Pipericultores são assistidos pela Cohidro e têm contratos de venda com indústria local

No perímetro Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a malagueta continuou sendo a mais produzida (120 ton.) no último ano, seguida da jalapeno (95 ton.) e da biquinho (75 ton.), a de menor produção e ardência, que é beneficiada e tem seus frutos vendidos inteiros em conserva. Os preços por quilo ofertados pela indústria, não são proporcionais ao grau de ardência, no caso da habanero (R$ 3) e da malagueta (R$ 4), e da sua outra variedade menor e de ardência mais acentuada, a malaguetinha (R$ 8). Quanto menor a pimenta, maior é o grau de dificuldade de colheita e custo de mão de obra. Por conta do manejo mais facilitado, qualquer melhora na demanda e no preço da habanero ou jalapeno, que o fruto ainda é maior, ou da biquinho, é motivo para passar a investir mais nestas espécies.
Segundo os dados levantados pelos técnicos da Cohidro em Lagarto, a habanero ocupou uma área colhida de 14,5 hectares e rendeu, aos produtores, o valor total da produção de R$ 356.720 em 2021. Para o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida, a oportunidade é boa para quem quer investir na espécie de pimenta. “É desde o início que a gente, da Cohidro, começa a auxiliar através do perímetro e está dando certo. Eles têm um contrato com a indústria local, para quem eles já fornecem o produto. O preço está dando para manter o lucro e eles estão produzindo cada vez mais e aumentando a área plantada de pimenta habanero”, avaliou. No mesmo levantamento da Cohidro do valor da produção, no ano passado, já era anunciada a vantagem da habanero que, mesmo tendo produzindo menos, deu mais retorno aos agricultores do que a também mexicana jalapeno (R$ 269.450).
No lote irrigado de Luan de Oliveira já são um hectare ocupado com 9 mil pés de pimenta habanero, com a intenção de aumentar, caso o mercado para a pimenta continue atrativo. “Já plantamos diretamente para a empresa do município. A gente está na fase de colheita agora, quando oferecemos trabalho para o pessoal que faz a colheita, catando as pimentas. Acaba sendo algo muito benéfico ao nosso município, esta indústria que faz o contrato com a gente. Gerando renda para nós, que trabalhamos na roça e também para o pessoal que trabalha colhendo”, avaliou o agricultor irrigante de Lagarto.
Luan e demais produtores de pimenta investem em técnicas modernas de irrigação para alcançar maior produção, racionalizando o uso das reservas de água do perímetro de irrigação pública e também trazendo maior eficiência nos tratos culturais. É o caso da fertirrigação, em que o adubo chega até a planta diluído na água e através dos equipamentos de irrigação. “Molhamos aqui através da irrigação de gotejamento, que já molha diretamente no solo e acaba economizando água. A irrigação vem da Cohidro, pelo Perímetro Irrigado Piauí, que é a que a gente tem aqui”, confirmou o irrigante.
















