Cohidro dá suporte à Perímetro da Codevasf em Canindé

Bombas do Jacaré-Curituba

As companhias de desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), estatal do Governo do Estado, e a dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), federal, tanto administram pólos de irrigação vizinhos, em Canindé de São Francisco e Poço Redondo, como também compartilham o uso da Estação de Bombeamento (EB) 100. Nela, os equipamentos, das duas empresas, elevam a água a uma altura de 170 metros, em relação ao nível do leito natural do Rio São Francisco, fazendo-a chegar às instalações de distribuição, para irrigação dos lotes agrícolas atendidos por ambas.

Mas os 3.105 hectares de área irrigada, nos dois municípios, contidos no Projeto de Irrigação Jacaré-Curituba da Codevasf, dependem exclusivamente das duas bombas da Empresa, instaladas na EB-100. Há cerca de um mês, uma delas deu defeito. Devido a Cohidro possuir uma estrutura de logística e quadro funcional de técnicos maiores, sempre auxilia a Companhia Federal, prestando manutenção e fazendo reparos nos equipamentos das instalações que compartilha, como informou Edmilson Cordeiro, gerente do Perímetro Irrigado Califórnia, este sendo o administrado Empresa Sergipana em Canindé.

“Embora o defeito tenha ocorrido em pleno inverno, período onde ocorrem as chuvas e geralmente as bombas estão desligadas, logo elas terão que estar novamente a todo vapor, quando novamente estiar no Alto Sertão. Por isso, um projeto desse porte, como o Jacaré-Curituba, não pode depender só de uma bomba. Mas o defeito apresentado no eixo da bomba dependia da compra de peças e de serviços de metalurgia que estavam além da capacidade da Cohidro e por isso, se fez necessária a intervenção do Governo Estadual, para prover estes recursos extras ao orçamento de nossa Empresa”, detalhou Edmilson.

A partir daí, segundo o Gerente do Califórnia, ele e o Gerente de Pré-Operação do Jacaré-Curituba, Eurípedes José Lourenço, procuraram às direções de suas Companhias, para que, desse modo, fosse feito o reparo da bomba. Quem explica o que se sucedeu – propiciando que a bomba da Codevasf voltasse a operar normalmente desde o último dia 11 de julho – é o Secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal.

“Foi um pedido do Governador, Jackson Barreto, que convidou a mim e ao Said Schoucair, superintendente regional da Codevasf. E nos pediu, em função do problema temporário em relação à indisponibilidade de recursos na Codevasf, que nós fizéssemos o conserto através da Cohidro. A Diretoria da Cohidro se colocou prontamente à disposição e essa intermediação possibilitou que nós concertássemos a bomba. A intervenção do Governador e nossa ação conjunta, Secretaria da Agricultura, Cohidro e Codevasf, resolveu o problema no Perímetro Irrigado onde são mais de 700 famílias beneficiadas”, elucidou o Secretário Esmeraldo.

Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano considera natural a relação entre as duas empresas e ratifica o apoio dado à Companhia Federal. “Primeiro a nossa Companhia abrange todo Estado, sem distinção, nosso compromisso é com o provento de água e com a agricultura em Sergipe, que é também o caso do Jacaré-Curituba. Em segundo lugar, assim como nós somos subsidiários à Seagri, a Codevasf é com o Ministério da Integração Nacional (MI), parceiro que sempre está contribuindo com nossas demandas”, argumentou, dando o exemplo do Programa Água Para Todos e das três perfuratrizes que a Companhia recebeu de 2013 a 2014 ,em convênio com o MI.

Parcerias para a gestão

Ontem, 28, secretários de estado, Codevasf, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Movimento Sem Terra (MST), estiveram reunidos com o Governador de Sergipe para tratar do processo de cessão da administração do Projeto Jacaré-Curituba, aos assentados de reforma agrária que ocupam, ao todo, 36 agrovilas com 20 famílias cada uma. Na oportunidade, Jackson Barreto citou a ação realizada pelo Estado em favor da recuperação da bomba da EB-100.

“Temos colaborado em todos os momentos. Este é um projeto muito grande e importante, o maior da América Latina de assentados da reforma agrária, e ainda essa semana estivemos lá para contribuir com a recuperação de bombas”, citou o Governador Jackson Barreto na reunião, acrescentando ainda que no início do Projeto Jacaré-Curituba, houve um convênio, entre União e Estado, para aquisição de terras que viriam beneficiar os assentados, assim como ajuda com despesas de energia elétrica, se referindo às tarifas sobre a EB-100, pagas hoje com verbas da Cohidro.

Ascom Cohidro com informações da ASN.

Dia do Agricultor: Governo fortalece economia com incentivos ao pequeno produtor

28 de julho, Dia do Agricultor

Responsáveis por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos sergipanos, os produtores rurais comemoram o dia do Agricultor, nesta terça, 28, com produção recorde e de qualidade. Para fomentar a atividade, o Governo do Estado, em parceria como Governo Federal, distribuiu 1.557 toneladas de sementes, 80 mil horas de trator entre 2014 e 2015, beneficiando 131.910 famílias.

Agricultura familiar é responsável por 70% dos produtos consumidos pelos sergipanos / Fotos: Arquivo/ASN

Um investimento de R$ 15.931771,50. Os investimentos auxiliam na garantia da segurança alimentar e fortalece a economia do estado.

Junto ao pequeno produtor, o Governo do Estado atua ainda na assistência técnica, através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Companhia de Desenvolvimento e Irrigação de Sergipe (Cohidro), órgãos lidados à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

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Projeto de irrigação Manoel Dionísio é apresentado para prefeitos e movimentos sociais

Secretário, prefeitos, diretores, técnicos e lideranças rurais. Foto: Ascom/Seagri

O Projeto de Irrigação Manoel Dionísio Cruz, que prevê a construção de 100 km de adutoras com capacidade para atender cinco mil agricultores familiares, foi apresentado nesta quarta-feira, 22 de julho, em evento realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

O Evento aconteceu na sala de convenções do Hotel Águas do Velho Chico, município de Canindé de São Francisco e contou com a presença do prefeito local, Heleno Silva e do prefeito de Poço Redondo, Roberto Araújo, além de vereadores, representantes dos movimentos sociais, colônias de agricultores, técnicos e diretores da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal falou da alegria de apresentar aquele estudo contratado pelo Governo de Sergipe e do significado da apresentação pública. “Não basta o governo contratar a elaboração de um projeto tão grandioso como este e fazer apenas uma discussão técnica de gabinete. Então promovemos uma mobilização com autoridades locais e movimentos sociais, com o sentimento de que esse não é apenas um desejo do governo, mas de toda a sociedade. Sabemos da luta e do compromisso do povo do sertão com este projeto e acredito em sua conquista”, destacou Esmeraldo.

O prefeito de Canindé, Heleno Silva, disse está muito esperançoso com mais um projeto de irrigação para a região. Ele explicou que “a irrigação muda o cenário da produção para melhor. Isso significa emprego, renda e melhoria da qualidade de vida para nosso povo. Quero parabenizar o Governo do Estado por dá mais um passo nesse projeto que é suma importância para nossa região”.

Roberto Araújo, prefeito de Poço Redondo, lembrou-se dos momentos de luta na área da antiga fazenda Quixabeira, local onde hoje estão as colônias de agricultores que serão contemplados com a irrigação. “Esse projeto é um sonho para nós. A partir dele, pode nasce futuros projetos que vão contemplar outros municípios da região”, disse o prefeito. Ele elogiou a bela homenagem de se colocar o nome de Manoel Dionísio Cruz no projeto que vai beneficiar agricultores familiares, visto que ele foi um grande defensor das causas populares.

Apresentação do Projeto
A apresentação do Projeto técnico de irrigação foi feito pelo engenheiro agrônomo da Empresa de Engenharia Projetec, Jailton Carvalho Sá. Participaram também da mesa técnica de apresentação o engenheiro agrônomo da Seagri, Claudio Menezes Lima, e o engenheiro agrônomo da Cohidro, Paulo Feitosa.

Pelos dados apresentados, o Projeto de Irrigação Manoel Dionísio está localizado no município de Canindé de São Francisco e sua execução exigirá um aporte de R$ 125 milhões. “A previsão é atender 1.156 famílias que desenvolverão atividades produtivas em lotes de cinco hectares voltados para fruticultura irrigada e lotes de 20 a 25 hectares para pecuária leiteira. Ao todo serão beneficiados 2.300 hectares irrigados com captação de água do Rio São Francisco”, explica Jailton Carvalho.

Na apresentação do estudo, o técnico da Projetec garante que o projeto é extremamente viável. “As atividades produtivas são a fruticultura irrigada e a pecuária leiteira sustentável. Os lotes da fruticultura receberão tecnologias modernas de irrigação e serão voltados principalmente para as culturas da goiaba, abacaxi, milho verde e abóbora”, destaca o técnico.

Segundo o engenheiro da Seagri, Cláudio Lima o estudo levou em consideração todos os assentamentos do INCRA e as Colônias já existentes na área do Projeto. Disse que “o projeto sai de uma característica empresária para atender ao pequeno agricultor familiar, gerando renda e melhoria da qualidade de vida”.

Já o técnico da Cohidro, Empresa que atua como colaboradora técnica no projeto, citou sua ida à Brasília, no dia 14 de maio, onde participou da reunião na Secretaria Nacional de Irrigação, do Ministério da Integração Nacional (MI), que viabilizou verba orçamentária de R$ 125 milhões para a construção do pólo de irrigação. “O Manoel Dionísio foi projetado para bombear água da Represa da Hidroelétrica de Xingó, mas muda a forma de abastecimento quando estiver pronto o Canal de Xingó, que pretende trazer água da Bahia até Nossa Senhora da Glória, passando por Poço Redondo, Porto da Folha e Monte Alegre”, relatou Paulo Feitosa.

Para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, o Perímetro Manoel Dionísio vai aumentar a área atendida pela irrigação pública no Alto Sertão. “Além do Califórnia, administrado pela Cohidro e do Jacaré-Curituba, da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), este novo perímetro amplia o acesso a uma agricultura familiar suprida pela irrigação. Com isso, serão mais de 6,5 mil hectares de terra em plena produção de alimentos, com o advento da água do Rio São Francisco, em Canindé e Poço Redondo”, concluiu.

Um dos que falou após a apresentação técnica foi Carlos Fontenelle, naquela oportunidade representando o mandato popular do deputado João Daniel. Ele fez uma retrospectiva dizendo que “esse projeto tem origem em 2004 e envolve a luta dos trabalhadores. Na concepção original, o projeto era para os empresários. Depois de muita luta, os trabalhadores conquistaram uma negociação e ficou definido que 80% dos lotes ficaria para os trabalhadores e 20% para os empresários. Hoje o projeto está voltado totalmente para a Agricultura Familiar. Portanto, não está caindo do céu, tem uma participação e mobilização forte dos trabalhadores, principalmente do Movimento Sem Terra (MST)”, detalhou.

O representante da Fetase, José Júlio, avalia o projeto como de grande importância para os irrigantes, para a região e para o Estado. Ele destacou a luta do MST como principal movimento que batalhou pela conquista do projeto e comentou da felicidade de ter o nome de Manoel Dionísio imortalizado nesse empreendimento.

Já o líder nacional do MST, Gileno Damasceno, disse que esse diálogo promovido pela Seagri é importante para se construir uma proposta que atenda verdadeiramente aos agricultores. Segundo ele, o projeto precisa apenas de alguns ajustes, mas que contempla as propostas do Movimento.

Fonte: Assessoria de Comunicação da SEAGRI

Orgânicos se reúnem com diretores da Cohidro e Prefeito de Lagarto

Os 11 produtores do Piauí seguem métodos agroecológicos de produção

Manhã desta terça-feira, 21, ocorreu uma reunião solicitada pelo grupo de 11 produtores orgânicos com áreas localizadas no Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Lagarto, local onde ocorreu o encontro. Em pauta, as solicitações dos agricultores ao Presidente da Empresa, Mardoqueu Bodano e ao prefeito municipal, Lila Fraga.

À Cohidro, os irrigantes fizeram a solicitação da perfuração de 11 poços artesianos nos seus lotes, como forma de reforçar a oferta de água nos períodos de paralisação no fornecimento de água, principalmente no período chuvoso quando as Estações de Bombeamento são desligadas no Perímetro Piauí. Da Prefeitura, os agricultores solicitaram a criação de um espaço reservado só para a oferta de produtos orgânicos no novo Mercado Municipal que está sendo construído na cidade. Devido à legislação específica e baseada em preceitos de fitossanitários, orgânico só pode ser comercializado há 50 metros dos outros produtos similares e cultivados no modo convencional.

Segundo a gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira, estes produtores irrigantes possuem características específicas que os diferem dos demais alocados no Piauí. Por um lado, são nove deles que fazem parte da Organização de Controle Social do Centro-Sul Sergipano (OCS-CSS), entidade que, por ser inscrita no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tem autorização para a venda direta ao consumidor de produtos orgânicos.Os outros dois, presentes na reunião de terça, seguem também os preceitos agroecológicos de cultivo e pleiteiam fazer parte do mesmo grupo.

“Deste modo, eles precisam deste espaço de escoamento da produção no mesmo Município, sem precisar ter que sempre ir à Capital para poder encontrar pontos apropriados para a venda de produtos agroecológicos. Por isso eles estão solicitando um setor exclusivo no novo mercado. Da mesma forma que por ser uma produção mais relacionada à cultura de verduras e legumes, eles precisam contar com mais oferta de água do que os demais produtores, que cultivam outras espécies vegetais. Por isso a solicitação de poços”, colocou Gilvanete, aproveitando o pleito para solicitar, ao prefeito Lila, a recuperação da estrada para a barragem, melhorando o acesso à Estação de Bombeamento (EB) 01 no Rio Piauí, que abastece e dá nome ao Perímetro.

Poços

José Edmilson dos Santos, presidente da Associação de Produtores Orgânicos de Lagarto, por motivos de saúde se ausentou da reunião e foi representado pelo seu antecessor, Genivaldo de Azevedo Jesus. Levando à reunião os ofícios aos respectivos órgãos, ele explicou o motivo para solicitar a perfuração dos poços. “Mesmo no inverno, período que chove bem, é cada vez mais comum ter intervalos entre os dias de chuva. Para quem cultiva hortaliças, dois dias sem água e sol forte, já é o suficiente para o produto perder qualidade. A necessidade dessa fonte extra de água, além da fornecida pelo Perímetro, se deve ao fato de no mesmo período a irrigação ser desligada”, informa.

Diretor de Irrigação da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto esteve também na reunião. Ele justifica o período em que a água é desligada, mas compreende a demanda dos produtores. “Quando chove, não é necessário irrigar, as tubulações ficam vazias e as bombas são desligadas, visando economizar água e energia. Como o sistema é grande e também não pode ser ligado e desligado a qualquer momento somente para atender poucos produtores, principalmente os que trabalham com folhosas. O pleito vai ser analisado e se possível, tecnicamente atendido. Vale salientar que no inverno os nossos técnicos também fazem a manutenção preventiva desse sistema, mais um motivo para a parada”, comentou.

Mardoqueu Bodano, acolheu a reivindicação dos irrigantes e garantiu dar bastante atenção ao pleito. “Nossa prioridade é atender bem estes produtores que trabalham de forma sustentável, que é o caso desse grupo bastante conhecido por nós que são os orgânicos. Reconhecemos tanto que exigem uma demanda maior e mais frequente de água, quanto também têm importância fundamental para a produção de alimentos no Município. Estão o ano todo, plantando e colhendo comida saudável, livre de agrotóxicos e isso tem que ser valorizado”, exaltou o presidente da Cohidro, prometendo encaminhar à Diretoria de Infraestrutura (Dinfra) a demanda dos poços.

Já Paulo Henrique Machado Sobral, Diretor do Dinfra, advertiu que é grande a demanda por perfuração de novos poços no Estado. “Assim como João Quintiliano e o presidente Mardoqueu, considero válida a solicitação dos agricultores, mas esta nova requisição terá que ser inserida em nosso planejamento e a partir dai ser feito um atendimento gradativo”, considerou.

Ele ainda considerou incluir à lista um 12º poço, este no Povoado Colônia Treze, também em Lagarto. Lá é onde produz Josevan Lisboa Batista, outro produtor orgânico da OCS-CSS. “Foram 95 poços perfurados pela Cohidro em 2014, somando às obras de instalação de outros poços já perfurados anteriormente e os serviços que também realizamos de manutenção e recuperação de poços, foram ao todo mais de 75 mil pessoas atendidas só por nosso Departamento. Números que temos a expectativa de ampliar neste ano”, acrescentou o Diretor Paulo Sobral.

Mercado municipal

O prefeito Lila Fraga está ciente da contribuição dos orgânicos e garantiu dar atenção ao pedido dos agricultores. ”O mercado será inaugurado acredito que no fim de dezembro para o inicio de janeiro. Eu recebi aqui uma solicitação dos agricultores e vou levar ao conhecimento da Secretaria da Agricultura Municipal e tenho certeza que vamos ter condições de dar um lugar de destaque a eles, porque queira ou não, são verduras sem agrotóxicos e isso traz um grande benefício para a população”, comentou, acrescentando ter a preocupação com saúde da população, a partir da contaminação por defensivos nos alimentos.

Mardoqueu Bodano aproveitou a presença de Lila Fraga, na sede da Cohidro em Lagarto, para apresentar a obra realizada – com recursos do Proinveste – na EB-02 que fica anexo à sede do Perímetro. “R$ 570 mil estão sendo investidos na recuperação do Perímetro Piauí. Por mais de 25 anos ou seja, desde a fundação, nunca houve outro investimento desse porte nesse pólo de irrigação, que só em 2014 produziu mais de 7,8 mil toneladas de alimentos”, Declarou o presidente da Cohidro, que no retorno, pode visitar com o Prefeito a estação experimental de produção de ervas medicinais, convênio entre Cohidro e Universidade Federal de Sergipe (UFS).

O prefeito ainda citou o exemplo do Colônia Treze, onde foi criada uma feira específica, toda quarta-feira, só para os agricultores que plantam seguindo os preceitos da agroecologia, para não compartilhar o mesmo espaço dos feirantes convencionais, no sábado. “Pediram um espaço na praça, nos reunirmos e está na faixa já de uns 90, 120 dias que eles estão lá e se dando bem e é isso que nós precisamos, o que vier em benefício da população a prefeitura está às ordens para ajudar”, complementou Lila Fraga, que foi ao evento acompanhado do diretor de Desenvolvimento Rural, Adelino Barbosa, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Lagarto.

 

Palestra aos irrigantes da Cohidro visa conversão à agroecologia em Canindé

Parte teórica da palestra técnica. Foto: Ariel Carmo

“O papel da agroecologia no atual cenário de aquecimento global e desertificação no Seminário Sergipano” foi o tema da palestra do Professor Doutor Diego Campana Loureiro e seus bolsistas da Universidade Federal de Sergipe (UFS), proferida na manhã da última quinta-feira, 16, no escritório da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Canindé de São Francisco. Como público, os irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, além dos técnicos da Empresa e outros agricultores do município. Pela tarde o evento teve continuidade com práticas de campo.

Doutorado em Fitotecnia com área de concentração em Agroecologia, o Professor e Engenheiro Agrônomo Diego Campana está lotado no Departamento de Engenharia Agrícola da UFS. A palestra dada é uma das atividades do projeto “Emissões de CO², N²O e CH4 no Cenário de Mudanças Climáticas em Solos sob Agricultura e Floresta da Caatinga no Perímetro Irrigado Califórnia, Semiárido de Sergipe”, que tem os acadêmicos Elton Silva e Andressa Aiala, do curso de Engenharia Florestal da Universidade, como bolsistas.

Segundo o Professor, essa palestra tem por objetivo explicar os efeitos das mudanças climáticas e o processo de transição agroecológica, que seria uma solução imediata para o aumento da incidência de carbono no solo, em contrapartida à diminuição do lançamento dele na atmosfera, em forma de gases. “O aquecimento global é um processo natural, mas não nessa magnitude que está ocorrendo agora, pelo aumento de gases poluentes como o CO², que é liberado inclusive no uso de adubos químicos, como a ureia”, alertou Diego Campana.

O especialista reforça a importância do ciclo do carbono para a planta, que no exemplo de Canindé, tem que ser aditivado por meio de tratos culturais específicos. “A matéria orgânica adicionada ao solo é rapidamente queimada no calor do Sertão, onde se usa da irrigação. Por isso é preciso usar sempre mais para ser incorporado no solo. A ideia é aumentar o uso do que tem dentro da propriedade, trazer a absorção do carbono para os mesmos níveis da vegetação natural”, acrescentou o Professor sobre o reaproveitamento de restos culturais e outras biomassas nas áreas de plantio.

Sistema Agroflorestal
Pela tarde, o grupo de especialistas, técnicos e agricultores foi até o lote da agricultora Quitéria da Silva Araújo, dentro do Califórnia. É lá que o Projeto de Extensão dos alunos e Professor da UFS pretende auxiliar a família de produtores a implantar um Sistema Agroflorestal (SAF), que une a lavoura e a criação de animais com práticas de conservação e extrativismo em florestas, onde os rejeitos desses três sistemas são compartilhados em forma de insumos.

A família de Quitéria já faz parte de Organização de Controle Social (OCS) reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) e tem a autorização para venda direta, ao consumidor, de alimentos com a titulação de orgânicos. A propriedade da agricultora está alocada na parte da agricultura de sequeiro do Califórnia, a qual tem um ponto de água para o consumo doméstico, irrigação para cultivos de subsistência e pequenas criações.

“É maravilhoso, porque a gente preserva a natureza. Enquanto o povo só está desmatando, a gente vai plantar árvores. Vai ser bom se der jeito de produzir. No verão aqui é muito seco, não há como plantar. Tendo plantado no SAF plantas como o umbuzeiro e a umbara, para produzir frutos e o pau ferro, a umburana e a aroeira, para dar madeira, a gente tem mais essa fonte de renda”, contou Quitéria. Na atividade pratica feita em seu lote, na quinta-feira, o Professor Diogo ensinou a fazer a preparação de um composto orgânico, pra adubar canteiros e o grupo montou minhocário, outro método de produção de adubo natural.

O técnico agrícola da Cohidro, Tito Reis, trabalha prestando assistência dentro do Perímetro Califórnia e é quem atende a família de Quitéria. “Vamos criar um SAF no lote de Quitéria, vai proteger a produção orgânica, formando uma barreira viva e vai também proteger o solo da ação do sol, que descoberto faz evaporar mais rápido a água posta na irrigação”, acrescentou.

Agroecologia no Califórnia
Administrado pela Cohidro, o Perímetro Califórnia desenvolve um trabalho de assistência técnica agrícola em que sempre é oferecido, ao agricultor convencional, a opção da conversão ao cultivo usando métodos agroecológicos, o que resulta em mais produtores de alimentos orgânicos e livres do uso de agrotóxicos. Atividades como esta do dia 16, são uma das ações voltadas a esta troca de modelo produtivo.

Dez produtores, incluindo Quitéria Araújo, já aderiram a agroecologia e hoje formam a Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5). Seis deles possuem inscrição na OCS reconhecida pelo Mapa. Isso faz com que outros agricultores do Perímetro fiquem curiosos por saber mais da novidade e cinco já demonstram bastante entusiasmo em participar da Bio5, conforme disse a presidente Rosângela Oliveira Andrade.

“Para estas pessoas interessadas em atuar também na Bio5, hoje a única restrição que fazemos é de que não aceitamos o trabalho individual, pois o grupo trabalha com a Agricultura Familiar, então é necessário que esta família esteja interessada em praticar a agricultura orgânica”, expôs Rosângela. Ela ainda comentou sobre a palestra que “é preciso uma reciclagem. Não se começa um projeto sem esta base, sem se capacitar não adianta. Já temos os recursos – terra é água – e a mão de obra, agora precisamos nos preparar, buscar formas de saber aproveitar isso que temos para adequar ao cultivo orgânico”, concluiu a presidente.

Edmilson Cordeiro, Gerente do Perímetro Califórnia, considera fundamental o apoio que a Cohidro vem dando para o desenvolvimento da Bio5. “Hoje temos o trabalho desses produtores que souberam se organizar e estão de parabéns, mas quero deixar claro que isso não é algo exclusivo para eles e estamos aqui, de portas abertas, para todas as entidades que existem dentro do Perímetro ou que venham a ser formadas. Não há oposição da direção da Companhia, da gerência de Canindé ou dos técnicos pelo associativismo, pelo contrario. Se há disposição dos membros do grupo em trabalharem juntos, contem com nosso apoio para se organizarem”, informou.

Sobre esta abordagem feita aos produtores comentou, durante a palestra, o produtor Gercino Teles. “É bom e é importante que o trabalho de assistência ao agricultor seja assim, como está sendo feito pela Cohidro, em que ao invés de multar quem usa agrotóxico de forma errada, faz é chamar para trabalhar junto, trazendo novos projetos e estas alternativas de produção”, desabafou ele que faz parte da Bio5, pleiteia a entrada na OCS e participa do projeto de produção de frango caipira com aptidão agroecológica, que a Associação e Cohidro estão oferecendo suporte para implantação.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, elogia o trabalho feito pelos técnicos e agrônomos da Empresa, tanto a parte que tenta converter à agroecologia quanto ao associativismo. “Se juntos eles podem se ajudar a produzir, a comprar insumos em melhores condições de preços, ou escoar a produção de modo mais eficiente, isso é bom. Mas melhor ainda quando o agricultor familiar aprende a lidar com a terra sem lançar mão a pesticidas. Assim deixa de por em risco sua saúde e da sua família, que trabalha com ele e mora junto da lavoura, além da nossa, que nos orgânicos temos certeza de estar consumindo alimentos verdadeiramente naturais”.

CONVITE: Cohidro promove palestras agroecológicas em Canindé

Agricutura orgânica e familiar no Califórnia

Amanhã, 16, no escritório da Cohidro em Canindé de São Francisco, sede do Perímetro Irrigado Califórnia, ocorrerá um ciclo de palestras direcionadas à comunidade de agricultores e com foco na agricultura orgânica. Um dos palestrantes será o Diego Campana Loureiro, do curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Complementando, palestra o Técnico Agrícola da Companha de Irrigação, Tito Reis. O evento começa a partir das 9h da manhã.

O professor da UFS vai desenvolver o tema “O papel da agroecologia no atual cenário de aquecimento global e desertificação no Seminário Sergipano” em sua palestra. Diego Loureiro vai abordar às técnicas de compostagem e vermicompostagem para produção de adubos orgânicos e sobre como proceder para a criação de um Sistema Agroflorestal Agropecuário (SAP).

Já o Técnico da Cohidro vai abordar a “Agroecologia no contexto Cohidro”. Tito Reis é o técnico da Empresa que incentivou a criação da Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5) e tem acompanhado de perto o desenvolvimento da nova Entidade, onde está acontecendo um processo de conversão de métodos de produção e seus membros têm abandonado as formas convencionais de cultivo – usando agroquímicos – para a adoção da agricultura orgânica, alguns deles já cadastrados no Ministério da Agricultura e autorizados à venda direta desses produtos com esta definição.

Serviço
O que: Palestra sobre a agroecologia no Sertão Sergipano
Onde: Escritório da Cohidro em Canindé – Sede do Perímetro Califórnia
Quando: quinta-feira, 16, a partir das 9h.

Orgânicos assistidos pela Cohidro visitam produtor do Colônia Treze

Josevan, irrigantes, Paulo Alves, Terezinha Albuquerque e Barbosinha

Sempre às terças-feiras, os agricultores orgânicos que fazem parte da Organização de Controle Social do Centro-Sul Sergipano (OCS-CSS), em Lagarto, têm visitado seus parceiros que produzem no Perímetro Irrigado Piauí – da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) – na intenção de fazer um intercâmbio de conhecimentos e prestar ajuda mútua, em forma de mutirões. Mas na última, dia 7, eles partiram em grupo para conhecer e oferecer auxílio a outro associado, desta vez no Povoado Colônia Treze, no mesmo Município.

No Perímetro Irrigado, os cerca de 10 produtores orgânicos são assistidos pela Cohidro. Já no Treze, o outro integrante da OCS, Josevan Lisboa Batista, recebe a assistência técnica da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Ele e outros 15 agricultores também têm recebido apoio, do Governo de Sergipe e da Prefeitura de Lagarto, para comercializar produtos com aptidão agroecológica, a partir da criação de uma feira livre, que acontece toda quarta-feira no Povoado.

No Treze, Josevan tem uma lote de uma tarefa, junto a sua casa, em que planta frutíferas, como acerola e verduras, como o coentro e pimentão. E noutro lote, de pouco mais de uma hectare, tem cultivos de maior escala, como milho, feijão de corda e banana, sendo as duas áreas irrigadas pela água de um minante. Sobre a visita dos companheiros de OCS, ele considera ser ”muito importante que a gente aprenda mais, com relação ao espaçamento das plantas, por exemplo, são coisas que eu não sabia”, comentou o agricultor orgânico que tem certificação do Ministério da Agricultura (Mapa) para vender na feira criada pela Emdagro e Secretaria de Obras de Lagarto.

Paulo Alves, técnico agrícola da Emdagro, explica que a feira diferenciada do Treze começou em março como uma experiência, sempre as quartas-feiras, já que nos domingos acontece a feira tradicional. Mas em 15 de abril ficou como definitiva, das 16h às 21h e com 20 barracas. “Estão ocupando um espaço, com uma feira diferenciada, de produtos sem agrotóxicos. São 16 produtores em que estamos trabalhando o processo de conversão, começando pela troca por insumos orgânicos, como o pó de rocha e a torta de mamona. Também estamos auxiliando na parte administrativa, para que eles tenham uma maior variedade, com um escalonamento de produção, fazendo com que tenham sempre produtos a oferecer”.

A gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira, diz que a Cohidro motivou estes encontros, sempre às terças-feiras, para motivar os agricultores orgânicos a trabalharem mais unidos. “Assim eles se ajudam, colaboram um pouco cada um, pelo fortalecimento do grupo e ainda não desanimam facilmente se tiverem o incentivo do vizinho e colega de atividade. A idéia tanto deu certo que agora eles romperam os limites do Perímetro e estão buscando cooperar com os orgânicos de outros lugares, pensando sempre nesse fortalecimento da classe produtiva”, esclareceu.

Tomate Orgânico

Um dois produtores do Piauí, que visitaram Josevan, foi Delfino Batista. Experiente, o irrigante pela Cohidro avaliou a área do colega e deu sugestões. “A área dele é pequenininha, mas está andando bem. Sugeri que no plantio do tomate ele use arame, com uma vara sustentando de três em três pés. Isso diminui o custo da plantação e também a mão de obra. No mais, ele planta orgânicos do mesmo jeito que a gente faz lá no Perímetro”. Sobre o intercâmbio feito entre os agricultores, ele diz que “quase toda terça tem o encontro, ou o mutirão, onde estamos fazendo canteiros, limpando, preparando o solo, coisas assim”.

João Quintiliano da Fonseca Neto, Diretor de Irrigação da Cohidro, considera nesses encontros a efetivação de uma das funções da OCS. “Esse grupo, que é formalizado pelo Mapa, tem como objetivo não só reunir produtores orgânicos, eles são uma Organização de Controle Social, logo, são responsáveis por fiscalizar e acompanhar o que todos os membros fazem. Zelando, cada qual, pela qualidade dos alimentos orgânicos que produzem e também sempre atentos ao que o companheiro está fazendo, de forma que ninguém se desqualifique da produção agroecológica e com isso prejudique aos demais”.

Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano estabelece que é o empenho dos técnicos da Empresa o responsável por esses agricultores irrigantes cheguem ao patamar de membros de uma OCS. “Eles não precisaram desembolsar altas quantias para que uma certificação particular viesse dar o aval da produção livre de agrotóxicos. O trabalho de acompanhamento da Companhia avaliza a produção junto ao Ministério e torna mais fácil o cadastro, que os autoriza à comercialização como orgânicos. Da mesma forma que nós seguimos eles de perto, eles precisam também avaliar se todos estão trabalhando de modo certo, merecendo ou não continuar no grupo”.

Alface

Não diferente de Delfino, João Pacheco é outro irrigante do Piauí que é referência na produção orgânica, somando mais de 15 anos nesta modalidade e sendo um dos mais ativos produtores da OCS-CSS, fornecendo verduras e legumes livres de agrotóxicos nas feiras da região de Lagarto. “Viemos no colega do Colônia Treze conhecer o trabalho dele, estamos dando umas dicas, com na alface, que ele está plantando muito junto, do jeito que a gente plantava antigamente. Mas para crescer bem, ele tem que intercalar, tem que dar mais espaço entre uma muda e outra, cerca de uns 30 centímetros de cada pé e 50 entre as fileiras”, recomendou.

Cohidro leva ao Ministério da Integração resultados e solicitações de recursos

Diretores Paulo, Mardoqueu, Aristóteles da Cohidro e o prefeito Hélio Sobral de Japaratuba, onde foi perfurado primeiro poço do Água Para Todos

Amanhã, 15, o Diretor-Presidente, Mardoqueu Bodano; o Diretor de Infraestrutura, Paulo Henrique Machado Sobral e o Gerente de Perfuração, José Albuquerque Cunha, da Cohidro, partem em uma viagem de dois dias para Brasília-DF, onde se encontrarão primeiro com o Ministro da Integração Nacional (MI), Gilberto Occhi e depois com o Coordenador do Programa Água Para Todos no MI, Marcos Miranda. Como missão, pretendem mostrar resultados e solicitar recursos, para obras de combate aos efeitos da seca no Alto Sertão.

É a Cohidro quem executa e representa o Governo do Estado nas ações de fornecimento de água a partir de poços artesianos no “Água Para Todos”. Na viagem desta quarta e quinta-feira, os diretores da Companhia levarão os resultados parciais do Programa, que no momento concluiu as obras de perfuração dos 40 poços da primeira etapa e parte para a o lançamento de processo licitatório para a efetivação dos trabalhos de instalação dos sistemas de bombeamento e distribuição das unidades, que ao todo vão beneficiar 29 municípios sergipanos.

Não menos importante, outra pauta levada ao MI é a solicitação de recursos federais para obras de recuperação e reforma das barragens públicas de Barra da Onça e Bate Lata, no município de Poço Redondo. Construídas pelo Governo do Estado na década de 1980, os reservatórios, de médio para grande porte, represam água da chuva e precisam passar por limpeza dos sedimentos depositados em seu leito e recuperação das barreiras de concreto, para assim voltar a contribuir, como antes, com a dessedentação dos rebanhos.

Filhos de irrigantes pela Cohidro buscam qualificação em Canindé

Evento reuniu gente de todas as idades na Secretaria de Agricultura

Driblando a realidade econômica, que na maioria das vezes faz com que os jovens deixem o campo em busca de melhores oportunidades, a B5-Jovem procura a especialização em novas áreas, a fim de diversificar a produção agrícola de suas famílias. Grupo composto pelos filhos dos agricultores da Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5), esta sendo outra entidade assistida pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e formada dentro do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. Reunidos na última terça-feira, 7, escolheram as presidentes de ambas organizações.

Com a intenção de ser em breve uma cooperativa, a B5-Jovem foi oficialmente criada no último dia 2, quando recebeu o apoio da Cohidro, Prefeitura e Câmara de Vereadores de Canindé, além do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-SE). De início, será ministrado um curso de Empreendedorismo Rural oferecido a uma turma de 20 jovens, na intenção de qualificá-los para a tarefa de comercializar a produção orgânica cultivada pelos pais, para daí oferecer alimentos livres de agrotóxicos em feiras livres e agroecológicas. Aprenderão técnicas de venda, conservação, normas de higiene e exposição dos produtos.

Camila Xavier Costa, Engenheira Agrônoma e instrutora do Senar-SE, explica que o curso tem a intenção de levar ideias para implementar o negócio agrícola existente ou para motivar a criação de novos empreendimentos. “O curso é intitulado ‘Empreender no Campo’ e busca capacitar os jovens que estão sem uma atividade. Pudemos observar que lá os lotes são pequenos, não há muito que fazer para os jovens, mas eles podem trabalhar em atividades que agreguem valor à produção, como no beneficiamento e na comercialização destes produtos.”

A Agrônoma informa que houve uma procura grande logo de início, com 52 inscritos, que vão formar duas turmas e ficarão 12 aguardando compor a terceira, também de 20 pessoas. “Queremos iniciar a primeira turma, com os jovens, no início de agosto. O curso é de 40 horas, com periodicidade semanal, e vai durar quatro semanas. Terminada esta, iniciaremos com os pais, os agricultores, mas para eles temos um segundo curso programado: o NCR (Negócio Certo Rural), voltado só para produtores”, relacionou Camila Xavier, explicando que o Senar-SE já estuda como suprir a demanda da B5-Jovem, que solicitou mais capacitações para eles.

Bastante animada, Márcia da Silva Araújo, 23, foi eleita, na terça-feira, a presidente da B5-Jovem. Ela já ajuda na venda dos produtos orgânicos produzidos pelos pais – Quitéria Silva e José Gonçalves – na Feira Livre de Canindé, aos sábados. Ela não vê a hora de começar o Curso, na intenção de se capacitar ao participar do projeto motivado pela Cohidro e promovido pela Senar-SE. Para ela, a iniciativa vem para combater a falta de trabalho para os filhos dos agricultores, que quase sempre tem que deixar a família na zona rural e procurar oportunidades na cidade.

“É muito importante, porque os jovens estão tendo que se deslocar para outros lugares para trabalhar e com esta atividade fica mais fácil, existindo uma oportunidade a mais para nós”, contou Márcia, que além do interesse por se qualificar, se despontou dentre os líderes do grupo de jovens. A presidente da B5-Jovem também anunciou, na terça-feira, que novas reuniões serão feitas na intenção de mobilizar outras iniciativas que beneficiem o grupo, além dos cursos programados.

Para o Gerente do Perímetro Califórnia, Edmilson Cordeiro, a criação da oferta de cursos para os jovens é parte da assistência que a Cohidro disponibiliza a agricultura familiar. “Esses jovens fazem parte do grupo familiar, logo, são o foco de nosso trabalho também. Precisam ser lembrados quando planejamos as ações de levar as políticas públicas do Governo do Estado aos nossos irrigantes. Não queremos que o esforço em produzir alimentos orgânicos, empregado pelos seus pais, deixe de ser herdado por eles no futuro, caso forem embora do campo”.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, lembra que os jovens tem a tendência de serem mais ávidos por novidades que os de mais idade. “Isso casa perfeitamente com o que se está oferecendo a eles. Se o cultivo da terra, agora, não os apetece com o mesmo entusiasmo que o de seus pais, aproveitemos mais deste dinamismo, desta inquietação para atividades extras, que são tanto quanto necessárias para o bom rendimento da plantação, como é o caso de comercializar nas feiras. Levar o produto agrícola direto ao cliente renderá mais do que vender ao atravessador. Minhas congratulações aos técnicos e diretores da Empresa, envolvidos nesse processo”.

Bio5

Técnico agrícola da Cohidro, Tito Reis apoiou a criação da Bio5 e agora ajuda a B5-Jovem a se constituir. Para ele, esses jovens precisam apenas de incentivos para progredir. “Incentivei a Márcia para ajudar a mãe na feira, onde existe um espaço para a produção orgânica, outra conquista nossa. Seus pais já fazem parte da OCS (Organização de Controle Social), com autorização do Ministério da Agricultura para fazer a venda direta desses alimentos. Mas a agroecologia toma muito tempo, é dedicação exclusiva para quem cuida da plantação. Então, quaisquer das etapas que vêm depois da colheita, podem ser assumidas por estes jovens”, concluiu ele, que além de buscar melhorias para os agricultores, está conquistando espaço também para os mais novos.

A nova presidente da Associação de Orgânicos, Rosângela Oliveira Andrade, está considerando muito positiva a iniciativa dos técnicos da Cohidro e Senar-SE, comentando que o encontro do dia 2 também serviu para que a prefeitura entregasse, à Entidade, uma área anexa ao antigo Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT). “A área tem 22 mil metros quadrados e lá, Bio5 e B5-Jovem, vão fazer o plantio de leguminosas para a adubação orgânica e recuperação de solos degradados. Também queremos nesta área plantar mamona para preparar a torta, sem precisar mais comprar este produto muito usado na preparação de mudas de hortaliças”.

Inspeção Municipal

No evento do dia 2 também participou, representando o prefeito Heleno Silva, o Secretário Municipal de Gestão Governamental, Heráclito Oliveira Azevedo e representando a Câmara de Vereadores, o vereador Rildo Joaquim Carvalho da Silva. Recentemente as duas casas municipais promulgaram lei reconhecendo a Bio5 como de Utilidade Pública Municipal, o que vai facilitar a obtenção do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) por parte da Associação, permitindo que os agricultores orgânicos possam beneficiar produtos alimentícios de origem vegetal e animal.

Com seus 29 anos, Rosângela Oliveira também faz parte do grupo que originou a B5-Jovem. Ela pretende atuar nesse beneficiamento dos alimentos orgânicos, a partir da produção de frangos caipiras do pai, Gercino Teles de Andrade, e pretende também processar as frutas que produzem no lote, em forma de polpas. “Já temos a matéria prima, queremos nos organizar para termos mais qualidade e, obviamente, visando ter mais lucro. Esse curso que vamos receber é excelente para abrir a nossa visão de trabalho, que quando é feito de forma organizada, elimina os erros, o que vai ser melhor para todos”, finalizou.

Comunicação da Seagri, Cohidro e Emdagro propõem trabalho de divulgação conjunto

Secretário Esmeraldo recebe assessores e jornalistas

O Secretário de Estado da Secretaria de Estado de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal dos Santos, esteve reunido com assessores de comunicação da Seagri, Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). O objetivo é integrar e as ações de comunicação das três assessorias criando um único plano de trabalho.

“Com este espírito de que somos uma só equipe de comunicação, podemos dar uma nova dinâmica na divulgação das ações da secretaria e das empresas vinculadas. O governo hoje tem um volume muito grande de ações no setor agropecuário e isto precisa ser mostrado para a sociedade”, disse o secretário.

As equipes de assessoria mostraram como estão funcionando e deram sugestões de produtos de comunicação que podem potencializar o trabalho das assessorias. “Apesar de estarmos vivendo momentos difíceis financeiramente é possível usar a criatividade e a experiência de trabalho para avançarmos”, disse Suzana Leite da Ascom da Emdagro.

Além das propostas para um plano de trabalho unificado, os assessores sugeriram ampliar a reunião com outros órgãos federais e estaduais que trabalham em parceria com a Seagri. O grupo pretende aprofundar e avaliar a informação veiculada na imprensa sobre o setor agropecuário e fortalecer as parcerias.

Além de secretário Esmeraldo Leal participaram os assessores da Seagri Ednilson Barbosa, Luduvice José, Solange Gomes, da Ascom da Cohidro, Fernando Augusto e da Ascom da Emdagro, Carlos Mariz e Suzana Leite.

Ednilson Barbosa Santos
Assessor de Comunicação da SEAGRI

 

Última atualização: 24 de outubro de 2017 11:52.