Governo e BNB alinham parceria para facilitar acesso a crédito e assistência técnica para agricultores familiares

Representantes da Emdagro e Cohidro também participaram da reunião, que deu os primeiros passos para o acordo de cooperação
Foto: Ascom/Cohidro

Um acordo de cooperação entre o Banco do Nordeste e a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) será firmado com o objetivo de viabilizar mais financiamentos e assistência técnica para o setor agropecuário em Sergipe, especialmente para a agricultura familiar. A decisão foi resultado de reunião realizada na última terça-feira (09), com representantes da instituições. As atividades contarão com a execução direta das empresas vinculadas à Seagri, Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

De acordo com o gerente executivo de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste, Lenin Falcão, de janeiro a agosto deste ano, foram aplicados aproximadamente R$ 106 milhões no estado de Sergipe, nas linhas do Pronaf – incluindo o Pronaf B operacionalizado pelo Agroamigo. “O Banco do Nordeste decidiu visitar a Seagri para alinhar alguns trabalhos com relação ao desenvolvimento do setor agropecuário, especialmente para a agricultura familiar. Esta é uma ação que está acontecendo em todos os estados, para atender uma demanda do Fórum de Gestoras e Gestores da Agricultura Familiar do Nordeste, do qual vários secretários de Agricultura participam”, disse Lenin Falcão, que participou do encontro acompanhado do gerente executivo Pronaf, Erison Aurélio Viana; e do gerente regional do Agroamigo, Luiz Alberto Morato.

O secretário da Agricultura, André Bomfim, considerou importante a participação também dos representantes da Cohidro e Emdagro, que vivenciam diariamente, na ponta, as demandas e gargalos enfrentados pelos pequenos produtores da agricultura familiar. “Com essa aproximação, poderemos destravar recursos para o público que mais precisa nesse momento, o da agricultura familiar. Nós precisamos, por exemplo, destravar recursos do Pronaf Agroindústria e Pronaf Agroecologia”, pontuou André. O secretário disse ainda que a partir desse encontro formou-se um grupo de trabalho que trabalhará pela concretização do acordo de cooperação entre as quatro instituições: BNB, Seagri, Cohidro e Emdagro.

Presentes na reunião, o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, e o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola, João Fonseca, avaliam que os beneficiários da irrigação pública são um público promissor, merecendo atenção na elaboração de novas políticas de crédito voltadas à Agricultura Familiar. “Nos perímetros irrigados do Governo do Estado, administrados pela Cohidro, temos mais de 2 mil pequenas unidades produtivas familiares contando com a irrigação durante todo ano. O Estado tem contribuído para que este serviço oferecido ao irrigante seja mais eficiente: modernizou a irrigação e fez adequações de segurança nas barragens dos perímetros de Itabaiana; e sistematicamente tem feito a recuperação física de estações de bombeamento em todo estado. Através de parcerias, estamos também implantando unidades piloto de uva, pera, palma forrageira e gliricídia em lotes irrigados. E com o plano de financiamento adequado, outros irrigantes podem multiplicar esses modelos de produção para mais lotes”, destacou Paulo Sobral.

Representando a Emdagro, o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Antônio Reis, avaliou positivamente a iniciativa. “Essa reunião veio no momento certo, porque precisamos suprir uma necessidade premente de facilitar ainda mais o acesso aos créditos do Pronaf, especificamente, Pronaf Agroindústria, Agroecologia, Mulher e Jovem, cuja aplicação ainda se encontra tímida”, ressaltou Antônio Reis. Ele participou da reunião, juntamente com os assessores Deodato Lima Filho (do Crédito Fundiário) e Godofredo Vieira Albuquerque (da Presidência).

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

[vídeo] Produtores do perímetro irrigado de Canindé iniciam entregas ao PAA

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O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, no último sábado (18) mostrou reportagem que acompanhou a primeira entrega de alimentos feita pela Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (ASSAI), formada por irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Conab. Os alimentos adquiridos dos agricultores na modalidade “Compra com Doação Simultânea”, estão sendo doados para 316 famílias em situação de insegurança alimentar naquele município. Em perímetros irrigados da Cohidro, como o Califórnia, outros três projetos similares estão autorizados para iniciar entregas e outros dois estão em processo de ranqueamento para também participar. Às cinco propostas, se aceitas, poderão injetar em torno de R$ 600 mil nos perímetros irrigados do estado e destinar mais de 200 toneladas de alimentos à doação.

Orientação técnica ajuda a elevar produtividade da abóbora irrigada no Alto Sertão

De janeiro a maio, foram produzidas 270 toneladas de abóbora no perímetro irrigado da Cohidro em Canindé

Produção de abóbora entregue para o PAA, no primeiro dia, foi de 287kgs [Foto: Fernando Augusto]
A produção de abóbora no Alto Sertão Sergipano é feita há quase dez anos em Canindé de São Francisco, a partir da irrigação fornecida pelo Governo do Estado no Perímetro Irrigado Califórnia. Além da água do Rio São Francisco, que a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro faz chegar aos lotes agrícolas, os agricultores familiares têm também assistência técnica agrícola fornecida pela empresa. Indicado por nutricionistas por ser alimento saudável e nutritivo, o fruto já faz parte da culinária sergipana. Não por acaso, alguns dos produtores de abóbora irrigada estão participando do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e sua produção será entregue, via projeto na Conab, à doação simultânea para pessoas em insegurança alimentar naquele município.

Na proposta da Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco – ASSAI ao PAA, os irrigantes se propuseram a entregar até 1.000kgs de abóbora à ‘doação simultânea’, entregues para pessoas vulnerabilidade social cadastradas no Centro de Referência Especializado Assistência Social – CREAS, pelo período de nove meses. Na primeira entrega, que ocorreu na última quarta-feira (01), a abóbora lá esteve presente, com 287kgs que foram no mesmo dia para a mesa dos canindeenses. O preço pago pela Conab à abóbora fornecida aos projetos de doação simultânea no PAA em Sergipe é considerado excelente (R$ 3,43 o quilo), incentivando os produtores a cultivá-la ainda mais.

No período de janeiro a maio deste ano, os agricultores irrigantes no Califórnia colheram 270 toneladas de abóbora em 13 ha enquanto, no mesmo período, outros 17,7 ha foram semeados com o cultivo, indicando que, até o fim do ano, a colheita deva ser ainda maior. As abóboras cultivadas no perímetro variam de formatos e tamanhos, podendo uma só peça chegar a até 8kgs. A principal variedade é a abóbora jerimum ou de leite, também conhecida por abóbora ‘sergipana’ ou ‘maranhão’. O agricultor Samuel de Oliveira conta que está investindo pela primeira vez na cultura, apostando 2 ha do lote no cultivo da abóbora. “Primeira vez que investimos na abóbora, mas vários agricultores já plantavam antes. Esperamos uma boa colheita e um bom preço do mercado”, relata Samuel.

A depender da produtividade, se promissora, o rendimento pode ser superior a 25 toneladas por hectare, mas isso só ocorre graças à irrigação fornecida e orientada pela Cohidro. O técnico agrícola da empresa, Luís Roberto, explica como foram feitas as orientações para o bom cultivo no lote do agricultor. “O Samuel cumpriu exatamente a orientação técnica. Foram feitas análises de solo e, baseado nisso, ele pôde fazer a adubação de fundação e, depois, as três adubações de cobertura. Uma aos 25 dias, outra próxima da florada, e outra próxima da fortificação, cumprindo assim o ciclo técnico da cultura da abóbora”, explica.

O técnico alerta também sobre os riscos de desperdícios e mal uso de adubos por parte dos agricultores em suas áreas e aponta a necessidade do uso correto dos mesmos. “Por mais orientações que demos, alguns produtores insistem em recorrer a meios diferentes dos que recomendamos, baseados em experiências de outros produtores, que podem dar certo ou não, às vezes configurando erro no processo de adubação. Já verificamos casos de agricultor utilizar dois sacos de adubo, totalizando 100kg por tarefa (0,33 ha), quando na verdade, a recomendação que se use apenas 17kg por tarefa”, conta Luís Roberto.

Cohidro instala novo sistema de abastecimento de água em Pinhão

Em parceria com a prefeitura, sistema atenderá serviços públicos e será reserva estratégica para população urbana e rural durante seca

[Foto: Fernando Augusto]
A cidade de Pinhão, na região do semiárido sergipano, ganhou um novo sistema de abastecimento de água. Anexo ao Ginásio Marcelo Déda, o sistema foi construído pelo Governo de Sergipe, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) a partir de um poço que a própria empresa estadual já havia perfurado no local, e contou com a parceria da Prefeitura de Pinhão. O sistema atenderá às instalações públicas – ginásio e jardins das praças – e servirá ainda à população urbana e rural do município em períodos de seca, quando o abastecimento de água convencional fica comprometido e faz com que produtores rurais busquem água fora de suas localidades. O investimento do Governo de Sergipe nos equipamentos de bombeamento foi de R$ 4,2 mil, enquanto a Prefeitura construiu o suporte em alvenaria para a caixa de força e fará instalação do reservatório.

O secretário de Agricultura de Pinhão, Clodoaldo da Silva, ressalta que o sistema de abastecimento terá diversos usos para comunidades circunvizinhas ao ginásio e também para povoados da zona rural do município. “O poço tem uma ótima vazão, com 8 mil litros/hora e a água é de boa qualidade. A ideia da prefeitura é instalar uma caixa d’água com um chafariz para quem quiser vir pegar água com carroça, balde, com o que for necessário, para uso diverso. É uma reserva estratégica. No verão, a população poderá se servir deste poço, tanto para o pessoal da cidade quanto também para uso dos agricultores”, afirma. O secretário municipal parabeniza os colaboradores do Governo do Estado, da Cohidro e da prefeitura, que trabalharam no poço e disponibilizaram o investimento para construção do sistema.

“A instalação do sistema atenderá, de início, às necessidades públicas da prefeitura municipal, oferecendo paisagismo, lazer e prática de esportes para a população pinhãoense. Para além disso, será essencial em situações de seca e crise hídrica, que inevitavelmente afetam a região, os riachos, tanques e cisternas no campo. Com o chafariz público abastecido pelo poço, a população e os pequenos criadores terão esse suporte de água, oferecido pela prefeitura com nosso apoio”, destacou o diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Carlos Vieira. “A Cohidro está sempre aberta às administrações municipais para realizar atividades de perfuração ou instalação de poços, como neste, um trabalho de cooperação entre as partes para o bem comum”, completa o diretor.

O gerente da Divisão de Instalação de Manutenção de Poços da Cohidro (Dipoços), Roberto Wagner, conta que foram investidos R$ 4.269,73 para estruturação do poço em que foi criado o sistema de abastecimento de água. “Os recursos são provenientes do Governo de Sergipe, através da Cohidro, que dispôs de equipe própria e de todos equipamentos necessários para executar o trabalho de instalação de bomba submersa dentro do poço, tubulação e conexões que elevam a água até a superfície, cabeamento e caixa de força para alimentar o sistema”, explica o gerente.

No período de um ano, este é o quinto poço instalado ou recuperado pela Cohidro em Pinhão, segundo o diretor-presidente da empresa estadual, Paulo Sobral. Anteriormente, a Cohidro realizou obras para instalar ou recuperar sistemas de abastecimento em quatro localidades rurais do município – Baixa Larga, Diogo, Palmazeiro e Rajas – beneficiando quase 400 pessoas, com investimento estadual de outros R$ 14.500. “Não paramos de perfurar poços em todo estado, mas seguindo a determinação do governador Belivaldo Chagas, damos prioridade e destinação de recursos para instalação de poços já perfurados. Tanto para os novos, onde ainda não tenha sido feita a captação de água, quanto dos poços mais antigos, que necessitam de revitalização. Como foi o caso dos poços situados nos povoados Baixa Larga, Diogo, Palmazeiro e Rajas. Isso são somente os feitos Pinhão”, conta o diretor.

ACESSO À ÁGUA: Cohidro e prefeitura de Riachão entregam dessalinizador de água no Fazenda de Cima

Gilane dos Santos [Foto: Fernando Augusto]
Na última quarta-feira (10), em Riachão do Dantas, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro entregou, em parceria com a prefeitura municipal, um complexo sistema de abastecimento de água instalado a partir de um poço salino, em que um dessalinizador torna a água própria para o consumo humano. Beneficiando mais de 35 famílias do povoado Fazenda de Cima, este é o nono poço habilitado a funcionar pela empresa somente neste ano, levando água para outras cerca de 620 famílias atendidas em outros povoados do município, atendendo à determinação do governador Belivaldo Chagas, de concentrar esforços na ativação de poços tubulares para fornecer água à população rural em comunidades distantes das redes convencionais de distribuição.

Juntamente com recursos do programa Água para Todos, do Governo Federal, o Estado investiu, no fornecimento de água em comunidades rurais, recursos na ordem de R$ 5.680.000, para levar água de qualidade para 6.339 pessoas que moram em 37 localidades na zona rural de Sergipe. Em Riachão, o programa também implantou um outro sistema de abastecimento no povoado Cruz dos Palmares, onde vivem mais de 100 pessoas. No Fazenda de Cima vive Dejaile Bispo. Para ela, a vida mudou depois do sistema entrar em operação. “Essa obra, eu agradeço muito. Com as secas, a gente não tinha água, tinha que buscar nos poços com balde e carrinho de mão, e a gente agora tem uma obra muito benéfica, que a Cohidro que trouxe juntamente com a prefeitura. Estamos muito alegres e satisfeitos”.

Outra moradora, Gilane dos Santos, explica melhor como os moradores faziam para obter a água de consumo. “Essa agora é mais saudável. Quando chovia, a gente pegava água da cisterna e guardava essa água como se fosse um tesouro, para no verão a gente não sofrer, para não ter que tomar a água dos tanques de barro”. A agricultora Neide Oliveira, também do Fazenda de Cima, relembra a realidade antes do dessalinizador. “A gente estava precisando muito, era muito sofrimento sem ter água, já pegamos muita água de carroça e hoje é uma benção de Deus. Estamos aqui comemorando essa água em nosso lugar. Agradeço muito a todos que trabalharam por isso, por essa água maravilhosa, doce, filtrada e tratada para gente beber”, comemora.

A contribuição da prefeitura municipal foi essencial. Contratou a concessionária de energia para ampliar a rede elétrica da comunidade e poder oferecer a tensão necessária ao funcionamento do equipamento de dessalinização. Para a prefeita Simone Andrade, o sistema traz qualidade de vida aos moradores. “Não tenho palavras para mensurar o tamanho do impacto que um projeto desses traz para uma comunidade tão sofrida como essa. É saúde para essa população, que estava há anos sedenta por um projeto como esse. Para nós, enquanto gestão, em parceria com a Cohidro, trazer maior acessibilidade com a água para a população, é muito gratificante. Agradeço essa parceria com o governo do Estado, trazendo muita qualidade de vida para a população de Riachão do Dantas”, destaca.

Paulo Sobral, presidente da Cohidro, reforça que as parcerias com as administrações municipais, como ocorre em Riachão, têm sido essenciais para viabilizar a instalação e recuperação dos sistemas em poços. “Antes de entregar esse sistema do Fazenda de Cima, colocamos em funcionamento os novos poços. Um para o povoado Bomfim, outros para o Limoeiro, o Lagoas, o Saco do Bento, o Laje Grande e o meia légua. Da mesma forma, as equipes da Dipoços [Divisão de Instalação e Manutenção de Poços da Cohidro] recuperaram os poços em operação no povoado Palmares I e na Colônia Cipozinho. Todos neste ano. Além das prefeituras, contamos com o convênio federal do Água para Todos, e pelo Estado, temos a parceria da Secretaria de Inclusão e Assistência Social [SEIAS], que disponibilizou mais de R$ 1 milhão em recursos para aquisição de bombas, reservatórios e outras peças para viabilizar a instalação desses poços”, concluiu.

[vídeo] Irrigantes em Tobias Barreto colhem resultados das mudanças na irrigação

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, exibiu no final do mês de maio (23), a satisfação dos agropecuaristas irrigantes atendidos pela Cohidro no Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, com as mudanças propostas pela empresa, aumentando a oferta de água nos lotes, quase todos voltados à pecuária leiteira.

Embora o tempo de distribuição de água tenha sido reduzido para 5 horas diárias, com a redução no consumo de água/dia foi possível voltar a distribui-la diariamente, a partir do uso mais sustentável das reservas da barragem, também usada pelo abastecimento urbano.

Os reservatórios individuais, escavados em cada lote, também foram ampliados na parceria companhia-produtor, de forma a se adequar ao novo período em que a água está disponível. Somente com uma recarga-dia, os novos tanques agora atendem a demanda da propriedade durante as 24h seguintes.

Ao mesmo tempo em que foi racionalizado o uso da água, a Cohidro incentiva esses criadores a adotarem o cultivo de espécies forrageiras mais resistentes à seca e que tragam maior retorno nutricional ao gado de leite, a exemplo da palma, a gliricídia e o capim-açu.

Repolho: uma aposta rentável e saudável para o inverno

Produtor do perímetro irrigado de Lagarto conta as vantagens do cultivo e recomenda não plantar em altas temperaturas

[Foto: André Moreira- ASN]
Rico em vitaminas e minerais, capaz de fortalecer o sistema imunológico, o vegetal é mais produtivo no período chuvoso, entre o outono e inverno. Embora se dê melhor com a chuva, o repolho depende de água todos os dias e por isso se desenvolve bem nos lotes produtivos do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado em Lagarto, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro. A safra no polo irrigado abastece boa parte do comércio de hortifrútis dos municípios sergipanos, principalmente em Lagarto, Simão Dias, Itabaiana, Boquim e redondezas.

O clima pode interferir diretamente no cultivo do repolho. Baseado em experiências anteriores, o agricultor Renilson Araújo relata que não arrisca mais cultivar a planta nas estações quentes do ano. “Plantei de dezembro para janeiro, mas a experiência não foi muito boa. Com muito calor e alta temperatura, mesmo com água, muitas pragas aparecem. A gente pulveriza, mas não tem jeito. Tomei uns prejuízos e agora só planto no período de inverno mesmo e, graças a Deus, nunca mais tomei prejuízo”. O produtor irrigante recebe a irrigação fornecida pela Cohidro em seu lote compreendido no perímetro Piauí, onde também conta com a assistência técnica rural a empresa pública.

José Américo, técnico agrícola da Cohidro que atende Renilson, reafirma o que o produtor disse. “No verão não é bom plantar o repolho, porque a temperatura é alta e atrai muitas pragas, como a broca e a mosca branca. Isso acaba prejudicando a formação da cabeça do repolho. Assim, o produtor terá pouco lucro. Combatendo as pragas e investindo em irrigação, é prejuízo na certa”, alega. Mesmo assim, o técnico recomenda a aplicação quinzenal (sendo que a última seja feita 15 dias antes da colheita) de inseticida que combata a borboleta da ‘lagarta de rosca’. “O repolho tem a vantagem de ter as folhas externas – usadas de adubo para a próxima cultura a ser plantada na área – que, de certa forma, protegem o ‘miolo’ da ação do agrotóxico aplicado, não havendo contato direto com a parte que comemos”, disse ele.

Considerado um vegetal de fácil manejo e produção, o repolho leva cerca de 60 a 75 dias desde a germinação até a colheita e, às vezes, conforme explica Renilson, dispensa o uso de defensivos. “Do plantio à colheita é até rápido, em três dias na bandeja para mudas, as sementes começam a germinar. Com 30 dias mudamos para a terra e, no máximo, com 60 a 75 dias, estamos colhendo. A depender da época, usamos pouco agrotóxico. No inverno, utilizamos apenas uma vez na semana e às vezes nem colocamos. O período de plantio começa em abril e, até agosto, é capaz que dê, mas a partir de setembro em diante não compensa, por causa das pragas”, alerta o produtor, que geralmente vende a unidade do repolho no valor entre R$ 1,50 e R$ 2,00, a depender do tamanho.

[vídeo] Poço instalado pela Cohidro no Apertado de Pedras

Em tempos de prevenção do coronavírus, feita principalmente no hábito de lavar as mãos frequentemente, poder contar com mais uma fonte de água em casa é fundamental. Foi assim no Apertado de Pedras, na semana passada, quando foi concluída a obra do Governo de Sergipe no povoado de Simão Dias. A Cohidro instalou novo sistema de abastecimento em um antigo poço que a empresa recuperou para servir à população.

Nova bomba, caixa de força, cabeamento tubos e conexões foram fornecidos e instalados pela Cohidro, a partir de recursos próprios. O reservatório foi adquirido via recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza – Funcep, a partir do convênio com a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social [SEIAS].

A prefeitura de Simão Dias colaborou com a implantação do sistema fornecendo 800 metros de tubos, fez a construção da base de alvenaria para o reservatório da Cohidro e assumiu o pagamento mensal da energia elétrica. Agradecemos ao registro das imagens feito pelo líder comunitário Luis Carlos Siqueira.

[vídeo] Sergipe Rural mostra cultivo de palma irrigada em Tobias Barreto

O cultivo da palma forrageira irrigada está servindo como reserva alimentar para o gado de leite, principal atividade adotada no Perímetro Irrigado Jabiberi, administrado pela Cohidro em Tobias Barreto. A empresa pública cedeu seu lote experimental, conseguiu as sementes da variedade ‘palma miúda’ para esse primeiro lote com o Projeto Palma para Sergipe, do Sebrae, e incentivou os produtores a adotarem o cultivo, para usar quando não for possível irrigar os pastos.

A prática vai diminuir os custos para o pequeno pecuarista alimentar o gado em casos de futuras estiagens prolongadas (como no verão de 2018 para 2019) em que possa não haver condições de irrigar os pastos, principal fonte de alimento para o gado criado nos lotes do perímetro. Porém, o técnico agrícola da Cohidro, José Coelho, sugere que a planta tem um grande valor energético e possui muita concentração de água, sendo assim um alimento completo para os rebanhos e pode ser adotado o ano inteiro.

[vídeo] Revitalização das barragens da bacia do rio Sergipe trazem segurança à população e produção agrícola

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, divulgou nas últimas semanas o resultado das obras do Programa Águas de Sergipe na recuperação das barragens dos perímetros irrigados da Cohidro, inseridos na bacia hidrográfica do rio Sergipe.

O Governo de Sergipe investiu R$ 4,2 milhões nas ações que priorizam a recuperação, conservação e a segurança hídrica e operacional em quatro reservatórios.

Deste montante, a Cohidro é beneficiada em R$ 4 milhões, para a revitalização das barragens que mantêm três de seus perímetros públicos, onde 8.255 pessoas tiram seu sustento com a agricultura familiar irrigada.

Última atualização: 20 de maio de 2020 12:34.

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