[vídeo] Agricultores retomam cultivo da pimenta biquinho no perímetro da Cohidro em Lagarto

Vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a Cohidro fornece água e dá a orientação técnica para esses irrigantes do Perímetro irrigado Piauí, em Lagarto, atenderem à demanda de mercado pela biquinho. O programa  Sergipe Rural, da Aperipê TV , foi até lá para mostrar esta nova realidade depois de um período de retração da produção, por conta da pandemia. A indústria local renovou os contratos para a compra da pimenta e comerciantes de outros municípios, e até de fora do estado, retomaram à procura e o produto volta a ter mercado com o abrandamento da crise provocada pelo coronavírus. A biquinho, de ardência muito baixa, é ideal para conservas e até a fabricação de geleias.

Irrigação antecipa colheita e produz macaxeira de melhor qualidade em Lagarto

Cohidro fornece irrigação, assistência técnica agrícola e assessoria em agronegócio nos perímetros irrigados que mantém em sete municípios

 

Gildo Almeida e Leda Fontes [Foto: arquivo pessoal]
O uso da irrigação na plantação de macaxeira produz raízes maiores e mais macias para cozinhar, por conta da precocidade com que a planta atinge o tamanho para colheita. A opção também permite que o agricultor cultive e colha em épocas em que o produto é escasso, como no verão, pois quando plantada em sistema de sequeiro, a macaxeira fica à mercê do volume de chuvas para produzir bem. Cerca de 30 agricultores do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Lagarto, estão optando por cultivar com o uso de sistemas de irrigação como a aspersão convencional e a microaspersão. A partir da orientação técnica da Cohidro, contudo, o sistema mais usado pelos irrigantes tem sido a mangueira de gotejamento.

O equipamento é de baixo custo e agrega eficiência com economia de água, já que o gotejador pode ser direcionado à base da planta, sobre as raízes, sem desperdiçar. Segundo o gerente do perímetro irrigado Piauí, Gildo Almeida, a opção da maioria dos irrigantes se deve muito à redução da mão-de-obra que o equipamento demanda. “A agricultora Leda Fontes, por exemplo, optou pelo gotejamento porque permite uma forma mais prática para remanejar no sistema de irrigação. Aqui, a vantagem na macaxeira é que a raiz cresce mais rápido, o preço de venda nessa época é melhor e, no cozimento, ela fica mais ‘molinha’”, acrescenta Gildo. De acordo com ele, atualmente, a raiz é comercializada pelo agricultor por R$ 1,20, o quilo.

A irrigante Leda Fontes reforça o fato da precocidade da planta ajudar na qualidade do produto. “Além de ajudar no crescimento mais rápido, a irrigação deixa a macaxeira mole quando a gente cozinha, aí é melhor para o consumidor. Sem o gotejo ela não cozinha direito e fica dura; nenhum consumidor gosta”, explica a agricultora. Em seu lote, no perímetro Piauí, sempre são reservados 0,33 hectares [uma tarefa] para o plantio da macaxeira. Se não fosse a irrigação, dependendo somente do ciclo das chuvas, a macaxeira levaria de 12 a 18 meses para crescer ao ponto de ‘arrancar’. Irrigando, esse tempo de colheita é reduzido para oito meses, em média.

O mês de março, que é de entressafra na produção de sequeiro, é um dos meses em que os agricultores irrigantes dos perímetros mais produzem, para aproveitar o preço vantajoso. No ano passado, somente no perímetro de Lagarto, foram colhidas 270 toneladas da raiz, produzida em 23 hectares, gerando renda bruta de mais de R$ 336 mil para os irrigantes. Em 2018, todos perímetros do Governo do Estado, juntos, produziram 3.365 toneladas de macaxeira, rendendo mais de R$ 5,5 milhões para os produtores, na época. Também nos perímetros irrigados mantidos pela Cohidro nas zonas rurais de Areia Branca, Canindé de São Francisco, Itabaiana, Malhador, Riachuelo e Tobias Barreto, é possível encontrar raízes de macaxeira de até 50 centímetros de circunferência.

Consumo
A demanda por macaxeira é grande em Sergipe. O alimento é culturalmente bastante consumido nas três refeições principais do dia, sendo servida tanto como prato principal quanto como acompanhamento, e servindo ainda para o preparo de sobremesas. Cozida, frita ou assada, ela vai bem salgada ou doce. Mas é importante que o consumidor adquira uma macaxeira de boa procedência. Existe uma diferença, conhecida por poucos, entre a macaxeira e a mandioca (brava), usada na produção da farinha e do polvilho. Se a mandioca for consumida in natura, sem um processamento que elimine a alta concentração de ácido cianídrico, pode provocar intoxicações.

[vídeo] Aumenta produção de fumo assistida pela Cohidro em Lagarto

Assista o vídeo apontando a câmera do seu celular para o QR Code

O programa Sergipe Rural da Aperipê TV esteve em Lagarto para mostrar como os produtores irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, estão satisfeitos e empolgados com a produção do fumo. Os agricultores atendidos pelo Governo de Sergipe, com irrigação e assistência técnica rural, voltaram a plantar o produto de olho no preço ofertado pelas indústrias, que chega à R$ 15 o quilo do produto já curado.

[vídeo] Amendoim cozido em perímetro irrigado é tema de reportagem do Sergipe Rural

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, foi até o Perímetro Irrigado Piauí da Cohidro em Lagarto, mostrar que tem produtor que tanto planta o amendoim, irrigado, como se beneficia do produto com o cozimento. Declarado como Patrimônio Imaterial de Sergipe (2013), o plantio do amendoim rendeu benefícios para o agricultor Antônio Braz, feirante que há 10 anos planta, cozinha e vende o produto pronto para consumo. Confira o vídeo.

[vídeo] Irrigante dá lição de alta produtividade em pequeno espaço no Sergipe Rural

O Sergipe Rural, da Aperipê TV, foi até o Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, conhecer um pouco mais o agricultor Nilson Araújo que trabalha há 22 anos no seu próprio lote, completamente cultivado com verduras, legumes e frutas mantidas com a água de irrigação pública e sob a orientação técnica da Cohidro.
Ao utilizar técnicas como a fertirrigação e o sistema de gotejamento, o produtor consegue aproveitar 100% da sua área utilizada para plantio, garantindo assim, o sustento de sua família com a comercialização destes produtos. Confira o vídeo.

[vídeo] Nova no perímetro de Lagarto, abóbora tem destaque no Estação Agrícola

Em busca de alternativas para diversificar o cultivo nos lotes, produtores apostam na cultura da abóbora e demonstram-se satisfeitos com a produtividade e o tamanho dos frutos desenvolvidos.
A reportagem exibida no programa Estação Agrícola da TV Sergipe, no dia 15 de dezembro revela o contentamento e as perspectivas futuras dos agricultores Adejan Fontes e Gildeon Dias. Confira o vídeo.

[vídeo] Programa Cultivos e Criações mostra que a abóbora é a nova aposta do perímetro Piauí

Com irrigação feita por gotejamento, a abóbora cultivada no perímetro Piauí demonstra resultados satisfatórios para os agricultores. A expectativa é que sejam colhidas 25 toneladas por hectare.
O programa Cultivos e Criações, da TV Alese, levado ar no dia 17 de dezembro passado, foi conhecer o plantio dos produtores que optaram por abandonar outros tipos de lavoura e investir exclusivamente na produção de abóboras, com acompanhamento e orientação da Cohidro. Confiram no vídeo.

Sergipe Rural: Batata-doce ourinho dá mais rentabilidade ao produtor irrigante

A batata-doce ourinho tem sido a aposta dos agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, unidade da Cohidro em Lagarto. A equipe do programa Sergipe Rural foi até lá mostrar a variedade de tubérculo que tem melhor preço de venda em relação as demais e por isso, oferece melhor rentabilidade aos agricultores irrigantes. A reportagem foi ao ar neste sábado, 9, pela TV Aperipê.

Irrigantes agora produzem mudas de uva com apoio da Embrapa e Cohidro

Beneficiados pela irrigação fornecida pela Cohidro em Canindé, eles abrigam campos experimentais da fruta em seus lotes. A ampliação das áreas com uva se dará sem precisar adquirir mudas fora de Sergipe.

Mudas são feitas ‘colando’ uma amostra da planta que se pretende gerar frutos em um suporte ou cavalo de outra variedade – foto arquivo pessoal

Chega a um terceiro patamar a parceria de transferência de tecnologia entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa) e a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), para a produção de uvas no estado. Depois de todo preparo das videiras no Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela estatal sergipana em Canindé de São Francisco (SE), e da ascensão, em duas colheitas bem-sucedidas, agora é iniciado um trabalho de replicação dos plantios, mas desta vez com mudas produzidas pelos próprios produtores, de uma variedade de mesa e de frutos sem semente.

Eles estão usando material genético de plantas adultas da variedade BRS Vitória, trazida pela Embrapa de sua unidade Semiárido em Petrolina (PE) e inédita nos plantios de Canindé, para fazer a enxertia (cavaleiro). Mas os porta-enxertos (cavalos) estão sendo retirados dos parreirais sergipanos, das variedades Isabel e BRS Violeta, uvas de mesa e apropriadas à produção de sucos e vinhos, introduzidas há quase dois anos e prestes a fazer a terceira colheita comercial. No começo destes dois campos experimentais, em lotes de irrigantes do Califórnia, as mudas vieram prontas para serem plantadas nos parreirais.

O trabalho de produzir estas novas mudas ainda é experimental e passou a ser feito pelos agricultores, técnicos agrícolas da Cohidro e seus estagiários, depois que, no dia 5, eles participaram de uma demonstração feita pelo engenheiro agrônomo e pesquisador Paulo Roberto Coelho Lopes e o técnico agrícola Guy Rodrigues, ambos da Embrapa Semiárido. Segundo um dos produtores que possui um parreiral, Levi Alves Ribeiro (Sidrack), eles ainda não têm noção do quanto vão ampliar a área plantada de uva em seus lotes, o que vai depender do sucesso desse trabalho executado por eles. “Estamos iniciando o processo de produção de mudas, esperando o ‘pegamento’ dessas enxertias. Na próxima visita da Embrapa, iremos definir que área pode ser plantada”, adianta.

Diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto estabelece que essa nova etapa da parceria com a Embrapa, reforça a chance para a consolidação da Viticultura em Canindé. “A possibilidade desses agricultores produzirem mudas aqui, abre campo para expansão dos parreirais para os lotes irrigados de outros agricultores atendidos pela Cohidro no Califórnia. Isso cria campo para os produtores irrigantes já engajados no projeto fazerem uma renda extra, na produção de mudas de uva a partir da irrigação fornecida pela empresa”, reconhece. Para ele, os altos custos com a compra de insumos usados na cultura e a busca por outros mercados para escoar a produção, vai fazer necessária à organização dos produtores em cooperativas.

Levi Alves já é o presidente da Cooperativa de Fomento e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal) e estuda meios de comercializar a uva fora de Canindé através da organização. Ele e José Leidison dos Santos, o outro produtor que possui um campo experimental da fruta, até agora puderam contar com o subsídio da Embrapa para arcar com os cursos de implantação dos cultivos, exceto com a terra, a água e a mão de obra. Mas quando o acordo de cooperação acabar, eles terão que tirar da própria produção de uva os rendimentos para manter a plantação, conforme explicou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto.

“Para que fosse possível implantar esses novos campos experimentais da uva em Canindé, de um lado entrou a Embrapa, como multiplicadora de seus resultados obtidos em pesquisas de variedades de uva adaptáveis ao Semiárido aqui em Sergipe; fornecendo mudas, materiais para construir os parreirais, sistema de irrigação por gotejo, os insumos usados na fertirrigação e a assistência técnica feita em visitas periódicas, durante 2 anos. Do outro vem a Cohidro, dispondo áreas e água de irrigação no perímetro Califórnia, cooptando produtores capacitados em levar o projeto adiante e dispondo de seus próprios técnicos, para acompanhar os agricultores em tempo integral e depois que o convênio acabar”, expõe o diretor de Irrigação da companhia.

Novas culturas
Gerente do perímetro Califórnia, Eliane de Moura Moraes considera ser também papel da Cohidro, o apoio e a orientação ao produtor, na hora de escolher as culturas agrícolas que vai pôr em seu lote, de modo a evitar que tomem prejuízos devidos às más escolhas. “Todos plantando a mesma coisa, ou optando por plantios que têm pouco rendimento na venda, como é o caso aqui com o quiabo, acaba trazendo pouca rentabilidade para o agricultor e até uma subutilização de toda essa infraestrutura que o Governo do Estado está oferecendo a eles”, argumenta. Ela relata que é constante a procura por novas culturas agrícolas que ampliem o leque de possibilidades de geração de renda aos irrigantes.

“Por isso damos todo apoio à produção de uva. Agora, por exemplo, disponibilizando o nosso técnico agrícola, Beto (Antônio Roberto Ramos) e os estagiários Oséias e Cleia, para ajudar os produtores a fazer as mudas. No mesmo projeto com a Embrapa, conseguimos trazer um terceiro campo experimental de pera para o lote do irrigante João Fernandes, que em breve terá a primeira colheita. Já temos um projeto piloto do ‘Balde Cheio’ (criado na Embrapa Pecuária Sudeste) instalado e produzindo muito leite no lote de Everaldo Mariano; tecnologia que fomos buscar no perímetro Jabiberi em Tobias Barreto (SE), também da Cohidro, com o apoio incondicional do nosso colega é técnico de lá, o (José Reis) Coelho”, complementa Eliane.

Semana da Alimentação consolida produção e consumo de orgânicos em Lagarto

Palestras do segundo dia de evento foram no Cepard, antigo Colégio Polivalente de Lagarto – foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

Três dias de atividades marcaram a ‘Semana da Alimentação da Cohidro’ em Lagarto, alusiva ao Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro. Terça, quarta e quinta-feira, respectivamente, no Campus Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas (Cepard) e no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Lagarto, houve palestras educativas, depoimento dos agricultores e exibição de alimentos orgânicos produzidos no Perímetro Irrigado Piauí. Além da entrega de cartilhas agroecológicas editadas pela Companhia Estatal e impressas em convênio com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Evento organizado pela Diretoria de Irrigação (Dirir), da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), através das suas gerências de Desenvolvimento Agropecuário (Gedea) e do Perímetro Irrigado Piauí. Este último, polo agrícola administrado pela empresa em Lagarto, onde hoje 10 agricultores irrigantes estão convertidos e autorizados à produção de alimentos orgânicos. Pertencem a uma Organização de Controle Social (OCS), reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O objetivo principal da ‘Semana de Alimentação’, segundo o diretor-chefe da Dirir, João Quintiliano da Fonseca Neto foi o de divulgar o trabalho dos agricultores e a própria agricultura orgânica. “Se faz necessário procurar novos mercados aos agricultores que aderiram à produção sem o uso de agrotóxicos. E nada melhor que esses novos clientes estejam na cidade mais próxima ao nosso perímetro, que é Lagarto. Da mesma forma que na agricultura familiar, de pequeno porte, é bem mais aceitável o método de produção que se atente a produzir sem os riscos que os agroquímicos oferecem ao agricultor e à sua família, que quase sempre vive junto das lavouras,” defende.

Cartilhas educativas
Nessa visão de propor ao agricultor e aos técnicos agrícolas, de dentro e de fora dos seus perímetros irrigados, optarem por não correr os riscos que oferece o uso do agrotóxico no seu trabalho, é que a Cohidro editou a cartilha ‘Produtos Alternativos para o Controle de Pragas e Doenças na Agricultura’. Um trabalho elaborado pela engenheira agrônoma Sonia Maria Souza Loureiro há seis anos, e que em 2016 passou por uma revisão. Para a produção de 4.000 exemplares dessa segunda edição, a companhia contou com a parceria do MPT, que em uma de suas ações de fiscalização trabalhista, converteu o pagamento de multa na impressão gráfica do material educativo.

Quarta, no Cepard, o procurador do trabalho Manoel Adroaldo Bispo compareceu à ‘Semana da Alimentação’, para fazer a entrega oficial da publicação à Cohidro. “A importância para o MPT, é disseminar cada vez mais a consciência de que é possível produzir sem contaminar o ambiente. Então, essa cartilha vem em boa hora, porque contribuirá para que tenhamos produtos alimentares cada vez mais saudáveis”, considerou. Ele estabeleceu que 3.000 unidades seriam entregues à empresa e outras mil, serão destinadas à instituições de Sergipe que, da mesma forma, tem atuação junto aos agricultores familiares do estado.

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, agradeceu o apoio dado pelo MPT à continuidade deste projeto que defende uma atividade agrícola mais compensatória e benéfica à saúde da população em geral. “Dou meus parabéns ao Dr. Adroaldo Bispo, que pela segunda vez estendeu a mão à empresa para viabilizar este projeto, e para Drª Sônia Loureiro, pela perspicácia em encontrar tempo de elaborar esse compêndio de informações muito importantes para quem planta. É algo inovador, combater pragas e doenças das plantas com substâncias que não prejudicam nossa saúde. Saem ganhando todos: o produtor, que não adoece e ainda lucra mais ao vender um produto diferenciado e o consumidor, que se alimenta sem correr riscos de contaminação por defensivos químicos”, justifica.

Palestras
O foco das palestras foram os estudantes das próprias instituições de ensino que gentilmente cederam espaço para realização do evento e também os agricultores e familiares, convidados a participar. O Técnico agrícola da Cohidro em Lagarto, Marcos Emílio Almeida, foi um dos organizadores e também palestrante nos três dias, falando da produção orgânica realizada no Perímetro Piauí. “O objetivo é favorecer o consumo desses alimentos orgânicos, que já vêm sendo produzidos aqui e criar uma condição de que esse grupo aumente, que traga mais pessoas envolvidas nesse processo de agricultura orgânica. Trazendo essa informação, a pessoa já vai comprar diretamente e valoriza o produto orgânico, porque é mais trabalhoso para você produzir”, disse ele.

Isaura Virginia Reis Menezes Valença é nutricionista formada no Campus Lagarto da UFS, atualmente fazendo pós-graduação com ênfase em Obesidade e Emagrecimento, mas também é aluna especial no curso de pós em Educação Física do Campus UFS de São Cristóvão. No dia do evento em sua universidade, ela proferiu palestra focada na bandeira da alimentação saudável. “A gente sabe que é fundamental alertar a população quanto aos hábitos alimentares saudáveis e principalmente ao consumo de alimentos orgânicos, visando evitar o aparecimento e a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis”, analisou.

A nutricionista do Programa Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio (SESC) em Sergipe, Aline Rezende Alves, palestrou na “Semana da Alimentação”, na UFS e também no Cepard. “O objetivo da minha palestra foi falar o que é um alimento seguro, o que é uma alimentação de qualidade. Hoje, nós só temos um alimento seguro se esse alimento for orgânico, livre em agrotóxicos. Não tem como eu ter uma alimentação saudável, comendo frutas e verduras que sejam ricos nesses aditivos químicos. Precisamos também incentivar os nossos jovens, que eles fiquem no campo, mesmo que busquem cursos na cidade, voltem para o campo, produzam e consumam alimentos de forma saudável e consigam também, alimentar a sociedade”, esclareceu.

Outra organizadora do evento, Maria Terezinha Albuquerque, da Gedea, agradeceu ao Mesa Brasil do Sesc, pela indicação da palestrante. Da mesma forma ao Campus UFS de Lagarto, que indicou palestrante e cedeu o espaço ao evento, e a direção do Cepard, que também disponibilizou o espaço e mobilizou os alunos. “O evento foi um sucesso. As palestrantes Aline, do SESC e Izaura Valença, da UFS, foram excelentes na apresentação dos temas abordados, dando ênfase à importância de consumir produtos orgânicos. A metodologia aplicada foi de fácil compreensão, todos elogiaram. Excelentes profissionais e pessoa, parabéns. Esperamos poder contar com todo este apoio novamente. Obrigada!”.

Depoimento dado no evento
Delfino Batista, agricultor orgânico no perímetro irrigado, consolidado na OCS há mais de sete anos, fornece alimentos diretamente aos seus clientes nas feiras de Lagarto, na Cohidro e nas Feiras da Agricultura Familiar realizadas em Aracaju. Ele incentiva quem quer entrar no orgânico, avaliando que assim, a pequena propriedade rural tem mais chances de obter lucratividade. “Para mim foi a melhor coisa e não pretendo sair. A pessoa trabalhando direito, da certo, mas se trabalhou enganando, já viu, só bota uma vez. Mas graças a Deus, a Cohidro me deu grande apoio, até hoje. Se, não é eles, eu não estava aqui não. Eu sozinho, sem o apoio da Cohidro, eu não ia para frente de jeito nenhum. Vocês que são produtor e tem vontade de ficar no campo, trabalhar com o orgânico é a melhor coisa que vocês vão ter. Se você tiver vontade, querer, não é difícil não. Quando tiver começando, pode procurar um produtor que nem eu, que pode ajudar você. Podem me procurar”, se dispôs Delfino.

A aluna do 3º período no Cepard, Valesca Ferreira da Costa resumiu bem o que viu das palestras e depoimentos dados no dia em que o evento ocorreu em seu colégio. “Eu achei muito interessante, porque mostrou pra os jovens que o uso abusivo de agrotóxicos prejudica, não só a nossa saúde, mas a do nosso familiar também. E achei importante a palestra, que a nutricionista está dando sobre alimentação, que dá mais um desempenho, até nas atividades escolares”, considerou.

“Maravilhosa, especialmente, porque essa juventude é um disseminador de informação, essa juventude terá, uma vez esclarecida e consciente, de que o veneno mata, o veneno adoece. Ela ajudará muito seus pais, seus vizinhos, todos os seus familiares, no sentido de que há uma alternativa de produção saudável e não necessariamente o uso desse pacote tecnológico, que só interessa a indústria química, a indústria de adoecimento e mortes”, complementou o procurador Adroaldo Bispo, pelo que presenciou ao participar da ‘Semana da Alimentação’, no Cepard.

Última atualização: 11 de dezembro de 2017 10:05.

Acessar o conteúdo