Mais da metade do grupo do projeto dos irrigantes itabaianenses é formado por mulheres, critério classificatório ao programa

As entregas seguirão quinzenalmente até os agricultores completarem o fornecimento das 22,1 toneladas de alimentos propostas no projeto, aceito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na última quinta-feira (19), os técnicos da empresa federal fizeram uma reunião de orientação com esses produtores, em Itabaiana. A Conab dispõe de quase R$ 4,5 milhões para remunerar 30 projetos do PAA em 28 municípios do estado. Ao todo, R$ 11 milhões foram liberados pelo Ministério da Cidadania ao Programa de Aquisição de Alimentos em Sergipe – distribuídos entre frentes de trabalho nas secretarias de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS) e da Agricultura (Seagri). Vinculada a esta última, a Cohidro exerce o papel de facilitador do PAA em seus perímetros irrigados, como é o caso do Poção da Ribeira, fornecendo água para irrigação, assistência técnica agrícola e assessoria na elaboração dos projetos e no planejamento das plantações, para atender os compromissos das entregas.
“Nosso papel é bastante importante, não só na elaboração do projeto, mas também no planejamento da produção por produtor. São elaborados, através da assistência técnica, cálculos para o ciclo de cada cultura. Tudo dentro do que foi estipulado no projeto. Além de tudo, damos o apoio no recolhimento das folhosas através do nosso transporte, no dia da entrega. Então, sem o apoio da Cohidro, o PAA aqui não funcionaria. A aceitação tem sido positiva dentre os agricultores”, avalia César Rocha, gerente do perímetro da Ribeira. Nos perímetros da Cohidro em Lagarto, Canindé de São Francisco e Itabaiana, 55 produtores têm participações confirmadas no programa, sendo três propostas formalizadas em grupo [PAA Conab] e 14 individuais [PAA SEIAS]. A expectativa é que, até o ano que vem, esses irrigantes sejam remunerados em cerca de R$ 550 mil, se somadas as entregas periódicas previstas.
Antônio Almeida é presidente da associação da Lagoa do Forno e fará a entrega, durante nove meses, de tomate, pimentão e couve ao PAA. “Para nós, agricultores, está sendo ótimo, por conta do preço, que está bem melhor. Às vezes, a depender do tempo, o preço está bem baixo e assim não tem como melhorar nossa renda. No projeto há esta mudança. É muito melhor a venda pelo PAA do que nas feiras”, destaca o agricultor irrigante, que considera importante também o cunho assistencial do programa. “Ajudar o próximo é sempre bom, principalmente os mais necessitados”, afirma. Também na avaliação de Edjane do Nascimento, irrigante da Ribeira, o programa incrementa a renda do agricultor.
“É ótimo e super importante, pois da mesma forma que ajudamos as pessoas que precisam, o projeto também nos ajuda, com uma renda extra. Participo do projeto há muito tempo, sempre entregando cebolinha. Temos a segurança de entregar os produtos com um bom preço, melhor do que nas feiras”, pontua Edjane. A sua colega Elineuza Ribeiro, que entrega coentro ao PAA, cita a relevância do serviço prestado pela Cohidro tanto para o participar do programa, quanto para a irrigação. “Se não fosse a Cohidro não estaríamos fazendo isso. Eles sempre ajudam a gente aqui, sem falar da irrigação. Nós vivemos da roça e ter essas entregas ajuda muito. Vendemos para a feira e para o projeto. Acho melhor vender para o PAA, porque já entrega em casa, e na feira já tem o transporte, barraca, etc. com um custo maior. E o valor está ótimo. Já participei outras vezes do projeto e espero que não termine, porque é muito bom para todo mundo, tanto para o agricultor quanto para quem recebe”, conclui a irrigante.





























