Governo anuncia obras para Cohidro em Canindé e Tobias Barreto

Governador Jackson Barreto

O governador de Sergipe, Jackson Barreto, na quinta e na sexta-feira, participou de cerimônias nas cidades de Tobias Barreto e Canindé de São Francisco, respectivamente, onde anunciou diversas obras do Governo do Estado. Dentre elas, as que têm por finalidade a recuperação estrutural dos perímetros irrigados do Jabiberi e Califórnia, como parte dos R$ 11 milhões, investimentos oriundos do Proinveste, recebidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que administra estes pólos agrícolas, fornecendo água e assistência técnica para 408 unidades de agricultura familiar.

Em Tobias Barreto, para o Perímetro Jabiberi anunciou obras, que já estão sendo licitadas, que incluem a de pavimentação da Agrovila, limpeza de drenos, dos canais de irrigação e recuperação da descarga de fundo da barragem que abastece as unidades produtivas. Para estas intervenções serão investidos R$ 776.615, além da implementação da automação do sistema de irrigação, com o custo de R$ 500 mil. Totalizando R$ 1.276.615 que o Proinveste destinou para esta unidade da Cohidro.

Para João Quintiliano da Fonseca Neto, diretor de Irrigação da Cohidro, o Programa Federal que financiou R$ 567 milhões ao Governo do Sergipe, vem por dar sequência aos investimentos iniciados pelo Estado no Jabiberi, que acontecem desde 2010. “O Perímetro Irrigado recebeu investimentos estaduais, na ordem de R$ 2,5 milhões, para recuperação dos canais de irrigação, mudança de todo o sistema de irrigação para aspersão fixa, implantação de rede elétrica e implementação do Projeto ‘Balde Cheio’, que estimulou o aumento da produção leiteira, iniciativa que em um ano fez dobrar a produção dos pecuaristas integrados à Cohidro. Com o Proinveste, finalizaremos as obras estruturantes no Perímetro como também vamos possibilitar a automação da irrigação”, relatou.

Canindé de São Francisco
Foram assinadas as ordens de serviço para três obras estruturantes no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé. Segundo o diretor de Infraestrutura da Cohidro, Paulo Henrique Sobral, a primeira e mais aguardada foi a que vai recuperar e cobrir o canal de irrigação C-01. “São 1,8 quilômetros a extensão do canal principal do Perímetro. Ele corta a sede municipal, no entanto, por estar exposto, se torna prejudicial à qualidade da água devido à poluição urbana. Além de levar água para os lotes irrigados, os moradores também dependem dele para o abastecimento de água residencial tratada. Por isso, o serviço não beneficia só os agricultores, mas também toda população da Cidade”, considerou.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, reafirma a preocupação da Companhia em resolver o problema. “Ano passado já tínhamos tomado uma medida paliativa, em convênio com o prefeito Heleno Silva, que foi a limpeza de canal e suas margens, além da instalação de uma cerca em todo seu percurso para evitar o acesso de pessoas que utilizavam o canal para, por exemplo, depositar lixo ou dar banho em animais. Nisso foram investidos R$ 31 mil em recursos próprios”, explicou sobre a estrutura de concreto que vai revestir todo C-01 e empregar R$ 1.545.040,11 dos quase R$ 4 milhões do Proinveste investidos só no Califórnia, em obras que, segundo ele, já começam dia 14 de julho.

Valnei Pereira, o Paulista, há 15 anos é irrigante no pólo da Cohidro. Para ele, as obras propiciadas pelo Proinveste são consideradas uma vitória para os produtores instalados no Perímetro. “Para a gente é uma grande alegria, pois vai chegar para nós uma água limpa, saudável e abundante para irrigação”, considerou o agricultor, que chama a atenção para a outra ordem de serviço assinada por Jackson Barreto, que vai recuperar as estações de bombeamento e adquirir bombas e peças de reposição dos equipamentos das estações de bombeamento (EBs) 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 100, do Perímetro Califórnia.

“Se EB-02, que distribui a água para todas as outras EBs, por exemplo, estiver funcionando bem, está tudo bem, senão, está tudo perdido e graças a Deus vai chegar uma bomba nova, dentro deste projeto para nos beneficiar”, comemorou Paulista, sobre as obras que recuperarão que vão garantir o bom funcionamento das estações de bombeamento que levam a água, para irrigação, até os lotes do Califórnia, totalizando R$ 1.643.670,25 dos recursos do Proinveste para este fim.

Outros R$ 200.545,92 do Proinveste são da terceira ordem de serviço assinada pelo governador do Estado, onde será reformada a infraestrutura de apoio administrativo da Cohidro, incluindo o escritório, garagem, oficina e almoxarifado do Perímetro Irrigado. O gerente do Califórnia, Edmilson Cordeiro Bezerra, reforça a necessidade do investimento na infraestrutura da unidade da Companhia. “Nossas instalações tem mais de 27 anos de idade e durante este longo tempo, pouco pode ser feito de significativo para recuperar nossos prédios, que dão suporte ao pessoal e equipamentos que atendem e dão assistência técnica aos irrigantes”, expôs.

Segundo o prefeito municipal, Heleno Silva, o Califórnia é o maior gerador de empregos que hoje tem o seu município e influencia, decisivamente, na economia da cidade. “É a mola propulsora de Canindé. Se o Perímetro vai bem, o comércio vai bem, se vai mal, o comércio vai mal. Jackson vem a Canindé e traz um sonho de 20 anos da nossa gente, a cobertura do canal do Perímetro Califórnia. Jackson é um governador amigo do Sertão e amigo de Canindé”, discursou.

Na cerimônia de assinatura das ordens de serviço em Canindé, o governador Jackson Barreto lembrou o papel fundamental do ex-governador Marcelo Déda para aprovação do Proinveste, inclusive afirmando que ele teria lembrado do Perímetro Irrigado Califórnia, ainda no processo de planejamento para a contratação do empréstimo federal. Fator que o fez dar atenção especial à viabilização das obras, que os irrigantes da Cohidro há tempos esperavam.

“Quando lutamos pelo Proinveste, Déda nos chamou e disse que tínhamos que destinar um pedaço deste recurso para o projeto Califórnia, se não correria o risco deste belo projeto se acabar, levando fome e desespero para essa gente trabalhadora do Sertão. Tratamos logo de fazer essas licitações, porque já bastava o tempo que o Proinveste demorou a ser aprovado na Assembleia, porque se não tivessem atrasado a sua aprovação, o que maltratou a Déda, essas obras já estariam aí para o povo, aumentando a qualidade de vida e a produção do Perímetro Califórnia”, desabafou o governador.

Seides e Mapa se reúnem com orgânicos da Cohidro em Canindé

Fotos: Felipe Coringa – Ascom/COHIDRO

Iniciativa técnica da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), de viabilizar o cultivo agroecológico para horticultores do Perímetro Irrigado Califórnia – em Canindé de São Francisco – despertou a atenção da Secretaria de Estado da Inclusão Social (Seides). A Entidade pretende viabilizar duas Feiras da Agricultura Familiar exclusivas para orgânicos, em convênio com a Prefeitura Municipal na capital sergipana e se reuniu, nesta terça-feira, 20, com estes agricultores de Canindé. Encontro que contou também com a presença do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que trata da regulamentação da produção orgânica a nível nacional.

Para que os produtores orgânicos tenham autorização para a venda direta de alimentos agroecológicos, eles necessitam formalizar uma Organização de Controle Social (OCS), grupo que coopera entre si na orientação e fiscalização dos métodos de cultivo e tratos culturais, para garantir um produto livre da adição de aditivos ou defensivos químicos. Formalizado o grupo, aí então cada agricultor é cadastrado pelo Mapa, o qual atesta a OCS, com certificado de registro individual, à venda direta ao consumidor.

André Barretto Pereira, Chefe da Divisão de Política e Desenvolvimento Agropecuário do Mapa em Sergipe e Coordenador da Comissão de Produção Orgânica de Sergipe ( CPOrg-SE), foi em Canindé ver de perto o trabalho de conversão ao cultivo agroecológico desenvolvido pela Cohidro, em visita – que sucedeu a reunião – aos seis lotes dos produtores que formam a recém criada Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5). Para ele, estes agricultores estão no caminho certo rumo à formalização e já tem requisitos além do necessário para criar a OCS, ao fundar uma associação de produtores.

“Vim aqui para consolidar a OCS e vi um grupo motivado, organizado e buscando uma melhoria, que agora estão buscando uma forma de legalizar para vender seus produtos como orgânicos.”, relatou André Pereira, que elogiou a organização e mobilização dos produtores, que promovem reuniões e visitas entre si periodicamente. Ele também orientou quanto à regra geral que qualifica os cultivos agroecológicos. ”A legislação determina que deve ter um período de conversão de um ano para verduras e de um ano e meio para frutíferas”, relaciona o Coordenador da CPOrg-SE, sobre o tempo que leva para uma plantação deixar de ser convencional após a suspensão do uso de agroquímicos.

Sônia Loureiro, gerente de Desenvolvimento Agropecuário da Cohidro qualificou como muito importante a visita dos dirigentes do Mapa e anunciou que outros encontros ocorrerão. “A gente tem o trabalho de incentivar, convencer, orientar, levar as alternativas que qualifiquem estes produtores como orgânicos, mas quem atesta é o Ministério da Agricultura que, junto dos próprios integrantes da OCS, também fiscalizam a autenticidade do cultivo orgânico. Esta reunião foi a primeira, mas estão programados outros encontros. Um no perímetro Piauí em Lagarto, no dia 10 de maio e depois se reencontrarão no Jacarecica II em Malhador, com data a ser marcada. Lá os agricultores já tem autorização para venda de orgânicos, mas o Mapa vai vistoriar o andamento dos trabalhos, além deles também serem cadastrados para fornecer seus produtos a nova Feira da Seides”.

Feira da Agricultura Familiar
Técnico do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Dsan) da Seides e coordenador estadual do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA-Frutos da Terra), o engenheiro agrônomo Lucas Aroaldo Dantas Cavalcante esteve nos lotes orgânicos e na reunião com os produtores. A intenção das visitas é a de cadastrar produtores agroecológicos que forneçam regularmente seus produtos nas duas novas Feiras de Agricultura Familiar a serem implantadas pelo Órgão, com previsão de início em junho próximo. Trata-se de um convênio entre a Secretaria e a Prefeitura de Aracaju, que cedeu os espaços físicos no Parque Augusto Franco (Sementeira) e no pátio do Museu do Mangue, localizado no Bairro Coroa do Meio.

“Viemos para estreitar a nossa relação com a Cohidro, com o Mapa e catalogar áreas de produção orgânica. Nossa Feira de Aracaju é de base agroecológica, mas nesses novos locais serão restritas a fornecedores orgânicos e para tal, precisamos de mais produtores catalogados”, enumerou o técnico do Dsan, relacionando a Feira hoje realizada quinzenalmente na sede da Seides, à Rua Santa Luzia, 680, no Bairro São José. Nela já atuam irrigantes orgânicos atendidos pela Cohidro, de Lagarto e Malhador.

O maior entrave na realização das Feiras da Agricultura Familiar, com produtores de outros municípios, é o transporte dos alimentos que é de custo muito elevado, já que se tratam de pequenas produções familiares. Sobre este tema, Lucas Aroaldo também demostrou estar buscando meios de viabilizar a participação dos orgânicos do Perímetro Califórnia. “Vamos tentar criar uma ‘rota solidária’, da mesma forma que acontece nas outras feiras e garantir a logística. Como já existem rotas que atendem Canindé, para levar daqui os produtos convencionais, vamos buscar, pela Seides, parcerias com a Emdagro, Seagri e ‘ONGs’, para atender esta nova demanda”.

A integração, entre as secretarias do Governo em Sergipe, é algo que vem sendo defendido pelo presidente da Cohidro Mardoqueu Bodano. Para ele, a união dos esforços soma força para cumprir as metas e objetivos. “Nós, que somos parte da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), sempre pudemos contar com o apoio da Seides, que viabiliza estes espaços, já em 17 municípios, para nossos irrigantes comercializarem sua produção familiar. Da mesma forma que ela também conta conosco, para fornecer assistência técnica e água para irrigação aos produtores e assim ser farta e constante a oferta de alimentos nas suas feiras”.

Bio5
Marli Soares dos Santos Pereira é uma das cinco irrigantes que deram origem à Bio5. Ela foi escolhida pelos seus pares para presidente da associação de produtores orgânicos que acaba de nascer em Canindé e que já começa a agregar mais membros. “Graças a Deus está melhorando cada vez mais, agora vamos trabalhar com tomate orgânico, pois queremos diversificar a forma de venda da gente, com um projeto de oferecer ‘salada pronta’. Temos também uma nova integrante ao grupo, que quer trabalhar com fruticultura orgânica. Vamos melhorando a cada dia o que a gente tem e incluindo mais culturas para conseguir melhor situação de vida”, relata a agricultura, anunciando a aquisição do grupo da produtora Valdice de Jesus Menezes, que já trabalha com a criação de “galinha de capoeira” com fundamentos orgânicos.

Técnico agrícola e servidor da Cohidro, Tito Reis foi a força motivadora para os horticultores do Perímetro Califórnia passarem a ser orgânicos. “Primeiro reunimos aqueles que tinham a intenção de atuar com produção agroecológica, dessa junção, surgiu a ideia da construção de estufas para plantio de mudas, em cada um dos lotes, em regime de mutirão. Hoje eles já estão organizadas em associação e partem para a regulamentação junto ao Mapa, criando a OCS. Isso é só o começo, pois outros agricultores já demonstram interesse de se integrarem ao grupo, com novas ideias, acrescentando a fruticultura, aves e ovos ao nosso cardápio de produtos orgânicos”, finalizou agradecendo o apoio do gerente do perímetro, Edmilson Cordeiro e da equipe técnica os quais não têm medido esforços para ajudar com andamento deste projeto.

Milho verde irrigado pela Cohidro é manchete no Globo Rural

Joselito da Costa – agricultor

Nesta manhã, o programa Globo Rural, da Rede Globo, destacou em reportagem a produção de milho irrigado no Perímetro Califórnia, administrado pela Cohidro em Canindé de São Francisco, Alto Sertão Sergipano. Produzida pela afiliada TV Sergipe, a matéria trouxe a informação de que os produtores adiantaram a produção para colher o milho verde no início do mês de junho, atendendo a demanda das festas juninas tanto em Sergipe, como em outros estados vizinhos, como Alagoas, Bahia e Pernambuco.

O volume a ser produzido também é outro fator evidenciado, 400 ton. são esperadas a serem colhidas durante 2014, superando em 45 mil quilos o que foi alcançado no ano anterior. Ao todo, 72 ha do Perímetro estão ocupados com o cultivo do milho, plantações viabilizadas, em pleno Semiárido, por meio da irrigação fornecida pelo Governo do Estado. Os irrigantes pela Cohidro, Joselito da Costa José Leivison dos Santos, foram entrevistados e demostraram estar confiantes com a antecipação da colheita, que vai lhes proporcionar a venda garantida de toda safra no São João.

Clique aqui para assistir a reportagem na íntegra

Cohidro promove palestra de prevenção a Helicoverpa em Canindé

Praga que vem causando prejuízos em plantações comerciais nas regiões Sul, Centro Oeste e Sudeste do Brasil, a lagarta Helicoverpa armigera também pode ser prejudicial às lavouras sergipanas, já que o inseto atinge uma vasta gama de variedades culturais e não encontra barreiras naturais que inibam sua proliferação. Deste modo, pensando na prevenção a esta ameaça também aos cultivos irrigados em suas unidades, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), realizou palestra educativa no Perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco, proferida pelo seu engenheiro agrônomo Remi Bastos, no último dia 15 de abril.

Segundo o agrônomo e especialista fitossanitário da Cohidro, o risco da Helicoverpa chegar ao Nordeste era eminente e a descoberta da presença da lagarta na cidade alagoana de Arapiraca, a 156 quilômetros de Canindé, determinou a prioridade da realização da primeira palestra sobre o tema no Califórnia, que pretende atender a todos os produtores rurais nos perímetros irrigados da Companhia. “Trata-se de um inseto pertencente à ordem Lepidóptera que vem destruindo lavouras de soja, milho, algodão, feijão, sorgo, pastagens e tomate em vários estados do Brasil, inclusive no Nordeste começa a comprometer as culturas de feijão, milho, pimentão e quiabo”, revela Remi Bastos.

A palestra, segundo Remi Bastos, visa reforçar sobre a presença desta lagarta nos cultivos irrigados, evitando desse modo o uso de inseticidas indiscriminadamente a menor suspeita de presença da Helicoverpa. “Somente através da identificação da espécie em laboratórios específicos é que se pode confirmar a presença ou não da praga”, acrescenta o agrônomo Remi Bastos, reforçando que as ações com aplicações de agrotóxicos devem ser a última a ser posta em prática, para evitar possíveis invasões do inseto, decorrentes das aplicações desajustadas de inseticidas.

Ainda segundo Remi Bastos, no momento o produtor irrigante deve dar atenção ao manejo integrado, iniciando pela instalação de armadilhas com feromônio, armadilhas luminosas, destruição dos restos de culturas, sobretudo o milho, tomate, pimentão e o quiabo, seguido do monitoramento na lavoura, de duas a três vezes por semana.

Para o diretor de Irrigação da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, a ação da Cohidro vai servir de alerta aos seus irrigantes, com o objetivo de identificar a presença da praga antes que ela se transforme em um problema maior. “Cada produtor deve ser um agente fiscalizador, que deverá informar aos técnicos e agrônomos da Companhia qualquer suspeita, para que possamos identificar se realmente se trata da Helicoverpa e assim determinar o melhor e mais eficaz tratamento para que não passemos, em nossos perímetros, pela mesma adversidade que outros produtores passaram em outras regiões do país”.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, está confiante na ação impetrada pelos técnicos e especialistas da Empresa e prevê a eficácia no combate da praga, já que se tem tomado a atitude antes do problema acontecer. “Felizmente, ou infelizmente, o infortúnio ocorrido nas lavouras de produtores das regiões ao sul da nossa, fez com que pesquisadores passassem a conhecer bastante a Helicoverpa, que hoje não sai das manchetes da imprensa agrícola nacional. O controle da praga, por sorte nossa, já está sendo pesquisado há algum tempo e por isso, é pouco provável que aqui tenhamos que passar pela mesma infelicidade”.

Possíveis focos

Na reunião realizada no Perímetro Califórnia, com a presença de 20 irrigantes, a maioria produtores de quiabo e milho, o agrônomo Remi Bastos conta que ouviu depoimentos de alguns produtores irrigantes que confirmaram a existência, em 2013, de lagartas diferentes daquelas comuns a estas culturas e que apesar das aplicações de inseticidas, o controle não se mostrou eficiente, causando danos significativos.

“A Helicoverpa armigera ou lagarta do velho mundo, pode ter sim se instalado em plantios de milho nos municípios de Lagarto e Canindé, porém, sob baixa densidade populacional e a exemplo do que ocorreu em outros estados, talvez esteja sendo confundida com a lagarta-do-cartucho-do-milho e a lagarta-da-maçã-do-algodoeiro”, completa o especialista, que adverte que só após analises laboratoriais dos insetos será possível confirmar a presença da praga em solo sergipano.

Última atualização: 6 de maio de 2021 18:10.

Acessar o conteúdo