Cohidro forneceu equipamentos e comunidade providenciou infraestrutura para instalação

As duas caixas foram adquiridas por R$ 3 mil pela Cohidro – empresa pública vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) – via convênio com a Seias. A mão de obra, a base em alvenaria para os reservatórios, os tubos e conexões para distribuir a água ficaram por conta dos assentados, que também contribuíram para que sua demanda fosse atendida pela a companhia. “Venho agradecer pelo benefício de uma caixa d’água para o Roseli Nunes”, disse o professor André Medeiros, em nome de sua comunidade. “Aqui, serão 61 famílias sendo beneficiadas com água. O custeio da operação da bomba vai ser rateado entre os assentados, quando o sistema estiver funcionando para o coletivo”, detalhou.
Diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Carlos Alberto, explica que o poço do assentamento Roseli Nunes vai poder ser compartilhado com toda comunidade depois de implantado o reservatório coletivo. “Só o assentado no lote onde fica o poço tinha a possibilidade de consumir a água. Como o sistema que ajudamos a construir, em parceria com a população, vai ser possível da água ser armazenada em grande quantidade e disponibilizada para todos, através de chafarizes. Ação muito parecida concluímos em agosto passado no bairro Ademar de Carvalho, também em Lagarto, onde a Cohidro criou um sistema de abastecimento compartilhando a água do poço (perfurado pela Cohidro) no 7º Batalhão de Polícia Militar, com a população”, recorda.
No Saboeiro, segundo o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, já existia um sistema de abastecimento levando água até a casa dos assentados. “Pela ação do tempo, chuva e sol, a antiga caixa do sistema estourou. Sem a água armazenada no reservatório, ela não tem força para chegar em todas as casas, deixando parte da população desabastecida. Por isso atendemos, com a maior brevidade possível, a comunidade. E foi graças a esse convênio com a Seias, que disponibilizou à Cohidro R$ 1 milhão do Funcep (Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza) para a aquisição desses equipamentos, pudemos satisfazer essa demanda de maneira eficiente”, revelou o presidente. Ainda de acordo com Paulo Sobral, neste ano, mais de R$ 50 mil foram investidos pelo governo estadual em Lagarto, em ações de infraestrutura hídrica a partir de poços.
Josefa Andrade é moradora no Saboeiro. Há 10 anos, ela veio de São Domingos para morar e montar um bar e restaurante (famoso pela sua galinha caipira com pirão) que atende ao movimento dos visitantes atraídos pelas trilhas ecológicas e as águas da conhecida cachoeira, pontos turísticos distantes cerca de 3 km do povoado. Ela vive na comunidade com o esposo e filho, e expõe que o sistema de abastecimento tem muita importância para a sobrevivência da comunidade, sendo usado inclusive para a irrigação. “O poço atende lavoura e atende a necessidade de dentro de casa. Quando quebrou a caixa aqui não demorou muito para trazerem outra, nem quinze dias. Estava fazendo falta essa caixa, porque a bomba enche de manhã e o resto do dia as casas ficam com água. Aqui são 60 famílias, a água ajuda muito!” concluiu.










