetos de ‘doação simultânea’ originados nos perímetros da Cohidro, foram produzidos 3.232.280 quilos de alimentos.

Na ocasião, a Seidh entregou dois caminhões-baús refrigerados para incrementar o atendimento à comunidade nos municípios, através das cooperativas, objetivando a prestação gratuita de serviços sociais no âmbito do PAA.

 

PAA permite a ‘doação simultânea’ de alimentos das famílias do campo para as da cidade

Dois projetos assessorados e viabilizados pela irrigação da Cohidro estão fornecendo alimentos a populações carentes de Lagarto e Simão Dias, e ao mesmo tempo gerando renda ao agricultor familiar fornecedor.

Entrega de alimentos ao Asilo São Francisco de Assis – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Está sendo possível de agricultores familiares produzirem alimentos de primeira qualidade, que são diretamente doados a famílias em situação de insegurança alimentar. Se dá pela ação conjunta entre órgãos públicos dos três níveis de governo, a partir do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é gerido e custeado pela Conab, em sua modalidade ‘Doação Simultânea’. Centros de referência de assistência social municipais (Cras), fazem o repasse dessa produção a entidades beneficentes e diretamente a população carente. O Estado, por sua vez, fortalece os meios de produção, com a irrigação, assistência técnica e assessoramento documental.

Foi assim nesta quarta-feira (7), quando os agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), fizeram a primeira entrega ao PAA no ano. As associações Movimento Associativista do Brejo e de Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip), juntas coletaram 10 toneladas de alimentos dos seus associados, repassados aos Cras dos municípios de Lagarto, há 75km da capital e onde é feita a produção agrícola, e do vizinho Simão Dias, distante 100km de Aracaju.

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola justifica o porquê da empresa dedicar parte do seu pessoal de assistência, aos projetos do PAA. “A Conab, que é uma grande parceira de nossos agricultores, tem uma tabela de preços pagos aos produtos justa, superior àquilo que os agricultores recebem dos negociantes locais. Isso gera melhor renda e incentiva o esmero do agricultor, para oferecer um produto de excelente qualidade, sem riscos de ser recusado pelas entidades receptoras e isso interferir na sua permanência do projeto. Mas o melhor de tudo é que nas duas pontas deste caminho, ambos ganham. O alimento vai parar na mesa de quem precisa muito. Um outro incentivo para superar dificuldades, seja nas entidades socioassistenciais, seja por parte das famílias diretamente assistidas”, considera.

Antônio Cirilo Amorim, presidente da Appip, reforça a importância de fornecer produtos de primeira linha ao PAA. Nessa primeira coleta, foram 4.503 quilos, quantidade que ele garante que vai aumentar nas próximas entregas, quando os agricultores estarão mais engajados. “Eu falei para os produtores: mande pouco, mas mande produto de qualidade. Pois esse alimento é doado para pessoas diferenciadas, pessoas carentes que merecem ser bem atendidas pelo programa. Até porque o preço está, nesse projeto, muito bom”, argumenta o irrigante que contribuiu fornecendo a batata-doce que plantou, mas outros associados entregaram quiabo, cebolinha, macaxeira, alface, couve, coentro e acerola.

Da associação do Povoado Brejo, o presidente Gedeão José de Santana, diz que as entregas renderam aproximadamente 6 toneladas de alimentos, que incluíram batata-doce, acerola, pepino, laranja, jaca, quiabo, couve, coentro, alface, cebolinha e macaxeira, entregues ao Cras de Lagarto, que tem cadastradas 1.700 pessoas para receber as doações. “É um programa muito bom, um programa que vem assegurar o homem no campo. Ele planta com garantia de preço, porque independente do mercado, a gente tem uma garantia de preço do início ao fim do programa. Não são grandes produtores, mas a quantidade que ele produz, ele já está com o preço garantido, porque ele já pode plantar sabendo o preço que vai vender. O programa é muito bom, porque ele tem garantia de venda”, acrescentou.

Apoio da Cohidro
A Appip formulou projeto onde participam 18 produtores-fornecedores, já no Brejo, são 16. Juntos, estes 34 produtores receberão R$ 250.000 para produzir 68 toneladas de alimentos beneficiando, nas doações, 3.800 pessoas carentes. Segundo Sandro Luiz Prata, gerente de Agronegócios da Cohidro, a primeira associação está executando o PAA com o seu sétimo projeto, a segunda, no terceiro. “Já estamos trabalhando com novas propostas para estes produtores e também em Canindé de São Francisco, com irrigantes do Perímetro Califórnia. Buscando as informações na Conab, de como o programa vai proceder em 2018 e auxiliar as associações na organização dos projetos. É importante reafirmar que quem propõe e assume o compromisso são os agricultores e a gente auxilia orientando no que eles precisam saber para acessar a documentação e formular os projetos, que eles encaminham a Conab”.

Desde 2008, quando os agricultores decidiram aderir ao PAA, já foram 3.232.280 quilos de alimentos produzidos nos perímetros da Cohidro só para a ‘doação simultânea’. Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, explica que “o principal fator que favorece esses agricultores assistidos pela empresa atuarem continuamente, tendo projetos aprovados, é a irrigação. Sem a irrigação oferecida pelo Governo do Estado, eles não teriam como garantir a produção a qualquer tempo e por longos períodos de entrega.” comenta. Segundo ele, a queda de recursos destinados para a ‘doação simultânea’ em Sergipe, tem diminuído o tamanho e duração das propostas aceitas pela CONAB.

Ana Maria de Almeida é uma das agricultoras que participa do projeto da Appip, colheu o quiabo dos 0,33 hectares que tem plantando, mas já prepara área para ampliar o tamanho do cultivo. Além desse produto, também forneceu, na quarta-feira, cebolinha, coentro, alface e couve.  Ela não tem dúvida do motivo de ter aderido ao programa. “Porque é um projeto bom né? Ajuda sempre no financeiro da gente. Graças a Deus é um projeto que caiu do céu. A gente só tem que agradecer a Deus, porque deu tudo certo na vida da gente. Foi mandado de Deus e hoje nós temos algo para fazer e complementa a vida da gente”, avaliou.

Com a política de favorecimento e apoio às agrofamílias e tendo como base o conceito de que o pilar e sustentação de toda casa é a mulher, mãe, avó ou esposa; as novas determinações do conselho deliberativo do PAA, para 2017, foram de dar preferência aos projetos com o maior número de mulheres na hora de ranquear quais das propostas devem ser aceitas na concorrência pelo orçamento, que no ano passado foi bastante reduzido. Dona Ana Maria e muitas outras foram beneficiadas por esta norma, já que para ela não resta dúvida de que a participação no PAA protege as agricultoras da especulação do comércio em atacado de alimentos. “Compensa, a gente se dá muito melhor trabalhando do jeito que ‘nós tá’, do que do lado de fora. A gente só tem a agradecer a Deus e a vocês todos”, referencia a produtora irrigante diretamente assistida pela Cohidro.

Simão Dias
Ainda na quarta-feira, depois da coleta realizada pela Appip no perímetro Piauí, os alimentos foram recebidos pelo Cras de Simão Dias para serem distribuídos, no mesmo dia, em quatro instituições municipais diferentes. O primeiro a beneficiado, com alimentos para o preparo de refeições, o Asilo São Francisco de Assis, mantido pela Secretaria Municipal Inclusão Social, segundo o secretário da pasta, Flávio Matos de Souza, ali os produtos alimentarão os 20 idosos internados e os 20 funcionários que se revezam nos cuidados.

Da mesma forma ocorreu no abrigo para menores, também gerido pela Inclusão do município e onde os alimentos doados pelos agricultores irrigantes de Lagarto, vão alimentar as 15 crianças lá internas hoje. Assim também foi na Unidade de Pronto Atendimento (Upa), da Saúde municipal, onde os produtos de primeira qualidade servidão para o preparo das dietas especiais recomendadas aos pacientes. “É uma grande importância para o asilo, para o Cras, para a UPA. A demanda de insegurança alimentar no município é alta, por isso a importância dessa parceria com a Cohidro e a Conab”, defendeu Flávio Matos, informando que hoje o Cras 2 tem cerca de 1.500 famílias carentes inscritas e no Cras 1, aproximadamente 2.000.

No Cras 1, no início da noite foram convocados os membros da Cooperativa de Catadores de Material Reciclável de Simão Dias  (Coocamar), para receberem kits de alimentos montados pela equipe da Inclusão municipal, com todos os itens coletados pela Appip em Lagarto. Segundo o secretário Flávio, o centro de referência presta auxílio diferenciado a estas famílias, para que abandonem a arriscada prática de coleta em lixões, a partir da profissionalização no ofício de coleta seletiva, nas ruas e instituições. Como ocorreu com o PAA, eles são incluídos em todo convênio ou parceria que a pasta Social disponibilizar para a comunidade, mas, além disso, os 38 recicladores recebem projetos específicos à classe, como cursos, capacitações e campanhas de conscientização da sociedade.

Além do secretário de Inclusão Social e os gestores dos Cras, também participaram das entregas o prefeito Marival Santana, os secretários de Saúde, Lenivaldo Nunes e Agricultura, José Caetano. No dia posterior, quinta-feira (8), toda estrutura de distribuição se refez, para então repassar os kits de alimentos para outras 90 famílias cadastradas nos dois centros de referência municipais.

 

Produtores irrigantes de Lagarto iniciam entregas ao PAA em janeiro

Foto do gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida

Reunião hoje, no Perímetro Irrigado Piauí em Lagarto, com agricultores irrigantes, técnicos da Cohidro e Conab. Serviu para dar os últimos esclarecimentos quanto aos projetos de Compra da Produção Rural /Doação Simultânea aprovados pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ainda em 2017 e autorizados à fazer a primeira entrega já em janeiro. Ao mesmo tempo, estes produtores tiram as últimas dúvidas para as próximas propostas, que neste ano contarão com um orçamento federal maior para Sergipe.

São 34 os proponentes, pertencentes às associações Movimento Associativista do Brejo e de Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip), que vão receber juntos R$ 250.000, para entregarem mais de 68 toneladas de alimentos, beneficiando, a partir da doação simultânea, 3.800 pessoas em situação de insegurança alimentar, que recebem porções de alimentos in natura, distribuídos pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

Abobrinha, acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, milho verde, pimentão, quiabo e macaxeira, serão entregues pelos 18 agricultores da Appip que receberão, em média, R$ 6.944,44 cada, para suplantar 37.647 quilos em Alimentos para doação. Esta é a sétima vez que a entidade fornece alimentos ao PAA.

No Brejo, participam 16 produtores que vão gerar 30.975 quilos de acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, pimentão, quiabo e macaxeira. Será uma média de R$ 7.812,50 por produtor, da entidade que participa do PAA pela terceira vez.

A Cohidro contribui com estes agricultores que, sendo atendidos pela irrigação pública fornecida pela empresa, recebem a assistência na formalização dos projetos propostos à Conab e os auxiliam na organização e contabilização das entregas. Por contarem com esta irrigação contínua, fornecida pelo Governo do Estado, tais produtores têm a vantagem competitiva de poderem aderir e entregar alimentos ao PAA há qualquer tempo do ano. Desde 2008, já foram 3.221.777 quilos de alimentos doados via a ‘doação simultânea’.

R$ 625mil do PAA foram contratados nos perímetros da Cohidro em 2017

Os alimentos, depois de entregues pelos produtores, são contabilizados e transportados até às entidades
Foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Parte da produção agrícola gerada pela irrigação pública, fornecida pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em 2017, teve a comercialização garantida via Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é gerido e financiado pela Conab. Por intermédio dos técnicos da empresa estadual, na formulação das propostas de ‘doação simultânea’ e coberta pela irrigação pública que ela fornece, foram negociadas 184 toneladas de alimentos, entregues a 5.800 pessoas em situação de insegurança alimentar, atendidas pelo Centro de Referência de assistência Social (Cras) de Canindé de São Francisco e os pacientes do Hospital Maternidade São José, no município de Itabaiana.

No total do ano, 59 desses produtores-fornecedores ao PAA, foram remunerados em R$ 472.000. Até hoje e só para agricultores irrigantes atendidos pela Cohidro, o PAA já pagou R$ 6.747.010,18 a 1.442 produtores. Isso equivale a 3.221.777 quilos de alimentos doados – in natura ou em forma de refeições preparadas – para 130.453 pessoas carentes. Vem desde 2008 esta participação dos perímetros irrigados da Cohidro no programa da Conab, de onde 35 projetos-propostas já obtiveram aprovação, 31 com as entregas e respectivos pagamentos concluídos.

Ainda em 2017, 64 agricultores irrigantes nos perímetros irrigados iniciaram a produção de alimentos para atender outros quatro projetos aprovados pela Conab. No primeiro trimestre do ano subsequente vão entregar mais 131 toneladas de alimentos a 7.200 pessoas carentes. Para tanto, os produtores serão remunerados em R$ 500.000.

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola acredita que o programa tem muita viabilidade nas áreas irrigadas assistidas pela empresa. “O PAA é um benefício de mão dupla. Beneficia o produtor, que tem venda e preço justo garantido até o final do contrato com a Conab. Por outro lado, há muitas famílias carentes cadastradas pelos Cras que podem receber esta ajuda nutricional. Sem falar dos hospitais, creches e asilos em todo estado, habilitados a receber estas doações. Nossos técnicos e gerentes de perímetros estão capacitados e dispostos a dar toda ajuda na formulação dos projetos e na assessoria na hora das entregas. Havendo recursos federais, podemos ampliar muito o quantitativo de alimentos, produzidos pela irrigação, para a doação. Com a vantagem que nossos agricultores têm, de poder fornecer durante todo ano”, defende.

Segundo Sandro Luiz Prata, gerente de Agronegócios da Cohidro, 2017 só não foi melhor, devido às mudanças na metodologia de aprovação dos projetos ao PAA e a diminuição de recursos para este projeto cunho social. “Embora nosso histórico mostre que temos capacidade de produzir muito alimento para entregar à ‘doação simultânea’, em 2017, Sergipe ficou só com 1,98%, dos R$ 38,5 milhões destinados ao programa em todo país. Foram R$ 762.300 para todo estado, incluído projetos de fora dos perímetros. Tínhamos quatro projetos para apresentar e três deles, no início da vigência das novas regras, não foram aprovados. Somente a proposta da Associação dos Produtores Rurais da Lagoa do Forno, do perímetro da Ribeira, obteve a aprovação, pois era de R$ 125 mil, pontuando no critério de valor do projeto”.

Na última hora

O gerente comenta que a dificuldade enfrentada pelas novas regras empregadas foi ainda pior que a redução dos recursos do PAA para Sergipe. Tanto é que outros projetos, além dos auxiliados pela Cohidro, fracassaram na aprovação. “Sabendo disso, auxiliamos nossos produtores, às pressas, proporem outros quatro projetos, que foram aprovados. São outros R$ 500 mil que entrarão na conta dos 64 agricultores proponentes, a partir de janeiro de 2018, quando começam a fazer entregas à doação”, anunciou Sandro Prata.

O diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, explica que estes projetos de 2017, que serão pagos em 2018, devem ser concluídos no primeiro trimestre, para serem trabalhadas outras propostas. “Já no início do ano, os nossos produtores irrigantes vão fazer novas propostas para disputarem o orçamento de 2018, que esperamos ser maior. Sandro, juntamente com os gerentes dos perímetros, há meses já vêm mobilizando os agricultores à regularização de suas documentações, para estarem aptos à fazerem novas propostas. Para eles é vantagem, produzirem o alimento com a certeza de que terão mercado e preço acima do praticado pelos atravessadores”, pontuou.

A proposta

Quem propõe o fornecimento de alimentos são os agricultores, a partir da pessoa jurídica de uma associação ou cooperativa. Todos devem ter Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), ou seja, classificados como agricultores familiares. O valor a ser recebido em parcelas – depositada após cada uma das entregas – é diretamente proporcional à quantidade de alimentos a serem doados para um determinado número de beneficiados. O que estabelece a quantidade e variedade de alimentos a serem doados, atendendo cada um dos indivíduos assistidos, é determinado por uma dieta nutricional básica, que deve ser atendida durante a vigência do contrato.

A nova metodologia do PAA, que tanto dificultou à aprovação das propostas em 2017, funciona a partir de um ranque de pontos, dados para cada um dos critérios julgados, que podem obter uma nota entre 04 e 10. Os projetos melhor pontuados são aprovados, em decorrência dos que tiveram menos. Assim, recebem mais pontos os que tiverem o maior número de agricultores proponentes mulheres, os com mais assentados da reforma agrária ou pertencentes a comunidades tradicionais. Propostas em municípios de muito alta a média vulnerabilidade, segundo o mapa do Cadúnico, tem também uma pontuação gradual. Por fim, grupos de produtores que propuserem entregar 100% dos alimentos de origem orgânica, têm outros 10 pontos.

Já os critérios de valor e número de unidades receptoras do projeto, a proporção é inversa, ou seja, quanto maior o valor e a quantidade de entidades, menor ou nula será a pontuação. A partir da soma de cada um desses pontos obtidos, é que será feito o ranqueamento das propostas, aprovadas respeitando o teto de recursos para cada uma das unidades federativas.

Reunião no Califórnia define projetos do PAA para 2018

Foto Andrea Santos

Na terça-feira, 12, ocorreu uma Reunião do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no Perímetro Irrigado Califórnia, entre Cohidro, Centro de Referência de Assistência Social de Canindé (Cras) e associação de produtores Assai, para desenvolver as propostas de ‘doação simultânea’ à Conab, que serão apresentadas para vigorar em 2018. Na sede do Perímetro, os gerentes da Cohidro, Sandro Luiz Prata (Agronegócios) e Eliane de Moura Morais (Perímetro Califórnia), juntos dos técnicos agrícolas do perímetro irrigado, receberam os representantes do Cras e os agricultores irrigantes que compõem a Assai.

Atualmente esta associação tem um contrato vigente com o PAA da Conab, onde 24 produtores tem que entregam um total de 103 toneladas de alimentos para serem doados para 2.300 pessoas carentes, quinzenalmente. Para tanto, serão remunerados pela União, até o final do ano e do projeto, em R$ 192.000. Esse encontro de hoje serviu para que as duas partes, produtores (proponentes) e Cras (entidade receptora), representando à população em situação de insegurança alimentar no município, definam o novo projeto à ser proposto à Conab e vigorar a partir de janeiro.

Segundo Sandro Prata, o debate tem que ser incessante e outras reuniões devem acontecer, já o Governo Federal tanto cortou recursos para o financiamento do PAA, quanto impôs novas regras para ‘ranquear’ as propostas, afim de selecionar as que melhor se adequam nos novos critérios. São favorecidos os projetos como o menor valor e um menor número de agricultores fornecedores. Em contrapartida, projetos com um percentual maior de fornecedoras mulheres, assentados de reforma agrária e de produtores orgânicos, são também melhor pontuados.

Foto Andrea Santos
Foto Andrea Santos

 

 

 

 

 

 

 

 

Irrigantes assistidos pela Cohidro em Canindé fazem primeira entrega ao PAA

Alimentos então são distribuídos para as famílias cadastradas pelo Cras e listadas no projeto

Aconteceu na última terça-feira (13), assim que foi liberado o repasse da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) uma semana antes, foi enfim realizada a primeira entrega de alimentos ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) promovida pela Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (Assai). Foram 1.467 quilos de alimentos, produzidos nos lotes de 24 produtores irrigantes assistidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), no Perímetro Irrigado Califórnia. Ao todo 103 toneladas serão entregues ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da prefeitura de Canindé para então serem doados a 2.300 pessoas quinzenalmente, durante um ano.

No município, há 213 quilômetros da capital Aracaju, esse foi também o primeiro projeto, proposto por agricultores ao PAA, que obteve sucesso. A Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), contribui com o assessoramento destes irrigantes para elaborar a proposta que será apresentada à Conab, na modalidade de “Doação Simultânea”, para que assim eles tenham sucesso no pleito. Mas antes disso a Companhia já auxilia o agricultor e tem a garantia de que ele pode atender continuamente essa demanda por alimentos que, por sua vez, serão plantados e colhidos sob a assistência técnica e irrigação pública oferecida pela mesma Empresa Pública.

Ao todo, o projeto da Assai envolve recursos da ordem de R$ 192.000 pagos aos 24 produtores proponentes em parcelas, conforme explica o gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata. “Todo dinheiro fica depositado em uma conta em nome da associação, bloqueada, e que só tem liberação por parte da Conab assim que constatada a entrega e a partir da guia de recebimento emitida pela entidade receptora, a parcela referente àquela entrega é liberada para uma na segunda conta, de livre acesso da Associação, para então repassar aos agricultores. Se não houver confirmação de que a entrega foi feita, eles não recebem”, avisa. Ele ainda informa que R$ 1.319.339,00 é o valor dos quatro projetos do PAA que foram autorizados pela Conab no Estado em 2016.

Presidente da Assai, João Aureliano da Silva comemora a primeira entrega, que ocorreu como foi planejada. “Pensei que não ia chegar esse povo, mas está tudo bem. Eu me animei no dia da reunião (uma semana antes), ali que eu vi o pessoal disposto”, conta. Dos 24 agricultores, quem não entregou desta vez, o fará na próxima. “Para começo está ótimo. Os outros não entregaram porque também não está tendo produto, mas semana que vem tem outra entrega e os mesmos que botaram agora, quando for na próxima, colocam”, justifica o também agricultor. Ele está animado com a possibilidade de reunir mais produtores nos próximos projetos. “Deus ajude que quando esse terminar, venha outros, né? Outro maior ainda. O pessoal aqui está em duvida, porque acharam que não ia dar certo. Quando virem que está dando certo, todo muito vai se animar, se interessar”.

Já o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, considera fundamental ao desenvolvimento da agricultora irrigada, o incentivo dado pelo Programa. “Eles produzem o ano todo, graças à água que oferecemos em seus lotes. Sem o PAA, sem o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), todo esse alimento acaba parando na mão do atravessador, que paga um valor bem abaixo do que é justo. Se existe esse método de venda garantida, com preço tabelado na assinatura do contrato e o valor acima da média de mercado, até os compradores particulares terão que se adaptar aos preços praticados pela Conab e a renda de quem produz, melhora, se torna mais justa”, acredita.

Edenizio Martins dos Santos é um desses produtores que se interessou pelos melhores preços oferecidos no PAA. “O interesse é de melhorar a vida da gente lá na roça. Durante esse tempo todo (mais de 20 anos) que eu moro aqui, nunca vendi um saco de quiabo neste preço, só na época de Cosme e Damião. Um preço que é, graças a Deus, razoável, bom, que dá para o cara trabalhar sossegado. Ai a gente vai tentar atingir outros objetivos maiores, de crescer mais, de botar novos produtos, para melhorar a situação da gente lá na roça, porque está muito difícil”, considera, acreditando que as obras que ocorrem no Califórnia, através do Proinveste, vão melhorar a capacidade de irrigar do produtor.

O Proinveste garantiu R$ 7 milhões em investimentos nos perímetros da Cohidro, R$ 4 milhões somente para o Califórnia. Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho afirma que o quantitativo de obras vão “reinaugurar” o polo irrigado. “Já adquirimos e estamos montando as 37 novas bombas, para reabilitar as estações de bombeamento e garantir maior vazão com economia, já que são bombas novas e modernas. Reformas também já estão acontecendo nos canais de irrigação de concreto. O N1 teve seus pontos críticos restaurados, para evitar a perda de água em vazamentos, em breve o restante dele também será restaurado. Agora será a vez do C1, que terá a obra de cobertura reiniciada, a fim evitar a exposição da água à poluição da cidade, à evaporação e garantindo segurança aos habitantes de Canindé”.

Segurança alimentar

Jorge Gomes dos Santos é presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Canindé e está acompanhando a entrega de alimentos na Assai. “A Cohidro, na verdade, foi mesmo a ponte entre o produtor e o Programa, como eles têm um conhecimento limitado, por si próprio, não teriam a iniciativa. Mas através da Associação, com o apoio da Conab e da Cohidro eles conseguem”, argumentou. Para ele, o principal diferencial desse projeto é a qualidade dos produtos entregues. “Muitas vezes as pessoas fornecem muitas coisas e que não são daqui da nossa região, aí traziam um feijão que já era dificultoso para cozinhar, mas com esse produto nosso aqui, é um produto saudável, uma coisa boa e interessante para socorrer algumas pessoas que realmente são assistidas pelo Cras. E Ajuda os dois lados, incentiva o produtor e vai para a mão daquele que realmente não tem condição”.

Alimento que tem a qualidade garantida, pelo zelo com que trabalha sua horta, é o da agricultura irrigante Maria Aparecida Nascimento Santana (Cida). Ela leva em conta a vantagem financeira, de fazer parte do PAA, onde tem venda certa do seu produto e por valor maior que o do mercado, mas ainda assim, para ela pesa o fato desse alimento produzido ser destinado à doação, para a alimentação de pessoas carentes. “Eu acho bom, porque a gente vai trabalhar sabendo que vamos vender a mercadoria mais em conta, pegar mais dinheiro e matar a fome das pessoas que estão mais precisadas e muitos de seus parentes”, considera ela que entrega coentro ao projeto.

Secretária Municipal de Bem-Estar Social de Canindé, Maria Leila dos Santos é a responsável pelo Cras e avalia o projeto em que a instituição foi favorecida. “Muito positivo, estamos fechando a nossa gestão com chave de ouro. É um projeto que a gente almejou, há dois anos que estamos tentando alcançar esse projeto e graças a Deus chegou. Então assim, a assistência social está de parabéns, a Cohidro, a Conab, a associação também, que abraçou o projeto. Com a vinda desse projeto, com a comercialização do produto deles, não vamos mais precisar de atravessador e com isso, a renda de Canindé aumenta, o consumo aumenta, então todo conjunto é positivo na vinda desse projeto, graças a Deus”.

Maria Aparecida Lisboa Lima mora no Povoado Curituba e vive só do que produz na roça que cuida, em outra localidade. Chegou encima da hora para poder levar para casa macaxeira, quiabo, goiaba, pimentão, acerola e coentro e não se arrependeu. “É uma benção, para a gente tem precisão, que não tem trabalho, aqui já é uma ajuda. Eu vim agora de São Bento e que Jesus abençoe todos e que dê saúde para trabalhar e ajudar os que mais precisam”, benzeu.

Sergipe vai a Brasília pleitear recursos para agricultura irrigada, pecuária e combate à seca

Presidente Felizola, deputados Joni Marcos e Fabio Reis, em audiência com o ministro Helder Barbalho – Foto: Ascom/Fábio Reis

Em Brasília, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e sua subsidiária, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), na terça-feira, dia 8, tiveram audiências no Ministério da Integração Nacional (MIN). Foram tratados a obtenção de recursos para implementação do projeto de irrigação Manoel Dionísio Cruz, em Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano; para a reestruturação dos outros seis perímetros irrigados da Cohidro e ainda em ações de enfrentamento aos efeitos da estiagem prolongada no Estado.

No Manoel Dionísio são previstas a construção de 100 km de adutoras com capacidade para atender 5 mil agricultores familiares. Preliminarmente orçado em R$ 125 milhões, vai desenvolver atividades produtivas em lotes de cinco hectares, voltados para fruticultura irrigada e lotes de 20 a 25 hectares para pecuária leiteira. No projeto serão atendidos 2.300 hectares irrigados, com captação de água do Rio São Francisco. Segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, o pleito foi bem recebido no MIN.

“Participei da audiência com o secretário de Recurso Hídricos do Ministério, Dr. Ricardo Santa Ritta, onde pleiteamos a liberação de recursos para investimentos em nossos perímetros. O que resultou no compromisso mútuo de agendarmos sua vinda a Sergipe, para conhecer tanto a área para implantação do Manoel Dionísio como os outros polos de irrigação pública geridos pelo Governo do Estado, através da Cohidro”, expôs Felizola.

O presidente da Cohidro esclarece que o processo de reestruturação dos perímetros irrigados já vem acontecendo e têm ações executadas e outras em processo de licitação. “Pelo Proinveste, novas 45 bombas estão reequipando as estações de bombeamento nos perímetros Piauí (Lagarto) e Califórnia (Canindé). O programa está reformando estas instalações, canais de irrigação e barragens. O mesmo se dará via programa ‘Águas de Sergipe’, modernizando e tornando sustentável a captação de água para irrigação na bacia do Rio Sergipe”, completou.

Felizola, com os dos deputados federais Fábio Reis e Jony Marcos, o secretário Esmeraldo Leal (Seagri) e o prefeito de Canindé, Heleno Silva, ainda tiveram audiência com Ministro da Integração, Helder Barbalho. “Levamos os pleitos do Governo do Estado para minimizar os efeitos da grave e prolongada estiagem que nosso Estado atravessa”, finalizou o presidente da Cohidro.

Segundo o secretário Esmeraldo Leal (Seagri), esta ida à Capital Federal faz parte de um conjunto de reuniões que a Cohidro, a Secretária de Agricultura, a Deso (Companhia de Saneamento de Sergipe) e a Defesa Civil Estadual (ligada à Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos – SEIDH) tem tido em Brasília, muitas delas com a presença do governador Jackson Barreto, em função de amenizar, aos sergipanos, os efeitos da pouca incidência de chuvas.

“A reunião teve uma importância muito grande, queria destacar o esforço que o Governo do Estado tem feito em função dessa questão emergencial, tem criado todas as condições para que toda equipe de governo acesse essas questões. Demonstram a unidade dos órgãos, no nosso caso a Seagri e as vinculadas, mas também outras secretarias que podem e devem colaborar com essa questão. Então acabou sendo fundamental. O presidente da Cohidro se posicionou firmemente com relação a importância de termos poços artesianos, principalmente no semiárido sergipano. Além de abastecer ao ser humano, também serve à dessedentação animal”, explicou Esmeraldo.

Ração animal
Ainda com enfoque nos efeitos da estiagem prolongada aos rebanhos sergipanos, Esmeraldo Leal demostrou que, além de água, está sendo necessário ir buscar apoio para a questão nutricional. O que o motivou, na mesma viagem, ir até a sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “A Secretária também se posicionou, em relação a preocupação geral da pauta do Semiárido, ao impacto da seca à ração animal. Tanto a possibilidade de compra de ‘rolão’, mas também a possibilidade de adquirir, através da Conab, milho com preço justo. Então, uma série de ações foram discutidas, todas elas com o apoio do governador, para que a gente amenize essa situação”, concluiu o secretário.

 

Doação Simultânea da Conab chega a Canindé via Cohidro

Os Produtores comparecem à reunião para se ater as regras e obrigações do PAA – foto: Ascom/Cohidro.

Agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, da Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe), aguardam ansiosos a liberação de recursos federais, na ordem de R$ 192.000, para dar início à entrega de produtos ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Conab. São 24 integrantes da Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (Assai) entregando 78 toneladas de alimentos durante um ano, para atender 2.300 pessoas em situação de insegurança alimentar, assistidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município. Em todo Estado, são quase 24 mil beneficiados em seis projetos.

É a primeira vez que um projeto proposto ao PAA, na modalidade de “doação simultânea”, está sendo deferido pela Conab, tanto no Califórnia, quanto em Canindé. Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, isso é motivo de comemoração. “Esse programa dá garantia de compra ao produtor, que passa a produzir certo de que a cada 15 dias, seu produto tem saída e pagamento seguro, com preço definido na assinatura do contrato. Não só em Canindé, mas nos nossos perímetros de Itabaiana, Lagarto e Malhador, esse benefício ao agricultor só tem sido possível por dois fatores: o total apoio de nossa Gerência de Agronegócios para formular os projetos das associações e ainda a segurança de que vai haver colheita, graças à irrigação pública fornecida durante todo ano”, garante.

Ao todo, o projeto da Assai envolve R$ 192.000 pagos aos produtores em parcelas, conforme explica o gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata. “Todo dinheiro fica depositado em uma conta em nome da associação, bloqueada e que só tem liberação por parte da Conab. Constatada a entrega, a partir da guia de recebimento emitida pela entidade receptora, a parcela referente àquela entrega cai na segunda conta, de livre acesso da Associação, para então repassar aos produtores. Se não houver confirmação de que a entrega foi feita, eles não recebem”, avisa. Ele ainda informa que R$ 1.839.445 é o valor dos seis projetos autorizados pelo PAA no Estado, cinco deles são de associações fazendo entregas, quatro desde abril.

Últimas orientações
No último dia 22, Sandro Prata acompanhou a equipe do PAA e o superintendente regional da Conab em Sergipe, José Resende dos Santos, em visita a Canindé, para uma reunião com os agricultores do Califórnia, proponentes do projeto e conhecer as instalações da Assai e do Cras. Esse encontro tinha por objetivo passar as últimas orientações aos produtores, antes deles começarem a entregar os alimentos à entidade receptora. Os técnicos da Companhia Federal reforçaram a importância do controle nas entregas de alimentos, seguindo sempre à risca o que foi proposto já que, durante o período de vigência do acordo haverá visitas de fiscalização, sem aviso prévio. Também foi momento de anunciar que, em mais tardar em uma semana, será a liberação dos recursos para pagamento das entregas.

“Falta o que? É só questão de aguardar a autorização da unidade Salvador, que é a operadora, para a gente passar para Associação e eles começarem a atender a demanda, fazer a entrega das mercadorias. Provavelmente segunda-feira, terça-feira já teremos uma posição”, disse José Resende. Ele está animado com este primeiro projeto atendendo produtores e pessoas carentes em Canindé. “É muito importante, porque vamos atender o povo e a população que necessita receber essas mercadorias, ação como a de Propriá, como Itabaiana, é do mesmo jeito”, comparou aos outros municípios onde o PAA já atua.

João Aureliano da Silva além de presidente da Assai, é produtor rural que vai entregar alimentos pelo projeto proposto ao PAA. Em seus mais de quatro hectares de área irrigada ele produz cana, milho, quiabo, cebolinha, acerola e macaxeira, estes dois últimos já estarão prontos para colher e logo incluir nas primeiras doações aos assistidos do Cras. Ele conta que, só do tempo participando na diretoria da Associação já se vão mais de 15 anos, antes tesoureiro e há oito anos, presidente. “Vale a pena, é um dinheiro que vai ajudar ao agricultor. Eu mesmo tenho interesse em trabalhar no beneficio de todos e estou animado, estamos provando que é uma Associação organizada e estamos finalizando os preparativos para a primeira entrega, graças a Deus”, agradece.

O presidente da Assai acredita que se o PAA desenvolver bem, mais irrigantes vão se interessar em participar. “Vamos nos reunir, porque somos 253 produtores (familiares) e na Associação só tem regularizado 24 pessoas. Dando certo esses, todo mundo vai se interessar, no outro contrato, todos vão estar, porque vão se animar”. Aureliano acha que o Perímetro, nos primórdios conhecido como “Projeto Califórnia”, não pode ficar sem participar do programa federal. “Um ‘Projeto’ desse é rico, tem um terreno maravilhoso, de tudo que o agricultor plantar vem e vem com força, é uma potência. Eu vejo ‘projeto’ menor que esse e as pessoas são tudo organizadas, e por que esse aqui não pode prosperar?”.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto lista os projetos que estão em pleno funcionamento nos outros perímetros administrados pela Empresa. “No Piauí (Lagarto) são 69 produtores doando para mais de seis mil pessoas atendidas por seis entidades assistenciais na cidade. Na Ribeira (Itabaiana e Areia Branca) são três associações, dos povoados São José, Lagoa do Forno e Mangueira, que juntas envolvem 104 produtores que vão assistir mais de 11.000 pessoas em entidades da Barra dos Coqueiros, Pedra Mole, Nossa Senhora das Dores e mesmo em Itabaiana. Já na Astrapicica (Associação dos Trabalhares Rurais do Perímetro Irrigado Jacarecica II), em Malhador, são 33 produtores que doam para 3,5 mil pessoas inscritas no Cras de Areia Branca”.

Um dos produtores que acreditaram no projeto da Assai, é Maria do Socorro Rodrigues dos Santos. Nos seus também quatro hectares, a goiaba e o quiabo estarão logo no ponto para colher e a área, para plantar o milho de entregar no PAA, já está sendo preparada. Para a agricultora, o Programa trás uma rentabilidade justa ao trabalho desenvolvido pelo irrigante. “Realmente, quando fala em projeto familiar, aí a gente pensa num resultados maior. Espero que dê tudo certo, pra melhorar a situação da gente. O melhor é o preço e a garantia, pois a gente sabe o que vai vender e por que valor”.

Cras de Canindé
Maria Leila dos Santos, Secretária de Bem-Estar Social de Canindé disse que o projeto aceito pelo PAA é de extrema importância para a Cidade e delegou equipes para ir até a Assai receber os alimentos e fazer a entrega à população assistida pela entidade. “A Prefeitura recebe esse projeto com muita alegria, porque a gente sabe da situação de muito beneficiário do Bolsa Família e disso a gente fez um dos critérios para que essas pessoas fossem escolhidas para ir receber o produto. Então, lá vamos nos preparar para fazer a logística e a entrega do produto, para que esse produto chegue da melhor forma possível nas mãos do beneficiários. Já está reservada a Assistência Social do Cras, que vai ficar à frente da tudo”.

Última atualização: 16 de outubro de 2017 10:45.

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