Secretaria da Agricultura integra ato de combate à desertificação

Solenidade enfatiza somação de esforços de organismos do governo por um Sergipe melhor

 

A palestra

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), promoveu na manhã da terça-feira, 17, um encontro para acompanhamento das ações Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos efeitos da seca em Sergipe lançado pelo Governo do Estado, no auditório da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), em Aracaju. Fazendo parte da comemorações pelo Dia Mundial de Combate à Desertificação, o evento contou também com a participação da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

O evento foi aberto pelo titular da Semarh, Olivier Ferreira das Chagas que falou sobre o compromisso e perspectiva da Secretaria no combate à Desertificação para 2015, enfatizando a necessidade de somação de todos os organismos na promoção de alternativas que venham corroborar com a necessidade de planificar atitudes que estimulem a consciência de todos os sergipanos para o problema que tem se intensificado no Brasil em decorrência do mau uso dos recursos naturais, somados a uma tendência existente sobre a desertificação em Sergipe

Olivier sinalizou que o Estado está entre as 11 unidades federativas onde existem áreas apontadas por pesquisas com propensão clara à desertificação, onde a seca tem se apresentado contundente exigindo assim intervenções que possam minimizar os efeitos dos problemas que se mostraram fortemente reais nos últimos anos quando a estiagem deixou técnicos ligados à agropecuária extremamente preocupados com o sofrimento de agricultores e criadores para a manutenção do processo produtivo em razão inclemência da seca.

O Secretário Olivier agradeceu a presença de todos e sugeriu a somação de esforços das Secretarias e vinculadas com ligações com o meio ambiente e com a agropecuária sergipana. Ele anunciou a palestra do Secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal Santos sobre “Desafios e Perspectivas da Agricultura para o alto Sertão”.

Esmeraldo Leal parabenizou inicialmente o grupo que tem feito um acompanhamento do problema de desertificação em Sergipe e o Secretário Olivier Chagas e todos que se somam e venham a se somar na busca de soluções racionais e práticas que oportunizem a minimização dos efeitos que ocorrem no Semiárido, região que envolve o maior acervo produtivo de Sergipe em grãos e onde floresce com destaque a pecuária leiteira.

O secretário enfatizou o trabalho das vinculadas da Seagri: Emdagro e Cohidro, respectivamente atendendo e assistindo agricultores familiares nas áreas de sequeiro e em perímetros irrigados, disseminando tecnologia para aumento da produção e perfurando poços que possibilitem minimizar os efeitos da estiagem. “É um trabalho árduo, para criar condições de convivência com a seca, realizando pesquisas pois está no Semiárido o impacto na agropecuária, pois é objetivo do Governo de Sergipe através de seus organismos específicos vinculados à Seagri, que apontem alternativas que permitam e promovam condições de minimizar o máximo possível a problemática da seca pois, o problema não envolve apenas o aspecto da produção agropecuária, mas também todo o contexto do aspecto social, pois a maior parte da área produtiva agropecuária está inserida na região semiárida”, pontuou Esmeraldo.

O Secretário discorreu sobre o esforço do governo estadual em manter os perímetros irrigados, que permitem produzir independente da estação, mas lembrou do trabalho técnico redobrado para que não aconteça salinização nas áreas produtivas em razão de estudos apontarem essa premissa em razão da especificidade do solo desses perímetros administrados pela Cohidro, o que representa também a demanda de cuidados especiais na conscientização dos irrigantes, exigindo monitoramento diuturno dos técnicos da empresa.

Esmeraldo deu ênfase especial ao destacar que é preciso trabalhar sem crucificar o sertanejo que vive do seu trabalho na terra e precisa produzir, daí ser necessário discernimento interpretativo correto no que diz respeito às áreas de preservação ambiental sem prejuízos para o trabalhador que depende da terra para produzir e viver com a família, no caso de Sergipe deve-se julgar cada caso específico, a exemplo da Bacia Leiteira sergipana, encravada no sertão, ser uma das mais importantes do País, o que torna o leite, o produto mais importante para o sertão e o sertanejo, e para o desenvolvimento da região.

“É em função desse significado produtivo para o Estado que aumenta a responsabilidade do técnico, pois o nosso Semiárido está se expandindo, revelado pela estiagem que vivenciou também o litoral do Estado que teve necessidade de carros pipas para abastecimento de águia, algo que até então não se cogitava acontecer em Sergipe.Desta forma ratifico minhas homenagens a todos que tornaram possível esse evento que oportunizou promover um alerta chamando a atenção para a necessidade de somar esforço todos, em prol de Sergipe e de quem trabalha a aterra e produz, para que o nosso Estado possa superar essa apreensão sem permitir que se torne uma realidade cruel que venha a atingir a necessidade do Estado crescer e ampliar sua produção na proporção que se amplia a população que depende dos trabalhadores do campo que têm, na desertificação uma impactante ameaça na condução da produção e no aspecto social por solapar ganhos conseguidos a duras penas na busca da melhoria de vida e, consequentemente da dignidade”, concluiu Esmeraldo Leal.

Na sequência o Superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Ailton Rocha, fez apresentação do Programa “Água Doce de Sergipe”. Outros temas foram apresentados ainda durante o evento que objetivou reunir no mesmo espaço organismos ligados aos problemas ambientais e produtivos de Sergipe, para que em oportunidades outras as questões que envolvem as perspectivas de desertificação em Sergipe sejam convenientemente enfocadas e discutidas, para a busca de soluções conjuntas que não favoreçam incompatibilidades entre ações técnicas e a produção agropecuária sergipana no Semiárido de Sergipe.

Fonte: Ascom/Seagri
FOTOS: Paulo Costa (Ascom/Semarh

Olivier Ferreira das Chagas
Esmeraldo Leal

 

 

 

 

 

 

Última atualização: 18 de dezembro de 2017 11:45.

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