Tem ‘Água para Todos’ em 5 povoados de Santa Luzia do Itanhy e de mais 9 municípios

Em Santa Luzia, somente no Povoado Bonfim a água e fornecida por chafarizes – Foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

Santa Luzia do Itanhy possui cinco sistemas de abastecimento do programa ‘Água para Todos’. Com a água proveniente de poços artesianos, via chafarizes ou redes de distribuição pré-existentes interligadas aos novos sistemas, hoje são abastecidas 494 pessoas nos povoados Bom Viver, Bonfim, Cambui e no Assentamento Cleonice Alves. Em fase de conclusão nas obras da rede de distribuição, uma quinta unidade vai atender mais 238 pessoas no Povoado Mangabeira. Em Sergipe, o convênio entre Governo do Estado e Ministério da Integração Nacional (MIN), é executado pela Companhia de Desenvolvimento de recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Instalando sistemas de abastecimento de água em Sergipe, o programa até agora atendeu 3.752 pessoas, em 23 localidades rurais de Barra dos Coqueiros, Divina Pastora, Estância, Indiaroba, Itaporanga D’ajuda, Japaratuba, Japoatã, Salgado, Santa Luzia do Itanhy e São Francisco. Em outros 17 povoados, nestes municípios e também em Frei Paulo, Ilha das Flores, Muribeca, Riachão do Dantas, Santana do São Francisco, São Cristóvão, Siriri e Tomar do Geru, há unidades prontas para começar a fornecer água, restando apenas a ligação à rede elétrica para por em funcionamento às bombas de captação e, em algumas das unidades onde se fez necessário, dessalinizadores e filtros de ferro.

Serão 107 localidades, em 29 municípios sergipanos, recebendo água para consumo humano, a um investimento federal de R$ 14,4 milhões, somando à contrapartida estadual de R$ 720 mil. Serão mais de 5.000 famílias sergipanas beneficiadas com água própria para o consumo humano, residentes em povoações rurais distantes das redes convencionais de distribuição de água e selecionadas a partir de levantamento socioeconômico independente, licitado pela Cohidro.

Diretor de Infraestrutura da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, explica este trabalho de avaliação da situação socioeconômica das comunidades solicitantes por novos sistemas de abastecimento. “Foram 144 localidades rurais, em 29 municípios, que fizeram pedidos para novos poços, por meio das prefeituras, associações comunitárias e outras entidades governamentais. Destes, saíram as 40 selecionadas da primeira etapa, a partir de criterioso levantamento designado pelo MIN. Concluída esta etapa, teremos mais 67 localidades a serem selecionadas, para começar as perfurações de poços da segunda etapa do ‘Água para Todos’ em Sergipe”, comenta. Ele avalia que ainda neste semestre ocorra o fim das obras da etapa inicial.

Bom Viver

No povoado de Santa Luzia vive José Domingos da Silva, com dois dos cinco filhos. Uma parte do seu lote, situado no ponto mais alta do Bom Viver, ele cedeu para instalação de um reservatório pela Prefeitura Municipal, o qual é abastecido pelo poço perfurado pela Cohidro, distante dali cerca de 4km e com recursos do ‘Água para Todos’. Da caixa d´água suspensa por estrutura de alvenaria, a água escoa para cerca de 60 casas na localidade. Há também um chafariz instalado por meio programa, para atender quem não tem encanamento residencial. “Antes, pegava água na fonte, carregava água por mais de 500 metros. Melhorou muito, a água é boa de beber. Melhorou 100%”, relatou o agricultor que vive da roça e da produção de sua pequena casa de farinha.

“Por depender muito da coleta de informações, que só são conseguidas nas prefeituras, existe um diálogo constante entre a Cohidro, executora do ‘Água para Todos’, e as administrações municipais. Assim, é muito propício acontecer como foi no Bom Viver, da prefeitura complementar o trabalho do Governo do Estado, que tem a verba federal específica para perfuração e construção de sistema de captação e armazenamento de água. Saem ganhando todos, União, Estado e município exercendo suas funções de forma integrada, e a população rural, com um benefício indispensável do acesso à água de qualidade e na comodidade do lar, assim como é na cidade”, considera José Carlos Felizola, diretor-presidente da Companhia Estadual.

Cleonice Alves

Na agrovila do assentamento já existia água encanada até às residências dos assentados, instalada pelo Incra durante o processo de implantação do projeto de reforma agrária. Porém, a captação era em um riacho e não oferecia níveis seguros de potabilidade da água. O ‘Água para Todos’ então forneceu meios para a Cohidro perfurar um poço e instalar a infraestrutura necessária ao bombeamento e a interligação do novo sistema de abastecimento ao reservatório da antiga rede de distribuição, fazendo a água chegar até as 35 casas da povoação.

Gilson Dias Lopes vive no Assentamento Cleonice Alves com a esposa e quatro filhos. O agricultor hoje é o operador do novo sistema de abastecimento e tesoureiro da associação de produtores. Conta que mesmo com a antiga rede, que ele começou a gerenciar 14 anos antes, a população não a usada desse encanamento para o consumo humano. “Melhorou 100%, por que ganhou qualidade da água, que é saúde. Para beber, antes tínhamos umas cisternas enterradas e o sistema que só trazia a água do riacho, até chegar (a tubulação) em um poço, não”, explicou.

Última atualização: 16 de outubro de 2017 08:44.