Perspectiva é de não faltar água para produção agrícola nos períodos de estiagem.

Segundo a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), é sempre neste mês que as chuvas se tornam menos frequentes e as lavouras voltam a ter necessidade de serem irrigadas, quando se retoma o serviço de irrigação nos seus perímetros irrigados. Para o engenheiro agrônomo desta empresa pública, Paulo Feitosa, este serviço tem uma grande importância socioeconômica para o Estado.
“Em repetição, anualmente, são áreas plantadas de em torno de 6.000 hectares irrigados. Nessas áreas, a exemplo de 2021, colhem mais de 90 mil toneladas de produtos agrícolas dos campos irrigados, isso praticamente está beneficiando por volta de 1.500 pequenas famílias, já que aqui a nossa base é a produção familiar”, destacou Paulo Feitosa. No ano passado, o valor da produção dos agricultores atendidos pelos seis perímetros estaduais foi de mais de R$ 137 milhões. “Isso é de extrema importância não só para as pessoas que vivem disso, o pequeno produtor, mas toda a movimentação da economia local, porque dentro da produção agrícola você envolve maquinários, assistência, insumos, adubos, sementes etc. Então, nisso tudo há uma movimentação dinâmica muito grande no local e no regional”, concluiu o agrônomo da Cohidro.
Agricultor irrigante que produz com a água fornecida pelo perímetro Jacarecica I, José Valdeir dos Santos está satisfeito com a chuva caindo ainda em agosto, esperançoso para um verão de grande produção, com a água que a barragem cheia acumulou. “Melhor assim, porque nós aqui plantamos no período de verão, então o período de inverno estamos quase parando. Só algumas lavouras que aguentam chuva, como o pepino e a alface, que precisa da terra bem molhada. [A barragem cheia] a gente vê assim com muita alegria. Sofremos tanto com a seca que tivemos, e agora ver ela assim transbordando, é só saúde agora, para começar um verão com força total. Quando tirar aqui agora [o pepino] vai ser a batata-doce, que é a mais plantada durante o verão. Ela e o amendoim”, adiantou.
Segurança Hídrica
O engenheiro agrônomo Paulo Feitosa, com base no acompanhamento feito pela própria Cohidro e pela Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, reforça que todas as barragens administradas pela empresa estão com 100% do volume útil reservado. “Neste ano, graças a Deus, todos os reservatórios verteram durante um bom tempo e alguns ainda continuam. Isso praticamente está assegurado [água] para, talvez, até o próximo inverno. Nós estamos com uma perspectiva muito boa e não visualizamos carência hídrica para a atividade advinda desses reservatórios. São cinco barragens do Estado que têm a finalidade de fornecer água para a irrigação, no caso da exploração agrícola, principalmente de culturas olerícolas. Sendo que quatro delas destinam-se também para o consumo humano”, destacou.








