Cohidro também auxilia produtores rurais irrigantes na construção de novos reservatórios

“Atualmente, a abertura de comportas é feita pela noite. Agora, será pelo dia com ‘canaleiros’ fechando os registros assim que os reservatórios encherem, eliminando o transbordamento e possibilitando a diminuição do tempo de operação para cinco horas. A medida combate o desperdício de água, ao evitar que os tanques transbordem e o uso além do necessário, durante nove horas de disponibilidade de água”, indicou Paulo Sobral, diretor-presidente da Cohidro. Ele informa que a Cohidro também está orientando o plantio de plantas forrageiras nos lotes, para que a silagem ou espécies resistentes à seca, como a palma, atendam o produtor, em caso de novo desabastecimento que impossibilite a produção de alimento para os rebanhos com a irrigação.
Diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Carlos Vieira diz que a empresa colocou retroescavadeira e um operador à disposição dos pecuaristas irrigantes. Eles arcam com o custo operacional e o revestimento dos novos reservatórios. “São tanques com mais que o dobro do tamanho, com 100m³, para que seja necessário somente um abastecimento de água por dia. Vai ocorrer a economia de água e a reserva da barragem vai durar mais. Os produtores que revestem o novo reservatório com lona de alta resistência investem R$ 600 na obra. Os que estão construindo tanques circulares em alvenaria, R$ 4.500”. O diretor informou que estão prontas 39 escavações de tanques, dos 74 lotes que o perímetro possui.
Pedro Oliveira e seu pai criam gado de leite no Jabiberi. Ele acredita que o aumento dos tanques vai melhorar a autonomia do perímetro e aprova a troca de turnos de operação. “Quando começar, a gente vai ligar a bomba pra irrigar umas 2h ou 3h, vamos pra casa descansar e só voltamos no outro dia, pra retirar o leite sossegados. É muito importante essa preocupação de economizar e garantir água pra consumo pra todo mundo, isso será muito bom”. Com as mudanças, a família ficou motivada a investir na propriedade e até na renovação do plantel.
Já o José Ricardo, que sempre mantém um rebanho de 10 a 12 cabeças de vacas produzindo em lote, conta que seu leite é vendido para os laticínios da região e que tira em média 65 litros por dia. Para ele, o novo sistema de água e o aumento dos reservatórios trarão mudanças significativas para todos. “Antes a quantidade de água era muito pouca, agora será maior”. O temor de o perímetro Jabiberi voltar a não ter água para irrigar convence os produtores de que é necessário mudar os hábitos, investir e até restringir ao máximo o uso da água na operação do lote. “Foi muito difícil o período sem água, tivemos que comprar água, para ajudar na alimentação do gado e até pra nós mesmos. Sem água não somos nada”, conclui o produtor.


















