PAA nos perímetros irrigados estaduais já beneficiou mais de 273 mil pessoas

Doação de alimentos in natura então são distribuídas para as famílias cadastradas pelo Cras – (Povoado Curituba – Canindé) Foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Desde 2008, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) incentiva e orienta os produtores irrigantes, assistidos nos perímetros irrigados do Governo do Estado, a participarem do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab, na modalidade ‘Doação Simultânea’. O resultado disso é que até agora foram 2.860 famílias de agricultores participando de projetos que geraram 7.230.627 quilos de alimentos doados in natura ou que serviram para o preparo de refeições, atendendo 259.552 pessoas em situação de insegurança alimentar. Cada projeto tem vigência de um ano de entregas periódicas e no total foram R$ 6.499.737,69 pagos a estes produtores.

Neste ano, quatro grupos de produtores de Lagarto, Itabaiana e Canindé de São Francisco, que ao todo somariam 207 agro-famílias, estavam mobilizados pela Cohidro e suas associações para apresentar propostas ao PAA, onde se comprometeriam em produzir mais 492.983 quilos de alimentos, que a partir das doações iriam chegar há 18.400 beneficiados e geraram a renda, a estes agricultores, de um total de R$ 1.567.000. Mas os cortes do Governo Federal sobre os programas sociais determinaram que em 2017 só fossem gastos com este Programa R$ 38.500.000 em todo Brasil e que Sergipe teria 1,98% deste montante, ou seja, R$ 762.300. Além disso, a Conab implantou nova metodologia de ‘ranqueamento’, em que projetos de valores e número de participantes menores, teriam mais chance de serem aceitos.

Assim, em um total redimensionamento das propostas à serem apresentadas, levando em conta tanto o teto aplicado ao Estado quando ao valor de cada proposta, todos projetos foram refeitos, conforme explica o gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata. “Tivemos que diminuir todos fatores do que as associações e agricultores iria apresentar. Agora são três propostas onde 50 beneficiários fornecedores serão remunerados por um montante de R$ 375.000, para produzir quase 100 toneladas de alimentos à serem doados 5.700 pessoas carentes”, listou. Sobre o fato do valor ser praticamente 50% o teto de recursos para Sergipe, o técnico explica. “A Conab recebe propostas de outras associações além das que atendemos nos perímetros. Não havendo procura de outras associações, no futuro podemos replanejar as propostas dos nossos irrigantes”.

Para o diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, o PAA estava passando por um momento ímpar e se não houvessem os cortes no orçamento, este ano seria quando os produtores teriam melhor retorno financeiro. “A tabela da Conab para a compra dos produtos a serem doados nunca esteve tão a favor do agricultor. Por exemplo, pelo quilo da batata-doce e da macaxeira, que são a base da dieta sugerida nas refeições preparadas, está sendo pago R$ 2 e R$ 1,75, respectivamente. Infelizmente as doações serão menores e menos pessoas vão poder participar, mas o que for entregue, será bem pago. Isso representa no campo, maior poder de barganha ao produtor, que deixa de ficar totalmente dependente do preço dos atravessadores, com mais esta opção de escoamento de produção de forma mais justa”, avalia.

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, reforça esta opinião de que o PAA favorece a renda do agricultor, mas considera importante que os recursos do Governo do Estado, para gerar produção agrícola via irrigação e assistência técnica, sirvam para doar alimentos para pessoas necessitadas. “É gratificante para nós, é bom para o Sergipe, que o dinheiro investido para manter nossa Empresa colabore, somado aos recursos da Conab, para o combate à fome no Estado. Em 9 anos, foram quase 260 mil pessoas assistidas só com as doações que saem de nossos perímetros. Por isso e também, para melhor remunerar os produtores que assistimos, damos total apoio à mobilização dos projetos nos perímetros”, afirma.

No PAA, a Cohidro orienta a confecção dos projetos propostos pelos agricultores que assiste nos seus perímetros irrigados e depois auxilia no processo de produção (via irrigação), colheita, controle de qualidade e conferência desses alimentos ao serem doados. Mas quem aceita as propostas e remunera os agricultores é a Conab. Como regra, a Companhia Federal tem nos conselhos de segurança alimentar-nutricional municipais e nos centros de referência de assistência social (Cras) das prefeituras, os órgãos de conferência da quantidade e da qualidade dos alimentos doados, para então fazer o pagamento diretamente ao grupo de agricultores que propôs o projeto, a cada vez que houver uma entrega.

Lagarto
Instalada no município e há 69km de Aracaju, a Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), sob o novo teto e metodologia, propôs estregar à ‘Doação Simultânea’ 37.647 quilos de Alimentos. 18 agricultores irrigantes associados à APPIP, por um ano produzirão abobrinha, acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, milho verde, pimentão, quiabo e macaxeira, para entregar, a cada 15 dias, as doações que vão chegar a 1.900 pessoas carentes. Para tal, até o fim do projeto serão pagos R$ 125.000 ao grupo associado, em média R$ 6.944,44 por agricultor, distribuídos em parcelas menores, pagas após a conferência de cada entrega do produtor. A proposta sendo aceita pela Conab, será a sétima vez que a entidade fornece alimentos ao PAA.

Também do Perímetro Piauí, o Movimento Associativista do Brejo participa com proposta em que 16 produtores vão gerar 30.975 quilos de acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, pimentão, quiabo e macaxeira. Da mesma forma, outras 1.900 pessoas em situação de insegurança alimentar serão atendidas com as doações e os agricultores, remunerados, no total, também em R$ 125.000, uma média de R$ 7.812,50 por produtor. Esta será a terceira vez que a entidade representativa participa do PAA, se o projeto for aceito.

Itabaiana
Sendo composta por produtores irrigantes do Perímetro Irrigado da Ribeira, há 50km da capital, a Associação dos Produtores Rurais da Comunidade Lagoa do Forno já participou de outros três projetos com sucesso. Nessa nova proposta, 16 agricultores produzirão 30.270 quilos de alface, batata-doce, cebolinha, cenoura, coentro, couve, inhame, pepino, pimentão verde, quiabo, macaxeira, salsa, tomate e vagem. R$ 125.000 (R$ 7.812,50 por produtor) serão pagos para que sejam gerados os alimentos que servirão de doação para 1.900 pessoas.

Irrigantes de Lagarto investem no mamão havaí

Intervalo entre linhas de mamoeiros ainda permite o plantio de outras culturas de ciclos curtos e pequeno porte, como a batata-doce - Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)
Intervalo entre linhas de mamoeiros ainda permite o plantio de outras culturas de ciclos curtos e pequeno porte, como a batata-doce – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Para dinamizar as culturas exploradas em seus lotes irrigados e incentivados pela demanda criada por novos pontos de comercialização para frutas frescas, como o novo Mercado Municipal de Lagarto, agricultores inseridos no Perímetro Irrigado Piauí investem no plantio do mamão havaí. A variedade precoce começa a produzir em menos de um ano de plantio e pode chegar há dois de colheita contínua. Para tanto, eles recebem o incentivo do governo do Estado, ao serem assistidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), no fornecimento de irrigação e assistência técnica agrícola.

Edilma Leal Fontes cuida da plantação de 0,5 hectare (ha) de mamão havaí em seu lote. Nele, ela conta que tem a ajuda da nora que faz a colheita, já que a iniciativa e investimento no plantio foi feito pelo filho, Adjan Leal Fontes. “As mudas foram plantadas em maio do ano passado e começamos a colher, agora (início de junho). Estamos entregando ao comprador à R$ 35 a caixa (30 quilos) do mamão. Foi meu filho que tinha vontade de plantar, eu só ajudo, pois ele trabalha fora”, explicou a agricultora de Lagarto, há 75 km de Aracaju.

A plantação no lote de Adilma é feita usando a microaspersão, que o filho dela tem intenção de melhorar, quando investir futuramente na fertirrigação. “Nesse sistema de irrigação, todo adubo, os nutrientes que a planta precisa, chega diluído na água, aumentando o nível de absorção e eliminando o desperdício da adubação de lance”, argumentou o técnico agrícola Willian Domingos da Cohidro, que assiste o setor do Perímetro Piauí onde está o lote.

A produtora, porém, relata que a maior dificuldade enfrentada no plantio, até a gora, é na classificação do produto, já que os compradores só aceitam aquela peça de mamão havaí de formação uniforme e simétrica, sem deformações e no tamanho padrão de mercado. “Você abre e o mamão é o mesmo. Só é diferente por fora mesmo, mas não querem levar. Do outro tipo de mamão, o redondo, eles pagam só R$ 20 a caixa, nesse, nem isso”, lamenta Edilma.

Willian explica que o manejo indicado aos produtores é de colocar, em cada cova, duas mudas de variedades diferentes, para não haver perda e que por isso pode haver diferenciação no formato dos frutos. “A intenção é de sempre priorizar o mamão havaí, só deixar o do tipo ‘redondo’ se não desenvolver a muda principal”, explica. O técnico ainda conta que o manejo indicado para a plantação de mamão é sempre usar a Calda Bordalesa para cicatrizar os pontos onde há ‘ferimentos’ no caule, seja no desbaste das primeiras folhas ou depois que arrancados os frutos. “Assim evita a proliferação de fungos, que podem até matar a planta”, completa.

Programas de aquisição de alimentos
Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, uma forma de diminuir as perdas por conta do rigor da classificação de mercado aplicado às frutas, é fazer parte de projetos governamentais de compra da produção. Nesse aspecto, a Companhia é parceira dos produtores irrigantes dos perímetros estaduais, fornecendo irrigação e a assistência técnica necessária para quem vai precisar produzir o ano inteiro, mas também auxilia as entidades – associações e cooperativas de produtores – na regularização da documentação necessária e formulação de projetos, principalmente na proposta à ‘Doação Simultânea’ que é feita à Conab.

“No PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) da Conab, via ‘Doação Simultânea’ às entidades de assistência a grupos vulneráveis, e no Pnae (Programa Nacional Alimentação Escolar), gerido pelas prefeituras; o produto atende a uma classificação feita a partir de seu valor nutricional, em dietas estipuladas por nutricionistas. Como vai servir geralmente para o preparo direto de refeições não é, por obrigação, avaliado por padrões meramente estéticos e ainda mais de tamanho, já que tudo é comercializado a partir do seu peso. Claro, seja na feira ou nessas entregas, o produto sempre vai ter que atender às exigências sanitárias, tem que estar em estado de conservação apropriado ao consumo humano”, exemplifica João Fonseca.

Diversificação
Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola considera válido que os agricultores diversifiquem suas produções, avaliando tanto o surgimento de novos pontos de venda quanto à alternância na atividade rural para competir melhor no mercado. Para ele, ainda existe a importância de alternar o status de Sergipe de consumidor para produtor da fruta, deixando de contribuir só com 0,63% da produção nacional, mesmo o Brasil sendo o segundo maior produtor mundial de mamão.

“Não tem como todo mundo produzir a mesma coisa sempre, simplesmente por ser menos complicado ou uma tradição herdada de família. Assim chega a um ponto de ter que baixar o preço de venda para competir com tanto produto igual no mercado. O Governo do Estado, por um lado dá incentivo na irrigação, na assistência, mas contribui criando pontos de comercialização. Foi assim com o novo Mercado Municipal de Lagarto e em breve teremos duas novas ‘Ceasas’: em Itabaiana, obra do Proinveste, e em Canindé de São Francisco, construída em área da Cohidro. Então, vai aumentar a demanda por mamão e demais gêneros que hoje boa parte vêm de fora. Mais um motivo para investir nesse tipo de produção e gerar renda aqui dentro”, acredita Felizola.

Ampliando o plantio
Josenaldo Da Silva Leal também tem 0,5 ha plantados da variedade havaí no Perímetro Piauí, aonde já começou a colher há 6 meses. Incentivado pelos resultados obtidos, já iniciou nova área. “Acabei de fazer uma colheita desse lote que plantei há 12 meses e tem mais duas plantadas: uma parte iniciada faz 2 meses e a outra há 15 dias, totalizando mais 1 tarefa (0,33 ha) plantada de mamão. Ouvi dizer que era bom e decidi experimentar. Gostei e vou continuar plantando”, comemora o produtor que consegue vender sua produção por até R$ 40 a caixa, utilizando a fertirrigação por microaspersão.

Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima informa que gradativamente a produção de mamão só tem aumentado e que os técnicos da Cohidro incentivam a adoção da cultura. “Hoje temos seis produtores irrigantes no Perímetro que aderiram a produção da fruta. Juntando cada uma destas plantações, totalizamos 2 ha plantados com mamão. A tendência é aumentar, conforme for o sucesso de cada produtor que já plantou”, analisa.

Governo do Estado amplia fornecimento de água para sergipanos na zona rural

Inve

Sistemas de abastecimento instalados em poços da Cohidro solucionaram carência por água potável em regiões fora do alcance redes de distribuição

stimentos realizados pelo Governo do Estado estão garantindo maior acesso à água no interior sergipano. Seja em comunidades rurais ainda sem fontes de abastecimento, ou em regiões afetadas pela seca e sem reservas hídricas para o gado, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), neste ano dispôs de R$ 2 milhões do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), para investir na compra de materiais de perfuração para 20 poços, instalação de quatro sistemas de abastecimento e a recuperação de 12 barragens de médio porte, beneficiando cerca de 20.000 pessoas em 22 municípios sergipanos.

São recursos oriundos do convênio entre o órgão e a Secretaria de Estado Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh). O trabalho nas barragens foi concluído e agora estes reservatórios estão acumulando água das chuvas de inverno, para uso no próximo período de estiagem nessas áreas onde, em 2016, foi decretado estado de emergência devido à seca e que atendem, principalmente, a dessentação animal, em rebanhos que são a geração de renda para 9.978 moradores da zona rural.

No último dia 9, o vice-governador Belivaldo Chagas, em Simão Dias assinou ordem de serviço para começo das obras que vão construir quatro sistemas de armazenamento e distribuição de água para consumo humano no Assentamento Maria Bonita e no Povoado Sítio Alto, naquele município, atendendo 217 pessoas. O mesmo vai acontecer nos povoados Saco Grande e Piabas, em Lagarto. Neste último, a infraestrutura vai poder também abastecer a comunidade vizinha de Candeal das Cajazeiras, totalizando o benefício para cerca de 800 pessoas no município.

“Quando a gente investe no campo, a gente tem a garantia de desenvolvimento do estado, afinal de contas, quando falamos dos pequenos agricultores, os agricultores da agricultura familiar, são eles que produzem os alimentos que levamos à mesa em nossas casas. Então é preciso que a gente dê condições de trabalho para eles. Quando trabalhamos em benefício do campo, também fazemos com que o município como um todo tenha desenvolvimento. Porque o que se produz lá gera uma cadeia produtiva e, além, de ajudar os agricultores, ajudamos a economia local e do estado”, disse Belivaldo, no ato em que distribuiu 28 mil quilos de sementes de feijão e milho, material forrageiro para pequenos criadores e a reforma do Terminal Rodoviário de Simão Dias.

Segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, a atuação da Empresa tem se adaptado à realidade de cada município, buscando parcerias, como esta na Seidh e com as prefeituras. “Nos dois sistemas de abastecimentos em Simão Dias, as obras incluem a implantação de tubulação que vai ampliar e interligar a uma rede pré-existente, permitindo com que a água chegue até as casas dos moradores desses povoados”, informou. Complementando que os recursos do Funcep ainda vieram por contribuir na perfuração de 20 poços comunitários em Poço Redondo, Lagarto, Simão Dias, Moita Bonita, Umbaúba, Neópolis, Rosário do Catete, Siriri, Santa Rosa de Lima, Aquidabã, Santa Luzia do Itanhy, Boquim, assistindo aproximadamente 10 mil pessoas.

Programa de Recuperação de Barragens

As reformas ocorreram nos povoados Alagadiço, em Frei Paulo; Serra da Guia e Queimadas, em Poço Redondo; Poço dos Bois, em Cedro de São João; Mancinha, em Carira; Montes Coelho, em Tobias Barreto; Aningas, em Nossa Senhora da Glória; Lagoa de Dentro, em Gararu. E também nos assentamentos Paulo Freire, em Porto da Folha; Francisco José dos Santos, em Poço Verde; João Pedro Teixeira, em Canindé do São Francisco e na sede do município de Nossa Senhora de Lourdes.

As barragens recuperadas pela Cohidro neste ano dão sequência às ações iniciadas em 2012, quando foi lançado o Programa de Recuperação de Barragens. Antes, foram mais 1.800 dessas aguadas recuperadas, incluindo barragens particulares de pequenos criadores de gado que assinaram termo de compromisso, de compartilhar a água com os vizinhos, para poder receber o benefício. Mas também, nestes quatro anos anteriores, ocorreram obras em 20 barragens de médio porte, iguais às 12 reformadas em 2017. José Carlos Felizola, diretor-presidente da Companhia, acredita que essa ação garante maior autonomia ao homem do campo, dando uma sobrevida à criação que é seu sustento.

“No Sertão, quando as chuvas vão embora, a água dos pequenos barreiros, que todo criador abre no lote, logo acaba. Essas barragens maiores e coletivas criam uma reserva emergencial de água para que o vaqueiro leve seu gado lá ou puxe água de carroça. Muitas vezes a assistência vai para longe, outro município e não muito raro esses reservatórios, que nós recuperamos, abastecem até regiões da Bahia, como nos foi revelado em Glória e Carira. Em outros casos, o uso da água é múltiplo, como em Cedro de São João, onde a Barragem do Algodão abastece as criações, casas, serve para pescar e atrai gente de longe, para o lazer”, assinalou Felizola.

Nas obras, o trabalho das máquinas consiste em limpar os sedimentos depositados no fundo das barragens, assoreadas pela erosão e pela terra trazida pelas enxurradas. Barreiras de proteção são reforçadas e também, quando é possível, há a retirada de terra para aumentar o leito do reservatório. O conjunto de ações sempre amplia e muitas vezes até dobra a capacidade de acúmulo, fazendo com que esses depósitos emergenciais água durem por um maior período assistindo o sertanejo.

Assentado no Paulo Freire desde 2001, José da Silva Pereira cria 80 cabeças de gado em seu lote e disse que todos na comunidade utilizam da barragem reformada pela Cohidro para a dessedentação animal. “Quando tem água aqui, é a fonte mais certa. Aqui é assim, quando está chovendo, todo mundo utiliza as barragens pequenas dos terrenos, né? Mas aí quando o verão pega, todo mundo vem para cá. Alguém de fora pega, mas é para gado também. Eu estou achando muito bom (a obra), aqui está aumentando muito a barragem e como vai encher agora, vai durar mais para secar, né? Um dos benefícios maiores que a gente está recebendo aqui, nesse período seco. Uma barragem grande, é muito viável aqui para gente”, afirmou.

 

Cohidro adere ao ‘Dia do Rio’ em seus polos irrigados

Foto: Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Passando a valer a partir de ontem, 21, via a Resolução Nº 1.043 da Agência Nacional de Águas (ANA), o ‘Dia do Rio’ impõe a paralisação, todas às quartas-feiras e até 30 de novembro, em todas as captações feitas no Rio São Francisco, em barragens e principais afluentes, desde Minas Gerais até a foz, na divisa entre Alagoas e Sergipe.Salvo quando se trata de uso de água para consumo humano e dessedentação animal. O Governo do Estado de Sergipe, através de sua Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), atendendo a resolução já determinou esta suspensão no bombeamento do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco e no Platô de Neópolis.

A medida, tomada na 660ª Reunião Ordinária da Diretoria Colegiada da ANA, se vale da “grave situação de escassez hídrica ocorrente na bacia do rio São Francisco desde 2013, caracterizada pelas baixas precipitações (pluviométricas) com prejuízo para a reposição do estoque de água dos reservatórios”, e em seu artigo primeiro, estabelece que, “tendo em vista a situação de escassez hídrica na bacia, o Dia do Rio como medida de restrição de uso para captações em corpos d’água superficiais perenes de domínio da União na bacia hidrográfica do rio São Francisco que ainda não estejam submetidas a outras regras de restrição de uso mais restritivas”. A regra, que vai até o dia 30 de novembro, poderá ser prorrogada, “caso se observe atraso no início do período de chuvas na bacia do rio São Francisco”, acrescenta o documento publicado no Diário Oficial da União em 20 de junho.

No Perímetro Califórnia, há 213Km de Aracaju, segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, a determinação já está sendo adotada e não vai afetar a os beneficiados pela Empresa e nem das suas conveniadas, que utilizam do sistema de irrigação. “Em Canindé, diferente do dispositivo proibitivo a nós e que lá vale também para o Perímetro Jacaré-Curituba da Codevasf, a Deso pode utilizar-se de sua captação própria, sem prejudicar o abastecimento da cidade. Muito mais do que uma regra, punível com multas, será uma forma de nós, que utilizamos do ‘Velho Chico’ para desenvolver a Agricultura, contribuirmos com a reversão da situação de escassez de água em seu leito ou represas”, avalia.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Dirir), João Quintiliano da Fonseca Neto, o impacto que possa ocorrer na irrigação dos dois polos irrigados da Empresa, passará a ser sentido só depois do fim do período de chuvas. “Por agora e desde abril, quando se iniciou um dos melhores períodos de chuva registrados em Sergipe, nossos perímetros têm permanecido praticamente todo tempo inoperantes quanto ao serviço de bombeamento de água até os lotes irrigados. A boa precipitação registrada elimina quase por completo a necessidade de irrigação em todo Estado”, observa.

Porém, ainda segundo João Fonseca, a estiagem vai chegar e com ela, a necessidade de religar as bombas. Para isso, o diretor considera que o manejo hídrico das lavouras, orientado pelos técnicos agrícolas da empresa e de parceiros, vai saber superar a suspensão de água das quartas-feiras. “Depois de agosto, provavelmente, quanto chegar ao fim o período de chuvas, é que esta paralisação da Resolução da ANA vá de fato interromper o fornecimento de água para a agricultura. Porém, nesses perímetros que utilizam do São Francisco dificilmente haverá prejuízos na produtividade, pois predominam as culturas de ciclo longo, como a fruticultura, que suportam mais de um dia sem irrigação. Já para as olerícolas, como a alface e o coentro, um dia sem água ainda é suportável. De toda forma, estaremos atentos para identificar qualquer necessidade orientar mudanças na forma de irrigar essas plantações, no decorrer dos outros seis dias da semana”, completou.

Platô de Neópolis
Distante 107km da capital, área e sistema de distribuição de água do Platô de Neópolis pertencem ao Governo do Estado através da Cohidro. Estrutura administrada pela Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação de Neópolis (Ascondir), que possuem a concessão pública para cultivar a terra e operar o sistema. Lá, predominam a fruticultura e a plantação de cana de açúcar, cultivos de ciclos longos e até resistentes a períodos maiores de que um dia por semana.

Antônio Paulo Feitosa, Engenheiro Agrônomo da Dirir, é responsável por gerenciar e fiscalizar a operação do polo irrigado e ontem esteve com os concessionários para oficializar a decisão que foi tomada no dia 19, pela ANA. “Fomos até lá só para dar certeza de que a Resolução estava em vigor, pois todos concessionários já estavam cientes da paralisação semanal. A paralisação da quarta nem precisou ocorrer ontem, pois como está chovendo bem, também na região de Neópolis, não houve necessidade de irrigação nesta semana”, informou.

 

Milho verde irrigado pela Cohidro vai colher mais de 4 milhões de espigas em junho

De agora em diante, todo dia é dia de colheita de milho verde, até chegar o dia de São Pedro. 

Irrigação permite plantar o milho em qualquer época do ano e fazer chegar ao mercado antes do período junino – Foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Em dois dos principais perímetros de irrigação pública do Governo do Estado, a expectativa é a de colheita de 4.137.550 espigas em junho. Em Lagarto e Canindé de São Francisco a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) garantiu água para a plantação de 124,7 hectares (ha), quase todos os 754 lotes assistidos pela empresa nesses locais reservaram uma parcela de terra para plantar milho, garantindo o produto antes mesmo da demanda dos festejos juninos. Essa oferta regulou os preços ao consumidor, que podem variar de R$ 40 à R$ 70 o cento, dependendo da quantidade, variedade e região, em que se compra.

Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, esta produção nos demais perímetros de irrigação pública estadual só não foi maior devido à falta de chuvas em 2016. “A reposição de nossos reservatórios, que dispõe água para irrigar as barragens de cinco dos seis perímetros irrigados da Cohidro, não ocorreu no ano passado, devido à pouca chuva. O déficit hídrico repercutiu neste ano, em que tivemos que racionar água em Tobias Barreto e suspender em Itabaiana, nos perímetros Jacarecica I e da Ribeira (65km e 50km da capital). Nesses dois últimos, os produtores não puderam plantar milho verde pela incerteza de quando a chuva iria devolver a capacidade de irrigar regularmente. Salvo em Lagarto, em que as primeiras chuvas do ano foram suficientes para recuperar a barragem e em Canindé (213Km de Aracaju), que depende unicamente das águas do São Francisco para irrigar”, constatou João Fonseca.

José Carlos Felizola, diretor-presidente da Cohidro, considera o quadro positivo, já que a chuva veio em boa hora para recuperar as barragens e garantir a produção de milho verde. “A tradição seguida por quem não tem irrigação para produzir o ano inteiro, é a de plantar no São José para colher no São João e as chuvas deste ano chegaram na hora certa, permitindo que isso fosse possível acontecer. Mesmo se os nossos perímetros não tivessem recebido esta recarga d’água para irrigar e aumentar a oferta de milho em junho, foi também possível plantar sem precisar irrigação. Só não foi maior a produção de milho nos perímetros, por que a chuva demorou chegar ao Agreste, agravante que prejudicou os plantios dos nossos perímetros em Itabaiana”, lamentou.

A diferença entre depender só da chuva, que iniciou este ano farta, e de ter a irrigação, o agricultor irrigante do Perímetro Irrigado Piauí, José Roberto de Jesus, sabe bem. “Antes era mais complicado, porque não tinha irrigação e a gente esperava o período da chuva. Hoje, com a irrigação, a gente já pode plantar antes de São José, já vai molhando, tem água o suficiente, já facilita a colheita, mais”. As vantagens que o serviço oferecido pelo Governo do Estado promovem vão muito além de não precisar esperar a chover para plantar. “É, exatamente, não necessita tanto da chuva. Fica mais independente para o agricultor. Sempre melhora a produção, sempre dá espiga melhor. Fica bonito, não é?”, analisa o agricultor que plantou 2,64 ha de e antes mesmo de dar julho, estava colhendo milho verde em Lagarto.

Canindé
No Perímetro Irrigado Califórnia, o milho do período junino saiu da lavoura por até R$0,50 a espiga e neste ano foram plantados 90,775 ha pensando nos festejos, o que pode render, aproximadamente, a colheita de 2,95 milhões de espigas. Mesmo se não houver procura para todo este milho, ele pode vir a ser usado junto da palhada para a ração animal. José Leidison dos Santos é um dos agricultores irrigantes em Canindé que promove as três formas de comercializar o milho: a espiga, a palhada e o pé inteiro, para forragem. Para ele, essa flexibilidade garante mais segurança de plantar e ter certeza de que irá vender.

“O milho proporciona tudo, várias coisas. Nem penso no São João, que é só naquela época, a gente pensa no decorrer do ano inteiro, porque para a gente tanto faz a ração, quanto faz a espiga”, avalia Leidison. Mesmo assim, ele considera a venda da espiga mais vantajosa financeiramente, embora a forragem com a espiga junto tenha um valor de mercado diferente.“Tem, porque na hora que você for tirar a espiga, ela (a forragem) não tem peso, diminui bastante, mais o menos uns 50%.Se você quer uma ração com a espiga, você vai pagar ela no peso”.

Lagarto
Segundo o gerente do Piauí, Gildo Almeida Lima, já em março foram plantados 25,63 ha de milho, em abril, 8,30. Cada hectare produz de 20 a 25 toneladas e isso vai corresponder à 1.187.550 espigas colhidas. “De agora em diante, no perímetro da Cohidro de Lagarto, todo dia é dia de colheita, até chegar o dia de São Pedro. Aqui o preço varia de R$ 40 à R$ 50 o cento e sai a R$ 0,50 a unidade, no varejo”, informou. Ele disse que toda esta produção ainda gera, também em Lagarto, uma boa produção de ração animal. “25 toneladas de matéria fresca, palhada para ser utilizado com forragem”, acrescentou.

Raimundo Rocha de Araújo, adquiriu a produção de um lote de 0,66 ha, plantados com milho pronto para o consumo verde, no Perímetro Piauí. Pagou por ele R$ 3,5 mil e vai arcar com o custo de colheita e distribuição. Pagaria R$ 5 mil, se não houvesse um ataque de lagarta na plantação, já que sem isso, a área produziria 23.100 espigas, mas nessa lavoura colheu 17 mil sadias. “Vendo à R$45 o cento, para quem for revender e estou fazendo 7 espigas por R$5 no varejo”, informou.

Produtores assistidos pela Cohidro participam da Feira de Produtos Orgânicos

Dona Dicuri é quem comparece às feiras para vender os produtos gerados no lote familiar em Lagarto – foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Casal de agricultores orgânicos, Josileide Martins de Carvalho Nascimento e Delfino Batista são assistidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto e foi convidado para comercializar seus alimentos, na primeira edição da Feira de Produtos Orgânicos, realizada no Parque da Sementeira, em Aracaju. A depender dos resultados, o evento tem pretensão de ser semanal, mas desta vez foi parte da edição 2017 da Semana do Alimento Orgânico, organizada pela Comissão de Produção Orgânica de Sergipe (CPOrg-SE) e Sebrae-SE, de 31 de maio à 4 de junho.

Lá no Perímetro Irrigado Piauí, 69km da Capital, os agricultores familiares trabalham em um lote de 4,2 hectares, que recebe água para irrigação do sistema de distribuição mantido pelo Governo do Estado, administrado pela Cohidro. Desde a fundação do polo agrícola, 30 anos atrás, que Delfino e Josileide (mais conhecida como Dona Dicuri), agricultam esta terra e há 7 decidiram optar para a conversão dos plantios ao método agroecológico. Esta mudança se deve, segundo eles, ao incentivo recebido nas visitas, reuniões, palestras e viagens técnicas promovidas pela assistência técnica rural, também oferecida pela Companhia.

Hoje, a agro-família faz parte da uma Organização de Controle Social (OCS), grupo que após ser registrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), passou a ter a autorização para comercialização de produtos orgânicos diretamente ao consumidor e permite que possam participar de feiras, como esta realizada no sábado, dia 3. Com eles, existem outros 10 produtores orgânicos no Perímetro Piauí, da mesma forma produzindo para atender o mercado local e acessando pontos de venda em Aracaju. Se for fixada como semanal, a feira do Parque da Sementeira se tornará mais uma alternativa de escoamento da produção destes estes irrigantes.

Segundo o chefe da Divisão de Política e Desenvolvimento Agropecuário na Superintendência Federal de Agricultura, André Barretto Pereira, que representa o Mapa na CPOrg-SE, “essa feira é realizada com pequenos produtores, que são cadastrados no Mapa. Esses agricultores, ao se cadastrarem, recebem uma declaração de produtor orgânico que permite que eles façam a venda de forma direta, em pequenas feiras ou através de entrega em domicilio de cestas de alimentos para o consumidor. É uma relação direta entre o vendedor e o consumidor, sem o atravessador, isso faz com que o preço do produto orgânico, que muitas pessoas acham que ele é mais caro que o convencional, reduza o seu valor do intermediário”, explica.

Enquanto Delfino e os filhos cultivam a terra em Lagarto, Dona Dicuri atua comercializando em Lagarto e também nas Feiras da Agricultura Familiar em Aracaju, como as realizadas nas sedes das secretarias de estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do Trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (Seidh) e de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). “É muito bom quando a gente recebe o convite para participar da Feira, isso porque a Cohidro da assistência à nós, muito bom. Trabalhar com produtos sem agrotóxicos é bom demais, é tudo sadio e com o apoio da Cohidro, é ainda melhor”, considera a produtora.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, reitera que que é uma das políticas da Empresa, o incentivo à produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos, principalmente naqueles casos onde a lavoura é uma extensão da residência familiar. “Optando por não usar esse tipo de defensivos, utilizando técnicas alternativas de tratos culturais, ganha o agricultor e toda família que o ajuda na terra, pois não há riscos de contaminação. Seja ela diretamente ao manusear os produtos, ou da água e dos alimentos que eles consomem, sem falar de quem também venha adquirir e consumir da sua produção. Se torna um ciclo produtivo mais saudável”, defende.

José Carlos Felizola, diretor-presidente da Cohidro, concorda com a qualidade de vida que ganha quem decide produzir ou consumir os orgânicos. Mas acredita ainda que a agricultura orgânica tem um potencial ainda por ser explorado, podendo melhorar a rentabilidade das pequenas produções agrícolas. “O produto livre de agrotóxico tem uma valorização no mercado de 50% a até 100%, em relação aquele alimento cultivado no modo tradicional, com agrotóxicos. Esta escolha, pelo orgânico, qualifica o produto do pequeno produtor rural para competir com ‘qualidade’, contra a ‘quantidade‘ ofertada pelo grande fazendeiro”, argumenta.

Feira de Produtos Orgânicos
Luciana Oliveira Gonçalves hoje é coordenadora do CPOrg-SE e representante do Sebrae-SE na entidade que reúne membros de várias instituições públicas ou associativistas, à exemplo da Cohidro. Ela explica que a Feira faz parte da programação da Semana do Alimento Orgânico, que acontece todos os anos, sempre na última semana do mês de maio. No entanto, existe a possibilidade de que a Comissão a transforme em um evento fixo e periódico.

“Dependendo da resposta dos consumidores, do pessoal que venha aqui na feira hoje, a gente analisa as condições para poder manter essa feira aqui aos sábados. Ela tem o objetivo de estar trazendo esses produtos orgânicos, para que os consumidores tenham acesso, porque a gente sabe que tem uma certa dificuldade. E estar podendo beneficiar também, os agricultores que a gente sabe da dedicação deles, do trabalho árduo que eles vêm fazendo. Principalmente agora, nesse período de seca que teve uma grande dificuldade e a gente trouxe para cá, justamente para fazer essa interligação e dar acesso ao mercado, e eles poderem estar comercializando seus produtos”, relatou Luciana.

José Nilton de Souza é empresário e foi até a Feira do Produtos Orgânicos acompanhado da esposa, Dolores, para adquirir alimentos dos produtores-feirantes. Para ele, são vários os benefícios do consumo dos orgânicos, para o indivíduo e para a comunidade. “É de fundamental importância, porque além da gente consumir um produto de qualidade, faz muito bem a saúde e a saúde hoje é primordial, em qualquer situação, tanto na situação política, na situação ambiental. Só em viver livre de agrotóxicos, isso é de muita importância para nossa população. Estão de parabéns”, felicita ele, aos organizadores do evento, assim como os agricultores empenhados na produção desses alimentos.

Cohidro estuda transferência de tecnologia de produção de leite entre Tobias Barreto e Canindé

Visitação ocorreu em um período em que as pastagens se recuperam de uma das piores secas – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Quinta-feira, 8, foi dia de visita em que técnicos do Perímetro Califórnia e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em Canindé de São Francisco, visitaram os colegas e conheceram a estrutura e modelo produtivo do Jabiberi, em Tobias Barreto. Ambos polos agrícolas são atendidos pela infraestrutura de irrigação do Governo do Estado, administrada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). A intenção é a transferência de tecnologia do programa ‘Balde Cheio’ de produção de leite, implantado no Centro Sul Sergipano desde 2010, para o Alto Sertão.

O Perímetro Irrigado Jabiberi, que fica 123 Km ao sudoeste de Aracaju, focou sua aptidão à criação de gado leiteiro quando, em 2010, a assistência técnica e a irrigação pública da Cohidro, a consultoria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Sergipe (Sebrae-SE) e financiamento do Banco do Brasil, possibilitaram a implantação do modelo de produção de leite do ‘Balde Cheio’, criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em sua unidade de São Carlos-SP. Técnico agrícola da Cohidro que acompanha o projeto desde o início, José Reis Coelho contabiliza os resultados obtidos.

“Após os dois anos introdutórios do programa, o resultado do Balde Cheio foi de 40 criadores que aderiram ao sistema e hoje produzem juntos uma média diária de 3,7 mil litros de leite, 73% a mais do que era gerado no início do programa. Num dos melhores anos de produção, 2015, foram gerados 1.342.795 litros de leite, 8,7% a acima do ano anterior”, salienta Coelho. Ele e o gerente do Perímetro, José Fernandes de Oliveira, receberam os visitantes com uma palestra que ilustrou todos os aspectos técnicos do programa, seguido de uma visita até dois produtores que aderiram ao sistema de produção e o conservam até hoje.

A essência do sistema de manejo do Balde Cheio consiste em dividir a área de pastagem irrigada em pequenos piquetes, onde os animais pastam por 12 ou 24 horas, a depender do tamanho do rebanho e deste cercado. No turno seguinte, este mesmo gado é realocado noutro espaço em que o capim está alto e pronto para o pastejo. O pasto antes usado para alimentar as vacas, vai repousar por cerca de 12 dias até novamente servir de alimento, tempo em que recebe irrigação diária e adubação para se recuperar. Fora isso, há orientações que envolvem a disponibilidade de água em tempo integral e uso de alimentação complementar à base de proteína encontrada na gliricídia, planta arbórea que, se plantada na área comum ao gado, ainda serve de sombra, outro fator obrigatório no programa de produção de leite.

Técnico agrícola do Cohidro em Canindé, distante 213 Km da Capital, Joaquim Ribeiro ficou animado com a possibilidade do ‘Balde Cheio’ ser implantando também no Alto Sertão. “Sim, é possível sim, é uma boa alternativa para os pequenos agricultores lá do Califórnia, porque eles sentem muitas dificuldades com a comercialização com os produtos que eles produzem lá no perímetro e o leite é muito bom a comercialização é muito fácil, que nem foi dado depoimento dos produtores aqui do Jabiberi, que não tem dificuldade nenhuma de vender o leite, sempre comercializam tudo que tem”, avaliou.

Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, a introdução do programa em Canindé tem tudo a ver com a característica da região. “A aptidão de todo Alto Sertão Sergipano, quando se fala da atividade rural, é a pecuária e mais precisamente, a que envolve a produção de leite. Embora o Perímetro Califórnia tenha sido projetado para a produção vegetal (fruticultura e horticultura), a possibilidade de um sistema de produção leiteira, sem aquela necessidade de vastas áreas de terra, a partir dos piquetes irrigados, pode ampliar a renda ao homem do campo. Ao diversificar os produtos gerados em sua área irrigada, ele dispõe de maior retorno financeiro”, defende.

Lenaldo Soares da Silva, mais conhecido por Galego, defende que o programa trouxe benefícios aos produtores que aderiram, no Jabiberi. “Compensa, é muito bom o Balde Cheio, antes eu produzia 20 litros, 30, disso para trás.Hoje, eu já alcancei 200 litros, que foi do começo do Balde Cheio, aquilo foi uma maravilha para mim. Agora ‘descambou’ um pouco, mas que o projeto foi bom para nós, foi sim. Hoje eu estou com 70 e poucos litros, mas eu sei que lá na frente eu vou conseguir um objetivo maior. Foi por causa da seca, das águas que não tivemos. Como você está vendo, está bom agora, mas há um mês atrás, era tudo seco”, recorda.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto explicou que a partir de dezembro passado, em face do baixo nível hídrico da Barragem do Jabiberi, a prioridade do ficou sendo apenas com a dessedentação animal, isso para poder garantir reservas para a captação feita pela Deso, que fornece água potável à sede municipal e povoados. “Antes que não fosse possível nem matar a sede do gado, foi decidido interromper o fornecimento da água usada para irrigar a pastagem, mantendo o fornecimento somente duas vezes por semana. E isso durou até o início das chuvas, em abril, quando a barragem foi recarregada, até verter”, justificou. Para ele, “a importância dessa visita técnica é a possibilidade de implantarmos o projeto em Canindé visando oferecer mais uma atividade econômica aos produtores, bem como um melhor aproveitamento dos lotes irrigados, diversificando suas atividades”.

A viabilidade em Canindé
Vereador de Canindé e irrigante do Califórnia, Adriano de Bonfim acompanhou os técnicos da Cohidro e Emdagro na visita a Tobias Barreto, tanto para conhecer o método, pensando em modificar a forma como cria seu gado, como também foi representando a Câmara e a população canindeense, que viria a ser beneficiada, caso seja implantado em seu município o programa. “Bom, muito bom, é uma experiência, uma oportunidade que poucos produtores têm. Isso é um avanço, Canindé está precisando não ficar naquela rotina do quiabo, tem de ter uma mudança, e isso aí é uma solução para a bacia leiteira no Alto Sertão”.

Eliane de Moura Moraes, gerente do perímetro da Cohidro em Canindé, foi quem organizou a visita e avalia qual foi o retorno da viagem técnica. “Foi importantíssima, porque a gente viu a viabilidade de implantar esse projeto lá no Califórnia.E hoje, eu já estou considerando isso uma realidade, porque você viu o produtor que veio, o Adriano de Bonfim, vereador da cidade e também os técnicos aqui. Viu o entusiasmo e eles é que vão fazer essa implantação.E a gente fica feliz, isso vai melhorar a condição do produtor, a condição econômica e financeira do produtor, que as vezes fica limitado a uma cultura e que vai abrir horizontes”, considerou.

 

Gestora da Emdagro de Canindé, Rita Selene Quixadá Bezerra participou da visita a Tobias Barreto para conhecer o Balde Cheio.“Foi fantástico, tudo foi muito valido e é um projeto que eu acredito que dê muito certo”, considera. Sua instituição é responsável pela assistência técnica à pecuária em todo Estado e ela, também Médica Veterinária, vê possibilidade de sua equipe contribuir na implantação do projeto no Alto Sertão. “Com certeza, a parceria é boa com a Cohidro, com Eliane, e eu acredito que a gente vai dar bem certo. Como sou técnica da Emdagro, tem a parte vegetal, mas tem a animal, principalmente quando entra na parte de saneamento animal, na parte de manejo, de boas práticas na produção de leite”.

Presenças
Também participaram da visita ao Jabiberi os técnicos agrícolas do Califórnia Edmilson Cordeiro, Roberto Ramos (Beto) e Tito Reis; os auxiliares técnicos da Cohidro, Andrea Santtos, do Califórnia e Jonathas Bruno, da Gerência de Desenvolvimento Agrícola (Gedea).

Belivaldo leva investimentos para Tobias Barreto, Simão Dias e Poço Verde

Por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e da Seagri, via Emdagro, o governo de Sergipe deu prosseguimento à distribuição de material forrageiro (silagem de milho) a produtores da agricultura familiar afetados pelos efeitos da seca no estado – Fotos: Jorge Henrique/ASN

O vice-governador Belivaldo Chagas, representando o governador Jackson Barreto, visitou a região Centro Sul sergipana, nesta sexta-feira, 09, para levar investimentos de incentivo à agropecuária e auxílio aos pequenos agricultores que sofreram com a crise hídrica enfrentada no estado. Só com a distribuição de sementes, foram 1.400 pessoas beneficiadas com 28 mil quilos de feijão e milho nos em Tobias Barreto, Simão Dias e Poço Verde. Já nos três planos de negócio do Projeto Dom Távora, assinados hoje, foram cerca de R$ 900.000,00 investidos para beneficiar quase 200 pequenos agricultores. Em Simão Dias, Belivaldo também entregou a reforma do Terminal Rodoviário e assinou ordem de serviço para instalação de sistemas de abastecimento simplificado no Assentamento Maria Bonita e no Povoado Sítio Alto. Juntas, as duas obras somam mais de R$ 1 milhão.

“Quando a gente investe no campo, a gente tem a garantia de desenvolvimento do estado, afinal de contas, quando falamos dos pequenos agricultores, os agricultores da agricultura familiar, são eles que produzem os alimentos que levamos à mesa em nossas casas. Então é preciso que a gente dê condições de trabalho para eles. E pensando desta forma, foi desenvolvido o projeto Dom Távora e a Emdagro vem atuando na capacitação dos técnicos para dar apoio aos agricultores. Quando trabalhamos em benefício do campo, também fazemos com que o município como um todo tenha desenvolvimento. Porque o que se produz lá gera uma cadeia produtiva e, além, de ajudar os agricultores, ajudamos a economia local e do estado”, disse Belivaldo.

De acordo com o secretário da Agricultura, Esmeraldo Leal, as ações levadas pelo governo do Estado, ao Centro Sul asseguram a produção do homem do campo. “É uma série de ações do governo do Estado para o campo: distribuição de sementes, sistemas de abastecimento, Dom Távora, Garantia Safra, que garantem o apoio a produção dos trabalhadores do campo. O município de Tobias Barreto, por exemplo, é conhecido pelo comércio, mas tem uma agropecuária forte também, com gado, criação de ovelhas, produção de milho e feijão. Trazer essas ações é o reconhecimento do papel desses trabalhadores”.

A gestão estadual também celebrou ordem de serviço para instalação de sistemas de abastecimento simplificado no Assentamento Maria Bonita e no Povoado Sítio Alto. O investimento total nos dois sistemas é de R$ 286.216,54. O sistema vai contemplar 105 moradores do Maria Bonita e 112 do povoado Sítio Alto. Como a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) já realizou a perfuração dos poços para os sistemas, o valor da ordem de serviço é de R$ 260.350,00.

Poço Verde
De acordo com o secretário Esmeraldo Leal, Poço Verde merece atenção por ter a maior atividade agrícola do estado. “Isso é fruto do imenso trabalho de todos os agricultores e a prova do nosso reconhecimento vem através de melhorias, como a entrega e limpeza de barragens, distribuição de sementes e horas de máquinas. Trabalhar duro em prol da população é a melhor forma que temos de agradecer. Juntos vamos superar esses cinco anos de seca”, parabenizou.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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Milho produzido no Perímetro de Canindé promove integração Irrigado-Sequeiro ao servir à nutrição animal

Variedades hoje utilizadas pelos irrigantes, alcançam o tamanho de colheira do milho verde aos 70 dias e aos 85, está pronto para fazer silagem – foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

A utilização e comercialização do milho para a formulação de ração animal é cada vez mais constante dentre os produtores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia em Canindé de São Francisco, há 213km de Aracaju. Infraestrutura hídrica criada pelo Governo do Estado, e administrada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), para desenvolver a agricultura no Semiárido, mas que vem fornecendo a alimentação à pecuária, via silagem ou produção de feno.

Como silagem ou na produção de feno, processo ocorre aproveitando a palhada, após a colheita, ou ainda destinando toda ou parte da lavoura para a formação da forragem. Isso resulta em uma integração da agricultura irrigada – feita no Perímetro – e a pecuária leiteira, nas áreas de sequeiro. Ou seja, propriedades rurais fora do projeto de irrigação pública e que não contam diretamente com o benefício, estão tendo acesso à ração animal por esta via.

José Carlos Felizola, diretor-presidente da Cohidro, considera positivo o fenômeno, por mais pessoas serem assistidas indiretamente pela Companhia, e isso no Semiárido Sergipano, região carente de recursos hídricos para manter qualquer cultivo voltado à nutrição animal.

“Ocorre uma ampliação da área assistida pelo Governo do Estado com a irrigação pública, para além do território que compreende o Perímetro da Cohidro. No Sertão, aonde a principal atividade rural e a pecuária leiteira. Isso reflete positivamente em uma maior resistência do sertanejo, criador de gado de leite, aos efeitos da seca”, considerou Felizola.

Agricultor irrigante do Califórnia, José Leidison dos Santos, produz milho para vender espiga destinada ao consumo humano, mas também a palhada ou o pé inteiro, para fazer forragem de nutrição animal. “O preço aqui varia, vai de R$ 0,25, mas dependendo da precisão, o cara paga até R$ 0,50 o quilo da ração e a gente tira a espiga também. A gente tira assim, suponha que seja 2ha. Tira um para vender a espiga, porque ajuda você financeiramente a pagar uma gradiação de terra, pagar um adubo, um trabalhador, ajuda muito. Porque se você plantar só para vender a ração não sai, é muita gente que trabalha né? Então, a gente tem que saber dosar dos dois lados”.

Já Pedro Luís Martins, produz o milho, irrigado no Califórnia, só para fazer a silagem, alimento para sua própria criação de gado, atualmente de 15 novilhos. “85 dias o pé está pronto para silagem, ele já tem espiga né? Já está no ponto de silagem. Aí é só botar debaixo da lona para cozinhar. Aí, quando der 45 dias, você pode dar ao gado. Mas dependendo da lona, você pode colocar 1 ano, 2 anos, 3 anos”. O método que o agropecuarista usa se adéqua ao fato de lavoura, silo e criação estarem em um mesmo lote, mas a palhada com a espiga também pode ser triturada e desidratada, em forma de feno, o chamado ‘rolão’, que facilita inclusive no armazenamento e transporte.

Mercado
Em Canindé, o milho do período junino pode sair da lavoura há preços de até R$0,50 a espiga e neste ano foram plantados 90,775ha pensando nos festejos, o que pode render, aproximadamente, a colheita de 2,95 milhões de espigas. Mas segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, nem todo este milho tem, como destino certo a mesa dos sergipanos.

“Nós temos uma produção de milho que irá atender, na época junina, a população do Estado de Sergipe. Nessa produção, principalmente em Canindé de São Francisco, há uma predisposição dos produtores em produzir milho também para que no próximo verão, no segundo semestre de 2017, possa estar havendo a integração entre o irrigado e o sequeiro, para o fornecimento de ração para os animais da pecuária leiteira do nosso Sertão Sergipano”, justificou João Fonseca.

Técnico agrícola e servidor da Cohidro, alocado no Perímetro Califórnia, Tito Reis explica como os produtores que ele assiste, nos lotes irrigados, fazem a comercialização da ração animal. “Além dos produtores que plantam para o consumo humano, a palhada se utiliza para forragem, então o produtor tem diversas formas de melhorar o seu sistema de comercialização. Existem pessoas que vem com o interesse de querer o milho completo, ou seja, o pé junto com a espiga, para pode enriquecer a base nutricional da forragem. E existem outros compradores, que compra o milho, só o palhagem. Eles não levam em consideração muito, para diminuir o custo, ele usa só a palha como base nutricional para os animais, e ai deixa para o produtor, a espiga, que ele consegue vender para os mercados, dentro do Estado e até fora dele, como Salvador, Maceió e no Ceasa em Aracaju”.

Jackson leva ações de combate aos efeitos da seca para Porto da Folha e Monte Alegre

Fotos: Jorge Henrique/ASN

Nesta quinta-feira, 11, o governador Jackson Barreto deu prosseguimento às ações de valorização dos agricultores sergipanos e de combate aos efeitos da seca no estado. Nos municípios de Porto da Folha e Monte Alegre, foram entregues 1.073,9 toneladas de material forrageiro a 1.166 produtores familiares, um investimento de R$ 804.223,04; assinado termo de adesão estadual ao programa Garantia Safra, e entregues 159 títulos de regularização fundiária.

No primeiro município do Alto Sertão visitado, Porto da Folha, Jackson Barreto distribuiu 556 toneladas de silagem, proporcionando que 580 produtores da agricultura familiar sejam beneficiados. O município recebeu em investimentos R$ 416.377,70.

“É um compromisso que assumimos. Ontem estivemos no município de Poço Redondo e de Canindé de São Francisco. Nós tínhamos prometido aos pequenos produtores do sertão, material forrageiro e aqui em Porto da Folha, além do material forrageiro, nós prometemos também a entrega de títulos de regularização fundiária, que é feito através da Emdagro. Entendemos que precisamos estar presentes aqui, pra dizer à população do sertão, aos pequenos produtores, àqueles que vêm sofrendo com a seca. Da mesma forma que o Exército, com caminhões, o governo do Estado também colocou caminhões-pipa pra ajudar a população e, agora, trazemos o material forrageiro. Em Monte Alegre, são oito caminhões-pipa, enquanto o Exército manda apenas cinco. Já em Porto da Folha, são 11 veículos para levar água à população”, disse o governador.

Além de Porto da Folha e Monte Alegre, serão contemplados com material forrageiro os municípios de Carira, Gararu, Nossa Senhora da Glória, Aquidabã, Canhoba, Cedro de São João, Cumbe, Feira Nova, Frei Paulo, Graccho Cardoso, Itabi, Japoatã, Macambira, Moita Bonita, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Pinhão, Poço Verde, Propriá, Riachão do Dantas, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Simão Dias, Telha, Tobias Barreto e Tomar do Geru.

A distribuição teve início na quarta-feira Poço Redondo, onde 702 produtores rurais receberam 604,2 toneladas, e em Canindé, onde foram distribuídas 307,9 toneladas de material forrageiro a 368 produtores rurais.

A aquisição de material forrageiro se deu por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, ligada à secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh). “São muito importantes essas ações emergenciais, algumas já vinham acontecendo como, por exemplo, a operação carro-pipa. A Defesa Civil mantém a operação e hoje trouxemos a ação de entrega de material forrageiro, que é comida para os animais. Essa ação é de extrema importância, considerando o contexto da região, que tem a maior bacia leiteira do Nordeste. Esse material tem por objetivo salvaguardar os animais, garantindo que a economia não seja mais impactada com os efeitos da seca. Além disso, já tínhamos ações como perfuração de poços e limpeza de barragens, ambas realizadas pela Cohidro”, explicou o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Erivaldo Mendes.

Garantia Safra
Assim como Poço Redondo e Canindé, Porto da Folha e Monte Alegre também foram beneficiados pelo Garantia Safra. Jackson Barreto assinou nos dois municípios termo de adesão estadual ao programa, assegurando contrapartida do aporte financeiro para a nova safra 2017/2018, que inicia em 1º de julho de 2017 e se encerra em 30 de junho de 2018. O aporte estadual corresponde a 12% do Fundo Garantia Safra, o municipal é de 6%, o agricultor participa com 2%. 80% correspondem ao aporte do Governo Federal.

“Para se ter uma ideia, o aporte do governo foi de R$ 1,7 milhão e nós tivemos de retorno para o estado, direto para os cartões e conta das famílias, mais de R$ 14 milhões, então é um investimento que vale a pena por ter um retorno consolidado, confirmado, como foi no ano passado. Nós temos aqui, no município de Porto da Folha, barragens sendo limpas, também em Gararu, no município de Poço Redondo, todos os municípios do Sertão sergipano beneficiados pela limpeza de barragens, uma ação da Cohidro. Além disso, há parcerias como a Codevasf e outras empresas públicas, inclusive federais, para que todas as ações que possam ser desenvolvidas no sertão, tenha o apoio do Estado”, destacou Esmeraldo Leal, secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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Nota Ascom/Cohidro
Diante da atuação da Cohidro em Porto da Folha, via Programa Água Doce, Programa de Recuperação de Barragens, poços perfurados e reformados na zona rural, a Empresa esteve representada pelo seu diretor-presidente, José Carlos Felizola, durante o evento.

Quarta-feira, Jackson Barreto esteve no escritório do Perímetro Irrigado Califórnia da Cohidro, local escolhido para a doação de material forrageiro , para os micro-criadores de gado do município de Canindé, além assinatura do termo de adesão ao Plano Safra. Não deixou de ser ocasião para que o Governador prestasse satisfação à população presente e ouvintes da imprensa, sobre o andamento da recuperação do Perímetro Califórnia . Deixou claro que a licitação para reforma das estações de bombeamento está pronta, e em breve inicia obras nos prédios para então abrigarem as 37 novas bombas adquiridas pelo Governo de Sergipe via Proinveste.

Ainda na quarta, Jackson Barreto visitou o local das obras da Central de Abastecimento de Canindé, sendo construído em terreno da Cohidro cedido para a Prefeitura Municipal. A estimativa para os investimentos iniciais é de R$ 3,5 milhões, numa área de 20 mil metros quadrados. O projeto contempla a construção de 164 boxes de 3×5 metros para os comerciantes de frutas, verduras e legumes, mais outras 10 lojas onde serão comercializados produtos como laticínios, carnes e cereais.

A expectativa da administração municipal é a de gerar 400 empregos com o empreendimento que executa em convênio com a inciativa privada. Além de criar postos de trabalho diretos, na comercialização dos produtos, a obra será incentivadora da produção no Perímetro Irrigado Califórnia da Cohidro, gerando mais renda ao produtor irrigante.

Já em Porto da Folha, ontem o secretário Esmeraldo Leal e o presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE), Luciano Bispo, reforçaram a importância da Cohidro no combate aos efeitos da seca, citando os R$ 2.000.000 do convênio Seagri/SEIDH

para perfuração de novos poços e recuperação de 14 barragens, sempre em áreas em situação de emergência devido à seca.

 

Última atualização: 18 de junho de 2018 21:32.