Barragens cheias animam produção irrigada em perímetros estaduais

Perspectiva é de não faltar água para produção agrícola nos períodos de estiagem.

José Valdeir [Foto: Fernando Augusto]
As barragens que fornecem água aos perímetros irrigados de Poção da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana; Jacarecica II, em Malhador; Piauí, em Lagarto; e Jabiberi, em Tobias Barreto, estão cheias graças ao período de chuvas contínuas no estado de Sergipe. Esta notícia afasta o risco de desabastecimento hídrico nos períodos de escassez de chuvas, regularizando a situação da irrigação pública ofertada pelo Governo do Estado nestes polos de produção agrícola. Já entramos na segunda quinzena do mês de agosto, quando em anos anteriores esses reservatórios já tinham começado a ser usados para a irrigação, e a chuva ainda cai, mantendo o nível máximo das barragens e dispensando a rega das plantas na maioria dos dias.

Segundo a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), é sempre neste mês que as chuvas se tornam menos frequentes e as lavouras voltam a ter necessidade de serem irrigadas, quando se retoma o serviço de irrigação nos seus perímetros irrigados. Para o engenheiro agrônomo desta empresa pública, Paulo Feitosa, este serviço tem uma grande importância socioeconômica para o Estado.

“Em repetição, anualmente, são áreas plantadas de em torno de 6.000 hectares irrigados. Nessas áreas, a exemplo de 2021, colhem mais de 90 mil toneladas de produtos agrícolas dos campos irrigados, isso praticamente está beneficiando por volta de 1.500 pequenas famílias, já que aqui a nossa base é a produção familiar”, destacou Paulo Feitosa. No ano passado, o valor da produção dos agricultores atendidos pelos seis perímetros estaduais foi de mais de R$ 137 milhões. “Isso é de extrema importância não só para as pessoas que vivem disso, o pequeno produtor, mas toda a movimentação da economia local, porque dentro da produção agrícola você envolve maquinários, assistência, insumos, adubos, sementes etc. Então, nisso tudo há uma movimentação dinâmica muito grande no local e no regional”, concluiu o agrônomo da Cohidro.

Agricultor irrigante que produz com a água fornecida pelo perímetro Jacarecica I, José Valdeir dos Santos está satisfeito com a chuva caindo ainda em agosto, esperançoso para um verão de grande produção, com a água que a barragem cheia acumulou. “Melhor assim, porque nós aqui plantamos no período de verão, então o período de inverno estamos quase parando. Só algumas lavouras que aguentam chuva, como o pepino e a alface, que precisa da terra bem molhada. [A barragem cheia] a gente vê assim com muita alegria. Sofremos tanto com a seca que tivemos, e agora ver ela assim transbordando, é só saúde agora, para começar um verão com força total. Quando tirar aqui agora [o pepino] vai ser a batata-doce, que é a mais plantada durante o verão. Ela e o amendoim”, adiantou.

Segurança Hídrica
O engenheiro agrônomo Paulo Feitosa, com base no acompanhamento feito pela própria Cohidro e pela Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, reforça que todas as barragens administradas pela empresa estão com 100% do volume útil reservado. “Neste ano, graças a Deus, todos os reservatórios verteram durante um bom tempo e alguns ainda continuam. Isso praticamente está assegurado [água] para, talvez, até o próximo inverno. Nós estamos com uma perspectiva muito boa e não visualizamos carência hídrica para a atividade advinda desses reservatórios. São cinco barragens do Estado que têm a finalidade de fornecer água para a irrigação, no caso da exploração agrícola, principalmente de culturas olerícolas. Sendo que quatro delas destinam-se também para o consumo humano”, destacou.

Irrigante é exemplo de autossuficiência na produção de carne e leite

A produção de vegetais gera renda extra e seus restos culturais servem para complementar dieta alimentar dos animais, que dão leite e a carne.
Foto – arquivo pessoal

Para além da produção de hortaliças e grãos, a irrigação é, cada vez mais, uma forte aliada na pecuária de corte e leiteira. Principalmente no Nordeste, onde os períodos de estiagem mais prolongados dificultam a produção de plantas forrageiras. Exemplo disso é a propriedade agrícola de Gival Souza, em Lagarto, no Centro-Sul Sergipano. Ele experimenta um certo grau de autossuficiência na criação de bovinos, caprinos e ovinos. Em um ciclo virtuoso, o pequeno agropecuarista utiliza a variedade de capim BRS Capiaçu e restos culturais como ração para a criação de animais que, por sua vez, geram esterco para a adubação destas plantações. O sistema funciona durante todo ano, a partir da água fornecida pelo serviço de distribuição pública estadual do Perímetro Irrigado Piauí.

“Sobre o Capiaçu, pesquisando vídeos na internet, vi a grandeza, as propriedades que ele tem, as proteínas. Então, eu entrei em contato com a Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe), porque eu queria plantar esse capim. E eles me orientaram a forma de plantar em valas, colocando adubo supersimples (fósforo, cálcio e enxofre) no primeiro plantio. Primeiro fiz a sementeira e da sementeira, replantei em 10 linhas de 40 metros. O que está dando para suprir a necessidade do meu rebanho”, pontuou o produtor Gival Souza, irrigante do perímetro administrado pela Cohidro, empresa que também fornece a assistência técnica rural aos lotes irrigados. Atualmente o rebanho do pequeno criador é de 15 ovelhas, 8 cabras e 2 vacas.

Dentre as três criações, Gival Souza está investindo mais nas cabras. “O leite de cabra está sendo bem aceito no mercado, para quem tem problema de rejeição à lactose, porque tem um baixo teor de lactose. Estou até me juntando com o pessoal aqui do povoado Brejo, para formar uma cooperativa e fazer uma fábrica de laticínio de leite de cabra. Crio vaca também, tenho piquetes que dão para todo rebanho. Tenho duas vacas e todo ano elas dão duas crias. Vendo o leite das vacas para uma sorveteria local, e está dando certo. A comida do gado eu produzo aqui na propriedade, através do perímetro irrigado, da irrigação. Porque planto a macaxeira, para a venda no comércio e a que sobra o gado come. Planto o milho verde, vendo as espigas e a palha, faço a silagem para o gado e tem o capim, o BRS Capiaçu”, contou o produtor.

O técnico da Cohidro, Jackson Ribeiro, que presta assistência técnica aos produtores em Lagarto, ensina que o corte do BRS Capiaçu deve ser aos 50 dias depois de plantado, período em que a planta terá em torno de 2,5m de altura e o seu nível de proteína bruta será de aproximadamente 9,7%. “O caso do produtor Gival é especial para nós, porque ele produz seu próprio insumo. Ele está iniciando uma criação de caprinos, tem ovinos, também tem bovinos e vem seguindo toda recomendação que a Cohidro passa, cortando o capim bem rente ao chão, que vai facilitar o perfilamento do capim. Quando chega no final da capineira, que são 450m², a parcela cortada no início já está boa de cortar de novo”, explicou o técnico.

O lote de Gival Souza tem um total de 2 hectares (ha), sendo 0,4 ha irrigável, onde ele planta macaxeira, milho e o BRS Capiaçu. O restante ele usa para plantar mandioca, que dispensa o uso de irrigação, mas que as suas folhas e ramos (manivas), também servem de ração animal. “Ele não compra ração e essa é uma novidade para o pequeno produtor rural que produz tudo na sua propriedade. Ressaltando que ele também planta milho e tudo isso é possível por conta da irrigação”, avalia Jackson Ribeiro. “Vale destacar que a Embrapa fez vários testes em 17 estados do Brasil com o ‘capim elefante’, onde 50 clones foram testados, chegando ao que foi batizado de BRS Capiaçu, o melhor que se adaptou à nossa região”, complementou Jackson Ribeiro.

Inverno facilita plantio e gera lucro para quem cultiva repolho em Lagarto

Rico em fibras que ajudam na digestão, a hortaliça é um alimento versátil, consumido cozido ou cru.

Lagarto, no Centro-Sul Sergipano, está em plena colheita do repolho. Produtores aproveitam o bom preço de mercado e o clima frio, que diminui custos com irrigação e defensivos, para gerar mais renda na colheita e comercialização da hortaliça. Produção que coloca no mercado um produto cultivado aqui mesmo em Sergipe e que varia a dieta alimentar da população com uma opção saudável, por ser um ítem do grupo das verduras e legumes. No perímetro irrigado estadual Piauí, que distribui a água captada na barragem pública Dionísio Machado, naquele município, são cerca de oito agricultores irrigantes colhendo repolho na primeira quinzena de julho.

As lavouras iniciadas no outono, a partir da irrigação, têm nas chuvas de inverno uma aliada, que ajuda a molhar os pés de repolho e reduz a temperatura. O frio diminui a incidência de pragas e torna o clima mais parecido ao do Mediterrâneo. Naquela região, há quase 2 mil anos, o homem fez a seleção de plantas silvestres até chegar ao repolho.

Há 10 anos plantando repolho a partir da água do perímetro de Lagarto, Renilson de Jesus Araújo conta que ainda vai colher das hortaliças, mas que o ciclo termina logo, antes que o período de chuvas termine. “Na primeira etapa, colhi em torno de 4 a 5 mil ‘cabeças’ e ainda estou colhendo. Foi de 1,5 tarefa (0,45 hectare), a área do repolho que eu plantei, em torno de 10 mil plantas. O plantio de repolho no inverno, aqui para nós sempre é melhor, porque você não usa muito agrotóxico e molha pouco, graças a Deus está sendo uma colheita boa. Já colhi desde a semana passada, mas nesta semana eu acabo”.

Gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida informa que são cerca de oito produtores colhendo no mesmo período que Renilson, de olho nos benefícios do clima frio e no bom preço do mercado. “A expectativa é que a produção neste ano aumente em relação ao ano passado, quando a gente ainda sentia os efeitos da pandemia. Embora o ciclo rápido do repolho, em torno de 60 dias, ocorra a maior parte na época em que em Lagarto está chovendo, existe um período em que a irrigação é necessária. Por outro lado, a Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe) fornece a irrigação, mas também presta a assistência técnica agrícola aos agricultores de todo perímetro irrigado”, conclui.

Renilson Araújo vende parte da sua produção para feirantes de Lagarto e a outra, entrega para comerciantes atravessadores. Ele explica que, embora tenha conseguido vender o seu repolho por R$ 2,5 a unidade, esta ainda não é a época de melhor preço para pôr o produto no mercado. O que mais compensa é o baixo investimento na lavoura. “Em questão de preço, é porque é menos praga neste período. É um preço razoável, mas no verão ele sobe. Quem planta logo no começo (do ano) pega um preço bom, aí de agora em diante o preço é mais barato, mas dá menos praga, você usa menos veneno. Daí o gasto também é menor, mas é bom porque não dá prejuízo. Se a gente for plantar de agora em diante, não tira ele bom, mais. Só tira bichado e com excesso de agrotóxico”, justifica.
Cultivo do repolho
Segundo o produtor, salvo às recomendações fitossanitárias e de adubação para correção de solo feitas por um técnico agrícola ou engenheiro agrônomo, o cultivo do repolho é rápido e simples. “Planta em sementeira e depois de 30 dias vai pra área de plantio”, acrescenta Renilson. Ao todo, serão por volta de 60 dias, desde a semeadura das mudas, o tempo que leva para colher o repolho. Quando não há chuva suficiente, em torno de 4 milímetros diários, é usada a irrigação por aspersão simples, de forma que molhe por cima da planta. “O espaçamento é de 40 cm de um pé para outro de 1m, de uma carreira para outra”, complementa o produtor irrigante.

[vídeo] Irrigantes pela Cohidro em Lagarto faturam com amendoim no período junino

A safra do amendoim no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo de Sergipe em Lagarto, já era para ter terminado. Voltando à colheita na época de verão. Mas ainda tem irrigante atendido pela Cohidro colhendo e faturando bem com o amendoim.

Isso acontece por conta da safra das lavouras de sequeiro não terem começado o ano com boas chuvas e ainda teve a retomada das festas juninas com todo gás, depois de dois anos de pandemia. Tudo motivando a alta na procura e o preço bom para a venda da produção.

Essa foi a matéria mostrada pelo programa Sergipe Rural do sábado (18), na Aperipê TV. Os agricultores do perímetro têm assistência técnica agrícola e água de irrigação fornecidas pela empresa pública. Benefício que permite a eles produzirem o ano todo, faça chuva, ou sol. Aproveitando os períodos em que o mercado é mais promissor para este ou aquele produto.

[vídeo] Barragens cheias e milho verde para o período junino em Lagarto são destaque no Agro-SE

No Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo de Sergipe em Lagarto, a produção de milho verde é constante, mas para o período das festas juninas, a expectativa é de que os irrigantes atendidos com água de irrigação e assistência técnica agrícola pela CohidroSE colham 579 mil espigas, de um total de 2.847.200 que todos os perímetros irrigados estaduais vão produzir no mês.

Esta foi uma das histórias que o programa Agro-SE, da TV Atalaia, mostrou na quarta-feira, dia 15. Eles visitaram produtores que plantam com a irrigação da Cohidro, ainda no período de estiagem, para colher agora no período de chuva. Confiantes da retomada das festividades depois do fim das restrições sanitárias da pandemia, mas garantidos de que se não vender o milho em espiga, tem muita demanda para a produção de ração animal.

O Agro Sergipe também mostrou que em Itabaiana, as barragens dos perímetros irrigados Poção da Ribeira e Jacarecica I, foram carregadas pelas chuvas das últimas semanas. A do Jacarecica I, encheu, com a água extravasando pelo vertedouro do reservatório já no último dia do mês de maio.

Na barragem Ribeira, que teve sua capacidade ampliada pelas obras de desassoreamento do Programa Pró-Campo, do Governo do Estado. Hoje já vertendo, na época da matéria faltam centímetros para o reservatório verter. Suprindo a expectativa dos técnicos da Cohidro, que administra também estes outros dois perímetros irrigados, e dos 466 irrigantes.

 

[Vídeo] Irrigação pública em Lagarto produz amendoim para as festas juninas

O Programa Agro-SE, da Tv Atalaia, foi até Lagarto, mais precisamente no Perímetro Irrigado Piauí, para mostrar que a irrigação fornecida pela Governo de Sergipe, através da Cohidro, permite ao agricultor plantar o amendoim antes do período de chuva. Fazendo com que na época das festas juninas, as vagens estejam prontas para colher e aproveitar o clima de São João para gerar mais no campo.

Além da água de irrigação, o irrigante do perímetro Piauí conta com a assistência técnica da Cohidro, para determinar a melhor forma de plantar e cuidar das roças. Outra particularidade do Piauí, é que o amendoim geralmente sai do perímetro já cozido. Pronto para ser consumido da forma que se tornou Patrimônio Imaterial de Sergipe, beneficiamento que gera ainda mais renda para as comunidades compreendidas pelo projeto de irrigação estadual.

Irrigantes do perímetro Piauí aderem ao microcrédito Agroamigo do BNB

Na terça-feira (07), no Perímetro Irrigado Piauí em Lagarto, irrigantes se reuniram no escritório da Cohidro para conhecer as propostas de microcrédito rural específicas para os agricultores familiares com a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) do Grupo B, com renda bruta familiar até R$ 23 mil, oferecidas pelo Banco do Nordeste (BNB) em seu Programa de microfinanças ‘Agroamigo’.

A Cohidro, que administra aquele perímetro do Governo do Estado de Sergipe, fornecendo água para irrigação e assistência técnica nas propriedades agrícolas nele compreendidas; colaborou na formalização dos agricultores. Facilitando a emissão de toda a documentação para que eles pudessem participar da linha de crédito subsidiada com recursos federais.

Para a companhia estadual, facilitar o acesso ao crédito significa maior produção, renda e oferta de alimentos. Correspondendo positivamente ao investimento feito pelo Governo do Estado em tecnologia e recursos hídricos para o agricultor cultivar e colher o ano inteiro.

A maioria dos irrigantes presentes ao encontro topou a proposta do BNB. Vendo a vantagem de tomar o empréstimo que, ao ser quitado, o agricultor familiar paga um valor menor do que recebeu e com a renovação automática do microcrédito. Desde que ele cumpra corretamente com as suas obrigações com o banco e siga as regras do programa.

Cooperativas de Lagarto e Salgado têm apoio da Cohidro para atuar na compra com doação simultânea de alimentos

Em 14 anos, 4,2 mil ton. de alimentos foram doados a 155.701 pessoas em insegurança nutricional. 1.693 participações de irrigantes dos perímetros estaduais pagaram mais de R$ 10,6 mi

[foto: Fernando Augusto]
O cooperativismo foi pauta de reunião ocorrida na última semana em Lagarto, com a participação das cooperativas dos Produtores Agrícolas do Território Sul De Sergipe (Coopatsul), dos Agricultores Rurais Banco da Terra (Coopebant); das gerências do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado naquele município, e de Agronegócios da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). O setor da empresa assessora os agricultores irrigantes dos perímetros irrigados do Governo do Estado a participar do Programa Alimenta Brasil (PAB), incentivando os produtores a participar de associações e cooperativas agrícolas para facilitar a comercialização e compra de insumos coletivos. De outro modo, também faz a intermediação e apoia grupos com atuação fora dos perímetros.

Quem motivou a reunião foi a Coopebant. A presidente, Isabel Cristina, entende como essencial o apoio da Cohidro para conquistar novos cooperados entre irrigantes do perímetro Piauí. “O interesse é convidar esses agricultores, para que eles participem de um plano produtivo, um calendário produtivo nas necessidades ociosas de cada produtor que já está sendo acompanhado pela Cohidro e outros, que queiram também participar do projeto da Coopebant”, explicou. Para Isabel Cristina, a participação no PAB e as vendas coletivas para compradores fora do estado são um incentivo para a cooperativa se estruturar. “Uma proposta que vai ser encaminhada à Conab, e quando tiver outro estado que tenha uma cotação melhor, que venha agregar à cooperativa valores melhores para aquele produtor”.

Em 14 anos, o saldo do PAB nos perímetros estaduais é de 4,2 mil toneladas de alimentos doados para alimentar, pelo período médio de um ano, 155.701 pessoas em insegurança nutricional, movimentando mais de R$ 10,6 milhões, pagos nas 1.693 participações de agricultores irrigantes dos perímetros. Gerente de Agronegócios na Companhia, Sandro Prata considera que a Coopebant está no caminho certo. “A proposta é boa, porém, a longo prazo. Mesmo porque a cooperativa está em um processo de renovação. A retomada requer muitas parcerias. Para participar do PAB, vamos aguardar os próximos passos; que são a regularização de DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf), de pessoas físicas e jurídica; o comprometimento dos produtores; e a quantidade necessária de cooperados que queiram participar”.

Técnico da Cohidro que também participou da reunião, Valério Lafaiete avaliou positivamente o interesse das cooperativas ao expor suas demandas à equipe da empresa pública. “A parceria da Cohidro com as cooperativas dos municípios de Salgado e Lagarto, será importante no que tange a possibilidade da assistência técnica ‘in loco’, visando uma maior produtividade e diversidade de hortifrutis. Além de um melhor direcionamento aos canais de comercialização, através da orientação aos programas de aquisição de alimentos”, considerou o engenheiro agrônomo. Também funcionário da Cohidro, ainda participou da reunião o gerente do Piauí, Gildo Almeida.

Sueli Rodrigues é presidente da Coopatsul, que tem 74 cooperados; tem participação no PAB do Governo do Estado, Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e no Mesa Brasil, do SESC; e tem sede em Salgado. Na reunião, ela tanto visualizou a possibilidade de parceria entre a sua cooperativa e a Coopebant, que tem um projeto de construção de um condomínio rural em seu município; quanto reiterou a importância do apoio que recebe da Cohidro, companhia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

“Essa comunicação da Cohidro para nossa cooperativa já tem uns 5 a 6 anos. Não para fazer projetos, mas para tirar dúvidas. Em questão de projetos da Conab, a gente sempre teve apoio do pessoal da Cohidro para nos ajudar. Hoje tem esse apoio em um novo projeto, não feito por nós, mas sim por outra cooperativa, mas com a nossa pretensão de participar também, junto com essa outra cooperativa. Eu creio que o apoio da Cohidro é essencial, pelo perímetro irrigado daqui de Lagarto e a nossa parceria junto com os projetos”, concluiu a presidente Sueli Rodrigues.

[Vídeo] Perímetro irrigado de Lagarto vai ter muito milho verde para as festas juninas

O Programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, esteve no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo de Sergipe em Lagarto; para mostrar que os polos irrigados administrados pela Cohidro estão estimando uma produção de milho verde de 2.847.200 espigas. Colheita maior que a do ano passado. A reportagem foi exibida no último sábado (29).

É estímulo ao produtor o fim do isolamento social por conta da pandemia. O que permitiu a realização de eventos públicos. De olho nas pessoas que vão festejar São João e São Pedro, o irrigante aposta em áreas maiores do que no ano passado. Como é visto em lagarto, onde os irrigantes deverão colher em torno de 600 espigas.

Agricultores devem colher 2,8 milhões de espigas de milho verde irrigado no período junino

A estimativa de produção de espigas para as festas deste ano supera em torno de 300 mil unidades à colheita de 2021

[foto: Vieira Neto]
O milho verde é cultivado o ano inteiro nos perímetros públicos de irrigação do Governo do Estado de Sergipe, mas nas festas juninas ganha um destaque especial na cozinha, devido à grande demanda pelo incremento no consumo in natura, cozido ou assado, servindo de base para a canjica, pamonha e bolos, o que leva também ao aumento na produção.

Segundo dados da Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), empresa pública vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura Desenvolvimento Agrário e da Pesca, em quatro dos seus seis perímetros irrigados – Califórnia, Jacarecica I, Jacarecica II e Piauí – são esperados 2.847.200 unidades de espigas colhidas até o final de junho. O Califórnia, situado em Canindé de São Francisco, é onde está sendo aguardada a maior colheita, com 1.158.000 espigas para o período junino.

O secretário de estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, está otimista com a produção de milho verde nas áreas irrigadas que, segundo ele, somada à produção para forragem e para comercialização do grão, consolida o cultivo de milho em Sergipe. “Estamos vivendo dois momentos importantes: o da colheita do milho verde para os festejos juninos, com safra superior ao ano passado; e outro momento de início do plantio para produção do grão nas áreas de sequeiro, com estimativa superior a 740 mil toneladas. A consolidação dessa cultura é resultado do esforço dos produtores na aplicação correta das tecnologias e o apoio decisivo do Governo Estadual para os pequenos, médios e grandes produtores”, destaca o secretário.

O diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, ratifica o otimismo na produção de milho verde nos perímetros irrigados administrados pela empresa pública. “Mesmo com alta nos preços dos insumos, a expectativa do irrigante é a de que estas festas juninas superem, em muito, as dos dois anos anteriores, quando tinha o isolamento social da pandemia. Por isso que a nossa estimativa de produção de espigas para as festas deste ano supera em torno de 300 mil unidades à colheita de 2021”, reforça.

O presidente ainda informa que, caso as espigas não sejam comercializadas, não há perdas nas lavouras de milho. “Se não vender as espigas, o irrigante tem comércio para vender a produção em forma de forragem para a pecuária ou então produzir o milho em grão, que também está com um preço ótimo de mercado. A Cohidro fornece água de irrigação e assistência técnica, o que reduz os custos de produção para este agricultor”, concluiu Paulo Sobral.

Um dos exemplos de boa colheita vem do agricultor Jackson Simões Fontes, do Perímetro Irrigado Piauí, no município de Lagarto. Ele é filho de agricultores e sempre trabalhou com o cultivo irrigado. Hoje, em sua terra, tem reservadas duas tarefas exclusivas para o milho verde. “A colheita de milho e amendoim é certa todos os anos. Ano passado, colhi 7 mil espigas e, agora em 2022, estou fazendo experiência com duas variedades diferentes e espero colher, no mínimo, 10 mil espigas. Também tenho uma tarefa de amendoim”, diz o produtor. O gerente do perímetro Piauí, mantido pela Cohidro, Gildo Almeida, informou que a previsão é produzir 579 mil espigas em todo o perímetro neste ano, numa área equivalente a 18,1 hectares.

Última atualização: 28 de junho de 2022 11:44.