Perímetro irrigado do Governo do Estado fornece produtos para alimentação animal em Lagarto

Produção atende rebanhos extensivos ou intensivos também de fora do perímetro, quando ocorre a integração irrigado-sequeiro

Vacas de leite da propriedade que possui área irrigada - foto Mirely Rodrigues

Unidades produtivas do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo de Sergipe, em Lagarto, fornecem matéria prima para compor a ração animal dos próprios criatórios de gado de leite, de corte e equinos, e também de seus clientes. Em 2023, o perímetro administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), produziu 713,5 toneladas de capim.

Durante o mesmo ano, também foram produzidas mais de 1,5 mil toneladas de milho verde na irrigação pública de Lagarto. Versátil, as folhas e talos do pé de milho, depois de colhidas as espigas, servem para compor a ração in natura ou para fazer silagem. Isso quando esses irrigantes não usam, inclusive, as espigas picadas nos silos, como forma de enriquecimento protéico desse alimento para o gado.

A Coderse — vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) — fornece irrigação e assistência técnica às 421 unidades produtivas do perímetro Piauí. Em visita à área irrigada do Rancho São Francisco, o técnico agrícola da empresa, Jackson Ribeiro, conta que os produtores dão preferência ao BRS Capiaçu, variedade melhorada pela Embrapa, e ainda uma gramínea do gênero Cynodon.

“Ele está colhendo o Capiaçu com 50 dias. Quando a proteína bruta dele chega a até 10%. Enquanto que o capim Tifton chega a 17% ou 18% de proteína bruta. Este produtor produz a ração na propriedade. O consumo é retirado da terra. Mas ele e outros plantam o milho, fazem a silagem e fornecem ao gado. Diminuindo assim os custos de produção”, avaliou Jackson Ribeiro.

Gerente do Rancho São Francisco, Roberto Nascimento confirma que o Capiaçu irrigado diminui o custo da ração, que também é composta do milho de outros irrigantes. “É bem importante, se não fosse a Coderse aqui, a gente não tinha essa capineira. A silagem, a gente planta ou compra, mas o capim irrigado sai mais barato. Ele junta mais água e para a vaca de leite é o ideal”, observou. Na propriedade, segundo o gerente, o capim Cynodon também é usado na alimentação dos bovinos, principalmente na fase de crescimento dos bezerros.

Responsável pela alimentação do rebanho no rancho, Silvano Souza explica que são 130 vacas, 100 em lactação, que recebem três refeições por dia. “Às 10h e às 15h, são o Capiaçu e a silagem. A gente irriga o capim com o pessoal da Coderse e só cortamos o capim novo. Não deixamos crescer muito, porque não tem muita qualidade para a gente, para o gado de leite”, disse o funcionário, informando que a fazenda produz uma média de 2.200 litros de leite por dia.

Milho verde
De acordo com o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida, muitos produtores pequenos do perímetro produzem milho verde para vender e o restante, a palha, fazem a silagem para alimentar o gado. “Fornecemos a água tanto ao grande quanto ao pequeno, abastecemos ambos. A palha serve tanto no confinamento de corte, quanto para produção de leite. No caso do Roberto, o gerente da propriedade, ele investiu muito na genética do rebanho e os pequenos já estão se espelhando e se organizando assim”, anunciou.

Gildo Almeida também observa que há propriedades sustentáveis, que plantam toda ração do rebanho a partir da irrigação, como também tem irrigante que comercializa esse material forrageiro para criadores fora do perímetro, vendendo capim, palhada e o próprio milho para silagem. “Essa relação de cooperação produtiva, dos perímetros com áreas não-irrigadas, é chamada de integração irrigado-sequeiro”, destacou.

Equinos
Roberto Nascimento expõe que o rancho tem um plantel de cerca de 20 equinos da raça ‘Quarto de Milha’, entre adultos e filhotes. São animais usados na venda de material genético e potros, em concursos e competições. Com o capim Cynodon irrigado é feito feno na própria propriedade, usado para alimentar os cavalos. “A plantação de Tifton é indicada para cavalo. Na propriedade tem uma parte de cavalos de vaquejada. Com 40 dias, corto o capim, daí, jogo o adubo, a irrigação do perímetro irrigado e, com 40 dias, está bom de cortar de novo”, conclui Roberto.

Abóbora cultivada em perímetros irrigados do Governo do Estado aumenta produção em Lagarto e abastece indústria de sementes em Canindé

Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe incentiva produção fornecendo água de irrigação e assistência técnica o ano todo

Produção de abóbora tem incentivo da irrigação fornecida nos perímetros do Governo do Estado em Canindé e Lagarto / Foto: Ascom/Coderse

Como reflexo do investimento do Governo de Sergipe na agricultura, o ano de 2023 foi encerrado com bons resultados no setor. Estima-se que, no ano passado, a colheita da abóbora nos perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), tenha alcançado 801 toneladas. O resultado do perímetro Piauí, em Lagarto, no centro-sul do estado, chama atenção, pois lá foram colhidas 64,5 toneladas do alimento em 2023, enquanto em 2022 não houve registro de colheitas do fruto. 

Outro destaque de 2023 foi o perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano, que no último ano ingressou em um novo patamar de produção, com lavouras de abóbora próprias para a produção de sementes de uso comercial. No município, uma lavoura de quase um hectare, irrigada pela Coderse vai fazer de Canindé um novo produtor de sementes de abóbora. A plantação recebeu atenção especial dos agricultores e dos técnicos agrícolas da empresa pública, pelo nível de exigência da indústria que vai comprar a produção.

De acordo com o presidente da Cooperativa de Fomento Rural e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal), Levi Ribeiro, a compra de insumos foi viabilizada por meio do fornecedor de sementes Agristar do Brasil e as análises de solo e preparo da terra foram financiados pela cooperativa, com posterior reembolso na colheita. Contudo, ele reforça que o apoio da Coderse no processo foi fundamental. “Toda a assistência técnica agrícola [para os irrigantes do Califórnia inseridos no projeto] continua sendo da Coderse”, informou o produtor.

O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, comemora o resultado da parceria entre produtores irrigantes e a indústria de nível nacional. Ele informa que, além da abóbora, esses mesmos irrigantes de Canindé também começaram a produzir em 2023, para colherem em 2024, sementes de quiabo, berinjela, pimenta jalapeño e cebola. “O perímetro de Canindé continua sendo o principal produtor de abóbora irrigada entre os perímetros estaduais. Só ele totalizou 737,8 toneladas em 2023, mas agora também vai gerar sementes para iniciar as novas plantações em todo país, o que comprova o potencial produtivo do alto sertão, com a água fornecida pelo Governo do Estado”, justifica Júlio Leite.

As 801 toneladas colhidas em 2023 pelos produtores irrigantes dos perímetros da Coderse em Canindé e Lagarto ocasionaram em um retorno financeiro superior a R$ 1 milhão. A produção ocupou uma área total de 45,5 hectares, mas vale ressaltar que, naquele ano, aproximadamente 10 hectares foram plantados com abóbora que serão colhidas somente no início de 2024.

Lagarto

Em Lagarto, um dos agricultores responsáveis pelo resultado positivo é Gildeon Dias, que planta abóbora há cerca de quatro anos, em propriedade rural atendida pelo perímetro Piauí. Ele já colheu o fruto na primeira semana de 2024. “Foi plantado no final de agosto, e tem o tempo médio para colheita de 120 dias. São quatro tarefas (1,3 hectares) irrigadas da abóbora jerimum. Só plantamos a abóbora uma vez por ano, pela facilidade de plantio e baixo custo da produção”, detalhou  o irrigante.

O gerente do perímetro irrigado Piauí, Gildo Almeida, chama atenção para o retorno financeiro obtido a partir da produção. “Em 2023, a produção de 64,5 toneladas gerou R$ 77,5 mil em renda para os irrigantes do perímetro Piauí e ocupou uma área total de 2 hectares. Mas para colher em 2024, o nosso perímetro já tem outros dois hectares plantados com abóbora. Se considerar que em 2022 não contabilizamos colheita de abóbora, serão dois anos seguidos de avanço na produção do fruto”, avaliou.

A lavoura de Gildeon rendeu 18 toneladas de abóbora. Dessas, 15 toneladas já foram vendidas para fora do estado pelo preço de R$ 3,40 o quilo, dando uma rentabilidade considerada muito boa ao produtor. “O preço não tem como prever, porque dependo muito da oferta e da procura que vai ter na época da colheita”, complementou o irrigante. Embora não seja para uso comercial, como em Canindé, Gildeon reserva as sementes de cerca de 30 abóboras para o replantio, a ser feito entre agosto e setembro.

Ações da Seagri contribuem para qualidade do leite e derivados produzidos na irrigação do Jabiberi

Vacinação contra Brucelose mantém saúde do rebanho leiteiro. Boas Práticas de Fabricação dos derivados do leite zela qualidade. O próximo passo é implantar boas práticas na ordenha do leite em lotes irrigados

Ações da Seagri contribuem para qualidade do leite e derivados produzidos na irrigação do Jabiberi // Foto: Ascom /Coderse

Palestra sobre ‘Boas Práticas de Fabricação’ foi ministrada aos funcionários do laticínio que funciona no Perímetro Irrigado Jabiberi, mantido pelo Governo do Estado em Tobias Barreto, centro sul sergipano. A atividade aconteceu nesta quarta-feira, 06. Entre os meses de setembro a novembro, veterinários da Emdagro foram ao Jabiberi fazer vacinação contra Brucelose, contribuindo com a qualidade do leite produzido com a irrigação pública.

São ações possíveis a partir da cooperação entre as vinculadas Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que disponibiliza sua equipe de técnicos médicos veterinários e da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), que administra o perímetro Jabiberi. Neste, a maioria dos 76 lotes produtivos são voltados à criação de gado leiteiro, alimentado pelo material forrageiro irrigado. 

A palestra, na quarta, foi proferida pela médica veterinária da Coordenadoria de Veterinária da Emdagro, Izildinha Dantas. Ela abordou os principais aspectos da prevenção e proteção dos produtos alimentícios à contaminantes. Proporcionando o consumo seguro dos alimentos pela população. “As ‘Boas Práticas de Fabricação’, que são os cuidados para evitar a contaminação com bactérias, vírus, fungos, por químicos ou física. Passa pela  limpeza e higienização, não só dos equipamentos e materiais de fabricação, mas do vestuário, equipamentos de proteção individual (EPIs) e higiene pessoal do funcionário”,  destacou a veterinária.  

Gionária Goes trabalha na limpeza do laticínio. Ela diz que já tem alguma experiência em boas práticas, trabalhou muitos anos em cozinha industrial  e até chama a atenção dos colegas para a importância de evitar a contaminação do ambiente. ”Acho que aprendi mais com as dicas que ela deu. Tem coisas que as pessoas têm dúvidas ou acham que é besteira fazer. Eu achei interessante, muitas coisas novas. Às vezes até já vimos, mas pode ter esquecido e é muito importante dar continuidade a tudo que a gente viu”. 

Gerente do  perímetro Jabiberi, José Reis Coelho, explica que será uma série de palestras, com as ‘boas práticas’ no laticínio e depois as ‘boas práticas’ na ordenha do leite. “E o que que a gente ganha, é um leite de qualidade, que vai melhorar o preço do produto para o produtor. Melhora a qualidade do queijo, com leite de qualidade.  Com essa palestra de boas práticas, vai melhorar também a qualidade do leite dentro do laticínio e o consumidor final vai ganhar um produto também de mais qualidade”, pontuou.

“Envolve todos os procedimentos que são utilizados, desde a entrada do leite no laticínio, passando pela parte de embalagem, até o envio para o consumidor. Os, EPIs são o fardamento completo, com touca. A máscara e luvas são utilizadas na etapa de embalagem do produto”, reforçou a veterinária Izildinha Dantas.

Vacinação Contra brucelose

A brucelose é uma doença contagiosa que pode afetar, tanto o leite, quanto a saúde humana. Por este motivo, a gerência do Jabiberi teve a iniciativa de orientar os pequenos produtores atendidos para a importância da vacinação. Inclusive, fazendo a mobilização para  que, em grupo, eles consigam adquirir as vacinas por um preço menor. Ao mesmo tempo em que buscou na Emdagro, o médico veterinário para vacinar. 

“Estamos em cerca de 1.200 cabeças de gado vacinadas e todas produzem leite no Jabiberi, para o laticínio no próprio perímetro. O resultado disso são gados mais saudáveis, que produzem um leite saudável, que produz um queijo também saudável. Tudo isso para consumo humano, para que não haja perigo de contaminação do gado pela Brucelose. Com o gado vacinado estão livres dessa probabilidade de ter essa doença”, complementou José Coelho.

Também veterinário da Emdagro, Nei Pires Ferreira Junior esteve em mais de uma ocasião fazendo a vacinação dos rebanhos contra a Brucelose. “Estamos utilizando a cepa RB51, que é utilizada em fêmeas de três meses ao animal adulto. A vida útil dela coloca-se ao redor de 6 anos. Então, praticamente toda a vida útil do animal é trabalhada na utilização dessa cepa e o custo benefício dela fica superior à anteriormente praticada”, argumentou. 

Acrisio de Jesus Nascimento,  produtor irrigante do Jabiberi, considera a Coderse como parceira. Fornecendo água de beber e irrigação, trabalhando a saúde dos animais e até aconselhando métodos alternativos da nutrição do rebanho.  “A gente aprendeu mais tecnologia, inserimos o sorgo e foi tão bom que agora estamos procurando outro local pra comprar, porque aqui não estamos achando mais. A Coderse está nessa parceria conosco, e juntos a gente chega lá, né?”, relatou o micro-pecuarista que tem um rebanho de 40 animais, retirando uma média de 330 litros de leite por dia.

Nei Pires Ferreira Júnior também alerta da importância da vacina ser aplicada por um veterinário. “Essa vacina é uma vacina viva, então ela tem um potencial contaminante alto. Pela legislação a utilização dela ,a nível de campo, deve ser usada por médico veterinário treinado para que justamente essa possível contaminação não venha a alargar o quadro de Brucelose Humana, pelo efeito da utilização dela no rebanho, ou seja, por contaminação no trabalho com a dita vacina”, concluiu.

[galeria de fotos] SES FAZ TESTES RÁPIDOS DE HIV, SÍFILIS E HEPATITES NA CODERSE

Segunda-feira de prevenção e auto cuidado dos funcionários da sede da Coderse, em Aracaju. Neste dia 11, a Secretaria de Estado da Saúde enviou para Unidade Móvel ‘Fique Sabendo’, para fazer os ‘testes rápidos’ e diagnosticar a presença das Hepatites B e C, da Sífilis e do HIV/AIDS. O SESI/Sergipe também participou da mobilização, fornecendo gentilmente material informativo impresso que trata das infecções sexualmente transmissíveis (IST).

A identificação destas doenças, antes que elas comecem a apresentar sintomas no organismo da pessoa, é essencial para um tratamento eficaz. Ao mesmo tempo em que alerta à pessoa a adotar as devidas formas de prevenção para não transmitir as doenças para outras pessoas. 

Cohidro realiza ações na campanha do Setembro Amarelo

Foto: Ascom – Cohidro

Desde a semana passada, a Cohidro está decorada em amarelo, aderindo à campanha de prevenção ao suicídio e promoção da saúde mental, o ‘Setembro Amarelo’. São enfeites, avisos com mensagens de estimulo nos murais, pátio e banheiros da empresa, e a criação de uma ‘urna do desabafo’, na Sala do Trabalhador. Já na segunda-feira (14), ocorreu interações com os funcionários nos corredores da sede, em Aracaju, com a distribuição de fitas amarelas que simbolizam o apoio individual à iniciativa.

Eline Azevedo, Assistente Social da Cohidro vê a campanha como uma oportunidade importante de falar sobre o tema dentro da empresa “Temos que agir em prol da saúde mental, visando tanto o bem estar, quanto a qualidade de vida dos trabalhadores. As empresas são espaços que para além do trabalho, precisam promover a qualidade de vida do funcionário. Cuidar da saúde mental, pode ser também através de mudanças positivas no ambiente de trabalho, manter um diálogo aberto para combater o preconceito e descriminação dentro da organização e encorajar quem está precisando de ajuda”, afirma.

O ‘Setembro Amarelo’ teve início em 2015, e foi escolhido em decorrência do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, dia 10 do mesmo mês. Por conta disso, diversas instituições adotaram a campanha visando abordar, conscientizar e compartilhar as informações acerca do tema. Além da capital, a campanha também está sendo estendida às unidades da Cohidro no interior, os perímetros irrigados. “A busca por ajuda ainda é pouca, porque o sucídio ainda é visto como um tabu, então se a pessoa não vem até a gente, nós precisamos ir até ele. Por isso colocamos canais de atendimento nos murais da empresa, para que o funcionário ou outrem se sinta confortável em procurar ajuda nos locais adequados”, aponta Eline.

Ainda dentro da programação do ‘Setembro Amarelo’, ocorreu uma exibição de vídeo educativo na reunião da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de forma à conscientizar que a saúde mental também é uma prioridade a mais na prevenção à ocorrência de acidentes de trabalho. Para Edson Santana, economista na Assessoria de Planejamento da Cohidro – Asplan, a campanha realizada no Setembro Amarelo precisa ser lembrada durante todo o ano. “Devemos ter sempre em mente o respeito, para ajudar quem precisa a superar todos os sacrifícios, promovendo o bem-estar da forma adequada. Por isso, as ações da campanha devem ser sempre lembradas”, afirma Edson.

A ‘Sala do Trabalhador’ conta com a Assistente Social Eline Azevedo e a estagiária de enfermagem Rafaela Menezes, e atua também através de ações como a do ‘Setembro Amarelo’. A equipe já se organiza para a campanha do Outubro Rosa, que a Cohidro também vai aderir no mês que vêm. Por conta da pandemia, as ações serão realizadas de forma restrita, seguindo as recomendações de prevenção contra o coronavírus.

Para receber atenção de saúde psicológica; os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial); as Unidades Básicas de Saúde (UBS); os pronto atendimentos; CVV (Centro de Valorização da Vida) atendendo por ligação gratuita no número 188; são alguns dos lugares que estão atendendo por via remota, nesse período de quarentena.

Orientação técnica ajuda a elevar produtividade da abóbora irrigada no Alto Sertão

De janeiro a maio, foram produzidas 270 toneladas de abóbora no perímetro irrigado da Cohidro em Canindé

Produção de abóbora entregue para o PAA, no primeiro dia, foi de 287kgs [Foto: Fernando Augusto]
A produção de abóbora no Alto Sertão Sergipano é feita há quase dez anos em Canindé de São Francisco, a partir da irrigação fornecida pelo Governo do Estado no Perímetro Irrigado Califórnia. Além da água do Rio São Francisco, que a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro faz chegar aos lotes agrícolas, os agricultores familiares têm também assistência técnica agrícola fornecida pela empresa. Indicado por nutricionistas por ser alimento saudável e nutritivo, o fruto já faz parte da culinária sergipana. Não por acaso, alguns dos produtores de abóbora irrigada estão participando do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e sua produção será entregue, via projeto na Conab, à doação simultânea para pessoas em insegurança alimentar naquele município.

Na proposta da Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco – ASSAI ao PAA, os irrigantes se propuseram a entregar até 1.000kgs de abóbora à ‘doação simultânea’, entregues para pessoas vulnerabilidade social cadastradas no Centro de Referência Especializado Assistência Social – CREAS, pelo período de nove meses. Na primeira entrega, que ocorreu na última quarta-feira (01), a abóbora lá esteve presente, com 287kgs que foram no mesmo dia para a mesa dos canindeenses. O preço pago pela Conab à abóbora fornecida aos projetos de doação simultânea no PAA em Sergipe é considerado excelente (R$ 3,43 o quilo), incentivando os produtores a cultivá-la ainda mais.

No período de janeiro a maio deste ano, os agricultores irrigantes no Califórnia colheram 270 toneladas de abóbora em 13 ha enquanto, no mesmo período, outros 17,7 ha foram semeados com o cultivo, indicando que, até o fim do ano, a colheita deva ser ainda maior. As abóboras cultivadas no perímetro variam de formatos e tamanhos, podendo uma só peça chegar a até 8kgs. A principal variedade é a abóbora jerimum ou de leite, também conhecida por abóbora ‘sergipana’ ou ‘maranhão’. O agricultor Samuel de Oliveira conta que está investindo pela primeira vez na cultura, apostando 2 ha do lote no cultivo da abóbora. “Primeira vez que investimos na abóbora, mas vários agricultores já plantavam antes. Esperamos uma boa colheita e um bom preço do mercado”, relata Samuel.

A depender da produtividade, se promissora, o rendimento pode ser superior a 25 toneladas por hectare, mas isso só ocorre graças à irrigação fornecida e orientada pela Cohidro. O técnico agrícola da empresa, Luís Roberto, explica como foram feitas as orientações para o bom cultivo no lote do agricultor. “O Samuel cumpriu exatamente a orientação técnica. Foram feitas análises de solo e, baseado nisso, ele pôde fazer a adubação de fundação e, depois, as três adubações de cobertura. Uma aos 25 dias, outra próxima da florada, e outra próxima da fortificação, cumprindo assim o ciclo técnico da cultura da abóbora”, explica.

O técnico alerta também sobre os riscos de desperdícios e mal uso de adubos por parte dos agricultores em suas áreas e aponta a necessidade do uso correto dos mesmos. “Por mais orientações que demos, alguns produtores insistem em recorrer a meios diferentes dos que recomendamos, baseados em experiências de outros produtores, que podem dar certo ou não, às vezes configurando erro no processo de adubação. Já verificamos casos de agricultor utilizar dois sacos de adubo, totalizando 100kg por tarefa (0,33 ha), quando na verdade, a recomendação que se use apenas 17kg por tarefa”, conta Luís Roberto.

Cohidro instala novo sistema de abastecimento de água em Pinhão

Em parceria com a prefeitura, sistema atenderá serviços públicos e será reserva estratégica para população urbana e rural durante seca

[Foto: Fernando Augusto]
A cidade de Pinhão, na região do semiárido sergipano, ganhou um novo sistema de abastecimento de água. Anexo ao Ginásio Marcelo Déda, o sistema foi construído pelo Governo de Sergipe, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) a partir de um poço que a própria empresa estadual já havia perfurado no local, e contou com a parceria da Prefeitura de Pinhão. O sistema atenderá às instalações públicas – ginásio e jardins das praças – e servirá ainda à população urbana e rural do município em períodos de seca, quando o abastecimento de água convencional fica comprometido e faz com que produtores rurais busquem água fora de suas localidades. O investimento do Governo de Sergipe nos equipamentos de bombeamento foi de R$ 4,2 mil, enquanto a Prefeitura construiu o suporte em alvenaria para a caixa de força e fará instalação do reservatório.

O secretário de Agricultura de Pinhão, Clodoaldo da Silva, ressalta que o sistema de abastecimento terá diversos usos para comunidades circunvizinhas ao ginásio e também para povoados da zona rural do município. “O poço tem uma ótima vazão, com 8 mil litros/hora e a água é de boa qualidade. A ideia da prefeitura é instalar uma caixa d’água com um chafariz para quem quiser vir pegar água com carroça, balde, com o que for necessário, para uso diverso. É uma reserva estratégica. No verão, a população poderá se servir deste poço, tanto para o pessoal da cidade quanto também para uso dos agricultores”, afirma. O secretário municipal parabeniza os colaboradores do Governo do Estado, da Cohidro e da prefeitura, que trabalharam no poço e disponibilizaram o investimento para construção do sistema.

“A instalação do sistema atenderá, de início, às necessidades públicas da prefeitura municipal, oferecendo paisagismo, lazer e prática de esportes para a população pinhãoense. Para além disso, será essencial em situações de seca e crise hídrica, que inevitavelmente afetam a região, os riachos, tanques e cisternas no campo. Com o chafariz público abastecido pelo poço, a população e os pequenos criadores terão esse suporte de água, oferecido pela prefeitura com nosso apoio”, destacou o diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Carlos Vieira. “A Cohidro está sempre aberta às administrações municipais para realizar atividades de perfuração ou instalação de poços, como neste, um trabalho de cooperação entre as partes para o bem comum”, completa o diretor.

O gerente da Divisão de Instalação de Manutenção de Poços da Cohidro (Dipoços), Roberto Wagner, conta que foram investidos R$ 4.269,73 para estruturação do poço em que foi criado o sistema de abastecimento de água. “Os recursos são provenientes do Governo de Sergipe, através da Cohidro, que dispôs de equipe própria e de todos equipamentos necessários para executar o trabalho de instalação de bomba submersa dentro do poço, tubulação e conexões que elevam a água até a superfície, cabeamento e caixa de força para alimentar o sistema”, explica o gerente.

No período de um ano, este é o quinto poço instalado ou recuperado pela Cohidro em Pinhão, segundo o diretor-presidente da empresa estadual, Paulo Sobral. Anteriormente, a Cohidro realizou obras para instalar ou recuperar sistemas de abastecimento em quatro localidades rurais do município – Baixa Larga, Diogo, Palmazeiro e Rajas – beneficiando quase 400 pessoas, com investimento estadual de outros R$ 14.500. “Não paramos de perfurar poços em todo estado, mas seguindo a determinação do governador Belivaldo Chagas, damos prioridade e destinação de recursos para instalação de poços já perfurados. Tanto para os novos, onde ainda não tenha sido feita a captação de água, quanto dos poços mais antigos, que necessitam de revitalização. Como foi o caso dos poços situados nos povoados Baixa Larga, Diogo, Palmazeiro e Rajas. Isso são somente os feitos Pinhão”, conta o diretor.

ACESSO À ÁGUA: Cohidro e prefeitura de Riachão entregam dessalinizador de água no Fazenda de Cima

Gilane dos Santos [Foto: Fernando Augusto]
Na última quarta-feira (10), em Riachão do Dantas, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro entregou, em parceria com a prefeitura municipal, um complexo sistema de abastecimento de água instalado a partir de um poço salino, em que um dessalinizador torna a água própria para o consumo humano. Beneficiando mais de 35 famílias do povoado Fazenda de Cima, este é o nono poço habilitado a funcionar pela empresa somente neste ano, levando água para outras cerca de 620 famílias atendidas em outros povoados do município, atendendo à determinação do governador Belivaldo Chagas, de concentrar esforços na ativação de poços tubulares para fornecer água à população rural em comunidades distantes das redes convencionais de distribuição.

Juntamente com recursos do programa Água para Todos, do Governo Federal, o Estado investiu, no fornecimento de água em comunidades rurais, recursos na ordem de R$ 5.680.000, para levar água de qualidade para 6.339 pessoas que moram em 37 localidades na zona rural de Sergipe. Em Riachão, o programa também implantou um outro sistema de abastecimento no povoado Cruz dos Palmares, onde vivem mais de 100 pessoas. No Fazenda de Cima vive Dejaile Bispo. Para ela, a vida mudou depois do sistema entrar em operação. “Essa obra, eu agradeço muito. Com as secas, a gente não tinha água, tinha que buscar nos poços com balde e carrinho de mão, e a gente agora tem uma obra muito benéfica, que a Cohidro que trouxe juntamente com a prefeitura. Estamos muito alegres e satisfeitos”.

Outra moradora, Gilane dos Santos, explica melhor como os moradores faziam para obter a água de consumo. “Essa agora é mais saudável. Quando chovia, a gente pegava água da cisterna e guardava essa água como se fosse um tesouro, para no verão a gente não sofrer, para não ter que tomar a água dos tanques de barro”. A agricultora Neide Oliveira, também do Fazenda de Cima, relembra a realidade antes do dessalinizador. “A gente estava precisando muito, era muito sofrimento sem ter água, já pegamos muita água de carroça e hoje é uma benção de Deus. Estamos aqui comemorando essa água em nosso lugar. Agradeço muito a todos que trabalharam por isso, por essa água maravilhosa, doce, filtrada e tratada para gente beber”, comemora.

A contribuição da prefeitura municipal foi essencial. Contratou a concessionária de energia para ampliar a rede elétrica da comunidade e poder oferecer a tensão necessária ao funcionamento do equipamento de dessalinização. Para a prefeita Simone Andrade, o sistema traz qualidade de vida aos moradores. “Não tenho palavras para mensurar o tamanho do impacto que um projeto desses traz para uma comunidade tão sofrida como essa. É saúde para essa população, que estava há anos sedenta por um projeto como esse. Para nós, enquanto gestão, em parceria com a Cohidro, trazer maior acessibilidade com a água para a população, é muito gratificante. Agradeço essa parceria com o governo do Estado, trazendo muita qualidade de vida para a população de Riachão do Dantas”, destaca.

Paulo Sobral, presidente da Cohidro, reforça que as parcerias com as administrações municipais, como ocorre em Riachão, têm sido essenciais para viabilizar a instalação e recuperação dos sistemas em poços. “Antes de entregar esse sistema do Fazenda de Cima, colocamos em funcionamento os novos poços. Um para o povoado Bomfim, outros para o Limoeiro, o Lagoas, o Saco do Bento, o Laje Grande e o meia légua. Da mesma forma, as equipes da Dipoços [Divisão de Instalação e Manutenção de Poços da Cohidro] recuperaram os poços em operação no povoado Palmares I e na Colônia Cipozinho. Todos neste ano. Além das prefeituras, contamos com o convênio federal do Água para Todos, e pelo Estado, temos a parceria da Secretaria de Inclusão e Assistência Social [SEIAS], que disponibilizou mais de R$ 1 milhão em recursos para aquisição de bombas, reservatórios e outras peças para viabilizar a instalação desses poços”, concluiu.

[vídeo] Irrigantes em Tobias Barreto colhem resultados das mudanças na irrigação

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, exibiu no final do mês de maio (23), a satisfação dos agropecuaristas irrigantes atendidos pela Cohidro no Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, com as mudanças propostas pela empresa, aumentando a oferta de água nos lotes, quase todos voltados à pecuária leiteira.

Embora o tempo de distribuição de água tenha sido reduzido para 5 horas diárias, com a redução no consumo de água/dia foi possível voltar a distribui-la diariamente, a partir do uso mais sustentável das reservas da barragem, também usada pelo abastecimento urbano.

Os reservatórios individuais, escavados em cada lote, também foram ampliados na parceria companhia-produtor, de forma a se adequar ao novo período em que a água está disponível. Somente com uma recarga-dia, os novos tanques agora atendem a demanda da propriedade durante as 24h seguintes.

Ao mesmo tempo em que foi racionalizado o uso da água, a Cohidro incentiva esses criadores a adotarem o cultivo de espécies forrageiras mais resistentes à seca e que tragam maior retorno nutricional ao gado de leite, a exemplo da palma, a gliricídia e o capim-açu.

Repolho: uma aposta rentável e saudável para o inverno

Produtor do perímetro irrigado de Lagarto conta as vantagens do cultivo e recomenda não plantar em altas temperaturas

[Foto: André Moreira- ASN]
Rico em vitaminas e minerais, capaz de fortalecer o sistema imunológico, o vegetal é mais produtivo no período chuvoso, entre o outono e inverno. Embora se dê melhor com a chuva, o repolho depende de água todos os dias e por isso se desenvolve bem nos lotes produtivos do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado em Lagarto, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro. A safra no polo irrigado abastece boa parte do comércio de hortifrútis dos municípios sergipanos, principalmente em Lagarto, Simão Dias, Itabaiana, Boquim e redondezas.

O clima pode interferir diretamente no cultivo do repolho. Baseado em experiências anteriores, o agricultor Renilson Araújo relata que não arrisca mais cultivar a planta nas estações quentes do ano. “Plantei de dezembro para janeiro, mas a experiência não foi muito boa. Com muito calor e alta temperatura, mesmo com água, muitas pragas aparecem. A gente pulveriza, mas não tem jeito. Tomei uns prejuízos e agora só planto no período de inverno mesmo e, graças a Deus, nunca mais tomei prejuízo”. O produtor irrigante recebe a irrigação fornecida pela Cohidro em seu lote compreendido no perímetro Piauí, onde também conta com a assistência técnica rural a empresa pública.

José Américo, técnico agrícola da Cohidro que atende Renilson, reafirma o que o produtor disse. “No verão não é bom plantar o repolho, porque a temperatura é alta e atrai muitas pragas, como a broca e a mosca branca. Isso acaba prejudicando a formação da cabeça do repolho. Assim, o produtor terá pouco lucro. Combatendo as pragas e investindo em irrigação, é prejuízo na certa”, alega. Mesmo assim, o técnico recomenda a aplicação quinzenal (sendo que a última seja feita 15 dias antes da colheita) de inseticida que combata a borboleta da ‘lagarta de rosca’. “O repolho tem a vantagem de ter as folhas externas – usadas de adubo para a próxima cultura a ser plantada na área – que, de certa forma, protegem o ‘miolo’ da ação do agrotóxico aplicado, não havendo contato direto com a parte que comemos”, disse ele.

Considerado um vegetal de fácil manejo e produção, o repolho leva cerca de 60 a 75 dias desde a germinação até a colheita e, às vezes, conforme explica Renilson, dispensa o uso de defensivos. “Do plantio à colheita é até rápido, em três dias na bandeja para mudas, as sementes começam a germinar. Com 30 dias mudamos para a terra e, no máximo, com 60 a 75 dias, estamos colhendo. A depender da época, usamos pouco agrotóxico. No inverno, utilizamos apenas uma vez na semana e às vezes nem colocamos. O período de plantio começa em abril e, até agosto, é capaz que dê, mas a partir de setembro em diante não compensa, por causa das pragas”, alerta o produtor, que geralmente vende a unidade do repolho no valor entre R$ 1,50 e R$ 2,00, a depender do tamanho.

Última atualização: 24 de junho de 2020 11:57.