Governo de Sergipe publica edital para projeto da Adutora do Leite

Com aumento na oferta de água, produtores reduzem o custo de produção, podendo investir na qualidade da alimentação, genética e crescimento dos rebanhos
O governador do Estado, Fábio Mitidieri, assinou o aviso de licitação para os estudos e projeto da Adutora do Leite durante o Sealba Show – foto: Fernando Augusto (Ascom Coderse)

Prevista para percorrer mais de 100 quilômetros de extensão, a construção da Adutora do Leite vai levar água do Rio São Francisco até Nossa Senhora da Glória. O edital do processo licitatório para a elaboração dos estudos e projetos foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira, 2, e viabiliza o início da obra. A adutora vai desenvolver principalmente a pecuária leiteira, com a meta de dobrar a produção anual para mais de 460 milhões de litros. Além de Glória, a nova adutora vai atender os municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo e Monte Alegre de Sergipe, onde são criadas 140 mil cabeças de gado.

Serão aproximadamente R$ 250 milhões em investimentos públicos para assistir, com a dessedentação, um rebanho de mais de 204 mil animais de médio e grande porte, em quase 9,5 mil estabelecimentos agropecuários. Com a produção de leite sendo a principal atividade econômica da região do alto sertão sergipano, a expectativa do Governo do Estado é de que a Adutora do Leite melhore a qualidade de vida das 23 mil famílias dos municípios assistidos, com o aumento da geração de renda e abertura de novos postos de trabalho. Ainda de acordo com o governo, haverá uma nova rede de tubulações, composta por estações elevatórias e reservatórios, para o abastecimento de localidades rurais, em seu percurso.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca Ramos da Silva, a expectativa de dobrar a produção de leite tem como base o aumento da oferta hídrica, que automaticamente vai fazer crescer o tamanho dos rebanhos. “A racionalização dos custos que o pecuarista hoje tem para ter acesso à água também vai repercutir em mais capacidade de investimento na qualidade da alimentação do gado de leite e na genética desses animais”, acrescenta o secretário. 

Licitação
O Aviso de Licitação da Concorrência Pública 01, publicado no DOE, é realizado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Seagri, que vai contratar empresa especializada em engenharia para elaboração dos estudos e projeto da Adutora do Leite. O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, explica que a obra será dividida em três etapas de construção.

“O primeiro trecho a ser construído vai da Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB) 100, que atende o Perímetro Irrigado Califórnia da Coderse, até Poço Redondo. Percurso em que é prevista a construção de uma segunda EEAB. No segundo trecho está prevista a construção da terceira EEAB e fará a água do São Francisco chegar ao povoado Santa Rosa do Ermírio, ainda em Poço Redondo. Terminando toda obra com o trecho que chega à sede municipal de Glória, com previsão da implantação de mais uma EEAB”, lista o presidente Paulo Sobral.

Reservatórios
O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da companhia estadual, Júlio Leite, acrescenta que o abastecimento dos criadores será feito por reservatórios estrategicamente construídos no percurso da Adutora do Leite. Segundo ele, os serviços de ‘estudos e projetos’, contratados em licitação iniciada pela Coderse, são para determinar qual o sistema é mais eficiente em levar e disponibilizar essa água bruta ao usuário final, em pontos de abastecimento acessíveis aos criadores.

“No primeiro trecho da Adutora do Leite, já em Poço Redondo, o Termo de Referência da licitação pública tem por estimativa a necessidade da construção de um grande reservatório e outros dois de médio porte. No segundo trecho, são previstos cinco reservatórios médios e um segundo grande. Já no terceiro e maior trecho da adutora, entre Monte Alegre e Glória, a previsão é de que sejam necessários dez reservatórios médios e novamente um de grande porte”, informou o diretor Júlio Leite.

Usuários do Programa Água Doce farão oficinas de sustentabilidade ambiental

Seagri, Coderse e Emdagro convidam todos os moradores que consomem água das unidades de dessalinização. Ação complementa capacitação de operadores e manutenção geral de sistemas de abastecimento
[Foto: Fernando Augusto Ascom/Coderse]
Foto: Fernando Augusto | Ascom/Coderse

Usuários do Programa Água Doce (PAD) participarão de uma sequência de oficinas de sustentabilidade ambiental a partir de domingo, 4. Serão realizados encontros em todas as 29 comunidades da região de semiárido em Sergipe com unidades de produção de água dessalinizada. A intenção do órgão que coordena o PAD no estado, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) é levar boas práticas no manuseio da água potabilizada nas casas e nos sistemas de abastecimento, minimizando o risco de contaminação e danos à saúde das famílias beneficiadas.

Na próxima semana, serão nove oficinas em povoados de Poço Redondo (dias 4 e 5), Porto da Folha (6 e 8) , Canindé de São Francisco (7) e Monte Alegre de Sergipe (8). As outras 20 comunidades estão sendo consultadas para fazer o melhor agendamento para os encontros.

Conforme explica o coordenador estadual do PAD em Sergipe, Vandesson Carvalho, a programação segue uma sequência de etapas já iniciadas em maio. “Começou com a análise da qualidade da água produzida em cada sistema de abastecimento e de um questionário socioambiental. O objetivo é a realização do diagnóstico das comunidades e o cadastramento das famílias que utilizam a água tratada”, disse.

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Seagri, está executando as oficinas junto às localidades. Com a participação da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), também vinculada à Seagri, a companhia pública está concluindo a manutenção geral da unidade do programa no interior e também acabou de realizar uma capacitação de operadores dos sistemas. Treinando novos e reciclando os atuais responsáveis por cuidar do fornecimento de água dessalinizada.

“Fizemos cinco capacitações em cidades-polo, onde realizamos aulas práticas e teóricas, a fim de preparar ou aperfeiçoar os operadores quanto ao funcionamento do dessalinizador, bombas e reservatórios. Enquanto isso, os técnicos faziam a manutenção corretiva e preventiva dos sistemas, em que as unidades do PAD foram revisadas e algumas recuperadas. Com essas oficinas, fechamos agora um ciclo, que inclui o controle da qualidade da água. Dando atenção à hora do usuário coletar, transportar e armazenar a água em casa”, explicou o diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena.

Linguagem popular
O coordenador Vandesson Carvalho informou ainda que, nas oficinas, os facilitadores utilizarão recursos audiovisuais e será aberto sempre um espaço para os participantes manifestarem suas dúvidas quanto ao manuseio diário da água coletada nas unidades de dessalinização. O conteúdo formulado usa linguagem popular e de fácil entendimento, independente da faixa etária e grau de escolaridade.

Calendário
DataMunicípioHorárioLocalidadeLocal da oficina
4/6Poço Redondo09h30Povoado AreiasCasa vizinha ao sistema
4/6Poço Redondo14h30Comunidade Quilombola Serra da Guia Associação de moradores
6/6 Porto da Folha09hPovoado Pedro LeãoPosto de saúde
6/6 Porto da Folha14hPovoado UmburaninhaCasa de Dona Selma
7/6 Canindé de São Francisco09hAcampamento Caiçaracentro da comunidade
7/6 Canindé de São Francisco13hAssentamento 12 de MarçoEscola
7/6 Canindé de São Francisco15hPovoado MandacaruCasa de Diony
8/6Porto da Folha09hPovoado CraibeiroAssociação da comunidade
8/6Monte Alegre de Sergipe14hPovoado Lagoa do RoçadoAssociação da comunidade

Governo de Sergipe capacita operadores do Programa Água Doce de nove municípios

O intuito é promover o correto uso dos dessalinizadores em benefício da população assistida, dando maior longevidade aos equipamentos. Paralelo ao curso, Coderse executa operação de manutenção geral nos 29 sistemas do PAD em Sergipe
Entrega de Certificados em Carira [Foto: Arquivo pessoal]

Foram concluídas nesta sexta-feira, 26, as capacitações para operadores das 29 unidades de produção de água dessalinizada do Programa Água Doce (PAD) do estado. Ministrado em cinco cidades polos, o curso preparou os novos operadores e fez a reciclagem de conhecimentos dos atuais responsáveis pela operação dos sistemas. Os operadores são moradores de comunidades atendidas pelo programa federal, que é coordenado em Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Com aulas teóricas pela manhã e práticas (em uma unidade do PAD próxima) pela tarde, os participantes foram preparados e certificados para cuidar do funcionamento e manutenção preventiva do dessalinizador e sistema de abastecimento em 29 comunidades de nove municípios: Canindé de São Francisco, Carira, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo, Poço Verde, Porto da Folha, Simão Dias e Tobias Barreto.

Quem executa as ações do programa são as empresas vinculadas da Seagri, Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). O diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena, destaca que o objetivo maior das capacitações é a conservação dos equipamentos das unidades de dessalinização, o que é essencial para manter a qualidade de vida oferecida por essa política pública nas comunidades atendidas.

“A gente está capacitando quem ainda não tem o curso e dando a reciclagem para que esses operadores possam disponibilizar, para as suas comunidades, uma água de melhor qualidade. Isso para fazer com que o funcionamento dos dessalinizadores seja o mais correto possível, dando uma maior longevidade para esse equipamento”, orientou Ernan Sena. Ele ainda informa que a Coderse está percorrendo todas as 29 unidades de dessalinização no estado, fazendo a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos.

José Correia é do povoado Recanto, em Poço Verde, e participou da capacitação.  Para ele, o dessalinizador trouxe muitos benefícios para a sua comunidade. “Evita muitas doenças que na região da gente acontece muito. Foi uma benção de Deus para nós, ver essa água doce, que a gente bebe, saudável. Diferente de quando a gente bebia água do tanque”, considerou. Além de Poço Verde, as capacitações foram realizadas em Canindé, Porto da Folha, Carira e Tobias Barreto.

O coordenador estadual do PAD em Sergipe, Vandesson Carvalho, informa que os usuários dos sistemas de dessalinização que participaram da capacitação, têm todo o preparo para cuidar das unidades do programa em suas comunidades. “Aqui eles sairão certificados e aqueles que fizeram a reciclagem, tiveram algumas atualizações, isso porque sabemos que a questão da ‘osmose reversa’ é uma tecnologia que sempre vai se renovando”, explica o coordenador. Ele ainda frisou como ponto positivo a assiduidade das mulheres ao curso, ocupando cerca de 40% das vagas.

Do povoado Cova da Índia, também em Poço Verde, Dona Maria Terezinha sabe da necessidade do bom zelo com o equipamento de dessalinização. Ela aprendeu todas as etapas do processo de funcionamento, conservação e está apta para atuar como operadora.  “Vim fazer o curso de operadora para cuidar da água e ter água saudável para oferecer para a comunidade. Limpar as caixas, deixar tudo em ordem, o poço e o sistema também”, ressaltou.

Governo do Estado inicia manutenção geral das unidades do Programa Água Doce em Sergipe

Programa permite que famílias tenham acesso à água potável
[foto: Fernando Augusto – Ascom/Coderse]

Todas as 29 unidades de produção de água dessalinizada do Programa Água Doce (PAD) em Sergipe vão passar por uma completa manutenção nos equipamentos que tornam a água salobra, bombeada de poços tubulares, em água potável própria para o consumo humano. 

Segundo o secretário de estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, a intenção do Governo do Estado é deixar todos os sistemas de abastecimento em pleno funcionamento, para atender as mais de cinco mil pessoas que dependem desta água para continuar suas vidas em casa e o trabalho no campo. “Estes dessalinizadores são instalados em comunidades distantes das redes de abastecimento convencional. Eles precisam de uma ampla manutenção que agora está sendo feita pela Coderse”, acrescentou o secretário.

A qualidade de vida, fornecendo água limpa e saudável à população rural atendida, é um dos requisitos do PAD. Programa federal mantido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e gerido, em Sergipe, pela Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) com auxílio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro).

O presidente da Coderse, Paulo Sobral, explica sobre as etapas da manutenção do funcionamento das unidades. Segundo ele, o trabalho de manutenção está começando por Canindé de São Francisco e Poço Redondo, dois dos municípios mais áridos do Estado.

“Todo equipamento está sendo revisado, desde o poço até o dessalinizador; incluindo os componentes elétricos e bombas que movem a água do poço para reservatórios, filtragem e abastecimento da água potável, para a população. Parte da água salinizada vai para uso da dessedentação animal”, informou.

O assentamento Mandacaru, em Canindé, foi a primeira comunidade atendida pelos técnicos enviados pela Coderse para realizar manutenção geral, que reativou a unidade de dessalinização. Ione França, uma das moradoras do assentamento Mandacaru, falou sobre o impacto do programa. “Com essa manutenção, foi maravilhoso, porque estava fazendo muita falta a água, sabemos que é uma água de boa qualidade então precisava muito disso. A comunidade inteira consome essa água, ao todo são 54 famílias. Usamos para tudo. Pela qualidade da água, que é muito boa, traz saúde para quem consome”, avaliou a trabalhadora autônoma.

Orlando Ferreira é um pequeno pecuarista no assentamento 12 de Março, no município de Canindé, e que atua como operador da unidade do PAD daquela comunidade. Segundo ele, os moradores não têm condições financeiras para cuidar da manutenção do sistema de dessalinização. No povoado, os custos operacionais são pagos por uma contribuição mensal de cada uma das famílias. “Essa água é muito útil para mim e para a população, e o povo se acostumou a beber dessa água. Entra governo, sai governo e tem que ter essa assistência, se não, não tem água doce para beber, aí nós vamos andar para trás, consumir a água que nós consumimos antes. Que chegava através do caminhão pipa”, recordou.

Capacitação, gestão e projetos 
O diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Coderse, Ernan Sena, ressalta que a Coderse, em parceria com a Emdagro, está organizando capacitações técnicas para instruir três moradores de cada uma das 29 localidades atendidas. “Estamos preparando os atuais e os operadores de sistema e substitutos. Para que as comunidades não fiquem sem pessoas capacitadas para manter o correto funcionamento do dessalinizador. Paralelo a isso, estamos reforçando o pessoal técnico para a gestão e prestação de contas do PAD; e para elaborar projetos de sustentabilidade ambiental do programa. Em conformidade com as regras do Governo Federal”, destacou.

“Nós temos água boa aqui, que é praticamente uma ‘água mineral’. É para beber, para todos os moradores, mas às vezes tem alguém de fora e que precisa, vem e pega uma água aqui também”, contou José dos Santos, morador do povoado Caiçara, em Canindé. Para ele, é muito importante a manutenção, que recém passou na comunidade, e a abertura de cursos de capacitação para novos operadores. “Isso é muito bom, porque ter água doce dentro de casa para beber, para cozinhar alguma coisa para comer, é bom”, concluiu.

Governo de Sergipe recupera a barragem Chapéu de Couro, em Poço Redondo

Investimento vai possibilitar o fornecimento de água no período de seca para criadores e produtores da região

[Foto: André Moreira]
O governador do Estado, Fábio Mitidieri, inaugurou neste sábado, 1º de abril, a obra de recuperação da Barragem PR-13, também conhecida como Chapéu de Couro, situada no Povoado Barra da Onça, no município de Poço Redondo, alto sertão sergipano.

A obra foi executada pela Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse). O valor total para o investimento foi de R$ 794.483,15, recurso obtido por meio do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), graças ao Termo de Cooperação firmado entre a Seagri e a Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Seasc).

Para a recuperação da PR-13, foram realizadas várias modificações que favorecerão a vida da população de Poço Redondo, entre elas o processo de desassoreamento, com a retirada de sedimentos depositados em seu leito em anos de uso, limpeza de árvores, arbustos, tocos, raízes, além de obras de engenharia civil de reforço estrutural em toda extensão do paramento da barragem, danificado pela ação do tempo que impedia a contenção da água da chuva para reserva.

“Queremos que o problema da água seja, de uma vez por todas, resolvido. A realização de obras como essa é fundamental porque, com ela, garantimos água para nossa população, ajudando muitas famílias a manterem sua renda e isso é muito importante. Essa obra está sendo entregue hoje, mas foi iniciada no governo de Belivaldo Chagas, meu grande amigo e gestor, que faço questão de enfatizar”, disse o governador Fábio Mitidieri.

A barragem também foi ampliada para receber o novo volume de acúmulo de água de 90.000 m³, beneficiando diretamente cerca de 1.500 famílias poço redondenses, e comunidades vizinhas. “A água é um dos maiores bens que temos. Hoje, eu já comecei o dia discutindo investimentos por meio da captação de água para que a gente finalmente resolva esse problema. É prioridade do nosso governo resolver definitivamente o problema da água no sertão sergipano e não se resolve o problema da água se não for com muito investimento. E nós faremos grandes investimentos aqui”, assegurou o governador.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, destacou a determinação do Governo do Estado em entregar a obra com agilidade e presteza. “Foi uma ação que envolveu muito zelo e trabalho. Estaremos sempre à disposição para escutar as demandas dos sergipanos e sergipanas, que conhecem os anseios do dia a dia, e neste caso, no sertão, conhecem a situação do abastecimento de água que é uma preocupação constante do governador Fábio”.

O presidente da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe, Paulo Sobral, ressaltou o comprometimento e a celeridade do governo para executar a obra em tempo hábil. “Essa barragem não vai atender só Barra da Onça, mas também toda a região, que pode vir buscar água com seu carro-pipa, seu carro de boi. Esta é uma ação de muita importância. O governador Fábio vem dando continuidade à recuperação de barragens. Esse trabalho ameniza muito a situação das pessoas, dando a elas uma condição de vida melhor, pois elas terão água mais próximo de suas propriedades, de sua comunidade. Isso diminui os custos, diminui a distância e, consequentemente, facilita a vida do produtor. E foi justamente isso que o governador determinou para nós de sua equipe e é o que estamos fazendo com essa barragem e outras recuperações em outros municípios”.

Melhorias para região
Esta é a primeira vez que a Barragem Chapéu de Couro recebe uma intervenção desde a sua fundação, em 1980. Após a obra, a barragem fortalecerá a criação do rebanho no município, principal atividade econômica da região, que atualmente possui 2.283 criadores e 42,3 mil cabeças de gado.

“Barragens como essa mantêm as reservas de água para a nossa economia e o pequeno agricultor”, disse o ex-prefeito Júnior Chagas, representando a prefeita de Poço Redondo, Aline Vasconcelos.

Esperança
Nascido em Poço Redondo, o cantor e compositor, Antônio Neto, 65, falou sobre o que representa a entrega dessa obra para a população do município. “A importância é muita, porque nós estamos numa região muito seca, o povo sofre muito com a falta d’água, principalmente nos anos que não chove na região. O povo compra água para utilizar e compra água para o gado. E com essa barragem o pessoal vai conseguir pegar usando o carro de boi, de carros-pipas e o benefício é muito grande para toda região do município de Poço Redondo”, agradeceu.

Também participaram da solenidade o secretário de Estado da Casa Civil (SECC), Jorge Araujo Filho; os deputados estaduais, Luciano Bispo e Carminha Paiva; o deputado federal Gustinho Ribeiro, e o ex-deputado federal André Moura.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

39 anos Cohidro: serviços priorizam permanência e produção no campo beneficiando os sergipanos

Dia 13, comemoram 403 servidores, 14 mil beneficiários dos perímetros, 3.500 empregados no Platô de Neópolis e população rural atendida por poços e barragens

[foto: Fernando Augusto]
Uma empresa jovem, mas que se orgulha dos seus quase 40 anos de serviços prestados à população sergipana. O sentimento resume o que pensa quem faz a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que completa 39 anos de criação neste dia 13 de abril. Seja perfurando e instalando cerca de 4 mil poços para a captação de água subterrânea; utilizando, fornecendo ou recuperando barragens de grande a pequeno porte para abastecimento humano, dessedentação animal e irrigação. Nos perímetros irrigados estaduais, 1.804 lotes agrícolas recebem água para a produção que superou 90 mil toneladas em 2021. Já no Platô de Neópolis, administrado por concessões públicas da Cohidro, a produção média anual é de 370.000 toneladas. E o investimento continua, o programa estadual Pró-Campo prevê R$ 15,3 milhões em ações que passarão pela companhia estadual a partir deste ano.

Ozeias Beserra é um dos agricultores irrigantes de Canindé de São Francisco assistidos pela companhia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Para ele, é importante a parceria que a Cohidro tem com os produtores. “Aqui, no Alto Sertão de Sergipe, ela vem nos dando água o ano todo. Também prestando assistência técnica aos pequenos produtores, para que produzam seu alimento”, acrescenta. No Perímetro Irrigado Califórnia, há 35 anos em atividade, o esforço da empresa pública é em manter a estrutura funcionando. Para isso, recuperou quatro estações de bombeamento (EBs) e tem do Pró-Campo o sinal verde para investir nas duas restantes. “Nós sabemos da dificuldade, mas são em todas as áreas. Mas é muito importante o apoio da Cohidro e do Governo do Estado aqui para o Califórnia. Se não fossem eles, a ajuda e parceria que a gente tem, nós não teríamos este resultado”.

São R$ 981.515,83 do Pró-Campo destinados para a recuperação da estrutura civil e mecânica das EBs 05 e 07, do Califórnia, e 02 do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. Para o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a empresa pública vai completar seus 40 anos, em 2023, já com uma cara nova. “O volume de investimentos que a Cohidro está protagonizando agora, quando completamos 39 anos, é provavelmente o maior desde que cinco, dos seis perímetros irrigados, foram entregues em 1987. E vai muito além dos perímetros de irrigação. São cerca de R$ 16,5 milhões entre Pró-Campo e emendas parlamentares para perfuração ou recuperação de poços e sistemas de abastecimento de água no campo. Ao mesmo tempo em que há a previsão de recuperarmos 1.021 barragens de terra, em regiões em situação de emergência pela falta de chuvas. Trabalho que iniciou na Barra da Onça, em Poço Redondo”, informou.

“O investimento nos perímetros é necessário, para que a história de sucesso, na produção de alimentos e geração de renda tenha continuidade. Mais da metade dos produtos da cesta básica de Aracaju, a mais barata do Brasil, tem influência direta nesta produção”, avaliou o diretor de irrigação da Cohidro, João Fonseca. “Fizemos um esforço extra para que os recursos próprios pudessem, além de manter o funcionamento, fazer a revitalização das EBs. E, agora, o Pró-Campo vem dar este fôlego extra para concluirmos este trabalho”, avaliou o diretor Administrativo e Financeiro da empresa, Jean Nascimento. “Sem dúvida, será nos sistemas de abastecimento e barragens o maior volume de investimentos recebidos do Pró-Campo, ampliando esta nossa atuação de levar água e dignidade às famílias que vivem e produzem no campo”, acrescentou a diretora de Infraestrutura Hídrica da Cohidro, Elayne de Araújo.

Orgulho
Assistente administrativa da Cohidro, Luciene Pinto, guarda de cabeça a data de sua admissão na empresa: 04 de julho de 1983. “Eu me sinto mais que orgulhosa fazendo parte desta empresa. Porque, para mim, não é só um trabalho. Ela é minha mãe, é quem me deu tudo, minha casa, pude criar meus filhos, tudo. E acredito que ela cresça ainda mais daqui para frente. Até porque nós hoje temos um grupo especializado que tem dado muito resultado em poços e nos perímetros irrigados,” avalia.

Para o administrador Ceciliano Gama, é importante comemorar os resultados obtidos nesses 39 anos. “É uma empresa estadual de vital importância à sociedade, com seus perímetros irrigados, produzindo hortifrutigranjeiros. E seus poços tubulares, levando água de qualidade aos mais carentes, evitando assim a mortalidade infantil e o êxodo rural. E, hoje, eu sou o que sou, graças a essa gloriosa empresa, e me sinto orgulhoso em fazer parte dela”, ressalta o também funcionário.

Pró-campo vai investir R$ 5,7 milhões em revitalização de barragens em 2022 através da Cohidro

Em municípios em situação de emergência, são 21 barragens comunitárias de médio porte e 1.000 barreiros de pequenos criadores com até 19 cabeças de gado

[Foto: Fernando Augusto]
Desde o início do mês de fevereiro, máquinas e operários trabalham em sincronia para retirar os sedimentos depositados no leito da barragem Chapéu de Couro, no Assentamento de Reforma Agrária Barra da Onça, em Poço Redondo. Ao mesmo tempo em que lá é construída uma nova barreira em concreto, para evitar a perda da água que vinha ocorrendo. Água que tem múltiplos usos, mas atende principalmente à dessedentação animal durante os períodos de estiagem. A ordem de serviço da obra foi dada pelo Governador Belivaldo Chagas junto do lançamento do Programa Pró-Campo, em dezembro. Mas pelo Pró-Campo, neste ano o Governo do Estado investe R$ 5.710.986,01 só em recuperação e ampliação de barragens. Isso ao incluir, no conjunto de ações, o Programa de Recuperação de Barragens, para atender outras 20 de médio porte e 1.000 de pequeno porte, atualmente em processo licitatório.

Um Termo de Cooperação Técnica entre as secretarias de estado da Inclusão e Assistência Social (Seias), da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e a sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro), investem R$ 800.213,11 do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), gerido pela Seias, na barragem Chapéu de Couro, que não recebe uma intervenção deste porte desde sua construção, na década de 1980. A execução e fiscalização da obra, realizada por empresa licitada, fica a cargo da Cohidro. “É um investimento muito importante para a região, vai atender mais de 200 famílias assentadas. Obra que ele autorizou e que agora está sendo fiscalizada pelo governador Belivaldo Chagas”, disse o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, no dia de visita à obra feita pelo governador, em 17 de fevereiro.

Bebeto da Barra da Onça, presidente da Associação Camponesa do Projeto de Assentamento Barra da Onça, considera de essencial importância a barragem que está em obras de recuperação. No assentamento, com mais de 200 famílias, e outras localidades de Poço Redondo. “É importante para todos nós, agricultores e criadores. Na época do período da seca, a gente sofre bastante. E esta barragem, estando recuperada, vai juntar água para 2 ou 3 anos. Não só para a Barra da Onça, como qualquer outra comunidade local pode vir também buscar água para sustentar os seus animais. É um momento muito importante que todos nós estamos, aqui hoje, presenciando nessa barragem Chapéu de Couro, com Belivaldo Chagas fazendo esse excelentíssimo trabalho para ajudar todos nós agricultores”.

Também presente à visita do governador do Estado às obras na Barra da Onça, a diretora de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Elayne de Araújo, expôs os números da ação feita para reativar a barragem. “Estamos retirando 60.000m³ de terra, volume que vai além do material naturalmente deslocado pela chuva para o leito da barragem. De modo que vamos ampliar a capacidade de acúmulo de água para algo em torno de 800.000m³. Para evitar que a água acumulada pelas chuvas continue vazando pelo maciço da barragem, estamos construindo uma nova barreira de 20cm de espessura em toda a superfície do barramento para impermeabilização. Usando, para isso, um volume de 250m³ de concreto”, listou a diretora. Ela ainda informou que a empresa pública já realizou, com sucesso, o pregão do processo licitatório, para em breve selecionar as empresas de engenharia que vão atuar no Programa de Recuperação de Barragens.

Programa de Recuperação de Barragens
Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, reforça a importância de o Pró-Campo lançar o Programa de Recuperação de Barragens. Ação em que a Cohidro, desde 2012, já recuperou mais de 2 mil barragens em municípios em situação de emergência devido à estiagem, também através de recursos do Funcep. “As 20 barragens de médio porte, a exemplo da Chapéu de Couro, atendem uma ou mais localidades de forma coletiva. Com livre acesso para os criadores levarem seus rebanhos até as suas margens e para coleta de água de carroça ou carro-pipa, evidenciando o múltiplo uso. Já a recuperação e limpeza das 1.000 barragens de pequeno porte, atendem propriedades privadas e são voltadas à criadores com até 19 cabeças de gado, com CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar) e que estejam dispostos a assinar uma declaração autorizando outras famílias da comunidade a utilizarem a água do barreiro”, esclareceu o presidente.

Pró-Campo: Belivaldo Chagas visita obra de recuperação da barragem da Barra da Onça, em Poço Redondo

Barragem PR-13 recebe primeira intervenção desde sua inauguração nos anos 1980

[Foto: Mario Sousa/Supec]
Na manhã desta quinta-feira (17), o governador Belivaldo Chagas visitou a obra de recuperação estrutural da barragem PR-13, no povoado Barra da Onça, em Poço Redondo. Localizado no Alto Sertão Sergipano, região onde menos chove no estado, a barragem Chapéu de Couro recebe sua primeira intervenção desde a sua fundação nos anos 1980. O objetivo é recuperar a estrutura e aumentar a impermeabilização da barragem para atender à demanda emergencial do povoado e arredores na dessedentação animal; uma vez que a pecuária leiteira é a principal atividade econômica da área.

Devido à sua importância estratégica, a obra partiu da necessidade de reparos aos danos provocados pela ação do tempo, contando também com adaptações em sua engenharia para ser mais eficiente em acumular o maior volume de água da chuva possível. “Essa é uma obra de fundamental importância, por isso fiz questão de ver de perto a situação em que ela se encontra. A previsão é que a gente conclua os serviços nos próximos 70 dias. Feito isso, a capacidade de armazenamento triplica trazendo benefícios à população e, em especial, as cerca de 400 famílias que dependem diretamente dessa barragem”, afirmou Belivaldo Chagas.

A Ordem de Serviço foi assinada pelo governador Belivaldo Chagas em 13 de dezembro de 2021, durante o lançamento do programa Pró-Campo, com investimento de R$ 800.213,11 em recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), administrado pela Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias). A obra foi possível a partir de um Termo de Cooperação Técnica entre Seias, Seagri e a sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

De acordo com o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, o Governo do Estado reconhece a necessidade da comunidade, da região e da Bacia Leiteira em Poço Redondo. “O Estado está concretizado essa ação na barragem, tanto na parte de limpeza como no desassoreamento da parte interna da estrutura, realizando a impermeabilização do talude, do maciço, evitando que se perca a água captada, como estava acontecendo. É uma obra importante para a região que vai permitir ao produtor de leite ter condições e mais tempo e volume de água, abastecendo a produção e o gado”, disse Paulo Sobral, destacando ainda que a capacidade da barragem chegará a aproximadamente 800 mil metros cúbicos de água.

O presidente da Associação Camponesa da Barra da Onça, Humberto Diniz, também ressalta a importância dessa reestruturação. “O período de seca é longo, a estiagem é sempre prolongada e a chuva é escassa. Então, a obra é de suma importância para os animais, assim como para os moradores. A falta de água no município é muito grande e vai ajudar bastante todos nós sertanejos”, ressaltou.

Severino Gabriel de Andrade é criador de gado, mora com a esposa e o filho nas imediações da barragem e também reconhece o papel fundamental da estrutura para a região. “Essa água é importante demais para o gado, com a obra vai melhorar muito. Tenho três vaquinhas e uso a palma para alimentar a criação e a água da barragem para o gado beber. É uma boa iniciativa que vai fazer muito bem para todos os criadores daqui da região”, confirmou o produtor.

Zefa da Guia, líder da Serra da Guia Comunidade Quilombola, também vê com bons olhos a reestruturação da barragem. “Essa ação tem uma importância muito grande. É a prova que o governo do Estado se preocupa com a mulher e com o homem sertanejo”, afirmou. O prefeito de Poço Redondo, Júnior Chagas, também compartilha da mesma opinião. “Vai ajudar muito a situação dos pequenos agricultores da região. A barragem que estava inativa, em razão da quantidade da lama concentrada na bacia principal, com a obra, vai passar a armazenar uma boa quantidade de água e, a gente fica feliz”, compartilhou o prefeito, destacando, também, a economia que o município terá com relação aos carros-pipas.

A MKR Construções LTDA é a responsável pela obra, que foi licitada pela Cohidro, a quem cabe ainda a fiscalização dos serviços. A obra de recuperação tem previsão para término em meados de abril, a depender das condições meteorológicas favoráveis. Atualmente, a obra está no estágio de retirada de sedimentos depositados no leito da barragem, para ampliar a sua capacidade de acúmulo de água. Ao mesmo tempo, obras de engenharia civil reconstroem o maciço em concreto, danificado pela ação do tempo.

Programa de Recuperação de Barragens e sistemas simplificados
Além da recuperação da barragem da Barra da Onça, entre 2021 e 2022, o Governo do Estado, através do Termo de Cooperação Técnica entre Seias, Seagri e Cohidro, está investindo um montante de R$ 4.910.772,90 para a execução de serviço de limpeza e recuperação de 20 barragens de terra de médio porte e 1.000 de pequeno porte. Ações que serão executadas em duas etapas. Na primeira etapa, o Programa de Recuperação de Barragens será responsável pelo processo de contratação de empresa especializada para realizar serviços de limpeza, recuperação e ampliação de 10 barragens de médio porte e 500 barragens de pequeno porte nos municípios de Poço Redondo, Carira, Nossa Senhora da Glória, Poço Verde, Nossa Senhora Aparecida, Gararu, Frei Paulo, Pinhão, Porto da Folha e São Miguel do Aleixo. Um investimento total de R$ 2.455.386,45, através de recursos do Funcep.

Também dentro do Pró-Campo, o Estado investe em 72 sistemas simplificados de abastecimento para 72 comunidades rurais para possibilitar água de qualidade para o consumo próprio e para produção caso haja excedente. Em dezembro, foram autorizadas a perfuração de poços com a instalação de nove sistemas de abastecimento de água em comunidades rurais em Tomar do Geru, Areia Branca, Canindé do São Francisco, Indiaroba, Itabi, Graccho Cardoso, Monte Alegre, São Cristóvão e Gararu, a partir de um investimento de R$ 402.719,91.

Pró-Campo
O Pró-Campo é um conjunto de ações que abrange recursos que superam R$ 100 milhões para fortalecimento da agricultura em Sergipe e melhoria da qualidade de vida dos homens e mulheres do campo, por meio de investimentos com foco no desenvolvimento social e econômico. Mais de 50 municípios sergipanos estão sendo beneficiados.

“Nessa primeira fase temos diversas ações a exemplo de limpeza de aguadas, recuperação de barragens, distribuição de palma forrageira, melhoramento do nosso rebanho através de inseminação artificial, calçamentos, recuperação de estradas, recuperação dos perímetros irrigados. Então, é uma ação bem ampla para todo o estado de Sergipe”, detalhou o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Zeca da Silva.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Famílias em situação de vulnerabilidade social receberão alimentos produzidos com subsídio da irrigação pública estadual

Cohidro forneceu irrigação e assistência técnica para agricultores entregarem mais de 4 mil toneladas ao Programa de Aquisição de Alimentos desde 2008

[Foto: Arquivo pessoal]
Em Canindé de São Francisco, Porto da Folha e Poço Redondo, as famílias em vulnerabilidade social por conta da pandemia da Covid-19, serão beneficiadas com os alimentos produzidos com o subsídio da irrigação pública estadual. Os produtos são adquiridos por preços justos e doados para pessoas em insegurança alimentar via Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Estadual. Até no fim novembro, 14 agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia – mantido pelo Governo do Estado através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Canindé – vão entregar mais de 40 toneladas de alimentos ao programa da Secretaria de Estado da inclusão e Assistência Social (Seias). Em todo estado, o Governo de Sergipe vai investir cerca de R$ 3 milhões na compra de alimentos.

Técnica da coordenação de Segurança Alimentar e Nutricional da Seias, Tatiana Canuto explica como é definido a quantidade que cada produtor vai comercializar com o programa.  “A gente organiza de acordo com as demandas, do número de usuários que são atendidos em cada instituição. Na entrega dos alimentos é gerado um termo de doação via Sistema de Informação do Programa de Aquisição de Alimentos – Sispaa, em que a entidade recebedora vai assinar por estar recebendo e os agricultores vão gerar uma nota fiscal, que vai ser atestada pela Seias e inserida no mesmo sistema. E o pagamento é efetuado pelo Ministério da Cidadania na conta do agricultor, com o cartão”.

Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral afirma que os irrigantes dos perímetros da companhia, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), participam do PAA desde 2008, em edições promovidas pela Conab. “Já foram beneficiadas mais de 150 mil pessoas, entre os socialmente vulneráveis e os agricultores, estes remunerados em mais de R$ 13 milhões para entregar mais de 4 mil toneladas de alimentos à ‘Compra com Doação Simultânea’. É um programa magnífico, que adquire os produtos por preços melhores do que aqueles praticados pelo mercado para ajudar pessoas em insegurança alimentar”.

Irrigante do perímetro Califórnia que participa do PAA Estadual, Pedro Feitosa forneceu à Doação Simultânea, até a última entrega que ele fez, 539 kg de acerola e 376 kg de pimentão. “Eu acho um programa de suma importância com essas duas vertentes. Com relação ao produtor, é um preço justo. A gente vende os produtos aqui, ao atravessador, com um preço bem diferente ao do programa. Isso muito nos ajuda, nos beneficia nesse sentido e tem esse grande alcance social que eu vejo na ponta final. É justamente essas pessoas vulneráveis que estão em situação difícil e tem essa contribuição, essa participação do Estado no sentido de ajudar”. No Califórnia há 13 anos, Seu Pedro já participou de outros PAAs produzindo alimentos via irrigação pública. “Sem irrigação seria impossível falar em produção, em todas as estações do ano, no Semiárido”, complementa.

Gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes destaca que o agricultor tem a venda garantida de seus produtos via PAA Estadual. “É um programa perfeito. Ele beneficia o Agricultor Familiar numa ponta e no outra as pessoas carentes. Além de tudo isso, o produtor vai ter uma zona de escoamento certo para seu produto, com um preço justo. O PAA estabelece o preço e antes de aderir ao projeto ele já tem o valor que ele vai vender da sua produção até o final”.

Gicélio Oliveira é técnico da Prefeitura de Canindé e atua na organização do PAA Estadual naquele município. Segundo ele, os alimentos produzidos em Canindé atendem famílias cadastradas no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Durvalina Rodrigues e o Centro Especializado Daniel Ricardo, em Canindé; o Cras de Poço Redondo e o Instituto Nacional de Inclusão Social (INIS), em Porto da Folha. Os irrigantes do Califórnia estão em um primeiro edital, que iniciou as entregas em abril. “No primeiro edital temos 14 agricultores familiares cadastrados, fornecendo mais de 41 toneladas dos produtos: macaxeira, coco verde, coco seco, acerola, couve, coentro, cebolinha, alface, pimentão, milho verde em espiga, melancia e mamão havaí”.

Sementes doadas pelo Governo do Estado tiveram rendimento certo em perímetros irrigados no Sertão

Aproveitamento das sementes é de 100%. Irrigação da Cohidro fornece principal insumo para agricultores irrigantes suprirem demanda de ração animal para criadores durante o verão seco.

Edivânia Freitas garantiu o milho para produzir espigas e palhada de fazer ração para carneiros, cabras e a vaca que cria (foto Ascom Cohidro – Fernando Augusto)

Das 12 toneladas de sementes de milho entregues pelo Governo do Estado em Canindé de São Francisco (SE) este ano, 4.350 quilos ficaram a cargo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) distribuir entre os irrigantes dos perímetros irrigados Califórnia, que a empresa administra, e o Jacaré-Curituba (Codevasf). A partir de setembro, 435 produtores começaram o plantio irrigado para que já em novembro pudessem começar a colher a forragem, dando suporte à alimentação dos rebanhos sertanejos no período de maior seca. Se todo milho for aproveitado para a silagem, a estimativa é de uma produção próxima das 8.000 toneladas de ração animal.

Ao todo a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), distribuiu 247 toneladas de sementes certificadas de milho das variedades BRS Caatingueiro e BR 106, e 90 toneladas de sementes de milho na variedade Crioula, atendendo os municípios de Carira, Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé do São Francisco. Um investimento de R$ 1.383.200,00, recursos estaduais do Fundo Estadual de Erradicação e Combate à Pobreza (Funcep).

Para o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto, o aproveitamento das sementes nos perímetros irrigados é praticamente de 100%. “O plantio, usando a irrigação que nós fornecemos durante todo ano, não está condicionado à periodicidade de chuvas que nós sabemos não ter sido significativa em 2018. Mas essa parcela do que foi doado teve bom uso. Como resultou em uma safra fora da época junina, quando a procura pelo milho espiga é maior, está resultando em um milho quase todo aproveitado na alimentação animal, que casa perfeitamente com a real necessidade que passam todos os criadores do Alto Sertão, da falta de chuvas e muito pouco para dar ao gado nas propriedades”, argumenta.

Edivânia Freitas Santos foi uma agricultora familiar que em setembro recebeu uma saca de 10 quilos da semente BRS Caatingueiro, variedade de milho superprecoce que produz grãos entre 90 e 100 dias. Após plantar no perímetro Califórnia, ela tem a intenção de aproveitar as espigas e moer a palha para fazer ração, destinada à sua criação de cabras, ovelhas e uma vaca. “Muito bom, pois a situação que está agora não está podendo nem comprar, porque está muito caro o milho. Por isso estamos com a área lá desocupada, porque o interesse é de plantar o milho, mas como estava sem condições de comprar a semente. E agora graças Deus consegui, porque não tem inverno, mas tem a irrigação, e com fé em deus vamos plantar e colher”, justifica.

Em 2018, houve tempo hábil, já em meados do mês de maio, para que a entrega de sementes do Governo do Estado ocorresse antes do período de chuvas no inverno. “Queremos todo mundo com sua semente em casa. Isso será bom para ajudar o pequeno agricultor, principalmente, aquele que participa da agricultura familiar. Isso é possível graças aos recursos adquiridos através do Fundo de Pobreza, recursos arrecadados pelo tesouro do Estado, através dos impostos que são pagos pela população e que a gente faz questão de reservar ano a ano. Temos essa preocupação de reservar essa quantidade para que possamos adquirir essas sementes e distribuir para o pequeno agricultor”, destacou o governador Belivaldo Chagas.

Titular da Seagri, Rose Rodrigues destacou a qualidade da semente e o impacto que elas terão na produção agrícola do estado.  “Essa semente é selecionada e chega na hora certa. Ela é uma semente com dupla aptidão, tanto para forragem quanto para grãos. É uma semente adaptada para a região, semente caatingueiro”. A secretária ainda afirmou que a distribuição das sementes é a mão do Estado fomentando a agricultura camponesa. Ela cumprimentou a equipe da Emdagro que, através dos seus técnicos, oferece tecnologia ao campo.

A distribuição feita no escritório da Cohidro, segundo a gerente do perímetro Califórnia  Eliane de Moura Morais, seguiu critérios que certificassem a condição de baixa renda dos agricultores familiares. “Esteve disponível para entrega a quem se interessasse as sementes de milho para plantio aqui na sede da Cohidro. Foram mais de 4 mil quilos à disposição dos produtores do Califórnia e Jacaré-Curitiba. Fazia o cadastro e levava uma saca de 10 quilos, trazendo o NIS (Número de Identificação Social), Cartão Cidadão ou Cartão da Bolsa Família”, explicou. Ela conta que já em novembro houve colheita deste milho. “Alguns colheram só a palha para fazer a silagem, nem esperaram embonecar”.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, explica que o aproveitamento do milho na ensilagem representa uma capacidade de armazenar grandes quantidades de alimento para os animais em pequenos espaços e por longos períodos de tempo, preservando as propriedades nutricionais das plantas. “É um método ideal para quem pretende plantar o milho com a intenção de comercializar com os criadores da região. Quando é para aproveitamento com animais no próprio lote, é feito em silos ou cobertura em lona. Como o objetivo de comercialização, os produtores o fazem em sacos plásticos vedados, para que haja o processo anaeróbico de fermentação por bactérias”, orienta. Ainda segundo ele, foram colhidos 333 hectares de milho durante em 2018 nos perímetros irrigados administrados pela empresa, onde o aproveitamento das plantas é completo, com o uso integral ou só da palhada para ração.

Por Ascom Cohidro com informações da ASN

 

Última atualização: 31 de janeiro de 2019 15:06.