Curso de Irrigação é aplicado a técnicos e estagiários do perímetro Califórnia

Capacitação pretende preparar profissionais aptos a projetar sistemas de irrigação localizada

Alunos estão satisfeitos com a forma com que Gonzaga aplica sua capacitação – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Engenheiro agrônomo e mestre em Irrigação, Luiz Gonzaga Luna Reis faz parte do quadro funcional da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e foi convidado pela gerência do Perímetro Irrigado Califórnia para aplicar um Curso de Irrigação. O público alvo são os técnicos e ‘tecnolandos’ em Agropecuária, respectivamente os servidores e estagiários desta unidade da empresa em Canindé de São Francisco. As primeiras aulas do ano ocorreram nesta segunda e terça-feira, 29 e 30.

A demanda, que pretende fazer uma reciclagem dos técnicos e enriquecer o currículo dos estudantes, é na elaboração dos projetos de irrigação localizada, definindo o passo a passo da implantação de sistemas eficientes, econômicos e adequados às normas legais de uso da água, seja dentro do perímetro irrigado, seja a partir de outros mananciais. Só no perímetro Califórnia, distante 198 km de Aracaju, são 333 lotes atendidos pela irrigação pública fornecida pela Cohidro, onde o projeto original, persistente ainda na maioria destas áreas produtivas, é com aspersão convencional e móvel, que tanto apresenta uma baixa eficiência de irrigação, quanto consome bastante tempo no deslocamento das tubulações dentro da área irrigada.

Desta maneira, Gonzaga iniciou o seu curso, na teoria e prática, tratando do recurso hídrico disponível para irrigar os lotes em que se pretende aplicar os projetos, no caso do Califórnia, os canais. “O trabalho feito no canal é para determinar a vazão. Do jeito muito semelhante ao que se faz em um rio. Se você vai fazer um projeto de irrigação, tendo um rio, a metodologia é praticamente a mesma, para a determinação da quantidade de água. Você só faz a determinação da área que vai irrigar, em função da água que você tem no riacho. E essa determinação tem que ser feita no mês crítico do ano, em termos pluviométricos”, explanou.

Gonzaga, servidor público há 35, demonstra grande gosto em passar adiante o conhecimento acumulado nesse período de atuação profissional. Tempo em que ele foi, inclusive, projetou irrigação na África a partir das águas do Rio Nilo, convidado pelo governo da República do Sudão, em 2008. “Nós estamos começando agora, essa foi a primeira aula, mas a minha intenção é deixá-los  prontos, inclusive com auxílio de um GPS, para levantar as áreas de campo, determinar a vazão do manancial a ser usado para irrigação e encima disso, fazer um projeto completo de irrigação localizada, de microaspersão ou gotejamento”.

João Quintiliano da Fonseca Neto, Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Dirir), apoia a iniciativa da gerência do perímetro de Canindé. “É um trabalho constante nosso, o de influenciar e convencer os nossos produtores irrigantes para a substituição dos métodos de irrigação. Em Itabaiana, onde nós temos dois perímetros irrigados, faz parte das ações do ‘Programa Águas de Sergipe’ (PAS), a troca completa dos sistemas de irrigação pela microaspersão (projeto elaborado por Gonzaga e aprovado pelo consultor do Banco Mundial), tamanha é a necessidade da substituição desses equipamentos de uso à época da criação dos perímetros, mas hoje ultrapassados”, analisou. O PAS é do Governo de Sergipe, gerido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e financiando pelo Banco Mundial, adequando o uso da água da bacia do Rio Sergipe à eficiência e a preservação ambiental em mais de 80 ações.

Balde Cheio
O programa ‘Balde Cheio’ de produção de leite foi implantado de forma bem-sucedida no perímetro Jabiberi, também da Cohidro, em Tobias Barreto. Atualmente, servidores dos dois polos irrigados e da Dirir, trabalham em uma transferência de tecnologia para implantação do modelo em Canindé. Segundo a gerente do Califórnia, Eliane de Moura Moraes, isso foi o que motivou a capacitação. “Dr. Gonzaga veio para dar uma orientação no projeto ‘Balde Cheio’, inicialmente. Quando ele chegou ao campo, viu a irrigação inadequada, o pessoal coloca uma bitola maior, usando o método errado, causando desperdício de água e os técnicos daqui já sem argumento para combater. E ele então resolveu fazer esse curso, o que foi uma coisa muito boa, fantástica, ele é muito competente”.

Os dois dias de curso desta semana são uma sequência, tendo havido outros dois encontros em 2017, quando participou outra turma de estagiários hoje formados, conforme informa Eliane Moraes. “E ele viu também os estagiários, sem muita noção do que era irrigação e quase formados, essa é a ultima etapa do curso deles. O pessoal está muito satisfeito, tanto que iam ser só essas três etapas, mas vai ter mais, para finalizar”. Para a gerente, o resultado não poderia ter sido melhor. “Ele é muito sério, muito disponível, muito seguro nas informações que ele dá. Está de parabéns a Cohidro em ter um profissional desse em seu quadro”, completou.

Capacitação do servidor
Para o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, toda e qualquer ação que venha capacitar o servidor, finda em melhorar a qualidade do serviço público oferecido. “Nesse período em que toda máquina pública do Estado está reduzindo drasticamente qualquer despesa que não seja o essencial para garantir o funcionamento dos órgãos públicos, infelizmente, não estamos podendo investir em capacitações externas. Assim, saber que dentro da própria estrutura da empresa é possível poder contar com a colaboração, com o coleguismo de quem pode compartilhar os conhecimentos com o próximo, é gratificante, justifica nosso esforço em defender o nome e batalhar por melhorias nessa empresa. Obrigado Dr. Gonzaga, pela ajuda bem-vinda aos colegas e para a Companhia”, ajuizou.

Um dos técnicos da Cohidro que participou das capacitações é Antônio Roberto Ramos. Para ele, o curso está tendo bastante aproveitamento. “Esse curso é uma sequência do que iniciamos no módulo anterior. Tudo que é repassado é uma sequência de estudo, mas não é repetitivo, irrigação é um tema bastante extenso”. O servidor participou também das aulas anteriores e vê sempre coisa nova a cada encontro. “Ele fez uma revisão e depois sequenciou, com novos conteúdos, como cálculo de vazão em um canal de irrigação trapezoidal, medição de vazão de microaspersores em campo. Conteúdo que não tínhamos vistos no módulo anterior”, descreveu, acrescentando que essas atividades práticas tiveram a participação de todo o grupo.

Dom José Brandão de Castro
Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) ‘Dom José Brandão de Castro’ fica no município vizinho de Poço Redondo e tanto tem utilizado da estrutura e lotes dos irrigantes atendidos pela Cohidro, para aplicar aulas práticas, como tem fornecido mão de obra temporária à unidade de Canindé da Empresa, através dos estágios curriculares de conclusão de curso. Uma reciprocidade que auxilia o trabalho de atendimento ao agricultor que, ao mesmo tempo, melhor prepara estes futuros profissionais para o mercado de trabalho.

“Esse curso é um enriquecimento muito grande para os estagiários, que vão aplicar não só no perímetro, mas se aparecer um projeto particular, os mesmos estarão capacitados para realizar, vão poder fazer, como mais uma opção para abertura de mercados de trabalho”, concluiu o agrônomo Luiz Gonzaga.

Mutirão de irrigantes faz limpeza na EB-04 do Califórnia

Agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Cohidro em Canindé de São Francisco, ontem se mobilizaram em mutirão para limpar às margens do reservatório da Estação de Bombeamento Quatro (EB-04), que abastece o setor de lotes de mesma numeração.

A retirada da vegetação margeando os tanques escavados se faz importante para impedir que folhas e galhos cheguem até a o espelho d’água. Além implicar na qualidade da água, esses detritos prejudicam as bombas das EBs, tubulações e equipamentos de irrigação.

O dia de serviço colaborativo se vale do Dia Do Rio, em que toda quarta-feira é reservada à paralisação das captações de água no Rio São Francisco para agricultura, indústria e mineração, por determinação da Agência Nacional de Águas (ANA).

Noutras quartas-feiras em que a irrigação também esteve interrompida, os reservatórios foram esvaziados para que a limpeza fosse feita, desta vez, com a vegetação subaquática nesses reservatórios. As algas sempre se regeneram, por ali correr água bruta, carregada de matéria orgânica vinda do Velho Chico.

Mutirões também são feitos para limpeza da margens dos canais de irrigação que interligam as EBs. O objetivo é o mesmo do trabalho feito das barragens, acrescido do risco das raízes da vegetação danificarem a estrutura de concreto.

Governo investiu R$ 4,8mi para prover água a 166 mil pessoas em 2017

Sistema de abastecimento do ‘Água para Todos’ em Indiaroba – Foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

As ações da Diretoria de Infraestrutura e Mecanização Agrícola (Dinfra) da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) são voltadas à captação de água subterrânea e da chuva, a partir de barragens e cisternas. Pelo trabalho de suas cinco equipes de perfuração, em 2017, foram perfurados 112 novos poços. Um investimento, na aquisição de materiais e insumos, de R$ 1.712.968,14, beneficiando diretamente 37.521 pessoas nas localidades assistidas. Em toda sua história, a empresa já perfurou 3.791 poços, sendo que 95% destas ações foram direcionadas aos moradores da zona rural, visando à estabilidade do homem no campo.

Neste mesmo ano, foram investidos outros R$ 2.487.019,70 para a Cohidro implantar 40 novos sistemas de abastecimento de água obtida de poços tubulares, beneficiando 42 localidades rurais onde vivem 15.290 pessoas. Em outras 214 interferências das equipes de instalação, recuperação e manutenção de poços da Cohidro, foi mantido o fornecimento de água para 67.500 pessoas, a partir do investimento de R$ 247.347,80, em atendimento e peças de reposição. Serviços de limpeza e teste de vazão foram realizados em poços perfurados pela Cohidro, novos e antigos, beneficiando 23.770 pessoas, onde foram investidos mais R$ 341.462,47, em suprimentos para as duas equipes da Cohidro na função.

Segundo o titular da Dinfra, Paulo Henrique Machado Sobral, são ações continuadas e de diferentes equipes. “A implantação do sistema simplificado de abastecimento de água inicia-se com a visita de um geólogo in loco para realizar a avaliação geológica e locação do poço. Após a demarcação da área é indicada a sonda apta a perfurar a região analisada, sendo essa enviada a campo para executar a perfuração. Após a conclusão da etapa anterior, e com poço produtor, é enviada a equipe de bombeamento para realizar a limpeza do poço e aferir a capacidade de produção do mesmo. Sendo as avaliações de vazão e qualidade de água positivas, haverá a instalação de bombas e implantação da estrutura de armazenamento e distribuição da água. Em casos específicos, há ainda a instalação de dessalinizadores”, ilustrou o diretor.

Em Simão Dias, no Assentamento Maria Bonita, há um poço perfurado pela Cohidro capaz de fornecer 12.100 litros de água por hora, vazão considerada bastante produtiva. Nele, a empresa instalou a bomba, a tubulação que leva água até um reservatório de 10.000 litros, que é suspenso por estrutura de concreto de 6 metros e que segue até as residências, totalizando 1.276m de rede subterrânea de água. Um investimento de R$ 100.000, oriundos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), obtidos via convênio com a Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh). Esse sistema, que beneficia 69 famílias, foi inaugurado pelo governador Jackson Barreto, em 31 de outubro de 2017.

“O governo do Estado está fazendo um investimento de quase R$ 6 milhões em Simão Dias. Nosso sentimento é de muita alegria, de dever cumprido, em poder atender a população de Simão Dias. Como governador de Estado, nunca tivemos tantos investimentos anunciados de uma só vez nesse município”, declarou Jackson Barreto, no dia da inauguração no Maria Bonita, quando também foram entregues galpão, equipamentos, insumos e regularização fundiária para famílias de agricultores; foi inaugurado o novo escritório da Deso e ainda assinado as ordens de serviço para pavimentação e drenagem de vias urbanas e os contratos de investimento pelo Programa Dom Távora.

 

Combate à seca

No atendimento às comunidades rurais, que são providas pela água da chuva em barragens comunitárias escavadas e de uso múltiplo, em 2017 foi realizado trabalho preventivo de limpeza em 13 unidades, retirando o excesso de lama e ampliando a capacidade. Estas aguadas são utilizadas principalmente no período da seca, para dessedentação animal e no último período de chuva acumularam muito mais água, para atender povoações que vivem da pecuária em Canindé de São Francisco, Carira, Cedro de São João, Frei Paulo, Gararu, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Poço redondo, Poço Verde, Porto da Folha, Tobias Barreto e que somam 22.240 pessoas.

José Sandro dos Santos é presidente da Associação Quilombola Manoel Rozendo da Guia, que congrega os produtores rurais da comunidade tradicional da Serra da Guia, em Poço Redondo. Ele relata que depois que o reservatório recuperado pela Cohidro ficou cheio, a água acumulada poderá durar até dois anos, principalmente por que ali não é permitida a captação da água que não seja para o uso da própria comunidade. “Essa obra da barragem chegou em uma boa ora, graças a Deus! A barragem existe há mais de 30 anos e usamos a água tanto para dar ao gado como para a lavagem de roupas”, relata.

O resultado do programa foi positivo, o que foi constatado antes mesmo de uma nova seca começar, comemora o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola. “Uma seca das mais severas da história foi, graças a Deus, suprida por um inverno bastante generoso em quantidade de chuva. Isso garantiu que a maioria das barragens que nós recuperamos no período de estiagem enchesse em sua totalidade. Garantindo, assim, uma maior autonomia e chance de persistência do sertanejo no campo, tendo um tempo maior de uso daquela água. Como sempre digo, a água existe no sertão, em forma de chuva. O que é preciso fazer é investir em meios de guardá-la para usar durante a seca. Isso se faz, principalmente com as barragens e as cisternas, outra atuação que a nossa empresa, em breve, vai voltar a ter também no Estado”, argumentou.

 

Convênio Seidh

Foram investidos, em 2017, um total de R$ 2.000.000 em recursos do Funcep, obtidos pela Cohidro através de convênio com a Seidh. Ações de combate aos efeitos da seca e provimento de água para consumo humano no interior do estado. Das 13 barragens recuperadas em 2017, 12 foram custeadas nesta parceria. Essa parceria financiou também a aquisição de materiais de insumos para perfuração de 20 poços tubulares profundos. Destes, quatro comunidades receberam implantação de sistemas abastecimento de água com distribuição domiciliar, nos municípios de Simão Dias e Lagarto, assistindo 2.075 moradores. No total, o convênio beneficiou 32.770 pessoas no campo.

 

Programa ‘Água para Todos’

Os primeiros sistemas singelos de abastecimento de água financiados pelos recursos federais do ‘Água para Todos’, começaram a ser entregues em setembro de 2016, sendo concluídas no ano seguinte as 24 unidades restantes. Ao todo, são 36 sistemas que atendem 38 comunidades com uma população total de 6.339 pessoas. Um investimento de R$ 2.487.019,70, só na implantação das redes de distribuição e armazenamento de água, beneficiando 4.013 pessoas. Tal ação resulta dos 45 poços perfurados em 40 localidades, realizada em anos anteriores de vigência do programa.

Ao todo, o programa já investiu R$ 4.412.818,16 nos sistemas de abastecimento sergipanos, incluindo a perfuração dos poços. Vale ressaltar que existem unidades de abastecimento em que houve a parceria das prefeituras, das comunidades organizadas ou até por iniciativa dos moradores, para que a infraestrutura hídrica pudesse ser interligada às casas, construídas ou reaproveitando as já existentes. Foi assim nos povoados Curral dos Bois, Encruzilhada e Assentamento Caraíbas, em Japaratuba e nos povoados Bom Viver, Cambuí e Mangabeiras, em Santa Luzia do Itanhy. Há sistemas, como os dos povoados ‘Fazenda de Cima’, em Riachão do Dantas e do Estacada, em Tomar do Geru, que receberão dessalinizadores para o tratamento da água.

No Assentamento 05 de Janeiro, em Indiaroba, um sistema inaugurado pelo Governo do Estado em 17 de novembro, beneficia 128 famílias, ou seja, cerca de 700 pessoas, e correspondeu a um investimento de R$ 298.518,82. Já no Assentamento 27 de Outubro, entregue no mesmo dia, são mais 23 famílias, investimento correspondente a R$ 135.365,31.  “É uma obra social de grande alcance e nossa maior felicidade é ver os sorrisos dessas pessoas que não precisarão mais carregar baldes por longas distâncias ou precisar de carroças para ajudar a pegar água nos tanques ou rios da região”, defendeu o vice-governador Belivaldo Chagas.

Para as moradoras do 27 de Outubro, as agricultoras Maria Beatriz Santos Dória, 68, e Hélia Cardoso, 51, o acesso a água traz facilidades para o dia a dia. “Estou muito feliz e agradeço a Deus por essa água. Antes, precisávamos pegar água no rio ou no assentamento vizinho, mas são mais de 3 km de distância, tínhamos que usar as carroças para ir pegar a água, era difícil”, disse Maria Beatriz. “Agora vai facilitar o dia a dia, a limpeza da casa e até para gente beber”, completou Hélia.

Apicultores de Canindé quadruplicam produção de mel

Seidh forneceu apoio às comunidades

Apicultores ocupam área dentro da reserva legal do Perímetro Irrigado Califórnia, onde as abelhas fazem a coleta de néctar advindo de floradas diversas, proveniente da caatinga, como o umbu, quixadá, algaroba e juazeiro, existente mesmo no tempo da seca – Foto: Shirley Rocha (Cohidro)

A equipe do Departamento de Inclusão Produtiva da Secretaria de Estado da Inclusão Social (Seidh) esteve em Canindé de São Francisco, para realizar a entrega de equipamentos de apicultura à Associação dos Melicultores do Alto Sertão (Amas). A entidade foi uma das contempladas no edital de Fomento aos Arranjos Produtivos Locais (APLs), estratégia que apoia o pequeno produtor rural, através do incremento estrutural, que lhes possibilita avanços na produção e maior geração de renda para as comunidades onde estão inseridas.

A Unidade de Extração de Mel surgiu em 1996, através de uma parceria entre o Instituto Xingó e a Prefeitura de Canindé. À época, o espaço media 80m² e não atendia às exigências legais para obtenção do Selo de Inspeção Estadual (SIE). Em 2010, o prédio foi ampliado para 140m², mas ainda sem cumprir as exigências sanitárias. Em 2012, com a participação dos apicultores locais, sócios da Amas, da Cooperativa Apícola de Sergipe (Coapise), do Sebrae e da Prefeitura, a soma dos esforços resultou em um prédio de 386m², equipamentos e a possibilidade da extração de 700kg de mel por dia. Agora, com o apoio do Governo através da Seidh, foi possível adquirir novos equipamentos e transformar a simples unidade no maior Entreposto de Mel de Sergipe. O salto produtivo se deu após o aumento da capacidade de extração de 600 kg para 2.300 kg de mel por dia – quase quatro vezes mais.

Na opinião de Jociel Ferreira da Silva, presidente da Amas, a unidade moderna e produtiva foi um grande presente para todos os associados. “A equipe da Seidh e o secretário Zezinho Sobral sempre nos receberam com muito carinho e atenção. Todas as orientações foram necessárias para que pudéssemos chegar até aqui. As associações também receberam apoio do Sebrae, Codevasf, Cohidro e BNDES. Foi possível fazer todas as mudanças e adequações e avançar nos nossos trabalhos. São oportunidades de trabalho e crescimento de renda para todas as famílias”, comemorou.

Para a Unidade de Extração de Mel da Amas, foram investidos cerca de R$ 285 mil pelo Governo do Estado através do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), gerido pela Seidh. Desse montante, R$ 14,3 mil foram a contrapartida da Associação, beneficiando diretamente 25 famílias.

Um dos avanços proporcionados pelos novos equipamentos foi a possibilidade de fazer o envase do mel em sachês, permitindo que a Amas integrasse no Programa da Merenda Escolar e fornecesse o produto para as prefeituras e entidades que transportam o mel. Mas o grande diferencial foi a aquisição da máquina laminadora, alveoladora e cortadora automática para cera. Sergipe é o segundo estado do Nordeste a ter o equipamento, com capacidade para produzir 10 lâminas de cera por minuto.

“A possibilidade do pequeno apicultor negociar a aquisição das lâminas de cera com o pagamento em mel ou mesmo levar o produto in natura para processar na Amas (obtendo as lâminas) é um marco na história da apicultura sergipana. A cadeia produtiva do mel em Sergipe recebe todo o apoio do Governo do Estado, não só para a aquisição de equipamentos, reformas e ampliações, mas também com o investimento na formação dos pequenos apicultores, para que possam gerenciar sua atividade como um negócio”, destacou a diretora de Inclusão Produtiva da Seidh, Heleonora Cerqueira.

Em parceria com o Sebrae, a Seidh ofereceu oficinas de gestão para grupos de apicultores de Poço Redondo, Nossa Senhora da Glória,  Aquidabã, Gararu, Japartuba, Arauá e São Francisco. Os certificados das Oficinas de Custos para Produzir no Campo, Negociar no Campo, Controlar Meu Dinheiro e Atender Bem no Campo foram entregues aos associados da Associação dos Trabalhadores Rurais da Região do Garrote, de  Poço Redondo, e da Associação dos Apicultores Glorienses (AAPIG).

Fonte: Seidh

Produtores, Cohidro e BNB se reúnem para viabilizar ‘Balde Cheio’ em Canindé

Produtores irrigantes e a gerência do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, estiveram reunidos com agentes do Banco do Nordeste (BNB), na manhã desta quinta-feira, 11. O encontro, que também contou com a participação dos técnicos agrícolas da Cohidro locais e de Tobias Barreto, serviu para esclarecimentos quanto ao financiamento rural na introdução do programa ‘Balde Cheio’ de produção de leite no município.

Desde junho do ano passado a Companhia vem realizando um processo de transferência de tecnologia do programa que foi instituído em Tobias Barreto, no perímetro Jabiberi. Desde 2010, o sistema já alcançou uma média diária de 3,7 mil litros de leite com os 40 produtores, 73% a mais do que era gerado no início do ‘Balde Cheio’.  Consiste na divisão do pasto irrigado em pequenos piquetes, aonde o gado leiteiro pasta por um dia ou 12 horas, passando para o seguinte depois da ordenha. Enquanto se alimentam do pasto novo, o anterior recebe água e adubação para estar novamente pronto para receber as vacas, no final do ciclo.

No Califórnia, inicialmente 80 produtores estava interessados no programa, na intenção de diversificar as atividades rurais exercias através da irrigação fornecida pela Cohidro, hoje predominado as culturas do quiabo e da goiaba. Dos inscritos, 13 fizeram um curso de montagem de cercas elétricas para os piquetes. Quem deu a capacitação foi o técnico agrícola do Jabiberi, José Reis Coelho, que acompanha o ‘Balde Cheio’ desde a sua introdução.

A gerente do Califórnia, Eliane de Moura Moraes, disse que esta reunião de hoje serve para que os produtores e técnicos tirem todas as dúvidas com o BNB, quando a documentação e exigências que a instituição financeira fará para quem tiver interesse de financiar o investimento introdutório do programa.

Secretaria de Inclusão e Caixa celebram contrato para construção de sistemas de abastecimento e a reforma do Padre Pedro

Via emendas parlamentares, um dos contratos tem a Cohidro como órgão executor na instalação de unidades de fornecimento de água na zona rural

Fotos: Ascom/Seidh

Com o objetivo de fortalecer as ações de apoio no combate à pobreza, nesta quarta-feira, dia 10, o Governo do Estado, através da Secretaria da Inclusão e Assistência Social (SEIDH), celebrou dois contratos com o Governo Federal, por intermédio do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) e da Caixa Econômica (CEF). O primeiro contrato é destinado à execução das obras de modernização do Restaurante Popular Padre Pedro; enquanto o segundo se volta para a construção de sistemas simplificados de abastecimento de água em comunidades rurais do estado.

“São duas emendas parlamentares para atender aos amigos que sofrem com os efeitos da seca e àqueles que utilizam o restaurante popular, estando baixo da linha da pobreza. A nossa contrapartida será pelo Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep). Temos o prazo de oito meses para entregar todos os projetos e receber a aprovação da Caixa para dar início ao processo licitatório. A Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe) será a executora do processo dos sistemas e a Seidh contará com equipe para acompanhar a reforma do Padre Pedro. A expectativa é concluir os dois projetos no final de 2018”, explicou o secretário de Estado da Inclusão Social, Zezinho Sobral.

Inaugurado em 2002, o Restaurante Popular Padre Pedro, localizado no centro de Aracaju, atende atualmente 10 mil pessoas por semana, ofertando cardápio com alimentação nutricionalmente balanceada pelo preço simbólico de R$ 1,00. O local funciona de segunda à sexta-feira, das 11h às 13h e das 17h às 19h, servindo, diariamente, 1.350 almoços e 650 jantares prioritariamente para a população mais necessitada, sobretudo as pessoas que se encontram em situação de rua.

A modernização contemplará pintura, esquadria, pavimentação, instalação hidrossanitária, cobertura, revestimento e outros itens de reforma. O valor global do contrato é de R$ 125.000,00. “O Padre Pedro tem como princípio a produção e a distribuição de refeições saudáveis para pessoas em situação de insegurança alimentar. A reforma oferecerá mais conforto, segurança e comodidade tanto para o usuário quanto para o funcionário. O objetivo da Seidh é realizar toda a reforma sem desabilitar o serviço”, explicou Lucileide Rodrigues, diretora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (DSAN/Seidh).

Já o contrato destinado às comunidades rurais tem valor global de R$ 432.070,00 e contemplará a implantação de nove sistemas simplificados de abastecimento de água nos povoados Alecrim (Tomar do Geru), Caroba (Areia Branca), assentamento Manoel Dionízio (Canindé de São Francisco), assentamento Colônia Sergipe (Indiaroba), assentamento Seguidores de Canudos (Itabi), assentamento Novo Paraíso (Graccho Cardoso), assentamento Nova Vida (Monte Alegre), assentamento Moacir Wanderley (São Cristóvão) e assentamento Sepe Tiaraju (Gararu).

De acordo com o secretário Zezinho Sobral, essas comunidades não possuem fácil acesso a água. “Faremos o sistema em parceria com a Cohidro, dando a nossa contrapartida. A falta d’água é prejudicial e preocupante, afetando a vida das pessoas. É o principal obstáculo à sobrevivência e à produção de quem reside no semiárido. O projeto, sem dúvida, vai complementar o suprimento de água no meio rural, proporcionando à população assistida quantidade e qualidade”, concluiu.

 

Fonte: Ascom/Seidh

Primeira safra de uva no Califórnia no Sergipe Rural

Hoje programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, foi até o campo experimental de uva do produtor irrigando José Leidison, no Perímetro Irrigado Piauí.

As videiras foram trazidas à Canindé de São Francisco via o convênio de transferência de tecnologia da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE), para o polo irrigado da Cohidro.

Durante todo mês de dezembro os dois produtores com campos de uva, vão passar na primeira colheita de nível comercial dos parreirais, exatamente um ano depois de que as mudas foram plantadas.

Última atualização: 16 de dezembro de 2017 14:39.

Acessar o conteúdo