Jackson leva ações de combate aos efeitos da seca para Porto da Folha e Monte Alegre

Fotos: Jorge Henrique/ASN

Nesta quinta-feira, 11, o governador Jackson Barreto deu prosseguimento às ações de valorização dos agricultores sergipanos e de combate aos efeitos da seca no estado. Nos municípios de Porto da Folha e Monte Alegre, foram entregues 1.073,9 toneladas de material forrageiro a 1.166 produtores familiares, um investimento de R$ 804.223,04; assinado termo de adesão estadual ao programa Garantia Safra, e entregues 159 títulos de regularização fundiária.

No primeiro município do Alto Sertão visitado, Porto da Folha, Jackson Barreto distribuiu 556 toneladas de silagem, proporcionando que 580 produtores da agricultura familiar sejam beneficiados. O município recebeu em investimentos R$ 416.377,70.

“É um compromisso que assumimos. Ontem estivemos no município de Poço Redondo e de Canindé de São Francisco. Nós tínhamos prometido aos pequenos produtores do sertão, material forrageiro e aqui em Porto da Folha, além do material forrageiro, nós prometemos também a entrega de títulos de regularização fundiária, que é feito através da Emdagro. Entendemos que precisamos estar presentes aqui, pra dizer à população do sertão, aos pequenos produtores, àqueles que vêm sofrendo com a seca. Da mesma forma que o Exército, com caminhões, o governo do Estado também colocou caminhões-pipa pra ajudar a população e, agora, trazemos o material forrageiro. Em Monte Alegre, são oito caminhões-pipa, enquanto o Exército manda apenas cinco. Já em Porto da Folha, são 11 veículos para levar água à população”, disse o governador.

Além de Porto da Folha e Monte Alegre, serão contemplados com material forrageiro os municípios de Carira, Gararu, Nossa Senhora da Glória, Aquidabã, Canhoba, Cedro de São João, Cumbe, Feira Nova, Frei Paulo, Graccho Cardoso, Itabi, Japoatã, Macambira, Moita Bonita, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Pinhão, Poço Verde, Propriá, Riachão do Dantas, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Simão Dias, Telha, Tobias Barreto e Tomar do Geru.

A distribuição teve início na quarta-feira Poço Redondo, onde 702 produtores rurais receberam 604,2 toneladas, e em Canindé, onde foram distribuídas 307,9 toneladas de material forrageiro a 368 produtores rurais.

A aquisição de material forrageiro se deu por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, ligada à secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh). “São muito importantes essas ações emergenciais, algumas já vinham acontecendo como, por exemplo, a operação carro-pipa. A Defesa Civil mantém a operação e hoje trouxemos a ação de entrega de material forrageiro, que é comida para os animais. Essa ação é de extrema importância, considerando o contexto da região, que tem a maior bacia leiteira do Nordeste. Esse material tem por objetivo salvaguardar os animais, garantindo que a economia não seja mais impactada com os efeitos da seca. Além disso, já tínhamos ações como perfuração de poços e limpeza de barragens, ambas realizadas pela Cohidro”, explicou o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Erivaldo Mendes.

Garantia Safra
Assim como Poço Redondo e Canindé, Porto da Folha e Monte Alegre também foram beneficiados pelo Garantia Safra. Jackson Barreto assinou nos dois municípios termo de adesão estadual ao programa, assegurando contrapartida do aporte financeiro para a nova safra 2017/2018, que inicia em 1º de julho de 2017 e se encerra em 30 de junho de 2018. O aporte estadual corresponde a 12% do Fundo Garantia Safra, o municipal é de 6%, o agricultor participa com 2%. 80% correspondem ao aporte do Governo Federal.

“Para se ter uma ideia, o aporte do governo foi de R$ 1,7 milhão e nós tivemos de retorno para o estado, direto para os cartões e conta das famílias, mais de R$ 14 milhões, então é um investimento que vale a pena por ter um retorno consolidado, confirmado, como foi no ano passado. Nós temos aqui, no município de Porto da Folha, barragens sendo limpas, também em Gararu, no município de Poço Redondo, todos os municípios do Sertão sergipano beneficiados pela limpeza de barragens, uma ação da Cohidro. Além disso, há parcerias como a Codevasf e outras empresas públicas, inclusive federais, para que todas as ações que possam ser desenvolvidas no sertão, tenha o apoio do Estado”, destacou Esmeraldo Leal, secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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Nota Ascom/Cohidro
Diante da atuação da Cohidro em Porto da Folha, via Programa Água Doce, Programa de Recuperação de Barragens, poços perfurados e reformados na zona rural, a Empresa esteve representada pelo seu diretor-presidente, José Carlos Felizola, durante o evento.

Quarta-feira, Jackson Barreto esteve no escritório do Perímetro Irrigado Califórnia da Cohidro, local escolhido para a doação de material forrageiro , para os micro-criadores de gado do município de Canindé, além assinatura do termo de adesão ao Plano Safra. Não deixou de ser ocasião para que o Governador prestasse satisfação à população presente e ouvintes da imprensa, sobre o andamento da recuperação do Perímetro Califórnia . Deixou claro que a licitação para reforma das estações de bombeamento está pronta, e em breve inicia obras nos prédios para então abrigarem as 37 novas bombas adquiridas pelo Governo de Sergipe via Proinveste.

Ainda na quarta, Jackson Barreto visitou o local das obras da Central de Abastecimento de Canindé, sendo construído em terreno da Cohidro cedido para a Prefeitura Municipal. A estimativa para os investimentos iniciais é de R$ 3,5 milhões, numa área de 20 mil metros quadrados. O projeto contempla a construção de 164 boxes de 3×5 metros para os comerciantes de frutas, verduras e legumes, mais outras 10 lojas onde serão comercializados produtos como laticínios, carnes e cereais.

A expectativa da administração municipal é a de gerar 400 empregos com o empreendimento que executa em convênio com a inciativa privada. Além de criar postos de trabalho diretos, na comercialização dos produtos, a obra será incentivadora da produção no Perímetro Irrigado Califórnia da Cohidro, gerando mais renda ao produtor irrigante.

Já em Porto da Folha, ontem o secretário Esmeraldo Leal e o presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE), Luciano Bispo, reforçaram a importância da Cohidro no combate aos efeitos da seca, citando os R$ 2.000.000 do convênio Seagri/SEIDH

para perfuração de novos poços e recuperação de 14 barragens, sempre em áreas em situação de emergência devido à seca.

 

“A sociedade despertou para o Canal de Xingó”, diz Jackson durante reunião com presidente da Codevasf

Depois da mobilização feita pelo governador Jackson Barreto em sergipe e no congresso nacional, o debate sobre a contrução do Canal do Xingó foi realizado com a presidente da Codevasf, Kênia Marcelino / Fotos: André Moreira/ASN

O governador Jackson Barreto retomou os debates sobre a construção do Canal de Xingó e nesta sexta-feira, 31, recebeu a presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales de São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Kênia Marcelino, para discutir a execução do projeto, juntamente com técnicos da área do governo de Sergipe e deputados estaduais e federais.

O projeto do Canal de Xingó pretende maximizar a oferta de recursos hídricos no Sertão sergipano a fim de melhorar os Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) na região. Além disso, depois de concluída, a obra poderá levar água a outras localidades do estado como Sul e Centro-Sul.

“A Codevasf pode contar com todos nós do governo, pois uma vez iniciada, essa obra não vai parar. Só precisamos dar o primeiro passo, pois a sociedade despertou para o Canal de Xingó. É pra isso que estamos juntos nesse debate, reunindo todos aqueles que têm compromisso com o estado e com a gente sergipana. Acho que as explicações foram extremamente inteligentes, do ponto de vista de dividir a primeira fase do projeto em três etapas, porque já mês de outubro, nós estaremos em cima da votação do orçamento da União. Ou seja, com a primeira etapa dessa fase concluída, poderemos buscar recursos para assegurar que, no próximo ano, depois da conclusão do projeto, a obra tenha condições de ser iniciada”, disse o governador.

Jackson garantiu também que buscará apoio para execução das próximas etapas da obra. “Eu acho que o chamamento já foi feito para unidade da bancada de Sergipe no Congresso Nacional, além da participação direta também do governo do Estado. Nós moveremos todos os nossos esforços, não apenas com a nossa bancada, mas também com o nosso relacionamento em Brasília, através do Ministério do Planejamento, do Romero Jucá, homem importante para nosso governo no Senado federal”, articulou.

Empenho do Governo
O encontro desta sexta foi resultado da iniciativa do governador Jackson Barreto, que retomou o debate sobre a importância da obra depois de ler o livro ‘Linha Mestra Xingó’, de autoria do engenheiro Renato Conde Garcia. De acordo com o estudo técnico, existe a possibilidade de um colapso hídrico no estado nos próximos anos, mas o Canal de Xingó poderá ser a solução desse problema.

O autor falou sobre a discussão gerada em cima da sua obra e da importância fundamental de Jackson Barreto ao promover o debate. “Esse livro traz questões sobre o São Francisco, alerta sobre o Canal de Xingó e sobre a situação hídrica do estado. Esse alerta veio em bom tempo, e só veio porque o governador levou adiante todo esse projeto que está sendo discutido aqui. Ele chegou em Brasília e divulgou o livro a todos os deputados federais, a todos os senadores e secretários, porque ele viu que o livro trazia propostas que visavam beneficiar o povo sergipano. Sem o emprenho e a ampla divulgação de Jackson, essa mobilização de hoje jamais teria ocorrido”, ressaltou Garcia.

O projeto e a execução
Uma vez finalizado, o projeto do canal contempla, em sua primeira fase, uma construção que abrange desde a captação de água no reservatório de Paulo Afonso (BA), passando por Santa Brígida (BA), Canindé de São Francisco (SE), chegando a Poço Redondo (SE). Nas fases seguintes, o canal se estenderá por Porto da Folha, Monte Alegre e Nossa Senhora da Glória onde irá bifurcar até Carira e Ribeirópolis.

O anteprojeto da fase I do Canal de Xingó, que terá 114,5 km de extensão, já foi concluído pela Codevasf e correspondeu a um investimento de R$ 6,8 milhões. O estudo e relatório de impacto ambiental (eia-rima) já foi analisado pelo Ibama, tendo sido condicionado à emissão de relatório pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Então deverá ser submetido ao Ibama para concessão de Licença Prévia para localização do empreendimento e expectativa é de que essa licença seja concedida até meados de 2017.

Também está em tramitação pela Codevasf a elaboração dos termos de referência para composição do projeto básico do Canal de Xingó da capação ao Reservatório R-5. Essas definições são importantes para a confirmação da vazão a ser aduzida pelo Canal, o que influenciará na elaboração do Projeto.

Presenças
Estiveram presentes na solenidade o vice-governador Belivaldo Chagas; a procuradora da república em Sergipe, Lívia Tinôco; o secretário da Seinfra, Valmor Barbosa; o secretário da Seagri, Esmeraldo Leal; o secretário da Semarh, Olivier Chagas; o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola; o superintendente regional da Codevasf em Sergipe, César Mandarino; o diretor da Área de Desenvolvimento da Codevasf, Marco Aurelio Diniz; o gerente de Implantação de Obras da diretoria de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf, Luiz Augusto Fernandes; o gerente de Estudos e Projetos da Codevasf, Renato Brito Chaves; o assessor do governo em Brasília, Heleno Silva; e os deputados Laercio Oliveira, Jony Marcos e Jaime de Glória.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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Nota Ascom/Cohidro

A Cohidro foi representada na reunião pelo presidente José Carlos FelizolaFoto: André Moreira/ASN

A Cohidro se insere no contexto do Canal Xingó na diminuição dos custos que o Estado tem com a captação de água para o Perímetro Irrigado Califórnia e o Jacaré-Curituba (Codevasf). Além disso, a criação do novo canal propiciará a implantação do novo Perímetro Irrigado Manoel Dionísio. Desta forma, ao todo serão 6,5 mil hectares de terra em plena produção de alimentos no Alto Sertão, com o advento da água do Rio São Francisco, em Canindé e Poço Redondo.

 

 

 

 

 

Cohidro dá suporte à Perímetro da Codevasf em Canindé

Bombas do Jacaré-Curituba

As companhias de desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), estatal do Governo do Estado, e a dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), federal, tanto administram pólos de irrigação vizinhos, em Canindé de São Francisco e Poço Redondo, como também compartilham o uso da Estação de Bombeamento (EB) 100. Nela, os equipamentos, das duas empresas, elevam a água a uma altura de 170 metros, em relação ao nível do leito natural do Rio São Francisco, fazendo-a chegar às instalações de distribuição, para irrigação dos lotes agrícolas atendidos por ambas.

Mas os 3.105 hectares de área irrigada, nos dois municípios, contidos no Projeto de Irrigação Jacaré-Curituba da Codevasf, dependem exclusivamente das duas bombas da Empresa, instaladas na EB-100. Há cerca de um mês, uma delas deu defeito. Devido a Cohidro possuir uma estrutura de logística e quadro funcional de técnicos maiores, sempre auxilia a Companhia Federal, prestando manutenção e fazendo reparos nos equipamentos das instalações que compartilha, como informou Edmilson Cordeiro, gerente do Perímetro Irrigado Califórnia, este sendo o administrado Empresa Sergipana em Canindé.

“Embora o defeito tenha ocorrido em pleno inverno, período onde ocorrem as chuvas e geralmente as bombas estão desligadas, logo elas terão que estar novamente a todo vapor, quando novamente estiar no Alto Sertão. Por isso, um projeto desse porte, como o Jacaré-Curituba, não pode depender só de uma bomba. Mas o defeito apresentado no eixo da bomba dependia da compra de peças e de serviços de metalurgia que estavam além da capacidade da Cohidro e por isso, se fez necessária a intervenção do Governo Estadual, para prover estes recursos extras ao orçamento de nossa Empresa”, detalhou Edmilson.

A partir daí, segundo o Gerente do Califórnia, ele e o Gerente de Pré-Operação do Jacaré-Curituba, Eurípedes José Lourenço, procuraram às direções de suas Companhias, para que, desse modo, fosse feito o reparo da bomba. Quem explica o que se sucedeu – propiciando que a bomba da Codevasf voltasse a operar normalmente desde o último dia 11 de julho – é o Secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal.

“Foi um pedido do Governador, Jackson Barreto, que convidou a mim e ao Said Schoucair, superintendente regional da Codevasf. E nos pediu, em função do problema temporário em relação à indisponibilidade de recursos na Codevasf, que nós fizéssemos o conserto através da Cohidro. A Diretoria da Cohidro se colocou prontamente à disposição e essa intermediação possibilitou que nós concertássemos a bomba. A intervenção do Governador e nossa ação conjunta, Secretaria da Agricultura, Cohidro e Codevasf, resolveu o problema no Perímetro Irrigado onde são mais de 700 famílias beneficiadas”, elucidou o Secretário Esmeraldo.

Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano considera natural a relação entre as duas empresas e ratifica o apoio dado à Companhia Federal. “Primeiro a nossa Companhia abrange todo Estado, sem distinção, nosso compromisso é com o provento de água e com a agricultura em Sergipe, que é também o caso do Jacaré-Curituba. Em segundo lugar, assim como nós somos subsidiários à Seagri, a Codevasf é com o Ministério da Integração Nacional (MI), parceiro que sempre está contribuindo com nossas demandas”, argumentou, dando o exemplo do Programa Água Para Todos e das três perfuratrizes que a Companhia recebeu de 2013 a 2014 ,em convênio com o MI.

Parcerias para a gestão

Ontem, 28, secretários de estado, Codevasf, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Movimento Sem Terra (MST), estiveram reunidos com o Governador de Sergipe para tratar do processo de cessão da administração do Projeto Jacaré-Curituba, aos assentados de reforma agrária que ocupam, ao todo, 36 agrovilas com 20 famílias cada uma. Na oportunidade, Jackson Barreto citou a ação realizada pelo Estado em favor da recuperação da bomba da EB-100.

“Temos colaborado em todos os momentos. Este é um projeto muito grande e importante, o maior da América Latina de assentados da reforma agrária, e ainda essa semana estivemos lá para contribuir com a recuperação de bombas”, citou o Governador Jackson Barreto na reunião, acrescentando ainda que no início do Projeto Jacaré-Curituba, houve um convênio, entre União e Estado, para aquisição de terras que viriam beneficiar os assentados, assim como ajuda com despesas de energia elétrica, se referindo às tarifas sobre a EB-100, pagas hoje com verbas da Cohidro.

Ascom Cohidro com informações da ASN.

Projeto de irrigação Manoel Dionísio é apresentado para prefeitos e movimentos sociais

Secretário, prefeitos, diretores, técnicos e lideranças rurais. Foto: Ascom/Seagri

O Projeto de Irrigação Manoel Dionísio Cruz, que prevê a construção de 100 km de adutoras com capacidade para atender cinco mil agricultores familiares, foi apresentado nesta quarta-feira, 22 de julho, em evento realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

O Evento aconteceu na sala de convenções do Hotel Águas do Velho Chico, município de Canindé de São Francisco e contou com a presença do prefeito local, Heleno Silva e do prefeito de Poço Redondo, Roberto Araújo, além de vereadores, representantes dos movimentos sociais, colônias de agricultores, técnicos e diretores da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal falou da alegria de apresentar aquele estudo contratado pelo Governo de Sergipe e do significado da apresentação pública. “Não basta o governo contratar a elaboração de um projeto tão grandioso como este e fazer apenas uma discussão técnica de gabinete. Então promovemos uma mobilização com autoridades locais e movimentos sociais, com o sentimento de que esse não é apenas um desejo do governo, mas de toda a sociedade. Sabemos da luta e do compromisso do povo do sertão com este projeto e acredito em sua conquista”, destacou Esmeraldo.

O prefeito de Canindé, Heleno Silva, disse está muito esperançoso com mais um projeto de irrigação para a região. Ele explicou que “a irrigação muda o cenário da produção para melhor. Isso significa emprego, renda e melhoria da qualidade de vida para nosso povo. Quero parabenizar o Governo do Estado por dá mais um passo nesse projeto que é suma importância para nossa região”.

Roberto Araújo, prefeito de Poço Redondo, lembrou-se dos momentos de luta na área da antiga fazenda Quixabeira, local onde hoje estão as colônias de agricultores que serão contemplados com a irrigação. “Esse projeto é um sonho para nós. A partir dele, pode nasce futuros projetos que vão contemplar outros municípios da região”, disse o prefeito. Ele elogiou a bela homenagem de se colocar o nome de Manoel Dionísio Cruz no projeto que vai beneficiar agricultores familiares, visto que ele foi um grande defensor das causas populares.

Apresentação do Projeto
A apresentação do Projeto técnico de irrigação foi feito pelo engenheiro agrônomo da Empresa de Engenharia Projetec, Jailton Carvalho Sá. Participaram também da mesa técnica de apresentação o engenheiro agrônomo da Seagri, Claudio Menezes Lima, e o engenheiro agrônomo da Cohidro, Paulo Feitosa.

Pelos dados apresentados, o Projeto de Irrigação Manoel Dionísio está localizado no município de Canindé de São Francisco e sua execução exigirá um aporte de R$ 125 milhões. “A previsão é atender 1.156 famílias que desenvolverão atividades produtivas em lotes de cinco hectares voltados para fruticultura irrigada e lotes de 20 a 25 hectares para pecuária leiteira. Ao todo serão beneficiados 2.300 hectares irrigados com captação de água do Rio São Francisco”, explica Jailton Carvalho.

Na apresentação do estudo, o técnico da Projetec garante que o projeto é extremamente viável. “As atividades produtivas são a fruticultura irrigada e a pecuária leiteira sustentável. Os lotes da fruticultura receberão tecnologias modernas de irrigação e serão voltados principalmente para as culturas da goiaba, abacaxi, milho verde e abóbora”, destaca o técnico.

Segundo o engenheiro da Seagri, Cláudio Lima o estudo levou em consideração todos os assentamentos do INCRA e as Colônias já existentes na área do Projeto. Disse que “o projeto sai de uma característica empresária para atender ao pequeno agricultor familiar, gerando renda e melhoria da qualidade de vida”.

Já o técnico da Cohidro, Empresa que atua como colaboradora técnica no projeto, citou sua ida à Brasília, no dia 14 de maio, onde participou da reunião na Secretaria Nacional de Irrigação, do Ministério da Integração Nacional (MI), que viabilizou verba orçamentária de R$ 125 milhões para a construção do pólo de irrigação. “O Manoel Dionísio foi projetado para bombear água da Represa da Hidroelétrica de Xingó, mas muda a forma de abastecimento quando estiver pronto o Canal de Xingó, que pretende trazer água da Bahia até Nossa Senhora da Glória, passando por Poço Redondo, Porto da Folha e Monte Alegre”, relatou Paulo Feitosa.

Para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, o Perímetro Manoel Dionísio vai aumentar a área atendida pela irrigação pública no Alto Sertão. “Além do Califórnia, administrado pela Cohidro e do Jacaré-Curituba, da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), este novo perímetro amplia o acesso a uma agricultura familiar suprida pela irrigação. Com isso, serão mais de 6,5 mil hectares de terra em plena produção de alimentos, com o advento da água do Rio São Francisco, em Canindé e Poço Redondo”, concluiu.

Um dos que falou após a apresentação técnica foi Carlos Fontenelle, naquela oportunidade representando o mandato popular do deputado João Daniel. Ele fez uma retrospectiva dizendo que “esse projeto tem origem em 2004 e envolve a luta dos trabalhadores. Na concepção original, o projeto era para os empresários. Depois de muita luta, os trabalhadores conquistaram uma negociação e ficou definido que 80% dos lotes ficaria para os trabalhadores e 20% para os empresários. Hoje o projeto está voltado totalmente para a Agricultura Familiar. Portanto, não está caindo do céu, tem uma participação e mobilização forte dos trabalhadores, principalmente do Movimento Sem Terra (MST)”, detalhou.

O representante da Fetase, José Júlio, avalia o projeto como de grande importância para os irrigantes, para a região e para o Estado. Ele destacou a luta do MST como principal movimento que batalhou pela conquista do projeto e comentou da felicidade de ter o nome de Manoel Dionísio imortalizado nesse empreendimento.

Já o líder nacional do MST, Gileno Damasceno, disse que esse diálogo promovido pela Seagri é importante para se construir uma proposta que atenda verdadeiramente aos agricultores. Segundo ele, o projeto precisa apenas de alguns ajustes, mas que contempla as propostas do Movimento.

Fonte: Assessoria de Comunicação da SEAGRI

Embrapa e Cohidro iniciam a produção de pera, caqui e maçã em Lagarto

Produção de Pêra

Com intenção de mostrar os resultados do projeto experimental, para produzir maçã, pera e caqui no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) convidou os técnicos e diretores, dos órgãos parceiros da iniciativa, para uma visita às “unidades de observação” na última quinta-feira, 22. A Companhia de Desenvolvimento Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) é quem administra o pólo de irrigação que abriga as plantações e presta assistência técnica direta através de seu quadro funcional.

Além da Cohidro, compareceram técnicos e diretores da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), parceira da Embrapa no mesmo projeto em outros campos experimentais, como os de Petrolina-PE, onde se originou o plantio das primeiras mudas frutíferas e também fica a unidade “Semiárido” da Empresa de Pesquisa. Também compareceram à visita técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), interessados na novidade que inseriu estas culturas ao leque de variedades agrícolas produzidas no Estado.

Como é de frequência, o engenheiro agrônomo e pesquisador Paulo Roberto Coelho Lopes, da Embrapa-Semiárido, veio de Petrolina-PE para visitar os sete pomares instalados nas “unidades de observação” dos agricultores irrigantes. Além de coletar dados sobre o experimento, ele orienta os produtores sobre o manejo das frutíferas,poda,adubação e controle de pragas e doenças. “As plantações estão indo bem, com o desenvolvimento correndo dentro do esperado. A maçã está melhor que a pera e o caqui, mas isso não quer dizer que ela se adapte melhor ao clima de Lagarto, é mais uma questão de cuidado, dedicação que cada produtor dá ao seu plantio. São produtores diferentes para cada cultura e é esperada esta diferença”, comentou ele que trouxe os parceiros no projeto de transferência de tecnologia, demostrando os resultados parciais.

Diretor de Irrigação da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, acompanha de perto estes resultados por meio da assistência que a Companhia Sergipana também dá ao projeto. “A novidade que o Paulo Roberto quis mostrar, aos representantes dos outros órgãos envolvidos neste experimento, é o resultado preliminar que prova a eficiência e o resultado das técnicas empregadas. Desde o transplante das mudas – que ocorreu de agosto há novembro de 2013 – até agora, em que os agricultores já se preparam para a colheita das frutas com volume de produção comercial – a partir do final do ano e início do próximo–confirmam ser possível produzir estas variedades, de clima temperado, também em Sergipe. Estes parceiros agora poderão usar o modelo implantado aqui em Lagarto para disseminar esta nova proposta de produção por todo Estado,fomentando com isso a diversificação de culturas em nossa agricultura,o que permite novas oportunidades de negócios aos agricultores”, comentou.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, também compareceu à visita técnica e se diz “maravilhado” com o que os produtores, Embrapa e Cohidro estão desenvolvendo no Perímetro Piauí. “O que mais me deixa satisfeito é o fato de serem estes agricultores familiares os agraciados pela iniciativa. Os pequenos produtores irrigantes são o público alvo principal das ações da nossa Companhia e garantir a eles o pioneirismo no mercado interno de frutas, os primeiros a poder oferecer pera, caqui e maçã, será um incremento significativo na capacidade de geração de renda por meio do trabalho deles na própria terra”, comentou, também lembrando de agradecer ao empenho do senador Antônio Carlos Valadares, que em 2012 propôs a emenda parlamentar destinando R$ 300 mil para viabilização do projeto.

Fruticultores

Produtor orgânico de hortaliças, João Pacheco foi um dos agricultores inseridos no Perímetro Irrigado e escolhido para acolher, em seu lote, uma das plantações de caqui do projeto. Para ele a falta de familiaridade com a planta vem a ser a maior dificuldade enfrentada até agora. “A gente não conhece o desenvolvimento da planta, às vezes desanimo, tipo quando caem as folhas, mas ai elas rebrotam de novo e a gente fica novamente contente”, desabafou ele. Diz também que, segundo o agrônomo da Embrapa, está fazendo o manejo correto dos seus 500 caquizeiros. Seu pomar já deu frutos e agora passam por um período de recuperação para nova produção, conforme orientação técnica.

Técnico agrícola da Cohidro, William Domingos Silva é responsável por acompanhar diariamente os sete pomares em Lagarto. Para ele, as visitas da Embrapa e a viagem que fez à unidade Semiárido da Empresa em Petrolina-PE, fazem parte do aprendizado para entender o desenvolvimento das frutíferas, que até o início do projeto eram inéditas em Sergipe. “Este manejo tende a imitar o processo natural das plantas em seu habitat original que são as regiões de clima frio e temperado, onde as estações do ano são bem definidas. Diferente daqui, onde há pouca diferença no clima de uma estação para a outra, nisso entra a irrigação e o manejo adequado às nossas condições climáticas oferecendo às plantas condições ideais de produção,mesmo na nossa região,”explicou.

Jânio Gonçalves dos Santos é outro agricultor irrigante do Perímetro Piauí atendido pela assistência técnica do projeto por abrigar 1000 pés de pera, das variedades “hossui” e “packham’striumph”. Na visita do agrônomo Paulo Roberto da Embrapa, recebeu a orientação para a poda e amarração dos galhos das pereiras. Este manejo tende a formar pequenas árvores de copa larga, para abrigar mais frutos e também de estatura média, facilitando a colheita. “Uma coisa que a gente não conhece fica difícil de lidar sem este acompanhamento de um especialista. Por sorte William está sempre aqui dando assistência, ele como técnico da Cohidro pode nos orientar melhor”, comentou o produtor que plantou seu pomar em novembro de 2013 e foi orientado que, aos um ano e quatro meses, terá uma produção mais plena das frutíferas.

Satisfeito com a primeira colheita, o irrigante José Josemir de Souza tem um pomar com 1000 macieiras e já fez sua primeira colheita há 20 dias. “Aos 15 dias de plantadas, as mudas já começaram a produzir esporadicamente frutos pequenos, fomos até orientados a descartar para ajudar a planta se desenvolver melhor. Mas agora em agosto, menos de um ano de plantadas às mudas, o pomar deu uma produção impressionante, com frutas em tamanho comercial, próprias pra consumo em que eu tirei 15 baldes grandes de maçã”, comemora ele que diz que agora espera outra produção maior e mais consistente, depois da poda de suas macieiras das variedades “princesa” e “julieta”, como foi orientado a fazer nesta visita do agrônomo Paulo Roberto.

Gilvanete Teixeira, gerente do perímetro irrigado da Cohidro em Lagarto, é outra que tem comemorado os resultados obtidos pelos produtores inseridos no projeto. “Isso é só o começo. A previsão é para que no final do ano se colha uma safra que se aproxime às 35 toneladas, em cada um destes sete campos de duas tarefas (0,6 hectares) destas frutas e em 2015, ao completar os dois anos, se espera o dobro disso”, informa ela que ainda comenta sobre outra vantagem do plantio das frutíferas. “Os irrigantes podem utilizar da mesma terra – e do sistema de irrigação fornecido pelo projeto – para plantar outras culturas no intervalo de três metros entre uma linha e outra de árvores, desde que elas não façam nenhum tipo de sombra. Aqui já foram experimentadas com sucesso as pimentas malagueta, biquinho, jalapeño e de cheiro; feijão-de-corda; tomate; couve-flor e até brócolis”.

Última atualização: 6 de dezembro de 2017 09:26.

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