Governo autoriza retomada do anteprojeto do Canal de Xingó

A Cohidro esteve presente no ato em que o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi e o governador Jackson Barreto assinaram a autorização para a retomada da elaboração da primeira fase do anteprojeto de engenharia do Canal de Xingó, ocorrido na sexta-feira, 26, no Palácio de Despachos.

O canal vai ter uma vazão de 36 m³/s, já assegurada pela ANA, que será disponibilizada para atender aos projetos de irrigação do Perímetro Irrigado Califórnia da Cohidro, e do Jacaré-Curituba (Codevasf), além do Manoel Dionísio (a ser implantado).

O ministro também autorizou a liberação de R$ 60 milhões para a conclusão da ampliação das adutoras Tomar de Geru, Sertaneja e Alto Sertão e entregou o Sistema de Abastecimento de Água para comunidades rurais de Porto da Folha.

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Fonte: AGÊNCIA SERGIPE DE NOTÍCIAS

Irrigação da Cohidro vai gerar R$1,3 mi em alimentos para doação

Os produtos são entregues, em média, a cada 15 dias devido a perecividade

Agricultores que são atendidos pela irrigação pública, oferecida pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), têm oferta de água para produzir alimentos ininterruptamente e na mesma quantidade o ano inteiro. Isso cria uma maior facilidade para eles cumprirem os contratos com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), gerido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na semana passada, mais duas associações de produtores assinaram contrato e três delas iniciaram a entrega de alimentos às entidades beneficentes inscritas.

Hoje são quatro associações de produtores dos perímetros da Cohidro que possuem contratos em vigência, totalizando 648 toneladas de alimentos gerados por 171 agricultores que serão remunerados em R$ 1.367.445. Compromissos em que a Conab remunera os agricultores para que sejam feitos os repasses, duas vezes por mês durante um ano, às entidades sócio-assistenciais credenciadas na homologação das propostas ao PAA e que atendem 18.260 pessoas em situação de insegurança alimentar.

Sandro Luiz Prata, Chefe da Divisão de Agronegócios da Cohidro, é diretamente responsável por assessorar os produtores na confecção e trâmites burocráticos das propostas enviadas à apreciação da Conab, um serviço que complementa o fornecimento de água e a assistência técnica que a Empresa oferece aos agricultores, nos perímetros. “Além dos contratos em andamento, estamos trabalhando para homologar novos contratos com o PAA para entrar em vigência já em 2016, no perímetros irrigados: Piauí em Lagarto, em Riachuelo no Jacarecica II e ainda no Califórnia, este em Canindé de São Francisco”, acrescenta.

O Analista da Conab, Engenheiro Agrônomo José Bomfim Júnior, durante a assinatura de contratos, dia 16, confirmou que a assistência da Cohidro auxilia na composição das propostas oriundas de produtores dos perímetros irrigados e explica que “a reunião foi uma orientação para as entidades que vão participar do PAA e deixando bem claro os objetivos, em termos de não fazer qualquer coisa errada e seguir corretamente o projeto. O dinheiro já está na conta bloqueada das associações e a partir de agora eles podem entregar os produtos que, à medida que já forem prestando contas, nós da Conab iremos liberando o dinheiro,” garantiu.

Contratos assinados

De Lagarto veio a Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip) assinar o contrato para passar a entregar, a partir de 22 de março, 296 toneladas de alimentos. Antônio Cirilo Amorim, presidente da entidade, explica de que forma o PAA contribui com o agricultor. “O mercado hoje tem vários preços e na Conab é um preço garantido e vai beneficiar assim, mais de 69 agricultores nesse projeto e mais de seis mil pessoas receberão esses produtos. É muito gratificante, é muito compensador e a gente fica feliz por mais um projeto em Lagarto. Vai para cinco projetos que participamos já, só da Associação”, completou.

Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, considera crucial a Empresa dar este auxílio ao produtor, para atuar neste e em outros programas governamentais que possam trazer benefício ao homem do campo, dentro dos perímetros irrigados. “Faz parte de nosso papel de incentivar a produção agrícola, assim como fazemos fornecendo água e assistência técnica. Para nós, é muito gratificante que esses projetos bonifiquem os produtores, com preços justos pela riqueza que é fruto do seu trabalho. Muito melhor quando sabemos que a Conab beneficia a população carente com esses alimentos, produzidos com o nosso apoio”.

A outra entidade que acaba de assinar contrato é a Associação dos Moradores e Amigos do Povoado Mangueira, formada por agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado da Ribeira, em Itabaiana. O presidente, José Silva de Menezes, vê no PAA uma forma do produtor evitar os intermediários. “Atravessador só quer comprar barato e como esse dinheiro da Conab vem para os agricultores, é bom por que o preço sai mais caro. Porque tem tempos mesmo lá que são baratas demais as plantações e na Conab é fixo. Bom para a gente, que coloca e mais ainda para quem recebe, que é gente carente”, avaliou.

Entregas

A Associação do Povoado Mangueira foi uma das que, na quinta-feira, 18, fez a sua primeira entrega de alimentos, diretamente a três entidades beneficentes também de Itabaiana. Foram, por exemplo, 565 quilos de Cenoura, mesma quantidade também de Quiabo e Vagem; 525 de Inhame e ainda outros 500 de Batata-doce. Totalizando, foram mais de sete toneladas de 16 alimentos variados, compondo uma dieta básica para doação in natura à população assistida pelas ONGs. Até o final da vigência de um ano do contrato, serão 113 toneladas entregues só por estes 35 agricultores da Ribeira.

No mesmo dia e no mesmo Perímetro Irrigado, outros 34 produtores da Associação dos Moradores e Amigos do Povoado São José (AMAPSJ) entregaram também Aipim, Pimentão, Rúcula e mais 13 tipos de alimentos, totalizando 6,4 toneladas. Produtos doados, pelo vínculo do PAA, ao Centro Sócio Cultural de Barra Dos Coqueiros e a Associação de Moradores e Amigos de Pedra Mole, entidades que vão dividir as 103 toneladas produzidas por estes agricultores irrigantes da Ribeira, até o fim do contrato.

O agricultor José Carlos Xavier é irrigante da Ribeira e fez a entrega de 10 sacos, de 50 quilos, de Batata-doce. Fará este mesmo processo duas vezes por mês, durante um ano. Ele conta que agora, que é verão e o produto é mais valorizado, o preço de mercado até supera o valor pago pela Conab, mas isso não garante um ganho estável durante todo ano, como proporciona o Programa. “Recebo R$50 pelo saco, serão R$ 8 mil sem os impostos, bruto, até o final do projeto. Vale mais a pena no inverno, quando o preço de mercado baixa”.

Em Malhador, no dia 16, a Associação dos Trabalhares Rurais do Perímetro Irrigado Jacarecica II (Astrapicica) também fez sua a primeira entrega do ano ao PAA e iniciou a temporada 2016 de doações nos perímetros da Cohidro. Neste projeto, os produtos são destinados a 3,5 mil pessoas assistidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Areia Branca. São 33 agricultores irrigantes que vão fornecer, durante um ano, 135.700 quilos de alimentos como Inhame, Aipim, Quiabo, Maxixe, Batata-doce, Folhosos, Acerola, Abobora, Abobrinha e outros.

Farmácia Viva no Perímetro Piauí é tema de reportagem de TV

No último domingo, 14, o programa Estação Agrícola, da TV Sergipe, levou ao ar a reportagem que mostra a Farmácia Viva do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. Neste projeto de parceria, Cohidro forneceu o espaço, sistema de irrigação, estrutura e a água usada diariamente. A Universidade Federal de Sergipe (UFS) administra o herbário para tanto realizar aulas práticas de seus cursos de fitoterapia, como também para servir de berçário de mudas, na criação de novas farmácias em outros municípios.

Rosimeire Barbosa, mais conhecida como Meirinha, é Coordenadora do Curso de Extensão no Campus de Lagarto e é quem cuida da Farmácia Viva. Os agricultores irrigantes atendidos pela Cohidro também participam, levando mudas das plantas que conhecem e usando as que tem no acervo, seja para uso medicinal, seja para fins fitossanitários, para tratar de pragas nas plantações orgânicas. Assista o vídeo:

TVs mostram a colheita e melhora no preço da Batata-doce nos perímetros irrigados

A alta no preço de venda do produto, aliado a facilidade e baixo custo de cultivo, fez aumentar em cerca de 20% o tamanho da produção de Batata-doce no Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Cohidro em Lagarto.

O programa Sergipe Rural, da TV Aperipê esteve para mostrar que os produtores comemoram um preço inédito, que está garantindo melhor rentabilidade para quem produz, garantindo mais renda e mais postos de trabalho para os trabalhadores temporários.

Já no Jacarecica II, pólo de irrigado da Cohidro que fornece água para áreas dos municípios de Malhador e Riachuelo, a Batata-doce está bem adaptada ao clima e ao solo da região e se tornando uma das culturas favoritas dos agricultores irrigantes do Perímetro. Foi o que mostrou o programa Estação Agrícola, da TV Sergipe, neste domingo.

La alta no preço de venda fez com que aumentasse mais ainda o interesse no cultivo da raiz. No final do ano passado alcançando valores próximos dos R$ 1,20 o quilo, é bastante provável que a produção deste ano dobre a alcançada em 2015 no Jacarecica II, que foi de 450 toneladas em seu total.

Em parte, o aumento do preço de compra se deve a maior procura pelo produto, dado ao universo fitness ter abraçado a ideia do seu consumo diário nas dietas tanto de emagrecimento, quanto para ganho de massa corporal.

Agricultura orgânica cresce entre irrigantes pela Cohidro em Malhador e Riachuelo

Irrigação pública motiva a produção de hortaliças no Jacarecica II

Agricultura Familiar é aquela onde a mão de obra é em maior parte provida por seus entes; possui até quatro módulos fiscais, suprimindo a mecanização e na maioria dos casos, tem área de plantio anexo às residências. Esses são fatores que por si sós desqualificam o uso de defensivos agrícolas químicos neste modelo, que é o predominante no Jacarecica II. Nesse perímetro da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), a área irrigada abrange Riachuelo e Malhador. Lá tanto existem produtores em processo de transição agroecológica, como orgânicos registrados e até certificados.

Raízes, frutas e folhosos são produzidos a níveis mínimos de agrotóxicos ou nenhum. 11 produtores rurais no Jacarecica II integram um Organismo de Controle Social (OCS), onde um registro feito junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) os qualificam somente a venda direta ao consumidor. Mas dois deles também pertencem a um segundo grupo de produtor orgânico, os que compõem a Associação dos Produtores Orgânicos do Agreste (Aspoagre), também agregada por agricultores dos perímetros da Cohidro em Itabaiana. Por meio dessa segunda entidade, eles têm sua produção orgânica garantida pelo selo da IBD-Certificações, permitindo assim a comercialização no mercado atacadista.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrário da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, reconhece que em todos os perímetros da Companhia que são voltados à agricultura, há grupos de agricultores se convertendo aos métodos agroecológicos. “O natural é que conforme eles fossem progredindo em suas áreas plantadas, recebendo irrigação contínua e assistência técnica da Empresa, eles fossem adquirindo o potencial para inovar. O cultivo orgânico tanto oferece vantagens, por rentabilizar melhor os produtos, quanto evita os riscos causados com a contaminação de quem trabalha e consome esses alimentos”, disse.

Essa está sendo a visão do produtor José Carlos de Andrade, agricultor de Riachuelo que produz em seus dois hectares irrigados no Assentamento Colônia Penha. Lá ele cultiva Couve, Cenoura, Quiabo, Coentro, Amendoim, Alface de vários tipos e Pimentão. Embora ele ainda lance mão aos agrotóxicos, ele tanto tem a preocupação de respeitar os prazos de carência dos produtos como também só usa em último caso. “A última vez que usei foi numa plantação de couve anterior a esta de agora, quando ela estava novinha deu um ‘fogo’, que sapeca a parte trás da folha”, admitiu.

A intenção de José Carlos é se tornar um produtor orgânico registrado e para isso, já toma atitudes visando a sua conversão de método produtivo. “De vez em quando eu dou uma passada de um preparado de Nim e urina de gado, o que evita o uso de veneno”, informou o agricultor, sobre a planta em que o extrato de suas folhas serve de inseticida natural e que é usada massivamente nos cultivos agroecológicos. O agricultor sente a necessidade da mudança quando vende seus produtos em feiras de Riachuelo e de Itabaiana. “Às vezes perguntam, tem gente procurando sempre, gente que quando descobre que não é orgânico desiste de comprar. Por isso a gente procura essas alternativas”, completou.

José Jenaldo Oliveira é o Técnico Agrícola da Cohidro que atende José Carlos. Ele acredita no que diz o produtor, porque ele consulta a assistência técnica da Empresa nesses casos, em que vê ser necessária a aplicação de defensivos. “Ele aqui é um dos melhores produtores, pela quantidade que produz e pela facilidade em que assimila nossas explicações. Não dá trabalho algum”, resumiu, considerando que no Jacarecica II são muitos outros produtores procurando um direcionamento mais voltado a agricultura orgânica, mesmo não possuindo registro junto ao MAPA ou uma certificação autônoma.

Para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, a Empresa tem oferecido tanto os canais corretos para o produtor usar o agrotóxico, quanto à disponibilidade para a conversão agroecológica. “Seja usando veneno ou virando produtor orgânico, os técnicos da Companhia estão disponíveis ao atendimento direcionado. Mas se tratando do método mais seguro e rentável para as pequenas produções, é óbvio que o empenho de nossas equipes tem sido incentivar a produção livre de agrotóxicos, intercedendo por eles junto aos órgãos reguladores e dando a instrução correta aos grupos de orgânicos que vem se formando nos perímetros Irrigados”, confirmou.

Veteranos

Na Associação de Pequenos e Médios Empreendedores Rurais de Produção e Comercialização de Orgânicos do Município de Malhador (APM-Cultiva) são 14 integrantes do Assentamento Grupo dos 20 que participam, 11 deles referendados legalmente para a venda de produtos orgânicos. José Luiz dos Santos é produtor certificado pelo IBD e coordena as vendas na Feira Sobre Rodas, ônibus adaptado que atualmente vende, todas às quintas-feiras, aos funcionários das duas unidades da Petrobras em Aracaju. “Hoje sou responsável por fornecer os folhosos para a feira volante, mas temos também frutas e tubérculos orgânicos. Em breve vamos voltar a ficar um dia por semana no Shopping Riomar, assim que eles terminarem as reformas. Vamos ter até um local exclusivo para nós lá”, anunciou.

Adquirido através do Edital de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais (APL) de Baixa Renda, da Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (SEIDH), o veículo da APM-Cultiva tem como foco a venda em pontos estratégicos da capital Aracaju. Segundo o Gerente do Jacarecica II, Osvaldo de Oliveira Andrade, a irrigação da Cohidro tem possibilitado o cultivo de hortaliças, raízes, frutas e grãos pelos métodos orgânicos no Perímetro. “Os integrantes da Entidade cultivam no método orgânico melancia, maracujá, mamão, laranja, inhame, verduras e vendem nessa feira itinerante”, relatou.

Dernival Lima de Oliveira é um dos produtores orgânicos do Grupo dos 20. Ele explica que no APM-Cultiva, todos compartilham a responsabilidade com a qualidade dos alimentos produzidos pelo grupo e não só com a sua própria plantação. “Com a irrigação, produzo milho e macaxeira uma tarefa cada um, duas de inhame e parceria em mais uma tarefa de laranja, tudo orgânico. Dentre as medidas para garantir que o produto seja orgânico, temos um minhocário e usamos a adubação biológica com o ‘Biogeo”, relatou ele sobre o preparado fermentado com esterco animal e restos culturais.

Visita técnica à produção de Pimenta-do-reino anima irrigantes pela Cohidro

Luiz Barbosa, José Armando de Menezes, João Pacheco, gerente Gilvanete Teixeira, Hugo e Rivaldo França e Gidelson

Produtores do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, fizeram visita técnica em uma produção comercial de Pimenta-do-reino no município de Arauá, no dia 27 de janeiro. Organizado pelo escritório da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no Pólo Agrícola, a viagem tem como objetivo a introdução da atividade também nos lotes dos produtores assistidos pela Empresa, assimilando as técnicas e conhecendo os insumos, em uma propriedade que fica no mesmo Estado e que já colhe bons resultados.

Gilvanete Teixeira, gerente do Perímetro Piauí, explica que esta não é a primeira vez que os agricultores estão tentando cultivar a Pimenta-do-reino no Pólo de Irrigação. “Noutra oportunidade, alguns desses agricultores foram até o Sul da Bahia visitar uma produção e até tivemos a visita de um dos produtores acostumados com o cultivo, que esteve em Lagarto para explicar melhor como era feito o cuidado com as mudas. Mas por não se atentarem, talvez, com o cuidado necessário com a aquisição de mudas com vendedores cadastrados, os primeiros pés plantados não foram muito bem sucedidos”, relatou.

A visita em Arauá ocorreu na propriedade do agricultor Hugo França. Para ele, a principal vantagem está no preço do produto para a venda no mercado. “Você vender um quilo de pimenta por R$ 30, é algo extraordinário né? Mas não pode tirar só isso como parâmetro, pois a vantagem, a meu ver, é de ser uma cultura que você pode colher e te dá o privilégio de poder armazená-la, ou seja, você não está exposto ao mercado. A fruta como a Laranja, a Manga, a Uva, o Mamão, você colhe e está obrigado a aceitar o preço que o mercado paga”, avaliou o produtor que possui três mil pés da planta em plena produção.

Experiente irrigante pela Cohidro e que esteve na visita às plantações de Pimenta-do-reino em Arauá, foi Gidelson Gonçalves dos Santos. Ele é produtor de pimenta, no Perímetro Piauí das variedades Malagueta, Jalapeño, Biquinho e hoje também aposta no novo cultivo. Ele considera o negócio vantajoso, mas em que o planejamento e a paciência devem prevalecer. “A variedade é bastante lucrativa, mas é um investimento a longo prazo. Leva 3 anos para começar a produzir e depois segue dando frutos por mais 10 anos”, constatou.

Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano considera que esta busca por inovação nos cultivos, por parte dos produtores irrigantes, é o combustível necessário para que eles cresçam na atividade rural. “É preciso buscar alternativas ao mercado para prosperar, nem tão pouco devem se limitar à monocultura e ficar refém dos preços. Para nós, é gratificante saber o quanto variada pode ser a produção em um único projeto de irrigação, como é o caso do Piauí, sempre com novidades que geram mais renda para estas famílias agrícolas, para quem dedicamos nosso trabalho na Empresa”.

Recepcionou também os produtores de Lagarto, na viagem à Arauá, o irmão do produtor de Pimenta-do-reino e técnico agrícola Rivaldo Lima França. Atuando como representante comercial de insumos agrícolas, foi ele quem trouxe a ideia do cultivo e aconselhou os visitantes. “Trabalho na área agrícola já há 30 anos, revendo ao Espírito Santo e Sul da Bahia, Juazeiro e Petrolina. Hoje, o ponto chave é ter acompanhamento técnico, não tem jeito não, não tem como fugir disso. E uma forma correta de começar é procurar um produtor de mudas e que tenha certificado e registro junto aos órgãos competentes, usar material de qualidade, tudo de boa procedência”, concluiu.

Diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto parabeniza o empenho da equipe técnica da Cohidro em Lagarto, que tornou em realidade a aspiração dos agricultores irrigantes. “Eles vinham constantemente solicitar nosso apoio para fazer as viagens e agora estão acompanhando, in loco, que há mesmo viabilidade na Pimenta-do-reino em Sergipe. É uma cultura tardia, leva tempo para começar a produzir, mas em que o espaço entre as linhas pode ser aproveitado para consórcios de outras culturas perenes como a cebolinha, o feijão e o milho, aproveitando o mesmo sistema de irrigação”, analisou.

IFS – São Cristóvão inscreve alunos para seus cursos técnicos até 15 Abril

estudante Jailson de Souza Dias

Direcionado ao ensino técnico e superior nas áreas agrícolas, inserindo a cada ano novos profissionais dedicados ao extensionismo rural e atendimento especializado ao homem do campo, o Campus São Cristóvão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) abre oficialmente as inscrições para o processo seletivo das novas turmas dos cursos técnicos em Agropecuária, Agroindústria e também Suporte e Manutenção em Informática. Aulas que terão início em 26 de setembro de 2016.

De nível técnico, os cursos substituem o nível médio convencional e tem duração de três anos. Sendo assim, é requisito a conclusão do ensino fundamental para ingressar em um dos cursos.

São duas datas diferentes de inscrição: para quem deseja solicitar a isenção da taxa de inscrição, tem até o dia 18 de março para se dirigir, pessoalmente, até a Secretaria Escolar do Campus São Cristóvão munido de RG, CPF, CAD Único e Declaração de Conclusão do 9º Ano do Ensino Fundamental. Mas todos, incluindo os isentos, terão até o dia 15 de abril para fazer a inscrição pelo site: www.ifs.edu.br, para então fazer a prova de seleção no dia 5 de junho.

O Técnico em Agropecuária
Planeja, executa, acompanha e fiscaliza todas as fases dos projetos agropecuários. Administra propriedades rurais. Elabora, aplica e monitora programas preventivos de sanitização na produção animal, vegetal e agroindustrial. Fiscaliza produtos de origem vegetal, animal e agroindustrial. Realiza medição, demarcação e levantamentos topográficos rurais. Atua em programas de assistência técnica, extensão rural e pesquisa.

O Técnico em Agroindústria
Operacionaliza o processamento de alimentos nas áreas de laticínios, carnes, beneficiamento de grãos, cereais, bebidas, frutas e hortaliças. Auxilia e atua na elaboração, aplicação e avaliação de programas preventivos de higienização e sanitização da produção agroindustrial. Atua em sistemas para diminuição do impacto ambiental dos processos de produção agroindustrial. Acompanha o programa de manutenção de equipamentos na agroindústria. Implementa e gerencia sistemas de controle de qualidade. Identifica e aplica técnicas mercadológicas para distribuição e comercialização de produtos.

O Técnico de Suporte de Manutenção em Informática
Realiza manutenção preventiva e corretiva de equipamentos de informática, identificando os principais componentes de um computador e suas funcionalidades. Identifica as arquiteturas de rede e analisa meios físicos, dispositivos e padrões de comunicação. Avalia a necessidade de substituição ou mesmo atualização tecnológica dos componentes de redes. Instala, configura e desinstala programas básicos, utilitários e aplicativos. Realiza procedimentos de backup e recuperação de dados.

Serviço:
Período de solicitação de isenção: até 18/03/2016
Local: Secretaria Escolar do Campus São Cristóvão
Documentos: RG, CPF, CAD Único, Declaração de Conclusão do 9º Ano do Ensino Fundamental
Resultado da Isenção: 01/04/2016
Efetivação da inscrição dos isentos: 15/04/2016, que é presencial na Secretaria Escolar.

Inscrição pela Internet: até 15/04/2016 Site: www.ifs.edu.br
Taxa: R$ 20,00 no Banco do Brasil
Impressão do Cartão de Identificação: 16 a 27/05/2016
Prova de Seleção: 05/06/2016
Resultado: 27/06/2016

Divulgação da 1ª chamada: 07/07/2016
Matricula 1ª chamada: 12/07/2016
Matricula da 2ª chamada: 14 e 15/07/2016.
Início das aulas: 26/09/2016

Fotos: Ascom/Cohidro

Trovoadas no Sertão enchem barragens recuperadas pelo Governo do Estado

Dessedentação animal vem a ser a principal função das barragens de terra recuperadas

Conhecidas no Nordeste como “Trovoadas”, o pico das chuvas de verão, até o momento, chegou em Sergipe na segunda quinzena de janeiro, surpreendendo em volume e intensidade justamente na região mais árida do Estado. Embora tenha trazido prejuízos em zonas urbanas e interdição de estradas, foi um alívio ao sertanejo, que pode acumular boa parte desta água em cisternas, para o consumo humano e nas aguadas, para a dessedentação das criações de animais.

Empresa que faz parte da Força-tarefa de Recursos Hídricos para o Semiárido, do Governo do Estado, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) desde 2012 vem sendo a executora do Programa de Recuperação de Barragens. Trata-se de um convênio entre as secretarias de estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) e da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), onde a Empresa é subsidiada. Cooperação que já recuperou 1.869 agudas, sendo 19 delas de médio porte e de uso coletivo.

Só na edição 2014/2015 do Programa foram recuperadas 14 destas barragens públicas. Uma delas foi a barragem coletiva do Povoado Ouricuri, em Gararu. Na localidade onde residem cerca de 300 pessoas, por volta de 70 famílias tem como a atividade principal a criação de gado. As chuvas de janeiro foram fortes na região da pequena localidade, fez encher rios e danificar as estradas, mas completou o nível e fez até transbordar os vários reservatórios de terra, quase que um para cada casa, feitos para juntar água para as criações.

Brás Matias dos Santos cria 8 cabeças de gado e 10 ovelhas no Ouricuri. Ele conta que a barragem comunitária que foi reformada “estava seca antes dessa chuva, agora encheu duma vez. Quando falta água nos tanques, quando ela acaba, passamos a usar a da barragem”, explicou o produtor. Ele trazia o Mandacaru para alimentar suas vacas, um das alternativas com que conta no Sertão, assim como o reservatório maior, onde leva os animais para beber no momento de precisão.

Assim como no povoado de Gararu, no município vizinho de Porto da Folha a localidade Pé de Serra também tem como atividade principal a criação de gado e quando acaba a água das cisternas, aguadas e tanques, a alternativa é buscar de carroça ou levar os animais até o açude público, reformado pelo empenho da Cohidro há pouco mais de um ano. Segundo Engenheiro Civil da Empresa, Valdi Aragão Porto, o trabalho consiste na limpeza dos sedimentos que acumulam no fundo da barragem desde sua construção, e diminuem, gradativamente, a capacidade de armazenar água.

“Também reconstruímos e reforçamos os taludes, que impedem que a força das enxurradas estoure a barragens. Temos o cuidado de construir o sangradouro, para onde a água corre no caso de transbordar, sem danificar os taludes. O que foi muito útil, nesse caso da barragem do Pé de Serra, pois o volume de passagem de água aqui foi maior que a capacidade do reservatório”, reforçou Valdi Porto, responsável técnico por esta obra e a da barragem que fica no povoado Vaca Serrada, ainda no município de Porto da Folha.

A barragem da Vaca Serrada passou por uma ampla ação de manutenção e recuperação de sua capacidade em 2012. “Nas chuvas que ocorrerem no último mês, o volume da água aumentou bastante, atingindo seu ápice desde a sua reforma”, comemorou o Engenheiro Valdi Porto. Por ser de fácil acesso, às margens da Rodovia SE-230, o reservatório se tornou aplicável para múltiplos usos, desde o abastecimento dos rebanhos como para o uso doméstico, levado por caminhões pipa até as cisternas.

Poço Redondo

Mardoqueu Bodano, Presidente da Cohidro, explica que essas obras em pequenas barragens particulares acontecem seguindo critérios, como no caso de somente criações de até 19 cabeças de gado receber o benefício. “É necessário que a família deste produtor esteja enquadrada como de baixa renda e a principal fonte de renda familiar seja a agropecuária. Além disso ele também assina um documento em que se compromete a atender os pequenos criadores vizinhos, compartilhando o uso da água em novos períodos emergenciais”, revelou.

No caso do criador José Amilton da Silva, atendido pelo Programa em 2014 no Assentamento Queimada Grande, em Poço Redondo, nem é preciso lembrá-lo do compromisso firmado. “Se os tanques dos vizinhos secarem, eles vêm buscar no meu, da mesma forma que posso contar com eles também. Foi muito bom esse trabalho de limpeza e foi a primeira vez que encheu depois da reforma”, conta o produtor que tira 100 litros de leite do seu pequeno rebanho e comercializa, na região, pelo preço médio de R$ 1, cada litro.

Secretário de Agricultura de Poço Redondo, José Fernandes reforça a importância do Programa do Governo do Estado para o município, onde desde 2012 foram recuperadas 344 pequenas aguadas e dois açudes públicos. “Foi um trabalho que atendeu sim as expectativas, só aqui no Queimada Grande foram 105 famílias atendidas, mas temos cerca de 4 mil que precisam deste serviço noutras localidades. Esse Programa tem que ser feito anualmente e tem que ser planejado atendendo mais barragens de grande porte, para que os que estão próximos recorrerem quando tiver uma estiagem de um ou dois anos”, afirmou.

Paulo Henrique Machado Sobral, Diretor de Infraestrutura e Mecanização da Cohidro, reforça que até hoje o Programa de Recuperação de Barragens já atendeu 57,5 mil pessoas, com um investimento total de R$ 3,6 milhões na reforma destas barragens em todo Estado. “Agora, nosso projeto que está em fase de análise, pretende recuperar mais 1000 destas pequenas aguadas rurais e outras 20 barragens maiores, pensando no abastecimento coletivo em comunidades. Isso é mais do que já fizemos até hoje, superando as 19 dessas barragens públicas recuperadas pela Cohidro desde 2012”, avaliou.

Noutro assentamento também de Poço Redondo, o Che Guevara, a barragem de médio porte, de uso coletivo, também acumulou um volume considerável de água. Próxima da povoação formada pelas casas dos agricultores, o reservatório vem por servir de suporte quando os tanques individuais, junto ao pasto de cada criador, secarem.

Glória

Mas há casos em que as barragens coletivas são a única alternativa para dar de beber às criações. Esse é o caso de Alexandre Matos da Silva, do Povoado Fortaleza, em Nossa Senhora Da Glória. “Crio duas vaquinhas, comecei agora, para produzir leite. Minha única reserva de água é esta. Às vezes eu solto as vacas aqui na propriedade vizinha da barragem. Antes eu não criava porque não tinha água, agora tem”, contou o criador, quando veio buscar água no reservatório público reformado pela Cohidro no período de 2014/2015, usando uma carroça puxada a cavalo.

Alex, como é mais conhecido, também descreve que não é só ele que conta com o reservatório na região. “Vêm buscar água aqui de caminhão pipa. Isso aqui é uma riqueza, essa barragem. Por enquanto está bom, cada um com seu poço, mas chega o verão e todo mundo vem aqui pegar água”, esclarece o micro-pecuarista, ouvido logo após o período em que choveu muito no município.

Última atualização: 18 de outubro de 2017 10:20.