Jackson Barreto busca fortalecer programa de dessalinizadores no sertão sergipano

O governador Jackson Barreto reuniu-se na tarde desta terça-feira, 1°, com a ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, para tratar da ampliação do programa “Água Doce”, que prevê a instalação de 33 dessalinizadores no sertão de Sergipe. O programa é fruto da parceria entre Estado e Governo Federal e tem como meta a recuperação, implantação e gestão de 33 sistemas de dessalinização, beneficiando mais de 13.800 pessoas com investimentos de R$ 6,6 milhões. Serão beneficiados sete municípios: Poço Redondo, Canindé de São Francisco, Porto da Folha, Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória, Poço Verde e Carira.

A Cohidro é parceira da iniciativa, pois é a principal responsável pela perfuração de poços em todo Estado e que também atua fazendo manutenção e recuperação desse tipo de sistema de abastecimento de água já existentes.

 

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Fonte: AGÊNCIA SERGIPE DE NOTÍCIAS

Governo autoriza retomada do anteprojeto do Canal de Xingó

A Cohidro esteve presente no ato em que o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi e o governador Jackson Barreto assinaram a autorização para a retomada da elaboração da primeira fase do anteprojeto de engenharia do Canal de Xingó, ocorrido na sexta-feira, 26, no Palácio de Despachos.

O canal vai ter uma vazão de 36 m³/s, já assegurada pela ANA, que será disponibilizada para atender aos projetos de irrigação do Perímetro Irrigado Califórnia da Cohidro, e do Jacaré-Curituba (Codevasf), além do Manoel Dionísio (a ser implantado).

O ministro também autorizou a liberação de R$ 60 milhões para a conclusão da ampliação das adutoras Tomar de Geru, Sertaneja e Alto Sertão e entregou o Sistema de Abastecimento de Água para comunidades rurais de Porto da Folha.

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Fonte: AGÊNCIA SERGIPE DE NOTÍCIAS

Irrigação da Cohidro vai gerar R$1,3 mi em alimentos para doação

Os produtos são entregues, em média, a cada 15 dias devido a perecividade

Agricultores que são atendidos pela irrigação pública, oferecida pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), têm oferta de água para produzir alimentos ininterruptamente e na mesma quantidade o ano inteiro. Isso cria uma maior facilidade para eles cumprirem os contratos com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), gerido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na semana passada, mais duas associações de produtores assinaram contrato e três delas iniciaram a entrega de alimentos às entidades beneficentes inscritas.

Hoje são quatro associações de produtores dos perímetros da Cohidro que possuem contratos em vigência, totalizando 648 toneladas de alimentos gerados por 171 agricultores que serão remunerados em R$ 1.367.445. Compromissos em que a Conab remunera os agricultores para que sejam feitos os repasses, duas vezes por mês durante um ano, às entidades sócio-assistenciais credenciadas na homologação das propostas ao PAA e que atendem 18.260 pessoas em situação de insegurança alimentar.

Sandro Luiz Prata, Chefe da Divisão de Agronegócios da Cohidro, é diretamente responsável por assessorar os produtores na confecção e trâmites burocráticos das propostas enviadas à apreciação da Conab, um serviço que complementa o fornecimento de água e a assistência técnica que a Empresa oferece aos agricultores, nos perímetros. “Além dos contratos em andamento, estamos trabalhando para homologar novos contratos com o PAA para entrar em vigência já em 2016, no perímetros irrigados: Piauí em Lagarto, em Riachuelo no Jacarecica II e ainda no Califórnia, este em Canindé de São Francisco”, acrescenta.

O Analista da Conab, Engenheiro Agrônomo José Bomfim Júnior, durante a assinatura de contratos, dia 16, confirmou que a assistência da Cohidro auxilia na composição das propostas oriundas de produtores dos perímetros irrigados e explica que “a reunião foi uma orientação para as entidades que vão participar do PAA e deixando bem claro os objetivos, em termos de não fazer qualquer coisa errada e seguir corretamente o projeto. O dinheiro já está na conta bloqueada das associações e a partir de agora eles podem entregar os produtos que, à medida que já forem prestando contas, nós da Conab iremos liberando o dinheiro,” garantiu.

Contratos assinados

De Lagarto veio a Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip) assinar o contrato para passar a entregar, a partir de 22 de março, 296 toneladas de alimentos. Antônio Cirilo Amorim, presidente da entidade, explica de que forma o PAA contribui com o agricultor. “O mercado hoje tem vários preços e na Conab é um preço garantido e vai beneficiar assim, mais de 69 agricultores nesse projeto e mais de seis mil pessoas receberão esses produtos. É muito gratificante, é muito compensador e a gente fica feliz por mais um projeto em Lagarto. Vai para cinco projetos que participamos já, só da Associação”, completou.

Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, considera crucial a Empresa dar este auxílio ao produtor, para atuar neste e em outros programas governamentais que possam trazer benefício ao homem do campo, dentro dos perímetros irrigados. “Faz parte de nosso papel de incentivar a produção agrícola, assim como fazemos fornecendo água e assistência técnica. Para nós, é muito gratificante que esses projetos bonifiquem os produtores, com preços justos pela riqueza que é fruto do seu trabalho. Muito melhor quando sabemos que a Conab beneficia a população carente com esses alimentos, produzidos com o nosso apoio”.

A outra entidade que acaba de assinar contrato é a Associação dos Moradores e Amigos do Povoado Mangueira, formada por agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado da Ribeira, em Itabaiana. O presidente, José Silva de Menezes, vê no PAA uma forma do produtor evitar os intermediários. “Atravessador só quer comprar barato e como esse dinheiro da Conab vem para os agricultores, é bom por que o preço sai mais caro. Porque tem tempos mesmo lá que são baratas demais as plantações e na Conab é fixo. Bom para a gente, que coloca e mais ainda para quem recebe, que é gente carente”, avaliou.

Entregas

A Associação do Povoado Mangueira foi uma das que, na quinta-feira, 18, fez a sua primeira entrega de alimentos, diretamente a três entidades beneficentes também de Itabaiana. Foram, por exemplo, 565 quilos de Cenoura, mesma quantidade também de Quiabo e Vagem; 525 de Inhame e ainda outros 500 de Batata-doce. Totalizando, foram mais de sete toneladas de 16 alimentos variados, compondo uma dieta básica para doação in natura à população assistida pelas ONGs. Até o final da vigência de um ano do contrato, serão 113 toneladas entregues só por estes 35 agricultores da Ribeira.

No mesmo dia e no mesmo Perímetro Irrigado, outros 34 produtores da Associação dos Moradores e Amigos do Povoado São José (AMAPSJ) entregaram também Aipim, Pimentão, Rúcula e mais 13 tipos de alimentos, totalizando 6,4 toneladas. Produtos doados, pelo vínculo do PAA, ao Centro Sócio Cultural de Barra Dos Coqueiros e a Associação de Moradores e Amigos de Pedra Mole, entidades que vão dividir as 103 toneladas produzidas por estes agricultores irrigantes da Ribeira, até o fim do contrato.

O agricultor José Carlos Xavier é irrigante da Ribeira e fez a entrega de 10 sacos, de 50 quilos, de Batata-doce. Fará este mesmo processo duas vezes por mês, durante um ano. Ele conta que agora, que é verão e o produto é mais valorizado, o preço de mercado até supera o valor pago pela Conab, mas isso não garante um ganho estável durante todo ano, como proporciona o Programa. “Recebo R$50 pelo saco, serão R$ 8 mil sem os impostos, bruto, até o final do projeto. Vale mais a pena no inverno, quando o preço de mercado baixa”.

Em Malhador, no dia 16, a Associação dos Trabalhares Rurais do Perímetro Irrigado Jacarecica II (Astrapicica) também fez sua a primeira entrega do ano ao PAA e iniciou a temporada 2016 de doações nos perímetros da Cohidro. Neste projeto, os produtos são destinados a 3,5 mil pessoas assistidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Areia Branca. São 33 agricultores irrigantes que vão fornecer, durante um ano, 135.700 quilos de alimentos como Inhame, Aipim, Quiabo, Maxixe, Batata-doce, Folhosos, Acerola, Abobora, Abobrinha e outros.

Surge produção de carne e ovos caipiras na Irrigação Pública de Canindé

No encontro produtores, representantes e técnicos da Cohidro puderam tirar dúvidas sobre o Agromaigo

Criação de frango e ovinos para abate e produção de ovos, em instalações sustentáveis, já é realidade no Perímetro Irrigado Califórnia, unidade da Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe) em Canindé de São Francisco. A intenção é a de ter um ciclo produtivo totalmente orgânico, via a adoção de métodos alternativos para prevenção de doenças. Com a ajuda da irrigação, serão geradas as plantas para alimentação que, por sua vez, receberão a adubação pelo esterco destes animais.

Até cerca de um ano atrás, o produtor irrigante Gercino Teles de Andrade era dedicado à fruticultura no Perímetro Califórnia, sem se preocupar muito com os efeitos causados pelos defensivos químicos que são usados no cultivo tradicional. Mas a vida do agricultor começou a mudar quando a Cohidro começou a promover à criação da Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5). Segundo ele, a força de vontade e a confiança do grupo lhe deu suporte para participar dos projetos da entidade, que é formada em sua totalidade por agricultores familiares inseridos no Califórnia e que recebem assistência técnica da Cohidro.

Agora Gercino já tem lotes de frangos caipiras machos, da raça americana “Rhode Vermelha”,com 57 dias, preparados para o abate que será realizado aos 100 dias. Já as fêmeas ocupam outro viveiro e serão usadas para a produção de ovos, quando atingirem os 4,5 meses de vida. Em ambos os casos, as aves estão dispostas em instalações cobertas e com telas de proteção, nas três repartições. Mas o aviário se entende para uma área externa bem maior, os “quintais ecológicos”, cercados por “palets” reaproveitados, doados pelo comercio varejista de Aracaju.

Ele também tem investido na inserção de outras raças, como o “Gigante Negro”, e o “Caipira Francês”, este que tem a peculiar característica do “pescoço pelado”. Além de promover uma diversidade maior de aves para oferecer no mercado de “frango vivo”, Gercino quer avaliar qual destas raças destinadas à produção de carne e ovos caipiras, se adapta melhor ao clima do Alto Sertão, em ambiente semi-intensivo. “Também quero usar a ‘cama de frango’ para adubar as plantações, inclusive o capim irrigado que vai tomar toda parte externa do galinheiro, o quintal delas”, colocou.

De acordo com o agricultor, a Bio5 proporcionou uma melhora visível aos seus produtos, como é o caso das goiabas e da acerola, que se encaminham para se tornarem orgânicas. Hoje Gercino diz que as frutas são bem mais saborosas se comparadas às de outros lugares e os alimentos não apresentam mais lagartas como antes. “Nós também fazemos polpa das nossas acerolas, mais ideias estão surgindo para aumentar nossa diversidade com os alimentos”,revela o produtor que investiu R$ 4 mil nos seus galpões para as aves, fora os palets que ganhou da Associação.

Tito Reis, Técnico Agrícola que atende os produtores da Bio5 pela Cohidro, incentiva a criação destas alternativas produtivas para esses agricultores e tem inserido ideias e novos métodos. Além de usar o palet, que se mostrou um excelente material para construção de aviários e cercados, ele criou um sistema no telhado arrefece com água o calor dentro do aviário. Também tem motivado o reaproveitamento de restos culturais e outros tipos de alimentação como complemento à ração, além da adoção de métodos alternativos para prevenir doenças.

“Promovendo o acesso das aves ao pé dos pomares, cercados pelos palets, elas podem aproveitar as frutas que caem, por exemplo. Estamos ministrando aos frangos alguns tipos de capim, como o Amargoso, que na ‘cultura do campo’ é tido como erva daninha, mas as aves adoram, principalmente as sementes. O Capim alimentar e ainda traz o benefício dos frangos se esticarem ou pularem para ter acesso, assim se exercitam e tornam a carne mais rija. Outro material que temos usado com freqüência é a folha de bananeira, que além de ser bem apreciado pelos frangos, é constatado ser um vermífugo de origem natural”, listou Tito Reis.

Instalações sustentáveis

A produção de frangos do casal Quitéria e José Gonçalves de Araújo tem como particularidade o uso de palets para a construção de praticamente a totalidade da estrutura que abriga as aves, desde os abrigos fechados para a proteção ao frio e de predadores à noite, até o cercado que não deixa os animais fugirem ou terem acesso às hortas orgânicas que cultivam também. “Foram usados 300 palets, para construir o quintal e os três galpões: berçário, intermediário e para engorda”, revelou o agricultor que já tem dois anos na Bio5.

Os palets que a BIo 5 tem usado são fruto de doação, angariada pelo grupo em lojas de materiais de construção. Até o momento eles arrecadaram 10 caminhões cheios dessas peças. São estrados madeira que servem de base para cargas pesadas ou fardos, adaptados para o uso de empilhadeiras quando as mercadorias vêm da indústria. Um dos empresários que doou seis dessas cargas é Francisco Sales Barbosa. Segundo o empreendedor, esse material não retorna às fábricas devido ao alto custo do frete. Assim, fica a critério do comprador dar uma finalidade a eles.

“Aqui na nossa Empresa, tanto este como centenas de outros projetos nós sempre damos apoio na doação deste material, o porta-palet. É muito gratificante, pra mim, fazer essa doação de um material que até casa faz. Faz mesa, faz cercado, faz de tudo, seja no campo ou na cidade, mas tem pessoas que não veem o tanto de proveito que tem”, justificou Sales Barbosa, que avaliou positivamente os resultados de Canindé. “Estão aproveitando muito bem os palets nesse projeto, que já to vendo aqui ser maravilhoso, lindo e que vai pra frente. Quero doar muito mais e ajudar este povo muito sofrido do Sertão”, completou.

Além de Quitéria e José, serão outros quatro associados da Bio5 que terão galpões para criação de frangos para engorda e postura, baseado no mesmo sistema com o uso de palets. “Nosso projeto é um modelo, o piloto. Cada galpão comporta cerca de 100 frangos, que vamos vender vivo por R$ 30 cada, de três a quatro quilos de peso, aos 100 dias. É mais fácil vender assim vivo, só mesmo quem conhece nosso trabalho é capaz de comprar abatido, fica desconfiado”, relatou Seu José, que cria as raças “Rhode Vermelha” e “gigante negro”. Por possuir horta orgânica, tem atenção especial com a cama de frango, que serve de adubo.

Mardoqueu Bodano, Presidente da Cohidro, se diz entusiasmado com o desenvolvimento desses novos arranjos produtivos no Perímetro Califórnia. “Toda vida essas famílias de agricultores somente usaram a plantação como fonte de renda, a partir da irrigação pública. As criações eram sempre para subsistência. Enquanto isso, existe um vasto mercado para compra de produtos de origem animal, que são criados em métodos rústicos, os chamados caipiras. Isso sem falar na oferta de carne e ovos orgânicos, que é praticamente inexistente em nosso Estado. É Mercado garantido”, afirmou.

Ovinocultura

Rafael Oliveira Andrade é filho de Seu Gercino e está investindo na criação de ovelhas para engorda, onde os palets também estão sendo usados para fazer o cercado dos animais pastarem. Ele alimenta os animais no aprisco com uma mistura de Capim Elefante e o pé inteiro do milho verde que ele mesmo produz no Perímetro Irrigado. Tudo picado para o animal aproveitar totalmente os vegetais. Dessa mistura, são gastos 120 quilos por dia para seus 35 carneiros do primeiro lote. Assim como nos frangos do pai, o jovem empreendedor quer aproveitar o esterco para adubar as hortas que pretende criar.

João Quintiliano da Fonseca Neto, Diretor de irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, lembra dos benefícios do esterco dos ovinos e caprinos para a adubação de hortas orgânicas, com a grande diferença de ser natural. “É um adubo bastante completo, superior, por exemplo, ao dos bovinos. Tem grande quantidade de matéria orgânica e equilíbrio nos níveis de Nitrogênio, Fósforo e Potássio (NPK). É bastante aconselhável o uso na horticultura, pois favorece o crescimento de folhas”, informou.

Jovens do Perímetro Califórnia são certificados em empreendedorismo e comunicação

Autoridades, agricultores, técnicos da Cohidro e os jovens da B5. Fotos: B5-Jovem

Tendo a assistência técnica da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) como o pilar inicial para a sua fundação, há dois anos, a Associação Sergipana de Orgânicos – Bio5 é formada por produtores agroecológicos do Perímetro Irrigado Califórnia, pólo agrícola administrado pela Empresa Pública em Canindé de São Francisco. O grupo estabeleceu, como regra fundamental, que os associados seriam agricultores familiares e todos os integrantes, de cada um desses lares, iriam participar das ações. Assim, não demorou em surgir uma ala jovem dentro desta entidade, a B5-Jovem.

Nesta quinta-feira, 4, no Salão nobre do Hotel Águas do Velho Chico, 30 desses jovens receberam certificados de conclusão do “Curso Empreender no Campo”, oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar-SE) e outros 30 do “Curso de Comunicação, Oratória e Radialismo”, oferecido pela própria Bio5. As duas capacitações têm, respectivamente, a intenção de inserir esses adolescentes no processo da produção rural das famílias, focando na comercialização dos alimentos e também criar um subgrupo responsável pela divulgação externa das ações da Associação, agregando a função de ser um veículo de conscientização à comunidade rural.

Esses jovens que participaram dos cursos já têm campo de atuação garantido. Por um lado, a Bio5 acabara de ganhar 10 barracas padronizadas da Feira da Agricultura familiar da Seidh (Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos), para atuar na feira livre de da Cidade, em espaço cedido pela Prefeitura Municipal de Canindé. Além disso, os jovens da outra frente de trabalho, a da comunicação, vão ter um horário semanal na rádio local Xingó FM e na rádio comunitária canindeense Amanhecer FM, todos os dias.

Camila Xavier Costa, Engenheira Agrônoma e instrutora do Senar-SE, explica que o curso de 40 horas, que ela aplicou em Canindé, teve a intenção de levar ideias para incrementar o negócio agrícola existente ou para motivar a criação de novos empreendimentos. “O curso busca capacitar os jovens que estão sem uma atividade. Pudemos observar que lá os lotes são pequenos, não há muito que fazer para os jovens, mas eles podem trabalhar em atividades que agreguem valor à produção, como no beneficiamento e na comercialização destes produtos,” informou.

Emprego e renda

O técnico Agrícola Tito Reis da Cohidro, que também Técnico em Radialíssimo, é o representante da Empresa Pública que motivou criação da entidade e desenvolve, junto das famílias de produtores, todas essas atividades. “Com essas mobilizações, eles estão diminuindo custos de produção e aumentando a renda familiar. Esses jovens estão agora mais preparados para oferecer os produtos gerados pelas famílias e também estão ‘afiados’ para divulgar as realizações a toda sociedade e levar a informação, o conhecimento agroecológico para a sua comunidade, através do rádio”, destacou ele, que foi o instrutor do curso de comunicação.

O presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, também reforça a questão da geração de empregos. “O jovem, nas pequenas propriedades rurais vira mão de obra excedente, pois não vai adquirir uma renda significativa só como ajudante dos pais. Assim, o caminho natural deles acaba sendo a cidade, o êxodo rural e como consequência, aquela unidade agrícola não vai ter um herdeiro para tocar a plantação. Se um projeto exemplar como este, dá chance do jovem se desenvolver em outras áreas sem abandonar o campo, garante renda para ele ajudar a família e para ele se estabelecer”, comenta, parabenizando os servidores de Canindé por este trabalho.

Edmilson Cordeiro, gerente do Perímetro Califórnia, apoia a iniciativa da Bio5 e espera que essa semente plantada por eles instigue, nos demais produtores do pólo de irrigação, este espírito de mobilização. “Gostaríamos de ver todo setor produtivo que se desenvolve dentro do Perímetro e que subdivide os 333 lotes de produtores, ativo dessa forma, se organizando em associações que os ajudem a prosperar da mesma forma que a Bio5. A Cohidro aqui em Canindé estará sempre disposta ajudar, como faz no caso dessa associação de orgânicos”, reforçou.

Presidente da Bio5, Rosângela Oliveira Andrade estabelece que objetivo principal dos cursos era o de capacitar os jovens ao mercado de trabalho. “E o intuito maior deste espaço no radio é de divulgar o trabalho, os produtos que já estamos comercializando e produzindo e dar dicas, para tentar conscientizar sobre o uso dos defensivos. Usando uma linguagem jovem no rádio, vamos atingir os filhos e eles terão uma persuasão maior, uma forma de fazer chegar essa informação em cada casa”, advertiu ela, acreditando que essa divulgação também vá atrair mais famílias de agricultores interessadas em aderir à Associação, como consequência, não sendo esse o objetivo do grupo.

O Promotor Público de Canindé, Dr. Emerson Oliveira, presente ao evento destacou a importância destas capacitações para a juventude Canindeense. A mesa foi também composta pelo Radialista Arnoud Andrade (Xingó FM), Franklin Roosevelt (Supervisor da Senar), Jornalista Bruno Balbino (Amanhacer FM), Secretário Municipal de Agricultura Carlos Fonseca, Secretária Municipal de Bem Estar Social e do Trabalho Leila Santos, Coordenadora do CRAS Angela Lima, Vereador Rildo Andrade e Rita Selene, Coordenadora da Emdagro.

 

Irrigante pela Cohidro aposta em tomate fertirrigado no Sertão Sergipano

O plantio irrigado ocupa uma área de 1,5 ha

Partindo do conceito de diminuição dos custos com infraestrutura e mão de obra, o produtor irrigante Levi Alves Ribeiro (o popular Sidrack), assistido pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no Perímetro Irrigado Califórnia (Canindé de São Francisco), aposta na variedade de Tomate Ty 2006, que dispensa o uso de estaqueamento, é resistente ao Geminivírus e se adéqua ao sistema de fertirrigação, onde a adubação é levada até a planta por meio da irrigação por gotejamento. Na primeira de três áreas que pretende implantar, o Agricultor quer colher 3,6 mil caixas em 1,5 hectares.

O Geminivírus, transmitido pela Mosca Branca, praticamente dizimou o cultivo do Tomate no Vale do Rio São Francisco no início da década passada. Com o surgimento de variedades híbridas como a Ty 2006, associado ao manejo correto de espaçamento e correção de solo, o problema foi superado, despontando atualmente o Semiárido Baiano como grande produtor do fruto. Atrás desses resultados, Sidrack adequou a variedade a um sistema de fertirrigação amparado pela irrigação pública, fornecida pelo Governo do Estado através da Cohidro.

“Acho que até o pequeno produtor, tem que estar atento às novidades da tecnologia. Antes, aqui o cultivo era feito sem a irrigação por gotejamento e a fertirrigação, situação em que se tem um trabalho maior, para suprir o que a planta requer”, justificou Sidrack. No método de adubação que aderiu os nutrientes complementares à planta são transferidos por meio da água, que já é o meio de transporte dos elementos naturais fundamentais à sobrevivência vegetais, a citar o Hidrogênio, Oxigênio e sais minerais.

O trabalho começou a partir da análise de solo via laboratório, para depois reparar as deficiências que precisam ser corrigidas. “Além do esterco de gado, usado para adubar o solo, a partir da análise pudemos saber o quando era necessário repor de Nitrogênio, Potássio e Fósforo (NPK)”, complementou Sidrack. Paralelo a isso, o Agricultor desenvolveu o plantio das mudas de Tomate em sua estufa. Na instalação ele produz mudas de outras plantas que cultiva, mas também para comercialização, atendendo produtores do Califórnia e do Jacaré-Curituba, Perímetro Irrigado administrado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), em Canindé e Poço Redondo.

As mudas hoje com 28 dias de transplantadas da estufa-berçário, têm um acompanhamento frequente para suprir suas necessidades de fertilização e é onde entra a assistência fornecida pela Cohidro. O técnico agrícola da Empresa, Antônio Roberto Ramos (Beto), é o responsável por atender o setor do Perímetro Califórnia onde se encontra a nova plantação de tomates. “Nesse caso, oriento o Sidrack nas alterações que podem ser feitas na dosagem de cada um dos adubos usados para nutrição da planta, via irrigação por gotejamento. Dependendo do estágio em que se encontra, a idade e aspecto da planta, é necessário alterar a proporção do NPK adicionado à água”, considerou.

Utilizando canteiros com espaçamento de 2,5 metros entre eles, e de 0,60 entre uma planta e outra, a plantação é irrigada, na maior parte do terreno, por duas mangueiras microperfuradas em cada leira. Por ser um declive, na seção menos elevada da área, os canteiros são atendidos por só uma mangueira. “É uma forma de compensar a dispersão de água neste nível, pois na parte alta, onde há menos pressão, a água sai com menos força e poderia até não sair se na parte mais baixa tiver uma vazão maior, ou seja, se usarmos duas mangueiras também”, complementou o técnico Beto.

Uva fertirrigada
Gerente do Perímetro Califórnia, Edmilson Cordeiro disse não ser a primeiro cultivo via fertirrigação por gotejamento no Pólo de Irrigação, mas em poucos casos se mostraram ser tão eficazes como o de Levy Alves. “É um investimento bem estruturado o que Sidrack está fazendo e há até projetos bem mais elaborados para um futuro bem próximo, como é o caso do acordo transferência de tecnologia que está sendo firmado com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Semiário de Petrolina (PE), onde vai ser usado o mesmo sistema para o cultivo da Uva”, ressaltou.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, esclarece que o convênio com a Embrapa foi propiciado via Emendas Parlamentares (EP) propostas pelo senador sergipano Antônio Carlos Valadares. “A primeira EP de Valadares, há dois anos, beneficiou o nosso Perímetro Piauí, em Lagarto, levando para lá campos experimentais de Maçã, Pera e Caqui, dois mil pés de cada uma. Nesta terceira empreitada, será trazido para o nosso Sertão o cultivo de Uva. Todos plantios já em estágio de produção comercial em Petrolina, que deram certo”, compartilhou sobre a inovação que chegará ao Califórnia ainda este ano.

Rotação de culturas
Beto esclarece o período produtivo dos tomates, que pode durar até 130 dias. “Por 20 dias, depois de plantadas em bandejas, as pequenas mudas ficam na estufa. Depois de transplantadas, elas vão demorar mais 80 dias no campo até começar o ciclo produtivo, que vai propiciar uma colheita por semana, que vai durar entre 25 e 30 dias”, esclareceu. Para depois disso, o Técnico da Cohidro orientou o Produtor introduzir um outro tipo de planta, de preferência uma leguminosa, como o feijão de corda, ou o milho, para repor nutrientes perdidos no solo e prevenir doenças. “Na rotação de culturas, você quebra o ciclo de algumas pragas que atacam só o tomate. Mudando a cultura, a praga perde a ação”, completou.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, afirma que o sistema de irrigação por gotejamento é algo bem-vindo aos perímetros da Empresa. “Há culturas que se adaptam bem ao método e se desenvolvem evitando excesso de umidade, reduzindo a ação dos fungos, como é o caso do tomate. No mais, é um sistema de irrigação que proporciona economia de água, pois a água só cai no pé da planta, o que na fertirrigação trás enorme vantagem para seu desenvolvimento”, finalizou.

Feira do Produtor Rural leva à Capital a agricultura irrigada pela Cohidro

30 produtores expuseram e venderam na Feira do Sebrae – apoio da Seidh que forneceu as bancas

Segunda-feira, 5, foi comemorado o Dia da Micro e Pequena Empresa. O Sebrae Sergipe, findando as atividades do Movimento Compre do Pequeno Empreendedor, realizou a Feira do Produtor Rural em Aracaju, na Praça Fausto Cardoso. Das 30 barracas que vendiam produtos agrícolas e seus derivados, três eram mantidas por agricultores irrigantes atendidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro). O evento reforçou a função de pequeno negócio que desempenha a agricultura familiar.

Dois agricultores são irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí da Cohidro em Lagarto, trazendo à Feira hortaliças orgânicas e derivados de mandioca produzidos em seus lotes no pólo de irrigação. Uma terceira banca era compartilhada por agricultores que constituem a Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5), formada por produtores orgânicos ou que têm produções com aptidão agroecológica, instalados no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. De lá vieram hortaliças, frango e ovos caipiras, além de doces caseiros.

Segundo Luciana Oliveira Gonçalves do Sebrae, uma das coordenadoras do Evento, são todos produtores já assistidos pela Instituição e justifica a atenção dada aos agricultores. “Os pequenos produtores também estão inclusos nos parâmetros de pequenos empresários. O Sebrae além organizar a estrutura, forneceu transporte para aquele que não tinham veículo próprio, disponibilizando três rotas de escoamento da produção: Alto Sertão, Sul e Agreste Sergipano”, informou, acrescentando que a Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) emprestou as bancas da Feira da Agricultura Familiar para o evento.

O presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, parabeniza o Sebrae pela iniciativa e fica feliz com o resultado da Cohidro ao atender esses irrigantes, fornecendo água e assistência técnica para a produção. “Eles precisam de acesso ao consumidor final, pois alimentos de qualidade eles têm para fornecer. Faltam-lhes tanto meios para trazer do campo para cidade esses produtos, quanto também locais apropriados para expor essa produção diferenciada e que não se encontra nos supermercados, por se tratar de alimento saudável e de procedência confiável, natural e sem agrotóxicos”, confirmou.

Lagarto

Joselita Maria da Silva garante que sua produção agrícola, no lote que mantêm com a família no perímetro Piauí, é livre do uso de agrotóxicos. Depois de participar da Semana de Capacitação Empresarial – Sebrae No Campo, que ocorreu de 21 a 26 em várias cidades do Estado, ela foi convidada pela Instituição à expor para venda a sua fabricação artesanal de derivados da mandioca. Foram 100 quilos de tapioca, 50 de farinha de puba, 30 de farinha e 20 quilos de tapioca seca, tudo feito no mesmo lote de onde é colhida a matéria prima.

“É a primeira vez que venho em uma feira pública na Capital. Hoje participo da feirinha da Praça Filomeno Hora, formada só por agricultores atendidos pela Cohidro todo sábado, pela manhã. Para lá não levo só tapioca e farinha como hoje aqui, também vendo verduras que produzo no meu lote no Perímetro. Viemos num carro fretado por nós e que o Sebrae vai custear o gasto com combustível”, contou Joselita. Antes, ela foi um dos 99 beneficiados por kits do PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), fornecidos pelo convênio entre a Companhia e novamente o Sebrae, em todo Estado.

Também convidado pelo Sebrae durante a Semana de Capacitação Empresarial, foi o irrigante Raimundo Carlos de Almeida. Ele trouxe 30 molhos de rúcula, 150 dos cinco tipos de alface que produz, 100 de pepino e cebolinha, 200 de couve e muito brócolis, salsa, coentro, repolho, chuchu, vagem, limão, coco e tomate cereja. Além da grande quantidade e variedade de itens que Raimundinho dispôs à venda na feira, sua produção é reconhecida como legitimamente orgânica, por ser registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), como um dos 10 integrantes do Organismo de Controle Social (OCS) que atua em Lagarto.

“Só tinha vindo aqui em Aracaju vender milho orgânico certa vez. A feira está boa, graças a Deus ta vendendo razoavelmente bem. Garanto que é tudo orgânico e tenho a certidão de registro para mostrar ao cliente, por isso tenho o retorno do comprador que pode confiar no produto sem agrotóxico que vendo”, analisou Raimundinho, que vendeu todo o enorme estoque de hortaliças que levou à Feira do Produtor Rural do Sebrae.

Maria Terezinha Albuquerque, Técnica Agrícola da Gerência de Desenvolvimento Agrícola (Gedea) da Cohidro, avaliou ter sido bastante compensatória a participação dos irrigantes pela Cohidro na Feira. “Fiquei muito contente em saber que eles puderam vender tudo que levaram. Essas poucas vezes que eles podem vir trazer à Aracaju a sua produção orgânica ou natural, eles têm alcançado o sucesso esperado para uma produção assistida pelo Governo do Estado, num evento organizado pelo Sebrae”, comentou, considerando ser a união de esforços destes agricultores irrigantes, a única forma de conquistarem os mercados além de seus municípios.

Bio5

União é o que acontece na Bio5 de Canindé, onde 10 agricultores irrigantes cooperam entre si, inclusive na realização de mutirões uns nos lotes dos outros. Seis deles constituíram um OCS reconhecida pelo MAPA e cada vez mais produtos são elencados à lista de itens produzidos sob a aptidão agroecológica. Na Feira do Sebrae, eles trouxeram vegetais como coentro, quatro tipos de alface, fava verde, couve, cebolinha e rúcula, tudo embalado para durar mais e garantir maior higiene. Além disso, teve frango e ovos caipira e doces caseiros, produzidos com as frutas colhidas no Perímetro Califórnia.

Quitéria da Silva Araújo é uma das agricultoras integrantes do OCS que esteve na Feira do Produtor Rural expondo seus produtos. “Estou achando muito boa, é primeira vez que venho vender em Aracaju, se tiver outra vez eu venho de novo”, avisou. Igualmente da OCS e integrante da Bio5 é Maria Aparecida Nascimento Santana. “Viemos com o carro fretado pelo Sebrae e ainda terá para nós a alimentação garantida. Muito bom poder contar com este apoio para vir vender”, comentou Cida. Os filhos das duas e de outros integrantes da Associação compõem outro grupo, o B5-Jovem.

Recentemente estes jovens participaram de um curso de 40 horas,oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), sobre empreendedorismo. Conforme explicou Tito Reis, técnico agrícola da Cohidro que acompanha o desenvolvimento destes dois grupos. A intenção é repassar aos filhos, a incumbência da comercialização dos produtos orgânicos gerados nas propriedades das famílias.“Inovar é preciso. Seja na capacitação, adoção de conceitos de higiene com os alimentos e no aumento da variedade de produtos a serem oferecidos. Esses produtores estão sempre abertos às novidades que diferenciem seus produtos dos demais”, completou.

Cohidro recebe nova retroescavadeira do Governo do Estado via Proinveste

 

retroescavadeira da Cohidro

Dentro do cronograma de investimentos do Governo do Estado via Proinveste, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), acaba de receber a retroescavadeira adquirida com recursos do financiamento federal, em que o projeto destinou R$ 11 milhões para o reaparelhamento da Empresa Sergipana. Em breve, a diretoria da Estatal aguarda a finalização do processo licitatório para aquisição de caminhão caçamba que associado à máquina, executarão obras nos perímetros irrigados, em locações e manutenção de poços e na reforma de aguadas.

Os investimentos ocorrem simultaneamente na reforma da infraestrutura dos perímetros irrigados Piauí em Lagarto, Califórnia em Canindé de São Francisco, Jabiberi em Tobias Barreto e Ribeira, em Itabaiana. Acrescido da compra de novos equipamentos para incrementar o trabalho destes pólos de irrigação e na atividade de perfuração e recuperação de poços artesianos, como a aquisição de bombas submersas e brocas para as perfuratrizes. Segundo o diretor de Infraestrutura (Dinfra) da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, a máquina recém adquirida terá uma função polivalente, pois contribuirá em diversas funções.

“Vai prestar apoio às equipes de perfuração, na limpeza do acesso da locação, ajuda as equipes responsáveis por recuperar antigos poços. Temos também, a cargo da Dinfra, o trabalho de combate a dessedentação animal nos períodos de estiagem, através da recuperação e ampliação de pequenas barragens rurais. Nos perímetros irrigados, a retroescavadeira poderá atuar arrumando estradas rurais, no conserto de adutoras subterrâneas, limpeza das barragens. Enfim, é um equipamento que estava fazendo falta para a Cohidro e agora vai fazer render mais o resultado de nosso trabalho”, colocou Paulo Sobral.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, agradece aos governos Estadual e Federal pelo empenho que propiciou o Proinveste à Sergipe. “Foi uma luta ganha em favor do povo sergipano e estamos fazendo por onde melhor aplicar estes recursos, para aperfeiçoar a qualidade do serviço que prestamos, de levar a presença do Estado até o homem do campo e suas famílias, suprindo as carências por recursos hídricos. Muito me orgulha fazer parte deste processo que, como muitas outras ações paralelas feito o Água Para Todos e o Águas de Sergipe, estão fazendo a Companhia ser cada vez mais atuante e presente”, concluiu.

A retroescavadeira

Adquirido em processo licitatório, ao valor de R$ 195 mil, o equipamento tem a multifunção de escavação, elevação de carga e abertura de valas. É um equipamento com tração nas quatro rodas e motor turboalimentado, que permite trafegar todo tipo de terreno e tem sistema hidráulico reforçado, com bomba dupla de engrenagens, o que oferece uma vazão hidráulica de até 152 litros por minuto, reduzindo o tempo dos ciclos para realizar as tarefas. Possui controles eletrônicos que diminuem o esforço no manuseio, acrescido de cabine refrigerada, para melhor condição de trabalho do operador.

Paulo Sobral
O equipamento tem a multifunção de escavação, elevação de carga e abertura de valas
Mardoqueu Bodano

Seidh incentiva produções orgânicas no Perímetro Califórnia

Marta Leão, o prefeito de Canindé Heleno,o vereador Rildo Joasquim e assessoras.

Com o objetivo de incentivar a produção de alimentos orgânicos no Alto Sertão sergipano, a secretária de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos, Marta Leão percorreu, esta semana, os municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo, onde visitou os Projetos de Assentamento Florestan Fernandes e os localizados nos perímetros irrigados Jacaré-Curituba e Califórnia, onde são desenvolvidos trabalhos já expressivos na produção de alimentos livres de agrotóxicos e adubos químicos.

Acompanhada pelo Diretor Estadual do MST pelo Setor de Produção, Manoel Antônio de Oliveira Neto, a secretária pôde conhecer, in loco, a produção agroecológica realizada nas áreas de assentamentos do Alto Sertão. Segundo Manoel, a visita teve como objetivo estimular a produção, que significa a geração de trabalho e renda para os assentamentos, fortalecendo grupos de jovens e de mulheres, e mobilizando in loco o conjunto familiar dos assentados.

“A gente visitou grupos de mulheres que já trabalham a agroecologia com o sistema Mandalla ou com a tecnologia social Pais (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), promovida pelos Ministérios de Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário (MDS e MDA) através da Seidh. A visita também buscou organizar a produção agroecológica, de forma a viabilizar a sua comercialização e mercado, para feiras livres e shopping, dos produtos in natura e agroindustrializados. As lideranças do MST parabenizam a secretária por fazer essa visita e buscar esse contato, para sentir a organização da produção dos assentamentos de reforma agrária”, comentou o líder do MST.

Outro destaque das visitas realizadas foi a Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5). Devidamente regulamentada, a Bio5 é autorizada à comercialização dos produtos orgânicos que produz, por meio da venda direta ao consumidor, pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia de Nacional de Abastecimento (Conab), ou do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), gerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Composta pelos irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, a Bio5 já está até diversificando a produção, com a introdução da galinha de capoeira criada pelo sistema agroecológico, sob a orientação técnica da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Canindé de São Francisco.

Segundo produtores, na concepção agroecológica de produção, o manejo das aves criadas no fundo do quintal já era feito com alimentação baseada em milho, restos de culturas e de frutas produzidas organicamente por uma das integrantes da associação. Na água de beber, ela colocava limão, alho e arruda, para prevenir doenças. E foi nessa experiência exitosa que os demais produtores se espelharam, associando-a à busca de novas tecnologias, para diversificar sua produção.

Estudos feitos pelo grupo mostram que essas aves levam de quatro a cinco meses a mais para crescer até o abate, tempo muito superior ao que leva um frango de granja [até 39 dias], em virtude da utilização de raças melhoradas e de técnicas que priorizam somente o ganho de peso, como aviários climatizados e ração enriquecida com aditivos químicos industriais. Não fazer uso desses recursos resulta numa produção mais saudável, ecologicamente correta e com maior valor agregado. Por si só, a galinha rústica, de quintal, já oferece vantagens popularmente aceitas em relação à de granja comercial, de postura ou de engorda, como o sabor mais acentuado, rigidez, cor e textura.

O movimento tem adquirido tanta força, que surgiu o Projeto B5-Jovem, em julho passado, que visa introduzir os filhos dos agricultores orgânicos no processo produtivo que o grupo já desenvolve. E, entre as atividades desenvolvidas em prol dos seus integrantes, estão cursos de capacitação. Segundo o técnico agrícola da Cohidro, Tito Reis, idealizador do Bio-5, esses cursos têm foco no processo de comercialização dos produtos orgânicos cultivados, e na preparação destes membros familiares em técnicas de venda, conservação, normas de higiene e exposição de produtos, para feiras livres e agroecológicas.

As atividades do B5 Jovem estão se utilizando do espaço do Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT), uma estrutura instalada no Perímetro Califórnia cedida à Prefeitura de Canindé a partir de convênio com a Cohidro. A intenção dos produtores orgânicos é de utilizar aquela área de 2,2 ha para desenvolver experimentos em adubação orgânica, a partir do plantio de espécies de vegetais leguminosas, visando à recuperação de solos degradados.

De acordo com a secretária Marta Leão, é de extrema importância que o Estado incentive produções desse tipo. “Esses agricultores enfrentam muitas dificuldades na concorrência com os alimentos produzidos de forma tradicional. Então, o Governo de Sergipe estende as duas mãos a estes produtores, oferecendo capacitações, orientações técnicas e abrindo editais, como o que possibilitou a aquisição de um caminhão baú refrigerado pela Associação de Agricultores Orgânicos do Agreste”, concluiu a secretária.

Fonte: Ascom/Seidh

Cohidro dá suporte à Perímetro da Codevasf em Canindé

Bombas do Jacaré-Curituba

As companhias de desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), estatal do Governo do Estado, e a dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), federal, tanto administram pólos de irrigação vizinhos, em Canindé de São Francisco e Poço Redondo, como também compartilham o uso da Estação de Bombeamento (EB) 100. Nela, os equipamentos, das duas empresas, elevam a água a uma altura de 170 metros, em relação ao nível do leito natural do Rio São Francisco, fazendo-a chegar às instalações de distribuição, para irrigação dos lotes agrícolas atendidos por ambas.

Mas os 3.105 hectares de área irrigada, nos dois municípios, contidos no Projeto de Irrigação Jacaré-Curituba da Codevasf, dependem exclusivamente das duas bombas da Empresa, instaladas na EB-100. Há cerca de um mês, uma delas deu defeito. Devido a Cohidro possuir uma estrutura de logística e quadro funcional de técnicos maiores, sempre auxilia a Companhia Federal, prestando manutenção e fazendo reparos nos equipamentos das instalações que compartilha, como informou Edmilson Cordeiro, gerente do Perímetro Irrigado Califórnia, este sendo o administrado Empresa Sergipana em Canindé.

“Embora o defeito tenha ocorrido em pleno inverno, período onde ocorrem as chuvas e geralmente as bombas estão desligadas, logo elas terão que estar novamente a todo vapor, quando novamente estiar no Alto Sertão. Por isso, um projeto desse porte, como o Jacaré-Curituba, não pode depender só de uma bomba. Mas o defeito apresentado no eixo da bomba dependia da compra de peças e de serviços de metalurgia que estavam além da capacidade da Cohidro e por isso, se fez necessária a intervenção do Governo Estadual, para prover estes recursos extras ao orçamento de nossa Empresa”, detalhou Edmilson.

A partir daí, segundo o Gerente do Califórnia, ele e o Gerente de Pré-Operação do Jacaré-Curituba, Eurípedes José Lourenço, procuraram às direções de suas Companhias, para que, desse modo, fosse feito o reparo da bomba. Quem explica o que se sucedeu – propiciando que a bomba da Codevasf voltasse a operar normalmente desde o último dia 11 de julho – é o Secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal.

“Foi um pedido do Governador, Jackson Barreto, que convidou a mim e ao Said Schoucair, superintendente regional da Codevasf. E nos pediu, em função do problema temporário em relação à indisponibilidade de recursos na Codevasf, que nós fizéssemos o conserto através da Cohidro. A Diretoria da Cohidro se colocou prontamente à disposição e essa intermediação possibilitou que nós concertássemos a bomba. A intervenção do Governador e nossa ação conjunta, Secretaria da Agricultura, Cohidro e Codevasf, resolveu o problema no Perímetro Irrigado onde são mais de 700 famílias beneficiadas”, elucidou o Secretário Esmeraldo.

Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano considera natural a relação entre as duas empresas e ratifica o apoio dado à Companhia Federal. “Primeiro a nossa Companhia abrange todo Estado, sem distinção, nosso compromisso é com o provento de água e com a agricultura em Sergipe, que é também o caso do Jacaré-Curituba. Em segundo lugar, assim como nós somos subsidiários à Seagri, a Codevasf é com o Ministério da Integração Nacional (MI), parceiro que sempre está contribuindo com nossas demandas”, argumentou, dando o exemplo do Programa Água Para Todos e das três perfuratrizes que a Companhia recebeu de 2013 a 2014 ,em convênio com o MI.

Parcerias para a gestão

Ontem, 28, secretários de estado, Codevasf, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Movimento Sem Terra (MST), estiveram reunidos com o Governador de Sergipe para tratar do processo de cessão da administração do Projeto Jacaré-Curituba, aos assentados de reforma agrária que ocupam, ao todo, 36 agrovilas com 20 famílias cada uma. Na oportunidade, Jackson Barreto citou a ação realizada pelo Estado em favor da recuperação da bomba da EB-100.

“Temos colaborado em todos os momentos. Este é um projeto muito grande e importante, o maior da América Latina de assentados da reforma agrária, e ainda essa semana estivemos lá para contribuir com a recuperação de bombas”, citou o Governador Jackson Barreto na reunião, acrescentando ainda que no início do Projeto Jacaré-Curituba, houve um convênio, entre União e Estado, para aquisição de terras que viriam beneficiar os assentados, assim como ajuda com despesas de energia elétrica, se referindo às tarifas sobre a EB-100, pagas hoje com verbas da Cohidro.

Ascom Cohidro com informações da ASN.

Última atualização: 23 de outubro de 2017 09:22.

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